Imagem referencial. Papa Francisco em oração. Foto: Andrea Gagliarducci / ACI Prensa Vaticano, 18 nov. 20 / 09:18 am (ACI).- O Papa Francisco sugeriu, na Audiência Geral de quarta-feira, 18 de novembro, imitar a oração da Virgem Maria para ter um coração aberto a Deus com humildade e dizer com confiança: “Senhor, aquilo que quiser, quando quiser, e como quiser!" Continuando com sua série de catequeses sobre a oração, o Santo Padre destacou a Virgem Maria como “mulher de oração” e acrescentou que “Maria pertence à grande multidão daqueles humildes de coração que os historiadores oficiais não inserem em seus livros, mas com quem Deus preparou a vinda de seu Filho”. “Quando o mundo ainda a ignora, quando ela é uma simples jovem futura esposa de um homem da casa de Davi, Maria reza. Podemos imaginar a jovem de Nazaré recolhida em silêncio, em contínuo diálogo com Deus, que logo lhe confiaria a sua missão. Ela já está cheia de graça e imaculada desde a concepção, mas ainda não sabe nada de sua surpreendente e extraordinária vocação e do mar tempestuoso que terá de enfrentar”, disse o Papa. Nesse sentido, o Pontífice lembrou que Maria estava em oração quando o arcanjo Gabriel a encontrou em Nazaré para anunciar que ela seria a Mãe de Deus. “Seu eis-me aqui', pequeno e imenso, que naquele momento faz toda a criação saltar de alegria, foi precedido na história da salvação por muitos outros 'eis-me aqui', por muitas obediências confiantes, muitas disponibilidades à vontade de Deus". “Não há melhor modo de rezar do que colocar-se como Maria em atitude de abertura, coração aberto a Deus: ‘Senhor, aquilo que quiser, quando quiser, e como quiser!’ O coração aberto à vontade de Deus e Deus responde sempre. Quantos fiéis vivem deste modo a sua oração! Aqueles que são humildes de coração rezam assim, com humildade essencial, com humildade simples. “Senhor, aquilo que quiser, quando quiser, e como quiser”, advertiu. Deste modo, o Papa convidou-nos a rezar com humildade sem nos irritar “porque os dias são cheios de problemas, mas indo ao encontro da realidade e sabendo que no amor humilde, oferecido em cada situação, nos tornamos instrumentos da graça de Deus” e acrescentou que é uma oração simples que nos permite colocar “a nossa vida nas mãos do Senhor para que seja ele a nos guiar”. “Todos nós podemos rezar assim, quase sem palavras, simples. ‘Senhor, aquilo que quiser, quando quiser, e como quiser’”. “A oração acalma as nossas inquietudes, mas nós somos inquietos, queremos as coisas antes de pedirmos, queremos rápido, rápido. A vida não é assim. Essa inquietude nos faz mal. A oração acalma a inquietude, sabe transformá-la em disponibilidade. Estou inquieto, rezo e a oração me abre o coração e me torna disponível à vontade de Deus”, explicou. Neste sentido, o Santo Padre destacou que, na Anunciação, a Virgem Maria soube “rejeitar o medo, apesar de ter previsto que o seu “sim” lhe teria dado provações muito duras” e acrescentou que “se na oração entendemos que cada dia doado por Deus é um chamado, então alargamos os nossos corações e acolhemos tudo. Aprende-se a dizer: ‘Aquilo que quiser, Senhor’. Prometa-me apenas que estará comigo a cada passo do meu caminho”. “Isso é importante, pedir ao Senhor a sua presença a cada passo do nosso caminho. Que Ele não nos deixe sozinho, que não nos abandone na tentação, que não nos abandone nos momentos difíceis. O final do Pai-Nosso é assim, a graça que Jesus nos ensinou a pedir ao Senhor”, acrescentou. Além disso, o Papa recordou que a Virgem Maria acompanhou na oração “toda a vida de Jesus, até sua morte e ressurreição; e no final acompanha os primeiros passos da Igreja nascente.” “É a mãe de Jesus que reza com eles, em comunidade, como uma da comunidade. Reza com eles e por eles. E, mais uma vez, a sua oração precede o futuro que está prestes a acontecer: por obra do Espírito Santo tornou-se Mãe de Deus e, por obra do mesmo Espírito, torna-se Mãe da Igreja.” “Rezando com a Igreja nascente, torna-se mãe da Igreja, acompanha os discípulos nos primeiros passos da Igreja. Na oração esperando o Espírito Santo e depois nos primeiros passos, em silêncio, sempre em silêncio. A oração de Maria é silenciosa”, frisou. Por isso, o Papa recordou que o Catecismo da Igreja Católica explica que “na fé da sua humilde escrava, o dom de Deus, isto é, o Espírito Santo, encontra o acolhimento que espera”. Da mesma forma, o Santo Padre sublinhou que o Evangelho descreve a presença da Virgem Maria “em momentos cruciais” porque “é a voz de Deus que guia o seu coração e seus passos onde sua presença é necessária. Presença silenciosa de mãe e discípula” e explicou que “Maria está presente porque é mãe, mas também porque é a primeira discípula, porque aprendeu por primeiro as coisas de Jesus... Ela é a primeira discípula, reza como Mãe e reza como discípula”. Por fim, o Papa Francisco