Papa Francisco durante a celebração das Segundas
Vésperas da Conversão de São Paulo / Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)
VATICANO,
26 Jan. 18 / 09:00 am (ACI).- O Papa Francisco celebrou na
quinta-feira, 25 de janeiro, as Segundas Vésperas da Solenidade da Conversão de
São Paulo e destacou que o apóstolo “recebeu a experiência da graça, que o
chamou a procurar a comunhão com os outros cristãos”.
“Quantos
irmãos hoje sofrem perseguições pelo nome de Jesus! Quando o sangue deles é
derramado, mesmo se pertencem a confissões diversas, tornam-se juntos
testemunhas da fé, mártires, unidos no vínculo da graça batismal”, afirmou na
Basílica de São Paulo Extramuros.
Na
celebração, que conclui a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Santo
Padre assinalou que “todos nós, cristãos, passamos pelas águas do Batismo e
a graça do Sacramento destruiu os nossos inimigos, o pecado e a morte. Das
águas alcançamos a liberdade de filhos, emergimos como povo, como uma
comunidade de irmãos e irmãs salvos”.
Em
seguida, o Pontífice destacou que “São Paulo, cuja conversão é celebrada hoje
pela Igreja, recebeu a experiência da graça, que o
chamou a tornar-se, de perseguidor, apóstolo de Cristo”.
“A
graça de Deus o levou a procurar a comunhão com os outros cristãos, rápido,
primeiro em Damasco e depois em Jerusalém. E está é a experiência dos crentes:
à medida que crescem na vidaespiritual, compreendem melhor que a graça
é para ser partilhada com os outros”, afirmou.
Nesse
sentido, disse que quando agradeço “a Deus pelo que ele fez em mim, descubro
que não canto sozinho, porque os outros irmãos e irmãs cantam a mesma canção de
louvor. As diversas confissões cristãs tiveram essa experiência. No último
século, finalmente entendemos que estamos juntos nas margens do Mar Vermelho”,
como Moisés e os israelenses que fugiam do faraó.
Deste
modo, indicou que “quando dizemos que reconhecemos o Batismo dos cristãos de
outras tradições, confessamos que eles também receberam o perdão do Senhor e a
graça que atua neles”.
“Juntos
aos amigos de outras tradições religiosas, enfrentam desafios que degradam a
dignidade humana: fogem de situações de conflito e de miséria, são vítimas do
tráfico de pessoas e de outras escravidões modernas, sofrem necessidades e
fome, um mundo cada vez mais rico de meios e pobres de amor, onde as
desigualdades continuam aumentando”, expressou.
Entretanto,
disse que como os israelenses do êxodo, os cristãos são chamados a proteger
juntos a memória do que Deus fez neles. “Revivendo esta memória, possamos
apoiar-nos uns aos outros e enfrentar, armados somente de Jesus e da doce força
do seu Evangelho, todo desafio com coragem e esperança”, concluiu o Papa.
ORAÇÃO
Inspirai-nos, ó Deus de amor, pela intercessão de São Valério, o
zelo pastoral pelos mais abandonados e necessitados de conversão. Por Cristo
nosso Senhor. Amém!
EVANGELHO (MC 5,1-20)
O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo † segundo Marcos.
Glória
a vós, Senhor.
Naquele
tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos
gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro,
saindo de um cemitério, foi a seu encontro.
3Esse homem
morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com
correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele
arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de
dominá-lo.
5Dia e noite
ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras.
6Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e
gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te
conjuro por Deus, não me atormentes! 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito
impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem
respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com
insistência para que Jesus não o expulsasse da região.
11Havia aí
perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro
suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus
permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a
manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro
do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e
espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia
acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e
no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E
ficaram com medo.
16Os que
tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o
endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora
da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha
sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não
permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e
anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem
foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele.
E todos ficavam admirados.
Palavra da Salvação. Glória
a vós, Senhor.
«Espírito impuro, sai deste
homem!»
