Papa Francisco na Audiência Geral Foto: Vatican Media Vaticano, 11 nov. 20 / 08:37 am (ACI).- O Papa Francisco destacou na Audiência Geral desta quarta-feira, 11 de novembro, que a oração "é como o oxigênio da vida" e acrescentou que "não há verdadeira oração sem espírito de humildade". Antes de pronunciar sua catequese da Biblioteca do Palácio Apostólico, o Santo Padre confidenciou que recentemente alguém lhe disse que “fala demasiado sobre oração. Não é necessário” e ele respondeu que “sim, é necessário. Porque, se não rezarmos, não teremos forças para ir em frente na vida” e acrescentou que “a oração é como o oxigênio da vida. A oração é atrair sobre nós a presença do Espírito Santo que nos leva sempre em frente. É por isso que falo muito sobre a oração”. Em seguida, o Papa explicou que “o diálogo constante com o Pai, no silêncio e no recolhimento, é o ponto fulcral de toda a sua missão”. Nesse sentido, o Santo Padre destacou que “Jesus deu exemplo de uma oração contínua, praticada com perseverança” e exortou os discípulos a rezar “com insistência, sem se cansar”. Por isso, o Papa recordou as três parábolas contadas no Evangelho de São Lucas que sublinham esta característica da oração. Em primeiro lugar, a do hóspede que chega de imprevisto, no meio da noite, e o dono da hospedagem vai chamar um amigo e lhe pede pão. O amigo responde: "não!" Porque já está na cama, mas ele insiste, e insiste a ponto de o obrigar a levantar-se e a dar-lhe pão (Lc 11,5-8), o que mostra que "a oração deve ser antes de mais tenaz”. “Deus é mais paciente do que nós, e quem bate à porta do seu coração com fé e perseverança não fica desiludido. Deus responde sempre. Sempre. O nosso Pai sabe bem do que precisamos; a insistência não serve para o informar ou convencer, mas para alimentar o desejo e a expetativa em nós”, alertou. A segunda parábola é a da viúva que se dirige ao juiz para que a ajude a obter justiça. Este juiz é corrupto, é um homem sem escrúpulos, mas no final, exasperado pela insistência da viúva, decide contentá-la (Lc 18,1-8) e o Papa a encoraja a invocar a Deus com coragem “sem se resignar ao mal e à injustiça". Mais tarde, o Santo Padre recordou a terceira parábola que apresenta um fariseu e um publicano que vão ao templo para rezar, “o primeiro dirige-se a Deus gabando-se dos próprios méritos; o outro sente-se indigno até de entrar no santuário” (Lc18,9-14). “Deus não ouve a oração do primeiro, isto é, dos soberbos, mas atende a dos humildes. Não há verdadeira oração sem espírito de humildade. É precisamente a humildade que nos leva a pedir na oração”, afirmou. Nesse sentido, o Papa Francisco destacou que “o ensinamento do Evangelho é claro: é preciso rezar sempre, até quando tudo parece vão, quando Deus nos parece surdo e mudo, e que perdemos tempo. Mesmo que o céu se ofusque, o cristão não deixa de rezar” e recordou que “muitos santos e santas viveram a noite da fé e o silêncio de Deus - quando batemos à porta e Deus não responde - e estes santos foram perseverantes”. “Nestas noites de fé, quem reza nunca está sozinho. Na verdade, Jesus não é apenas testemunha e mestre de oração, é muito mais. Ele acolhe-nos na sua oração, para podermos rezar n'Ele e através d'Ele. E isto é obra do Espírito Santo”, disse o Papa. Desta forma, o Pontífice convidou a não esquecer o Espírito Santo porque “o Espírito Santo que ora em nós; é Ele que nos leva a orar, leva-nos a Jesus. É o dom que o Pai e o Filho nos deram para prosseguirmos ao encontro com Deus... quando oramos, é o Espírito Santo que reza nos nossos corações”. Por fim, o Papa rezou "para que seja o próprio Espírito Santo, Mestre de oração, a ensinar-nos o caminho da oração".
Evangelho (Lc 17,20-25):
Naquele tempo, os fariseus
perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Ele
respondeu: «O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: Está
aqui, ou: Está ali, pois o Reino de Deus está no meio de vós».
