REDAÇÃO CENTRAL, 23 nov. 20 / 06:00 am (ACI).- O Advento é o tempo de preparação para
celebrar o Natal e
começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo
Ano Litúrgico católico e em 2020 começará no domingo, 29 de novembro.
Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”.
Começa com o domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de novembro) e
dura quatro semanas.
O Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas
semanas servem para meditar sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim do
mundo; enquanto as duas seguintes servem para refletir concretamente sobre o
nascimento de Jesus e sua irrupção na história do homem no Natal.
Nos templos e casas são colocadas as coras do Advento e se
acende uma vela a cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote e as
toalhas do altar são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A exceção
é o terceiro domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual pode se usar a
cor rósea.
A fim de fazer sensível esta dupla preparação de espera, durante
o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na Missa,
não é proclamado o hino do Glória.
O objetivo desses simbolismos é expressar de maneira tangível
que, enquanto dura a peregrinação do homem, falta-lhe algo para seu gozo
completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua festa completa,
representada pela Solenidade do Natal.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no
trabalho, as provas na escola, os ensaios com o coral ou teatro de Natal, a
arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do
verdadeiro sentido deste tempo. Por isso, é preciso recordar que a principal
preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, a fim de que
vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância
na fé, na oração, na busca de reconhecer o Cristo que vem nos acontecimentos e
nos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos
caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direção Reino do Pai; o testemunho da
alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com
os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria,
José, João Batista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo
que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.
Etiquetas: preparação para o
natal, Natal, Jesus Cristo, Ano Litúrgico, Advento
Evangelho (Lc 21,5-11)
Naquele tempo, algumas
pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e
com ofertas votivas. Jesus disse: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não
ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído».
Mas eles perguntaram: «Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está
para acontecer?». Ele respondeu: «Cuidado para não serdes enganados, porque
muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!, e ainda: O tempo está próximo. Não
andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não
fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será
logo o fim?. E Jesus continuou: «Há de se levantar povo contra povo e reino
contra reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares;
acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu».
«Não ficará pedra sobre pedra» -+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret(Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, escutamos com assombro a
severa advertência do Senhor: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não
ficará pedra sobre pedra» (Lc 21,6). Essas palavras de Jesus situam-se nas
antípodas de uma denominada “cultura do progresso indefinido da humanidade”,
ou, se preferimos, de uns quantos cabecilhas técnico-científicos e
político-militares da espécie humana, em evolução imparável.
Desde onde? Até onde? Ninguém sabe, nem pode saber, com excepção, em última
análise, de uma suposta matéria eterna que nega Deus, usurpando-o dos Seus
atributos. Como tentam fazer-nos comungar com rodas de moinho aqueles que
recusam comungar com a finitude e precariedade próprias da condição humana!
Nós, os discípulos do Filho de Deus feito homem, de Jesus, escutamos as Suas palavras
e, fazendo-as muito nossas, meditamos nelas. Eis que nos diz: «Cuidado para não
serdes enganados» (Lc 21,8). Quem no-lo diz é Aquele que veio para dar
testemunho da verdade, afirmando que aqueles que são da verdade escutam a Sua
voz.
E também nos garante: «Não será logo o fim» (Lc 21,9). O que, por um lado, quer
dizer que dispomos de um tempo de salvação e que nos convém aproveitá-lo; e,
por outro lado, que, de qualquer modo, o fim virá. Sim, Jesus virá «julgar os
vivos e os mortos», como professamos no Credo.
Leitores de Meditando o Evangelho de hoje, queridos irmãos e amigos: em uns
versículos mais adiante, do fragmento que agora comento, Jesus anima-nos e
consola-nos com estas palavras que, em Seu nome, vos repito: «É pela vossa
perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!» (Lc 21,19).
Respondendo com a energia de um hino cristão, exortamo-nos uns aos outros:
«Perseveremos, pois já tocamos o Céu com a mão!»
Santo do Dia: Santos André Dung-Lac e Companheiros (mártires do Vietnã)
Hoje homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles, muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita. Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi vigário e missionário em diversas partes do país. Seu apostolado rendeu-lhe muitas prisões durante a vida, mas geralmente seus companheiros o resgatavam a preço de pagamentos em dinheiro. Mas André não gostava desses resgates. Ele sabia que era necessário dar a Vida pelo Cristo para recebê-la de volta em plenitude. Dizia ao seus companheiros: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos, continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.) - Reflexão: O Evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita. Quanto mais perseguido, maior se tornou seu fervor cristão. O Papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no Livro dos Santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de Santo André Dung-lac, no dia de sua morte.
TJL@
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