Rev. D. Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero (Viladecans, Barcelona,
Espanha)
Hoje encontramos um fragmento do
Evangelho que pode provocar o sorriso a mais de um. Imaginar-se uns dos mil
porcos precipitando-se pelo monte abaixo, não deixa de ser uma imagem um pouco
cômica. Mas a verdade é que a eles não lhes fez nenhuma graça, se enfadaram
muito e lhe pediram a Jesus que se fora de seu território.
A atitude deles, mesmo que humanamente poderia parecer lógica, não deixa de ser francamente recriminável: prefeririam ter salvado seus porcos antes que a cura do endemoninhado. Isto é, antes os bens materiais, que nos proporcionam dinheiro e bem estar, que a vida em dignidade de um homem que não é dos “nossos”. Porque o que estava possuído por um espírito maligno só era uma pessoa que «Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras» (Mc 5,5).
Nos temos muitas vezes este perigo de apegar-nos ao que é nosso, e desesperar-nos quando perdemos aquilo que só é material. Assim, por exemplo, o camponês se desespera quando perde uma colheita mesmo tendo-a assegurada, ou o jogador de bolsa faz o mesmo quando suas ações perdem parte de seu valor. Em compensação, muitos poucos se desesperam vendo a fome ou a precariedade de tantos seres humanos, alguns dos quais vivem ao nosso lado.
Jesus sempre pôs em primeiro lugar as pessoas, mesmo antes que as leis e os poderosos de seu tempo. Mas nós, muitas vezes, pensamos só em nós mesmos e naquilo que acreditamos que nos traz felicidade, mesmo o egoísmo nunca traz felicidade. Como diria o bispo brasileiro Helder Câmara: «O egoísmo é a fonte mais infalível de infelicidade para si mesmo e para os que o rodeiam».
A atitude deles, mesmo que humanamente poderia parecer lógica, não deixa de ser francamente recriminável: prefeririam ter salvado seus porcos antes que a cura do endemoninhado. Isto é, antes os bens materiais, que nos proporcionam dinheiro e bem estar, que a vida em dignidade de um homem que não é dos “nossos”. Porque o que estava possuído por um espírito maligno só era uma pessoa que «Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras» (Mc 5,5).
Nos temos muitas vezes este perigo de apegar-nos ao que é nosso, e desesperar-nos quando perdemos aquilo que só é material. Assim, por exemplo, o camponês se desespera quando perde uma colheita mesmo tendo-a assegurada, ou o jogador de bolsa faz o mesmo quando suas ações perdem parte de seu valor. Em compensação, muitos poucos se desesperam vendo a fome ou a precariedade de tantos seres humanos, alguns dos quais vivem ao nosso lado.
Jesus sempre pôs em primeiro lugar as pessoas, mesmo antes que as leis e os poderosos de seu tempo. Mas nós, muitas vezes, pensamos só em nós mesmos e naquilo que acreditamos que nos traz felicidade, mesmo o egoísmo nunca traz felicidade. Como diria o bispo brasileiro Helder Câmara: «O egoísmo é a fonte mais infalível de infelicidade para si mesmo e para os que o rodeiam».
SANTO DO DIA
SÃO VALÉRIO DE
TREVIRI
Uma tradição antiga informa que Valério foi discípulo do apóstolo
Pedro que o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da
Alemanha. Mas historicamente esta informação carece de veracidade.
O que sabemos é que Valério foi realmente bispo em Tréviri e
realizou um ótimo trabalho de evangelização. Suas ações em favor da fé e da
Igreja o incluíram na lista dos santos.
Nos registros do Vaticano encontramos a seguinte afirmação sobre
Valério: "converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e
expressivos". Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério
trouxe de volta a vida do companheiro materno com o simples toque do seu bastão
episcopal. Valério morreu dia 29 de janeiro de um ano incerto do século IV.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO
REFLEXÃO
A Igreja da Alemanha dedica muitas igrejas à memória de São
Valério. Muitas cidades o elegeram como seu padroeiro. As suas relíquias,
conservadas numa urna de prata, se encontram na basílica de São Matias, na
Alemanha. Na devoção popular encontramos a certeza de que Valério foi um
verdadeiro apóstolo de Cristo.
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