REDAÇÃO CENTRAL, 14 nov. 21 /
06:00 am (ACI).- Em 2017, o papa Francisco instituiu o
Dia Mundial dos Pobres, que este ano é celebrado hoje, 14 de novembro. Os
santos também sofreram com a pobreza e agora apresentamos sete deles que a
viveram de forma extrema.
1. São
Francisco de Assis: Ele é, provavelmente, o mais famoso dos
santos pobres que deixou tudo para seguir o Senhor.
Nasceu em uma família rica, mas decidiu vender tudo o que tinha
para dar aos pobres e viver na pobreza, na humildade e na compaixão.
Em 1210 escreveu a regra dos franciscanos, tendo a pobreza como
fundamento de sua ordem, que se manifestava no modo de vestir, nos utensílios
que usavam e em suas ações. Apesar de tudo, sempre pareciam felizes.
2. São
João de Deus: Este santo de origem portuguesa deixou tudo e até fingia estar
louco para expiar os seus pecados.
Foi levado a um manicômio e sofreu vários espancamentos, pois
era assim que tratavam os loucos naquele tempo. Isso lhe permitiu descobrir que
para curar os doentes primeiro deveria curar a alma.
Fundou um hospital para os pobres onde trabalhou incansavelmente
por dez anos. Morreu em 1550 deixando a Ordem Hospitalar de São João de Deus
como um legado.
3. Santo
Inácio de Loyola: O fundador dos Jesuítas ou da Companhia de
Jesus era o mais jovem dos filhos de uma rica família espanhola.
Quando se reencontrou com o Senhor, decidiu viver a pobreza e a
penitência. Ele se vestia como um mendigo e vivia da providência.
Seu espírito foi compartilhado por seus primeiros companheiros,
como São Francisco Xavier e São Pedro Fabro, entre outros.
4. Santa
Bernadette Soubirous:A vidente de Nossa Senhora de
Lourdes na França nasceu em uma família que padecia da mais
absoluta pobreza. Às vezes, nem tinham comida.
As dívidas obrigaram os Soubirous a abandonar o engenho onde
viviam e procurar uma casa com apenas um quarto, onde se alojava toda a família
composta pelos pais e seus quatro filhos.
Para conseguir pão para os filhos, os pais Francisco e Luísa
aceitavam todo o trabalho que encontravam.
5. Santo
Domingo Savio:Ele era o mais velho dos cinco filhos de Ángel Savio, um
mecânico muito pobre, e de Brígida, uma mulher que contribuía com a casa
fazendo costura para os vizinhos.
Aos 12 anos, Domingos conheceu São João Bosco pela primeira vez
e pediu-lhe que o admitisse gratuitamente na escola que o santo tinha para as
crianças pobres.
No dia de sua primeira comunhão, escreveu a famosa resolução que
diz: "Prefiro morrer a pecar."
Faleceu quando tinha apenas 14 anos.
6. São
José Cupertino;O chamado “santo voador”, devido às suas muitas comprovadas
levitações, veio ao mundo em um pobre barracão localizado ao lado de sua casa
porque seu pai, um humilde carpinteiro, não tinha podido pagar as taxas que
devia pela casa e ela havia sido embargada.
Aos 17 anos pediu para ser admitido na ordem franciscana, mas
não foi aceito. Pediu para ser acolhido nos Capuchinhos e foi aceito como irmão
leigo, mas depois de oito meses foi expulso porque era extremamente distraído.
José então se refugiou na casa de um parente rico, mas este
dizia que o jovem "não era bom para nada" e o jogou na rua. Viu-se
então obrigado a voltar à miséria e ao desprezo de sua casa.
A mãe implorou persistentemente a um parente franciscano que
recebesse o menino como mensageiro no convento dos frades. Foi aí que começou
sua impressionante vida de santidade.
7. São
Diego de Alcalá:Este irmão franciscano, conhecido pelos muitos milagres operados
por sua intercessão em vida, nasceu em uma família muito pobre em San Nicolás
del Puerto, em Sevilha (Espanha).
Viveu toda a sua vida na pobreza e com os pobres, servindo-os
com uma dedicação especial. Morreu em Alcalá de Henares onde foi porteiro e
jardineiro em um convento durante sete anos.
Oração: Dá-me, Senhor, um espírito aberto e compreensivo
como aquele que concedeste ao grande teólogo Santo Alberto. E também, como a
ele, dá-me a graça de abarcar parte de teu mistério com minha inteligência. E
que tudo isso me sirva para iniciar uma vida de oração constante e agradável
em tua presença. Amém.
Evangelho (Lc 18,35-43):
Naquele tempo, quando
Jesus se aproximou de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho,
pedindo esmola. Ouvindo a multidão passar, perguntou o que estava acontecendo.
