Padre José Gumercindo com algumas pessoas às quais se dedicava. Foto: Sociedade Joseleitos de Cristo - SALVADOR, 29 nov. 21 / 01:05 pm (ACI).- Foi aberta a fase diocesana do processo de beatificação de padre José Gumercindo Santos, na diocese de Serrinha (BA) neste sábado, 27 de novembro. O sacerdote fundou três congregações religiosas e é conhecido por sua dedicação aos idosos, pobres, órfãos, jovens e vocacionados, através da educação e da caridade. Para padre Júlio César de Mello Almo, superior geral da Sociedade Joseleitos de Cristo, uma das fundações de padre Gumercindo, é “um momento de grande alegria” e também ocasião de “voltar às origens daquele que foi instrumento de Deus para nossas fundações”. Padre José Gumercindo Santos nasceu em 15 de agosto de 1907, em Itabaiana (SE), filho de José Januário dos Santos e Maria Rita de Jesus. Tinha duas irmãs, Maria Dulcina, que faleceu aos 15 anos, e Maria Epunina, que morreu ainda na infância. Desde cedo, aprendeu com sua mãe a caminhada na igreja, tornando-se coroinha. Aos sete anos, José Gumercindo recebeu a primeira comunhão. Como a família foi abandonada pelo pai, José Gumercindo assegurou ainda criança o sustento próprio, de sua mãe e irmã. Pelo seu senso de responsabilidade, recebeu o apelido carinhoso de “Nozinho”, diminutivo de Senhor. Aos 11 anos, viu chegar a Itabaiana o padre salesiano Pedro Ghislande. O sacerdote soube do desejo de Gumercindo de se tornar padre e o convidou para fazer parte da família salesiana. José Gumercindo fez o noviciado em 1925, em Lavrinhas (SP), e em 28 de janeiro de 1926, sua primeira profissão religiosa. Foi ordenado sacerdote em 8 de setembro de 1934, no Santuário Salesiano do Sagrado Coração de Jesus, em Recife (PE). Atuou em Pernambuco e no Amazonas, até chegar à Bahia, em 1953, na cidade de Tucano. Ali, assumiu por 35 anos a paróquia de Senhora Sant’Ana. Por 29 anos, padre José Gumercindo serviu à congregação salesiana. Foi o fundador de duas congregações femininas, Santa Teresinha, em 1947, e Divino Mestre, em 1960, e uma masculina, os Joseleitos de Cristo, em 1950. Fundou também abrigo de idosos, creches, escolas. Padre José Gumercindo Santos morreu aos 84 anos, em 10 de setembro de 1991, em Feira de Santana (BA). Segundo padre Júlio César Almo, “o maior legado que ele deixou foi o testemunho de caridade, o amor que tinha pelos pobres, os idosos, as crianças, os jovens, os vocacionados”. A instalação do tribunal diocesano responsável pela pesquisa sobre a vida, virtudes e fama de santidade do servo de Deus padre José Gumercindo Santos aconteceu na cidade de Tucano (BA), à qual dedicou grande parte de sua vida e vocação. O ato foi presidido pelo bispo de Serrinha, dom Hélio Pereiro dos Santos. No domingo, 28 de novembro, foi celebrada uma missa em ação de graças na igreja de Sant’Ana, presidida pelo arcebispo de Feira de Santana, dom Zanoni Demettino Castro. “Para as três congregações fundadas por padre Gumercindo, este é um momento de grande alegria, de voltar às origens daquele que foi instrumento de Deus para nossas fundações. É também uma oportunidade para relembramos que a vocação à santidade é para todos”, disse o superior geral dos Joseleitos de Cristo. Padre Júlio César afirmou que, embora padre Gumercindo tenha morrido em Feira de Santana, foi dada autorização para transferir o processo de beatificação para a diocese de Serrinha, “porque a maior parte da vida dele, ele viveu em Tucano”, que pertence à diocese de Serrinha. “O padre Gumercindo tinha ido a Feira de Santana para ir à gráfica corrigir seu livro e estava na casa das irmãs do Divino Mestre. Acabou morrendo lá”, contou. O arcebispo de Feira de Santana, dom Zanoni Demettino, “concedeu a transferência de competência para a diocese de Serrinha”. O pedido também foi encaminhado à Congregação para as Causas dos Santos, “que também autorizou”. Com a instalação do tribunal diocesano, “será reunida a documentação e também serão ouvidas testemunhas sobre a vida de padre Gumercindo”, disse padre Júlio César. Em seguida, todo material coletado será encaminhado à Santa Sé. “Não há um prazo para isso, é um processo longo e deve demorar mais de um ano”, afirmou o sacerdote. Ele ressaltou que, no caso do processo de padre José Gumercindo há a peculiaridade de “todas as testemunhas terem vivido com ele”. “Então, não será apenas baseado em documentos históricos, mas em relatos”, disse. No site dos Joseleitos de Cristo, está disponível a oração pela beatificação de padre José Gumercindo Santos. Pessoas que tenham possíveis graças alcançadas pela intercessão do servo de Deus, podem enviar seu relato para o e-mail beatificacaopadregumercindo@gmail.com.
