Foto: captura de tela Youtube Vaticano, 14 nov. 21 / 08:51 am (ACI).- Durante a missa por ocasião do V Dia Mundial dos Pobres, o papa Francisco encorajou os cristãos a serem “incansáveis construtores de esperança” e “testemunhas de compaixão” em meio à indiferença aos pobres e necessitados ao nosso redor. A missa foi celebrada no altar-mor da Basílica de São Pedro, no Vaticano, com a participação de cardeais, bispos e centenas de agentes pastorais que ajudam os desfavorecidos. Na homilia, o papa disse: “hoje a Igreja diz-nos: pare e semeie a esperança em meio à pobreza, estenda a mão aos pobres e semeie a esperança. A esperança deles é a vossa esperança, a esperança da Igreja”. “É-nos pedido: que sejamos, no meio das ruínas diárias do mundo, incansáveis construtores de esperança, que sejamos luz como o sol se põe, que sejamos testemunhas da compaixão enquanto a distração reina ao nosso redor, que nós seja amante da presença, atento em meio à indiferença geral”, disse. Nesse sentido, Francisco destacou a importância de sermos “testemunhas da compaixão porque nunca podemos fazer o bem sem passar pela compaixão , faremos o bem ao máximo, mas que não tocam o caminho cristão porque não tocam o coração. O que nos faz tocar o coração é a compaixão, estendemos a mão, sentimos compaixão e fazemos gestos de ternura”. “Neste momento, perguntemo-nos: o que é que nos é pedido a nós, cristãos, perante esta realidade?”, perguntou o papa, enfatizando que os cristãos devem “nutrir a esperança de amanhã, aliviando a dor de hoje” . “A esperança que nasce do Evangelho, no entanto, não consiste em esperar passivamente que as coisas melhorem no futuro, isso não é possível, mas em realizar o hoje de forma concreta a promessa de salvação de Deus”, disse na homilia o papa Francisco. Nesse sentido, o Santo Padre citou as palavras de um saudoso bispo italiano muito próximo dos pobres “Dom Tonino Bello: “'Não podemos nos limitar a esperar, temos que organizar a esperança'”. “Temos que organizar a esperança. Se a nossa esperança não se traduz em opções e gestos concretos de cuidado, justiça, solidariedade e cuidado da casa comum, não se pode aliviar os sofrimentos dos pobres, não se pode mudar a economia do descarte que os obriga a viver à margem. E suas esperanças não poderão florescer novamente”, disse. Segundo o papa, “não adianta falar dos problemas, polemizar, escandalizar”. É preciso imitar as folhas que, sem chamar a atenção, a cada dia se transformam ar poluído em ar puro". Por fim, o papa animou os presentes dizendo: “Coragem, o Senhor está perto”. A esperança também pode ressurgir de dor” “Olhemos com ternura aos pobres, sem julgá-los, para não sermos julgados. Ali, ao lado deles, está Jesus; neles está Jesus que nos espera”, concluiu.
Oração: Ó Senhor,
que amaste santa Gertrudes com amor eterno, falando a seu coração, dá-me
ouvidos para escutar a tua voz e fé para responder a teu chamado, com entrega
comparável a essa apaixonada de tua sabedoria eterna. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.
Evangelho segundo São
Lucas 19,1-10.
Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a
atravessar a cidade.
Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos.
Procurava ver quem era Jesus, mas, devido à multidão, não podia vê-lo, porque
era de pequena estatura.
Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de
passar por ali.
Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce
depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa».
Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria.
Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum
pecador».
Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos
pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém,
restituirei quatro vezes mais».
Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é
filho de Abraão.
Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido».9Tradução
litúrgica da Bíblia0
«[Zaqueu]
correu mais à frente e subiu a um sicómoro»
Quando o coração é baixo e pequeno, pode fazer como
Zaqueu, que não era grande e subiu a uma árvore para ver a Deus. O seu zelo
mereceu-lhe ouvir estas doces palavras: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje
devo ficar em tua casa». Quando somos baixos, quando temos um coração pequeno e
parco de caridade, devemos fazer como ele: subir à árvore que é a santa cruz,
de onde veremos e tocaremos a Deus, onde encontraremos o fogo da sua inefável
caridade, o amor que O fez correr para os opróbrios da cruz, que O exaltou e O
fez desejar, com o ardor da fome e da sede, a honra de seu Pai e a nossa
salvação. [...] Se quisermos, se a nossa negligência não nos impedir, subindo à
árvore da cruz, poderemos realizar em nós esta palavra, saída da boca da
Verdade: «Quando Eu for levantado ao alto, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32). Só
um coração duro como um diamante se não deixará enternecer por tão grande amor.
Quando o coração é atingido por esta seta, eleva-se com todas as suas forças, e
não só o homem se purifica, mas a alma, pela qual Deus fez estas coisas,
despoja-se das suas imperfeições. [...] Subi a esta árvore santíssima, onde se
encontram os frutos maduros de todas as virtudes do corpo do Filho de Deus.
Correi com amor, permanecei na santa e doce dileção de Deus. Doce Jesus, Jesus
amor.
Santo do Dia: Santa Gertrudes
Nascida na Saxônia, em 1256, era filha de
fervorosos pais cristãos. Aos cinco anos de idade foi entregue do mosteiro
cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura cristã.
Possuidora de grande carisma místico tornou-se religiosa consagrada.
Gertudres revelou-se como uma profunda mística. Sua vida contemplativa era
sinal de perseverança para as outras religiosas. Aos vinte e cinco anos de
idade teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua
vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro
"Mensageiro do Divino amor", talvez a mais importante obra cristã de
teologia mística.
A união com Cristo vivo constitui a essência de suas aspirações e de suas
experiências místicas. Este amor tão próximo à humanidade de Cristo levou-a a
descobrir a devoção ao Sagrado Coração, constituindo-se numa das iniciadoras de
seu culto. Mas para ela o coração significa “toda a pessoa do Verbo feio carne,
que o desejo de união leva a atingir no seu coração, onde se encerra toda a
virtude da divindade”.
Mais tarde foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias.
Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos. Faleceu em 1302.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A vida contemplativa foi a forma escolhida por
Santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Versada em Sagradas Escrituras,
devotava a maior parte de seu tempo à oração e à contemplação da paixão de
Jesus e da eucaristia. Foi, sem dúvida, uma das grandes místicas de seu tempo.
TJL-
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