A catedral de São Pedro em Genebra. Foto: Wikimedia Commons GENEBRA, 19 nov. 21 / 03:33 pm (ACI).- A igreja de São Pedro, em Genebra, Suíça, terá a primeira missa católica em quase 500 anos. A igreja se tornou protestante com a reforma calvinista em 1536. A cerimônia, antes marcada para 29 de fevereiro de 2020, foi adiada por causa das medidas de combate à pandemia de covid-19 impostas. A paróquia protestante de São Pedro anunciou a nova data em um comunicado neste mês. “É uma alegria para nós finalmente honrar o convite lançado há dois anos à comunidade católica romana. E é uma graça poder finalmente viver este importante momento de fraternidade entre as nossas comunidades”, diz o anúncio. A catedral de São Pedro tem um peso simbólico importante, porque João Calvino a escolheu como sede de sua igreja reformada durante os anos em viveu em Genebra. A “cátedra de Calvino” ainda está na catedral. Tanto Genebra quanto Lausanne mantiveram a denominação católica de catedral para suas principais igrejas, apesar de elas terem passado para os protestantes em 1536. O início da Reforma se deu em 1535, quando, em 8 de agosto, Guillaume Farel pregou pela primeira vez diante de uma enorme multidão, apesar da proibição dos magistrados da cidade. Na tarde do mesmo dia, iconoclastas devastaram a catedral de São Pedro, destruindo estátuas e imagens, pribidas pelo novo culto. A Reforma foi então proclamada oficialmente em 21 de maio de 1536. Reduto do protestantismo, Genebra, também chamada de "A Roma protestante", tem mais católicos do que protestantes desde os anos 1950 e 1960, principalmente com a chegada de imigrantes italianos, espanhóis e portugueses. Em 1821, a diocese católica de Genebra foi unida à de Lausanne, cujo bispo residia em Friburgo desde o século XVII. Somente a partir de 1924 a diocese recebeu o atual nome de Lausanne, Genebra e Friburgo. Ainda não se sabe se será mantida a ideia original de a missa do dia 5 de março ser celebrada pelo cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Koch, na época do primeiro anúncio da missa em São Pedro deveria ser considerada "um grande símbolo da unidade cristã. Uma cerimônia católica em uma igreja tão cara ao protestantismo é um fato inédito em Genebra. Em Lausanne houve uma missa católica na antiga catedral de Nossa Senhora, há quinze anos. A ideia da missa em São Pedro nasceu de um convite da paróquia protestante de Saint-Pierre Fusterie, através do pastor Emmanuel Fuchs, presidente da igreja protestante de Genebra. Segundo Fuchs, houve cerimônias na igreja com a presença de católicos, mas é a primeira vez que as chaves da catedral serão totalmente entregues aos católicos
Oração: Senhor Jesus, vós que confiastes a Pedro o cuidado de vossas ovelhas, infundi vosso Espírito em vosso sucessor, o Papa. Que ele se alimente de vossa vontade e guie a Igreja segundo os desígnios do Pai que Vós mesmo revelastes. Amém.
Evangelho (Lc 21,5-11):
Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a
respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas.
Jesus disse: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.
Tudo será destruído».
Mas eles perguntaram: «Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está
para acontecer?». Ele respondeu: «Cuidado para não serdes enganados, porque
muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!, e ainda: O tempo está próximo. Não
andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não
fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será
logo o fim?. E Jesus continuou: «Há de se levantar povo contra povo e reino
contra reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares;
acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu».
«Não
ficará pedra sobre pedra»
+ Rev. D.
Antoni ORIOL i Tataret(Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, escutamos com assombro a severa advertência
do Senhor: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre
pedra» (Lc 21,6). Essas palavras de Jesus situam-se nas antípodas de uma
denominada “cultura do progresso indefinido da humanidade”, ou, se preferimos,
de uns quantos cabecilhas técnico-científicos e político-militares da espécie
humana, em evolução imparável.
Desde onde? Até onde? Ninguém sabe, nem pode saber, com excepção, em última
análise, de uma suposta matéria eterna que nega Deus, usurpando-o dos Seus
atributos. Como tentam fazer-nos comungar com rodas de moinho aqueles que
recusam comungar com a finitude e precariedade próprias da condição humana!
Nós, os discípulos do Filho de Deus feito homem, de Jesus, escutamos as Suas palavras
e, fazendo-as muito nossas, meditamos nelas. Eis que nos diz: «Cuidado para não
serdes enganados» (Lc 21,8). Quem no-lo diz é Aquele que veio para dar
testemunho da verdade, afirmando que aqueles que são da verdade escutam a Sua
voz.
E também nos garante: «Não será logo o fim» (Lc 21,9). O que, por um lado, quer
dizer que dispomos de um tempo de salvação e que nos convém aproveitá-lo; e,
por outro lado, que, de qualquer modo, o fim virá. Sim, Jesus virá «julgar os
vivos e os mortos», como professamos no Credo.
Leitores de Meditando o Evangelho de hoje, queridos irmãos e amigos: em uns
versículos mais adiante, do fragmento que agora comento, Jesus anima-nos e
consola-nos com estas palavras que, em Seu nome, vos repito: «É pela vossa
perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!» (Lc 21,19).
Respondendo com a energia de um hino cristão, exortamo-nos uns aos outros:
«Perseveremos, pois já tocamos o Céu com a mão!»
Clemente foi o quarto Papa da Igreja de Roma, ainda no primeiro século. Vivia em Roma e foi contemporâneo de São João Evangelista, São Felipe e São Paulo. A antiga tradição cristã o apresenta como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano. Governou a Igreja por longo período, do ano 88 ao 97, no qual levou adiante a evangelização, firmemente centrada nos princípios da doutrina. Foi considerado o autor da célebre Carta aos Coríntios. Através da Carta, Clemente I os animou a perseverarem na fé, na caridade ensinada por Cristo e participarem da união com a Igreja. Restabeleceu o uso da Crisma, seguindo a tradição de São Pedro e instituiu o uso da expressão "Amém" nos ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila, irmã do imperador Domiciano, fato que ajudou muito para amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Por causa de suas ações, o papa Clemente I acabou exilado na Criméia, onde encontrou milhares de cristãos abandonados. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos. Novamente, suas atitudes desagradaram as lideranças pagãs. O imperador mandou jogá-lo ao mar Negro com uma âncora amarrada ao pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão: O
Papa São Clemente I, na sua Carta aos Coríntios, faz-nos este convite:
"Olhemos para o Pai e Criador de todo o universo. Afeiçoemo-nos aos dons e
benefícios da paz, magníficos e sublimes. O Criador e Senhor do universo dispôs
que todas as coisas acontecessem em paz e na concórdia, bondoso para com tudo
e, de modo particular, para conosco que recorremos à sua piedade por
intercessão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
TJL- ACIDIGITAL.COM – A12.COM –
EVANGELI.NET
Nenhum comentário:
Postar um comentário