Papa Francisco aos pobres em Assis: "Esperança e resistência partilhadas" “É tempo que seja restituída a palavra aos pobres, porque durante demasiado tempo os seus pedidos não foram ouvidos”. Palavras de Francisco aos pobres em Assis nesta sexta-feira, 12 de novembro, recordando-lhes de manter a esperança e a resistência e que estas devem ser partilhadas. Jane Nogara - Vatican News. Por ocasião do Encontro de oração e testemunho da quinta edição do Dia Mundial dos Pobres o Papa Francisco foi a Assis nesta sexta-feira, 12 de novembro. Depois de ouvir os testemunhos de alguns presentes e do momento especial de oração o Papa dirigiu algumas palavras aos presentes.
Oração: Deus, nosso Pai, Santa Isabel
foi um conforto para os pobres e defensora dos desesperados. A ninguém negava
sua caridade e o apoio nas horas difíceis. Colocou a serviço dos necessitados
todas as suas riquezas. Transformai também o nosso interior, para que sejamos
luz para o mundo de hoje, como Santa Isabel o foi para o seu tempo. Por Cristo
Nosso Senhor. Amém
Evangelho segundo São Lucas 19,11-28.
Naquele tempo, disse Jesus uma parábola, porque
estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia manifestar-se
imediatamente.
Então Jesus disse: «Um homem nobre foi para uma região distante, a fim de ser
coroado rei e depois voltar.
Antes, porém, chamou dez dos seus servos e entregou-lhes dez minas, dizendo:
"Fazei-as render até que eu volte".
Ora os seus concidadãos detestavam-no e mandaram uma delegação atrás dele para
dizer: "Não queremos que ele reine sobre nós".
Quando voltou, investido do poder real, mandou chamar à sua presença os servos
a quem entregara o dinheiro, para saber o que cada um tinha lucrado.
Apresentou-se o primeiro e disse: "Senhor, a tua mina rendeu dez minas2.
Ele respondeu-lhe: "Muito bem, servo bom! Porque foste fiel no pouco,
receberás o governo de dez cidades".
Veio o segundo e disse-lhe: "Senhor, a tua mina rendeu cinco minas".
A este respondeu igualmente: "Tu também ficarás à frente de cinco
cidades".
Depois veio o outro e disse-lhe: "Senhor, aqui está a tua mina, que eu
guardei num lenço,
pois tive medo de ti, que és homem severo: levantas o que não depositaste e
colhes o que não semeaste".
Disse-lhe o rei: "Servo mau, pela tua boca te julgo. Sabias que sou homem
severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei.
Então, porque não entregaste ao banco o meu dinheiro? No meu regresso tê-lo-ia
recuperado com juros".
Depois disse aos presentes: "Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem
dez".
Eles responderam-lhe: "Senhor, ele já tem dez minas!".
O rei respondeu: "Eu vos digo: a todo aquele que tem se dará mais, mas
àquele que não tem, até o que tem lhe será tirado.
Quanto a esses meus inimigos, que não me quiseram como rei, trazei-os aqui e
degolai-os na minha presença"».
Dito isto, Jesus seguiu à frente do povo para Jerusalém.(Tradução litúrgica
da Bíblia)
Papa Francisco -Audiência geral de 05/06/2013 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)
«Fazei-as
render até que eu volte»
Hoje gostaria de meditar sobre a questão do meio
ambiente, como já pude fazer em diversas circunstâncias […]. Quando falamos de meio
ambiente, da criação, vêm ao meu pensamento as primeiras páginas da Bíblia, o
Livro do Génesis, onde se afirma que Deus colocou o homem e a mulher na Terra
para que a cultivassem e conservassem (cf 2,15). E surgem-me estas perguntas: O
que quer dizer cultivar e conservar a Terra? Estamos verdadeiramente a cultivar
e a conservar a criação? Ou estamos a explorá-la e a descuidá-la? O verbo
«cultivar» faz vir à minha mente o cuidado que o agricultor tem com a sua
terra, a fim de que produza fruto e de que este seja compartilhado: quanta
atenção, paixão e dedicação! Cultivar e conservar a criação é uma indicação de
Deus, dada não só no início da história, mas a cada um de nós; faz parte do seu
desígnio; significa fazer com que o mundo se desenvolva com responsabilidade,
transformá-lo para que seja um jardim, um lugar habitável para todos. Bento XVI
recordou várias vezes que esta tarefa que nos foi confiada por Deus Criador
requer a compreensão do ritmo e da lógica da criação. Nós, ao contrário, somos
frequentemente levados pela soberba do domínio, da posse, da manipulação e da
exploração; não a «conservamos», não a respeitamos e não a consideramos como um
dom gratuito do qual temos de cuidar. Estamos a perder a atitude do
encantamento, da contemplação, da escuta da criação; e assim já não conseguimos
entrever nela aquilo que Bento XVI define como «o ritmo da história de amor de
Deus com o homem». Porque acontece isto? Porque pensamos e vivemos de modo
horizontal; afastámo-nos de Deus e não lemos os seus sinais. Mas o «cultivar e
conservar» não abrange apenas a relação entre nós e o meio ambiente, […]
refere-se também às relações humanas. […] Estamos a viver um momento de crise;
vemo-lo no meio ambiente, mas principalmente no homem. A pessoa humana está em
perigo: isto é certo, hoje a pessoa humana está em perigo: é esta a urgência da
ecologia humana!
Santo do Dia: Santa Isabel da Hungria
Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se
fez santa. Nasceu no ano de 1207, e desde o nascimento já foi prometida em
casamento para o princípe Luís, da Turíngia. Cresceu e foi educada junto com o
marido.
O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia
mais bonita, amável e modesta. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e
atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes.
A mãe de Luís, não gostava da devoção da sua futura nora, assim tentou
convencer o filho de desistir do casamento. Mas Luís foi categórico dizendo
preferir abdicar do trono a desistir de Isabel. Isabel se tornou rainha aos
catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa,
símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Alegou que diante
do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa.
Foi um casamento feliz. Luís nunca colocou obstáculos à vida de oração,
penitência e caridade da rainha. Depois de seis anos a rainha Isabel ficou
viúva, com três filhos pequenos. O cunhado de Isabel, para assumir o poder, a
expulsou do palácio junto com os três reais herdeiros ainda crianças.
Isabel ingressou então na Ordem Terceira de São Francisco e se dedicou à vida
de religião e à assistência aos leprosos no hospital ela própria havia
construído. Mas graças a ajuda dos amigos de seu esposo Isabel voltou ao trono.
Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e
quatro anos de idade, sendo canonizada quatro anos depois.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: O zelo dos pobres, nos quais Isabel sempre via a imagem
transfigurada de Cristo, foi espiritualizando cada vez mais a sua vida. Sua
alma generosa se assomava a seus olhos negros e profundos, que brilhavam como
lamparinas de amor nos sombrios casebres dos pobres. Em tudo ela foi modelo de
santidade. Sua intercessão auxilia-nos para enfrentar os caminhos tortuosos da
vida.
TJL-ACIDGITAL.COM – A12.COM –
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