Disseram-lhe: «Jesus Nazareno está passando». O cego então gritou: «Jesus,
Filho de Davi, tem compaixão de mim!» As pessoas que iam na frente mandavam que
ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: «Filho de Davi, tem compaixão
de mim!» Jesus parou e mandou que lhe trouxessem o cego. Quando ele chegou
perto, Jesus perguntou: «Que queres que eu te faça?» O cego respondeu: «Senhor,
que eu veja». Jesus disse: «Vê! A tua fé te salvou». No mesmo instante, o cego
começou a enxergar de novo e foi seguindo Jesus, glorificando a Deus. Vendo
isso, todo o povo deu glória a Deus».
«A tua fé te salvou» -Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje o cego Bartimeu (cf. Mc
10,46) dá-nos toda uma lição de fé, manifestada com franca simplicidade perante
Cristo. Quantas vezes nos seria útil repetir a mesma exclamação de Bartimeu!:
«Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Lc 18,37). É tão proveitoso para
a nossa alma sentir-nos indigentes! O fato é que o somos, mas, infelizmente,
poucas vezes o reconhecemos de verdade. E..., claro está: fazemos o ridículo.
São Paulo adverte-nos: «Que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste
tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido?»
(1Cor 4,7).
Bartimeu não tem vergonha de se sentir assim. Em não poucas ocasiões, a
sociedade, a cultura do politicamente correto querem fazer-nos calar: com
Bartimeu não o conseguiram. Ele não se encolheu. Apesar de o «mandarem ficar
calado, (...) ele gritava mais ainda: Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Lc
18,39). Que maravilha! Apetece dizer: —Obrigado, Bartimeu, por esse exemplo.
E vale a pena fazê-lo como ele, porque Jesus ouve. E ouve sempre!, Por mais
confusão que alguns organizem à nossa roda. A confiança simples -sem
preconceitos- de Bartimeu desarma Jesus e rouba-lhe o coração: «Mandou que lhe
trouxessem o cego e (...) perguntou-lhe: «Que queres que eu te faça?» (Lc
18,40-41). Perante tanta fé, Jesus não anda com rodeios! E Bartimeu também não:
«Senhor, que eu veja!». (Lc 18,41). Dito e feito: «Vê! A tua fé te salvou» (Lc
18,42). Assim, pois, —a fé, se é forte, defende toda a casa— (Santo Ambrósio),
quer dizer, tudo pode.
Ele é tudo; Ele dá-nos tudo. Então, que outra coisa podemos fazer perante Ele,
se não lhe dar uma resposta de fé? E esta resposta de fé equivale a deixar-se
encontrar por este Deus que —movido pelo afeto de Pai— nos procura sempre. Deus
não se impõe, mas passa frequentemente muito perto de nós: aprendamos a lição
de Bartimeu e ... Não o deixemos passar ao largo!
Santo do Dia: Santo Alberto Magno
Nascido em 1206, na Alemanha, Alberto pertencia à
uma poderosa família de tradição militar. Piedoso desde a infância, recebeu uma
educação digna dos nobres. Aos dezesseis anos, foi para a universidade de Pádua
onde completou os estudos superiores. Em 1229, tornou-se frade dominicano
pregador. Em Paris atraiu tantos estudantes e discípulos que teve que lecionar
em praça pública.
Em 1254 foi eleito superior provincial de sua ordem na Alemanha. Ali demonstrou
todo o seu espírito de monge pobre e humilde. Viajou por grande parte da
Alemanha sempre a pé e pedindo esmolas no caminho para se alimentar. Assim, ele
fundou vários conventos, além de renovar os já existentes.
Em 1260 foi nomeado Bispo, ocupando o cargo somente por dois anos e depois
retornando ao mosteiro. Em 1274 teve participação decisiva na união da Igreja
grega com a latina, no Segundo Concílio de Lião.
Alberto Magno foi realmente grande. Um ser de virtudes, ciência, sabedoria e fé
inabalável, grandioso em todos os sentidos. Frei dominicano, pregador
eloqüente, magistral professor das ciências naturais e das doutrinas da fé,
escritor, fundador, Bispo e finalmente, Doutor da Igreja.
Sua grande vocação foi trabalhar para o encontro da fé com a ciência. Escreveu
mais de vinte e duas obras sobre teologia, as ciências naturais como a
filosofia, a química, a física, e botânica. Além de inúmeros tratados sobre as
artes práticas como tecelagem, navegação, agricultura, Foi, sobretudo um
profundo observador e amante da natureza.
Morreu serenamente no dia 15 de novembro de 1280.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Santo Alberto Magno engrandeceu a vossa Igreja e
toda a humanidade com a sua ciência humana e divina. Homem de fé e, ao mesmo
tempo químico, físico, pesquisador e observador constante da natureza, foi o
precursor dos cientistas. Que usemos todos os esforços para tornarmos a vida
social mais humana. Coloquemos a serviço da paz, da fraternidade, do bem-estar
de todos.
TJL – ACIDIGITAL.COM – A12.COM – EVANGELI.NET
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