Papa
pronuncia sua catequese. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO,
10 Jan. 18 / 08:30 am (ACI).- Em sua catequese nesta quarta-feira, 10
de janeiro, durante a Audiência Geral celebrada na Sala Paulo VI do Vaticano, o
Papa Francisco refletiu sobre a importância do silêncio na liturgia da celebração
eucarística e convidou os sacerdotes a cuidar desses momentos.
“Recomendo
vivamente aos sacerdotes que observem o momento de silêncio e não terem pressa.
Oremos para que se faça silêncio; sem ele, corremos o risco de subestimar o
recolhimento da alma”.
O
Santo Padre meditou sobre o canto do Glória e a oração da coleta na celebração
da Missa e centrou-se no significado dos
momentos de silêncio.
“Na
liturgia, a natureza do silêncio depende do momento específico”, afirmou.
Explicou que, durante o ato penitencial, esse silencia ajuda ao recolhimento,
enquanto após a leitura ou depois da homilia, o silêncio convida a meditar
brevemente sobre aquilo que se escutou. Do mesmo modo, após a comunhão, o
silêncio favorece a oração interior de agradecimento.
Por
outra parte, “antes da oração inicial, o silêncio nos ajuda no recolhimento, a
pensarmos no porquê estamos ali”.
O
Santo Padre destacou a importância de escutar nossa alma e de abri-la depois ao
Senhor: “Talvez tenhamos tido dias de cansaço, de alegria, de dor e queremos
compartilhar com o Senhor e pedir sua ajuda, ou pedir-lhe que permaneça perto
de nós”.
Pode
ser que “queiramos pedir por familiares ou amigos doentes, ou que estejamos atravessando
provações difíceis”, ou simplesmente “pedir-lhe pela Igreja e
pelo mundo. Para isto serve o breve silêncio antes que o sacerdote, reunindo as
preces de cada um, expresse em voz alta em nome de todos a comum oração que
conclui os ritos de introdução com a ‘coleta’ das intenções dos fiéis”.
“O
silêncio – continuou – não se reduz à ausência de palavras, mas na disposição a
escutar outras vozes: a de nosso coração e, sobretudo, a voz do Espírito
Santo”.
“Precisamente,
do encontro entre a miséria humana e a misericórdia divina ganha vida a
gratidão expressa no ‘Glória’, ‘hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a
Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao
Cordeiro’”, explicou o Pontífice citando o Missal Romano.
“Podemos
dizer que o ‘Glória’, cantado ou recitado no domingo, exceto nos tempos
do Advento e da Quaresma, e nas solenidades e festas,
constitui uma abertura da terra ao céu, em resposta à inclinação do céu à
terra”.
Recordou
que “após o ‘Glória’, ou, quando não há este, logo após o Ato penitencial, a
oração toma a forma particular na oração chamada ‘coleta’, por meio da qual se
expressa o caráter próprio da celebração, variável em função do dia ou do tempo
do ano”.
Além
disso, destacou que “o Ato penitencial nos ajuda a nos despojarmos de nossas
presunções e a nos apresentarmos diante de Deus como realmente somos,
conscientes de ser pecadores, na esperança de ser perdoados”.
“Com
o convite ‘Oremos’, o sacerdote nos exorta o povo a se recolher com ele em um
momento de silêncio, a fim de tomar consciência de estar na presença de Deus e
fazer emergir, no próprio coração, as intenções pessoais com as quais participa
da Missa”.
Finalmente,
convidou a que este silêncio reflexivo se estenda para além da Missa. “No rito
romano, as oração são concisas, mas ricas de significado”. Por isso, incentivou
a “voltar a meditar sobre os textos fora da Missa”, pois “pode nos ajudar a
aprender como nos dirigirmos a Deus, o que pedir-lhe e quais palavras usar”.
ORAÇÃO
Deus,
nosso Pai, educa-nos para o amor, para o perdão, para a paz. Saibamos vos
agradecer pelas maravilhas que operais em nós. Dai-nos a fé que remove
montanhas e a esperança que nos faz atravessar vales tenebrosos sem vacilar.
Por Cristo nosso Senhor. Amém!
EVANGELHO (MC 1,40-45)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo † segundo Marcos.
Glória
a vós, Senhor.
Naquele tempo, 40um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos
pediu: “Se queres, tens o poder de curar-me”. 41Jesus,
cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: “Eu quero: fica
curado! ” 42No mesmo instante, a lepra
desapareceu, e ele ficou curado. 43Então Jesus o
mandou logo embora, 44falando com
firmeza: “Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e
oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles! ”
45Ele foi e começou a contar e a divulgar
muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade:
ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.
Palavra da Salvação. Glória
a vós, Senhor.
«‘Se queres, tens o poder de
purificar-me’(...)‘Eu quero, fica purificado’!»
Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer (Barcelona, Espanha)
Hoje, na primeira leitura, lemos:
«Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações!» (Heb 3,7-8). E
repetimos-lo insistentemente na resposta ao Salmo 94. Esta breve citação contém
duas coisas: um desejo e uma advertência. Ambas convêm nunca esquecer.
Durante o nosso tempo diário de oração desejamos e pedimos para ouvirmos a voz do Senhor. Mas, provávelmente, com demasiada frequência preocupamo-nos em preencher esse tempo com as palavras que Lhe queremos dizer e não deixamos tempo para ouvir o que Deus nos quer comunicar. Velemos pois para cuidarmos o silêncio interior que —evitando distrações e concentrando a nossa atenção—abre um espaço para acolhermos os afetos, inspirações… que o Senhor, certamente, quer suscitar nos nossos corações.
Um risco que não podemos esquecer, é o perigo de que o nosso coração —com o tempo —se vá endurecendo. Por vezes, os golpes da vida podem-nos converter, mesmo sem nos darmos conta, numa pessoa mais desconfiada, insensível, pessimista, sem esperança… Devemos pedir ao Senhor que nos torne conscientes desta possível deterioração interior. A oração é uma ótima ocasião para dar uma olhadela serena à nossa vida e a todas as circunstâncias que a rodeiam. Devemos ler os diversos acontecimentos à luz dos Evangelhos, para descobrirmos que aspectos necessitam uma verdadeira conversão.
Tomara que peçamos a nossa conversão com a mesma fé e confiança com que o leproso se apresentou a Jesus!: «De joelhos, suplicava-lhe: “Se queres, tens o poder de purificar-me”!». (Mc 1,40). Ele é o único que pode tornar possível aquilo que por nós próprios resultaria impossível. Desejamos que Deus atue com a sua graça em nós, para que o nosso coração seja purificado e, dócil no seu agir, seja cada dia mais um coração à imagem e semelhança do coração de Jesus. Ele, com confiança, diz-nos: «‘Eu quero, fica purificado’» (Mc 1,41).
Durante o nosso tempo diário de oração desejamos e pedimos para ouvirmos a voz do Senhor. Mas, provávelmente, com demasiada frequência preocupamo-nos em preencher esse tempo com as palavras que Lhe queremos dizer e não deixamos tempo para ouvir o que Deus nos quer comunicar. Velemos pois para cuidarmos o silêncio interior que —evitando distrações e concentrando a nossa atenção—abre um espaço para acolhermos os afetos, inspirações… que o Senhor, certamente, quer suscitar nos nossos corações.
Um risco que não podemos esquecer, é o perigo de que o nosso coração —com o tempo —se vá endurecendo. Por vezes, os golpes da vida podem-nos converter, mesmo sem nos darmos conta, numa pessoa mais desconfiada, insensível, pessimista, sem esperança… Devemos pedir ao Senhor que nos torne conscientes desta possível deterioração interior. A oração é uma ótima ocasião para dar uma olhadela serena à nossa vida e a todas as circunstâncias que a rodeiam. Devemos ler os diversos acontecimentos à luz dos Evangelhos, para descobrirmos que aspectos necessitam uma verdadeira conversão.
Tomara que peçamos a nossa conversão com a mesma fé e confiança com que o leproso se apresentou a Jesus!: «De joelhos, suplicava-lhe: “Se queres, tens o poder de purificar-me”!». (Mc 1,40). Ele é o único que pode tornar possível aquilo que por nós próprios resultaria impossível. Desejamos que Deus atue com a sua graça em nós, para que o nosso coração seja purificado e, dócil no seu agir, seja cada dia mais um coração à imagem e semelhança do coração de Jesus. Ele, com confiança, diz-nos: «‘Eu quero, fica purificado’» (Mc 1,41).
SANTO DO DIA
Teodósio,
cujo nome significa "um presente de Deus", nasceu na Capadócia em
423, de pais ricos, nobres e cristãos. Recebeu uma boa e sólida formação dentro
dos preceitos da fé católica. Um dia, lendo a história de Abraão,
identificou-se com ele e decidiu sair de sua terra em busca de Deus. Peregrinou
para a terra santa.
Dotado de
dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, Teodósio entrou
então para um convento. Mas sentia que aquela não era a sua obra, preferia a
vida solitária da comunidade monástica do deserto, como era usual naquela
época.
Foi habitar
numa caverna. Ali entregou-se à duras penitências e orações, passando a pregar
com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam. Logo
começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade
religiosa.
Construiu
também três hospitais e ergueu quatro igrejas, mas por causa de perseguições
religiosas foi exilado pelo imperador Anastácio. Teodósio morreu com cento e
cinco anos, em 529. Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e
inúmeras graças e prodígios foram alcançados pelo seu nome.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : São Teodósio realizou seu trabalho com muita sabedoria e
humildade, e foi testemunho de uma vida santa e cheia de oração. Usou seus dias
para o serviço em favor dos mais pobres, mas nunca esqueceu-se da oração,
trabalho e descanso.
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