destacou que São Lucas retrata a Mãe do Senhor no Evangelho da infância, destacando que “Maria guardava todas essas coisas e as meditava em seu coração” e explicou que “tudo o que acontece ao seu redor acaba tendo um reflexo no fundo do seu coração: os dias cheios de alegria, como os momentos mais sombrios, quando também ela tem dificuldade em compreender o caminho da Redenção. Tudo termina no seu coração, para que passe pelo crivo da oração e seja transfigurado por ela”. “Sejam os presentes dos Magos, ou a fuga ao Egito, até aquela tremenda sexta-feira da paixão: a Mãe guarda tudo e leva ao seu diálogo com Deus. Alguns compararam o coração de Maria com uma pérola de esplendor incomparável, formada e suavizada pela paciente acolhida da vontade de Deus através dos mistérios de Jesus meditados na oração”. Por isso o Papa exortou “Que bonito se também nós pudermos ser um pouco semelhantes à nossa Mãe! Com o coração aberto à Palavra de Deus, com o coração em silêncio, obediente, com o coração que sabe acolher a Palavra de Deus e a deixa crescer como uma semente para o bem da Igreja”. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Ó Deus, que concedeste ao beato Rafael espírito de fortaleza nas adversidades e extraordinário selo de caridade para promover a unidade da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, ser fortes na fé e amarmos uns aos outros, colaborando fielmente para a união de todos os fiéis em Cristo. Amém.
«Se (...) tu compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!» -Rev. D. Blas RUIZ i López(Ascó, Tarragona, Espanha)
Hoje, a imagem que nos
apresenta o Evangelho é a de um Jesus que «chorou» (Lc 19,41) pela sorte da
cidade escolhida, que não reconheceu a presença do seu Salvador. Conhecendo as
notícias que se deram nos últimos tempos, seria fácil para nós aplicar essa
lamentação à cidade que é —à vez— santa e fonte de divisões.
Mas, olhando mais para a frente, podemos identificar esta Jerusalém com o povo
escolhido, que é a Igreja, e —por extensão— com o mundo em que esta levará a
termo a sua missão. Se assim o fazemos, encontraremos uma comunidade que, ainda
que tenha alcançado o topo no campo da tecnologia e da ciência, geme e chora,
porque vive rodeada pelo egoísmo dos seus membros, porque levantou ao seu redor
os muros da violência e do desordem moral, porque atira no chão os seus filhos,
arrastando-os com as cadeias de um individualismo desumanizador.
Definitivamente, o que encontraremos é um povo que não soube reconhecer o Deus
que o visitava (cf. Lc 19,44).
Porém, nós os cristãos, não podemos ficar na pura lamentação, não devemos ser
profetas de desventuras, mas homens de esperança. Conhecemos o final da
história, sabemos que Cristo fez cair os muros e rompeu as cadeias: as lágrimas
que derrama neste Evangelho prefiguram o sangue com o qual nos salvou.
De fato, Jesus está presente na sua Igreja, especialmente através daqueles mais
necessitados. Temos de advertir esta presença para entender a ternura que
Cristo tem por nós: é tão excelso o seu amor, diz-nos Santo Ambrósio, que Ele
se fez pequeno e humilde para que cheguemos a ser grandes; Ele deixou-se
amarrar entre as fraldas como um menino para que nós sejamos liberados dos
laços do pecado; Ele deixou-se cravar na cruz para que nós sejamos contados
entre as estrelas do céu... Por isso, temos de dar graças a Deus, e descobrir
presente no meio de nós aquele que nos visita e nos redime
Santo do Dia: São Rafael de São José
José nasceu no dia primeiro de setembro de 1835, na Polônia, filho de um casal de nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Na juventude, estudou engenharia civil na escola Militar de Engenharia. Sua vida na juventude foi marcada pela devoção à Nossa Senhora do Carmo, mas o progresso nos estudos o fez afastar-se da religião. Graças à sua inteligência, atingiu altos postos na carreira militar. Em janeiro de 1863, durante um período de guerra, encontrou sua reconciliação com Deus. Confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria. O término da guerra o fez prisioneiro e ele foi deportado para a Sibéria, onde ficou dez anos sob o regime de trabalhos forçados. Suas únicas companhias foram um crucifixo e o livro “Imitação de Cristo”. Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços, aos quarenta e dois anos de idade. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal. Morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, na mesma cidade onde, anos mais tarde, nasceria João Paulo II. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão: São Rafael de São José foi um homem de Deus,
vivendo em profunda união com Ele. Foi definido como uma oração vivente, sendo
um homem de austeridade e silêncio. Outra marca de sua espiritualidade é o seu
profundo amor a Maria e o zelo pelo sacramento da penitência.
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