A procissão das tochas é uma
vigília pacífica organizada todos os anos em outubro pelo grupo pró-vida Sociedade
para a Proteção de Nascituros (SPUC, sigla em inglês) e recorda o aniversário
da legislação que introduziu o aborto na Inglaterra, Escócia e País de Gales.
Os participantes se reuniram na noite de 28 de outubro em George
Square e rezaram o terço sob a orientação do padre Ryan Black, do clero da
diocese escocesa de Paisley. A procissão à luz de velas percorreu o centro da
cidade até a catedral de Santo André, onde foi celebrada uma missa.
Nos 54 anos desde que o aborto foi legalizado, 9.789.238 bebês
foram assassinados.
Um número recorde de abortos ocorreu na Inglaterra e no País de
Gales em 2020, segundo estatísticas divulgadas em junho de 2021. Os números
mostram que houve 210.860 abortos, o maior número desde que a lei foi
introduzida.
Michael Robinson, diretor-executivo de relações públicas e
serviços jurídicos da SPUC, disse que os números são "um ultraje
nacional".
“No 54º aniversário da legalização do aborto, foi muito
encorajador ver uma participação tão grande em nossa noite de comemoração. O
movimento pró-vida não perderá as esperanças. Juntos, seremos uma voz para os
que não têm voz e continuaremos trabalhando até que se restaure uma cultura de
vida”, acrescentou.
Charlie McCluskey, organizador da procissão em Glasgow, comentou
que a procissão deste ano foi um sucesso e que é provavelmente “a mais
movimentada da história do evento”.
Oração: Ó Senhor Deus, que exaltais os humildes e em sua pequenez deixais brilhar Vossa grandeza e Vosso poder, fazei que, pela intercessão de São Martinho, possam os enfermos e os moribundos alcançar a saúde e o consolo, e que o testemunho de sua fé e de seu amor por Vós ilumine o último dia de nossa vida. Amém.
Evangelho (Lc 14,25-33)
Grandes multidões
acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: Se alguém vem a mim, mas não
me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas
irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega
sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo.
De fato, se algum de vós quer construir uma torre, não se senta primeiro para
calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário,
ele vai pôr o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso
começarão a zombar: Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!
Ou ainda: um rei que sai à guerra contra um outro não se senta primeiro e
examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra
ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, envia uma delegação, enquanto o
outro ainda está longe, para negociar as condições de paz. Do mesmo modo,
portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser
meu discípulo!
«Quem não carrega sua
cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo»
Rev. D. Joan
GUITERAS i Vilanova(Barcelona, Espanha)
Hoje contemplamos Jesus no
caminho até Jerusalém. Ai entregará a sua vida para a salvação do mundo.
Grandes multidões acompanhavam Jesus (Lc 14,25): Os discípulos, ao andar com
Jesus que os precede, devem aprender a ser homens novos. É esta a finalidade das
instruções que o Senhor expõe e propõe aos que o seguem na sua ascensão à
Cidade da paz.
Discípulo significa seguidor. Seguir as pisadas do Mestre, ser como Ele, pensar
como Ele, viver como Ele... O discípulo convive com o Mestre e o acompanha. O
Senhor ensina com atos e com palavras. Viram claramente a atitude de Cristo
entre o Absoluto e o relativo. Ouviram muitas vezes da sua boca que Deus é o
primeiro valor da existência. Admiraram a relação entre Jesus e o Pai
celestial. Viram a dignidade e a confiança com que orava ao pai. Admiraram a
sua pobreza radical.
Hoje o Senhor fala-nos com termos claros. O autêntico discípulo há de amar com
todo o seu coração e toda a sua alma a nosso Senhor Jesus Cristo, por cima de
todo o vínculo, inclusive do mais íntimo: Se alguém vem a mim, mas não me
prefere... até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo (Lc 14,26-17).
Ele ocupa o primeiro lugar na vida do seguidor. Diz Santo Agostinho:
Respondamos ao pai e à mãe: Eu vos amo em Cristo, não no lugar de Cristo.O seguimento
precede inclusive ao amor pela própria vida. Seguir Jesus, ao fim e ao cabo,
implica abraçar a cruz. Sem cruz não há discípulo.
O chamamento evangélico exorta à prudência, quer dizer, à virtude que dirige a
atuação adequada. Quem quer construir uma torre deve calcular se a poderá
terminar. O rei que tem que combater decide se vai à guerra ou pede a paz
depois de considerar o número de soldados de que dispõe. Quem quer ser
discípulo do Senhor tem que renunciar a todos os seus bens. A renúncia será a
melhor aposta!
Santo do Dia: São Martinho de Lima (ou de Porres)
Martinho de Lima conviveu com a injustiça social
desde seu nascimento no dia 09 de dezembro de 1579. Filho de um cavaleiro
espanhol e de uma ex-escrava negra, o menino foi rejeitado pelo pai e pelos
parentes, por ser negro. Tanto que, na sua certidão de batismo constou
"pai ignorado".
Aos oito anos de idade, Martinho se tornou aprendiz de barbeiro-cirurgião, mas
a vocação religiosa lhe falou mais alto. Entretanto pelo fato de ser negro
demorou ser aceito no seminário. Só a muito custo conseguiu entrar como oblato
num convento dos dominicanos.
Encarregava-se dos mais humildes trabalhos do convento e era barbeiro e
enfermeiro dos seus irmãos de hábito. Conhecedor profundo de ervas e remédios,
devido à aprendizagem que tivera, socorria todos os doentes pobres da região,
principalmente os negros como ele. Segundo a tradição Martinho recebeu muitos
dons, como a dom da cura e o dom de estar em vários lugares ao mesmo tempo.
Morreu aos sessenta anos, no dia 03 de novembro de 1639, após contrair uma
grave febre. Porém, o padre negro dos milagres, como era chamado pelo povo
pobre, deixou sua marca e semente, além da vida inteira dedicada aos
desamparados. Com as esmolas recebidas fundou em Lima, um colégio só para o
ensino das crianças pobres, o primeiro do Novo Mundo.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de
obras no Amor, conseguia servir a Cristo no próximo. Mendigo por amor aos
mendigos, São Martinho de Lima, destacou-se pela humildade, piedade e caridade.
Numa sociedade preconceituosa, Martinho manisfestou a predileção de Deus pelos
mais pobres e sofredores.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG
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