Oração:Ó Deus, que
a vossa Igreja exulte sempre no constante louvor do Apóstolo Santo André, para
que, sustentada por sua doutrina e intercessão, seja fiel a seus ensinamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Evangelho (Mt 4,18-22):
Caminhando à beira do mar da Galiléia, Jesus
viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando as
redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: «Segui-me, e eu farei de
vós pescadores de homens». Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram.
Prosseguindo adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu
irmão João. Estavam no barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Ele os
chamou. Deixando imediatamente o barco e o pai, eles o seguiram.
«Eu farei de vós pescadores de homens» -Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL(Roma, Italia)
Hoje, é a festa de Santo
André, Apóstolo, uma festa celebrada de maneira solene entre os cristãos de
Oriente. Ele foi um dos primeiros jovens a conhecer Jesus à beira do rio Jordão
e a ter longas conversas com Ele. Em seguida procurou seu irmão Pedro, dizendo-lhe
«Encontramos o Cristo!» e o levou onde estava Jesus (Jo 2,41). Logo depois,
Jesus chamou a esses dois irmãos pescadores seus amigos como lemos no Evangelho
de hoje: «Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,19). No mesmo
povoado, havia outros dois irmãos, Tiago e João, colegas e amigos daqueles
primeiros e pescadores como eles. Jesus também os chamou para que O seguissem.
É maravilhoso ler que eles deixaram tudo e O seguiram “imediatamente”, palavras
que se repetem em ambos os casos. Não podemos dizer a Jesus: “depois”, “logo”,
“agora tenho muito trabalho...”
Também a cada um de nós — a todos os cristãos — Jesus nos pede cada dia que
ponhamos todo o que temos e somos ao seu serviço —isso quer dizer, deixar tudo,
não ter nada como próprio— para que, vivendo com Ele as tarefas de nosso
trabalho profissional e de nossa família, sejamos “pescadores de homens”. O que
quer dizer “pescadores de homens”? Uma bonita resposta pode ser um comentário
de São João Crisóstomo. Este Padre e Doutor da Igreja, diz que André não sabia
explicar bem a seu irmão Pedro quem era Jesus, e por isso, «o levou à fonte da
própria luz», que é Jesus Cristo. “Pescar homens” quer dizer ajudar os que
estão ao nosso redor na família e no trabalho para encontrarem a Cristo que é a
única luz para nosso caminho.
Pensamentos
para o Evangelho de hoje :
«Pedro
e André não tinham visto que Jesus Cristo tivesse feito algum milagre. Nada
tinham ouvido do prêmio eterno e, porém ao ouvir a voz do Salvador se olvidaram
de tudo o que acreditavam ter» (São Gregório Magno) - «Que o apóstolo André nos
ensine a seguir a Jesus com prontidão, a falar com entusiasmo de Ele, e
sobretudo a cultivar com Ele uma relação de autêntica familiaridade, consentes
de que só em Ele podemos encontrar o sentido último de nossa vida e de nossa
morte» (Bento XVI) -«Cristo Senhor (...) ordenou aos Apóstolos, que anunciassem
a todos o Evangelho, o qual, antes prometido pelos profetas, ele próprio
cumpriu e promulgou por sua palavra, como fonte de toda verdade salvífica e
toda regra moral» (Catecismo da Igreja Católica, n°75)
Santo do Dia: Santo André
Era filho de um pescador da Galileia, de nome Jonas, e era irmão de Simão Pedro. Vivia em Cafarnaum e era um seguidor
de São João Batista antes de ser
apresentado a Jesus. Foi o primeiro
apóstolo de Jesus. Ele é mencionado no Novo Testamento como estando presente
nos mais importantes evento da vida e missão de Jesus. Aparece
no episódio da multiplicação
dos pães,
onde depois da resposta de Felipe,
André indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes (Jo 6,8-9).
André participou da vida pública de Jesus, estava presente na
Última Ceia, viu o Cristo Ressuscitado, testemunhou a Ascensão e recebeu o
primeiro Pentecostes.
Alguns
historiadores citam que, depois de Jerusalém, foi evangelizar na Galileia,
Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente, na Grécia.
Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã na Acaia, um dos modelos de
Igreja nos primeiros tempos. Mas foi ali também que acabou martirizado nas mãos do inimigo,
Egéas, governador e juiz romano local. Ficou
dois dias pregado numa cruz em forma de "X".
Conta a
tradição que, um pouco antes de André morrer, foi
possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir.
Tudo ocorreu sob o império de
Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda
para sua festa. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.)
Reflexão: Santo André,
primeiro apóstolo de Jesus, é representado na iconografia cristã como um
missionário abraçado a uma cruz em forma de X. Padroeiro dos açougueiros,
pescadores e mineradores, é também patrono de diversos países, como Escócia,
Espanha, Rússia e Grécia.
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