E ele disse aos discípulos: «Dias virão em que desejareis ver um só dia do
Filho do Homem e não podereis ver. Dirão: Ele está aqui ou: Ele está ali. Não
deveis ir, nem correr atrás. Pois como o relâmpago de repente brilha de um lado
do céu até o outro, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. Antes,
porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração»
«O Reino de Deus está
no meio de vós»
Fray Josep Mª
MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje, os fariseus perguntam a
Jesus uma coisa que interessou sempre como uma mistura de interesse,
curiosidade, medo...: Quando virá o Reino de Deus? Quando será o dia
definitivo, o fim do mundo, o retorno de Cristo para julgar aos vivos e aos
mortos no juízo final?
Jesus disse que isso é imprevisível. O único que sabemos é que virá
subitamente, sem avisar: «como o relâmpago»(Lc 17,24), um acontecimento
repentino e ao mesmo tempo, cheio de luz e de glória. Em quanto às
circunstâncias, a segunda chegada de Jesus permanece no mistério. Mas Jesus
dá-nos uma pista autêntica e segura: desde agora, «o Reino de Deus está no meio
de vós» (Lc 17,21). Ou: «dentro de nós».
O grande sucesso do último dia será um fato universal, mas também acontece no
pequeno microcosmo de cada coração. É aí onde se tem que buscar o Reino. É no
nosso interior onde está o Céu, onde temos de encontrar a Jesus.
Este Reino, que começará imprevisivelmente fora, pode começar já agora dentro
de nós. O último dia configura-se já agora no interior de cada um. Se queremos
entrar no Reino no dia final, temos de fazer entrar agora o Reino dentro de
nós. Se queremos que Jesus naquele momento definitivo seja nosso juiz
misericordioso, temos que fazer que Ele desde agora seja nosso amigo e hospede
interior.
São Bernardo, no sermão de Advento, fala de três vindas de Jesus. A primeira
vinda, quando se fez homem; a última, quando virá como juiz. Há uma vinda
intermédia, que é a que tem lugar agora no coração de cada um de nós. É aí
donde se fazem presentes, em relação pessoal e de experiência, a primeira e a
última vinda. A sentencia que pronunciará Jesus no dia do Juízo, será a que
agora ressoe no nosso coração. Aquilo que ainda não chegou, agora já é uma
realidade.
Santo do Dia:São Josafá Kuncewycz
João nasceu de família cristã ortodoxa da Ucrânia,
em 1580. Estudou filosofia e teologia. Aos vinte anos se tornou monge na Ordem
de São Basílio, recebendo o nome de Josafá. Em pouco tempo era nomeado superior
do convento e, logo depois, com apenas trinta e sete anos assumiu o arcebispado
de Polotsk.
Os escritos sobre são Josafá nos dizem de sua enorme capacidade intelectual e
de sua vivência da caridade cristã. Além disso, São josafá era um monge
exemplar no seguimento das regras monásticas.
Josafá defendia com coragem a autoridade do Papa, lutando para evitar o cisma
entre ocidente e oriente. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de
Jesus numa só Igreja, sob a autoridade de um único pastor. Sua luta incansável
reconquistou muitos cristãos afastados da Igreja.
Por causa de suas ações foi vítima de calúnias, difamação, acusações absurdas.
Em uma pregação chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos
inimigos. Não demorou muito para que o bispo fosse perseguido, torturado e
morto e teve seu corpo lançado nas águas escuras de um rio.
Tudo ocorreu no dia 12 de novembro de 1623. O seu corpo depois foi recuperado e
venerado pelos fiéis. É chamado de padroeiro do ecumenismo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: O mundo de hoje
precisa reencontrar o caminho da unidade na diversidade. O Ecumenismo,
movimento religioso que pretende a união dos cristãos ao redor de uma mesma
postura religiosa, precisa encontrar apoio de todos os grupos que têm no Cristo
a grande referência da vida. Que são Josafá, padroeiro do ecumenismo, ajude-nos
nesta tarefa.
TJL@ - ACIDIGITAL.COM – A12.COM – EVANGELI.NET
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