Peregrinação Summorum Pontificum em Roma, Outubro de 2021. Foto: Edward Pentin. Vaticano, 10 nov. 21 / 04:40 pm (ACI).- A diocese de Roma proibiu a celebração da missa tradicional anterior à reforma do Concilio Vaticano II durante o Tríduo Pascal de 2022 implementando o motu proprio Traditionis custodes ("Guardiães da tradição") do papa Francisco. O motu proprio restringiu a celebração da missa segundo o missal de 1962 e delegou ao bispo de cada diocese a autoridade para autorizar ou não a celebração da missa tradicional. O bispo de Roma é o papa, mas a administração do dia a dia da diocese é feita pelo vigário-geral, cardeal Angelo De Donatis. Em carta datada de 7 de outubro, o cardeal De Donatis disse que a missa tradicional pode ser celebrada em cinco igrejas da diocese de Roma todos os dias, mas não Tríduo Pascal, que vai da celebração da Última Ceia da Quinta-feira Santa à noite do Domingo de Páscoa. Nenhum outro sacramento ou sacramental, além da missa, pode ser celebrado segundo o rito antigo, segundo determinação da diocese de Roma. A assessoria de imprensa da diocese confirmou em 10 de novembro que a carta, endereçada aos sacerdotes e fiéis da diocese de Roma, era autêntica.
Evangelho (Lc 17,20-25)
Naquele tempo, os fariseus
perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Ele
respondeu: «O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: Está
aqui, ou: Está ali, pois o Reino de Deus está no meio de vós».
E ele disse aos discípulos: «Dias virão em que desejareis ver um só dia do
Filho do Homem e não podereis ver. Dirão: Ele está aqui ou: Ele está ali. Não
deveis ir, nem correr atrás. Pois como o relâmpago de repente brilha de um lado
do céu até o outro, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. Antes,
porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração»
«O Reino de Deus está no meio de vós» - Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)
Hoje, os fariseus perguntam a
Jesus uma coisa que interessou sempre como uma mistura de interesse,
curiosidade, medo...: Quando virá o Reino de Deus? Quando será o dia
definitivo, o fim do mundo, o retorno de Cristo para julgar aos vivos e aos
mortos no juízo final?
Jesus disse que isso é imprevisível. O único que sabemos é que virá
subitamente, sem avisar: «como o relâmpago»(Lc 17,24), um acontecimento
repentino e ao mesmo tempo, cheio de luz e de glória. Em quanto às
circunstâncias, a segunda chegada de Jesus permanece no mistério. Mas Jesus
dá-nos uma pista autêntica e segura: desde agora, «o Reino de Deus está no meio
de vós» (Lc 17,21). Ou: «dentro de nós».
O grande sucesso do último dia será um fato universal, mas também acontece no
pequeno microcosmo de cada coração. É aí onde se tem que buscar o Reino. É no
nosso interior onde está o Céu, onde temos de encontrar a Jesus.
Este Reino, que começará imprevisivelmente fora, pode começar já agora dentro
de nós. O último dia configura-se já agora no interior de cada um. Se queremos
entrar no Reino no dia final, temos de fazer entrar agora o Reino dentro de
nós. Se queremos que Jesus naquele momento definitivo seja nosso juiz
misericordioso, temos que fazer que Ele desde agora seja nosso amigo e hospede
interior.
São Bernardo, no sermão de Advento, fala de três vindas de Jesus. A primeira
vinda, quando se fez homem; a última, quando virá como juiz. Há uma vinda
intermédia, que é a que tem lugar agora no coração de cada um de nós. É aí
donde se fazem presentes, em relação pessoal e de experiência, a primeira e a
última vinda. A sentencia que pronunciará Jesus no dia do Juízo, será a que
agora ressoe no nosso coração. Aquilo que ainda não chegou, agora já é uma
realidade.
Santo do Dia: São Martinho de Tours
Martinho nasceu na Hungria por volta do ano 316 e
pertencia a uma família pagã. Seu pai era comandante do exército romano. Por
curiosidade começou a freqüentar uma Igreja cristã. Para evitar a conversão do
filho, o pai o alistou no exército, mas foi inútil. Martinho já tinha sido
escolhido por Jesus para tornar-se um homem santo.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Diz a história que
diante de um mendigo que passava frio, Martinho se comoveu e repartiu com ele
seu manto. Na mesma noite, Martinho teve um sonho no qual Jesus apareceu a ele
vestido com o manto doado. Foi o sinal para a conversão do jovem.
Fez-se batizar com 22 anos e tornou-se monge e discípulo de Santo Hilário. Mais
tarde, em 360, Martinho fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos
jovens religiosos que buscavam sua orientação, que Martinho construiu o primeiro
mosteiro da França.
Martinho liderou então a conversão de muitos e muitos habitantes da região
rural. Com seus monges ele visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho,
derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência
fundava um mosteiro, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e
doentes que tanto amparava.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo o aclamou para ser o Bispo.
Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou sua
peregrinação apostólica, visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não
desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Exerceu o
bispado por vinte e cinco anos, vindo a falecer em novembro de 397.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão: Martinho despertou
para a fé quando ainda menino e depois, mesmo soldado da cavalaria do exército
romano, jamais abandonou os ensinamentos de Cristo. A sua vida foi uma
verdadeira luta em favor do cristianismo. Existem quatro mil igrejas dedicadas
a ele na França, e o seu nome é dado a milhares de localidades, povoados e
vilas. "Senhor, se o vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho.
Seja feita a vossa vontade" dizia Martinho, Bispo de Tours, aos oitenta e
um anos de idade.
TJL-
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