Homilia do Papa em Iquique / Crédito: Giselle
Vargas (ACI Prensa)
Iquique,
18 Jan. 18 / 02:03 pm (ACI).- Em sua homilia da Missa no Campus Lobito de Iquique, no
norte do Chile, o Papa Francisco refletiu sobre a passagem das Bodas de Caná,
que “mostra a primeira aparição pública de Jesus”, a qual se deu em uma
“festa”, porque o “Evangelho é um convite constante à alegria”.
Por
volta das 11h30 (hora local), milhares de pessoas aguardavam o começo da Missa
no Campus Lobito. O Papa havia chegado minutos antes em seu papamóvel, fazendo
um percurso pelo balneário.
Participaram
da Celebração Eucarística não apenas o povo local, mas também cerca de mil
peruanos provenientes de Tacna. Estima-se que em Iquique, uma de cada dez
pessoas é imigrante. Na Missa, também foi possível ver grupos de peregrinos
bolivianos e argentinos.
Em
sua homilia, o Pontífice fez uma reflexão sobre as Bodas de Caná e a alegria
que vem de Deus e “se propaga de geração em geração”.
ORAÇÃO
Senhor
Jesus, ressuscitado dentre os mortos pelo poder do Espírito Santo, e que vives
pelos séculos junto ao Pai: aumenta nossa fé, robustece nossa esperança e
dá-nos beber da fonte de teu amor, para que não declinem nossas forças enquanto
peregrinamos até a Jerusalém celeste. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 3,13-19):
Jesus subiu a montanha e chamou os que ele quis; e foram a ele.
Ele constituiu então doze, para que ficassem com ele e para que os enviasse a
anunciar a Boa Nova, com o poder de expulsar os demônios. Eram: Simão (a quem
deu o nome de Pedro); Tiago, o filho de Zebedeu, e João, seu irmão(aos quais
deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”); e ainda André,
Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o
cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
«Jesus subiu a montanha e
chamou os que ele quis»
Rev. D. Llucià POU i
Sabater (Granada, Espanha)
Hoje o
Evangelho condensa a teologia da vocação cristã: O Senhor elege os que quer
para estarem com Ele ou para os enviar como apóstolos (cf. Mc 3,13-14). Em
primeiro lugar, escolheu-os: antes da criação do mundo, destinou-nos a sermos
santos (cf. Ef 1,4). Ama-nos em Cristo, e é nele que nos modela, dando-nos
qualidades para sermos seus filhos. Apenas face à vocação se entendem as nossas
qualidades; a vocação é o “papel” que nos deu na redenção. É no descobrimento
do íntimo “porquê” da minha existência, quando me sinto plenamente ”eu”, quando
vivo a minha vocação.
E para que somos chamados? Para estarmos com Ele. Esta chamada implica correspondência: «Um dia —não quero generalizar, abre o seu coração ao Senhor e conta-lhe a sua história—, provávelmente um amigo, um cristão igual a você, descobriu-lhe um panorama profundo e novo, sendo ao mesmo tempo velho como o Evangelho. E lhe sugira a possibilidade de se empenhar seriamente em seguir a Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenha então perdido a tranquilidade e não a recupere, convertida em paz, até que, livremente, porque quis —que é a razão mais sobrenatural—, responda que sim a Deus. E chega a alegria, magnífica, constante, que apenas desaparece quando se afaste dele» (São Josémaria).
É dom, mas também tarefa: Santidade mediante a oração e os sacramentos e, além disso, luta pessoal. «Todos os fieis, de qualquer estado e condição de vida, estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição na caridade, santidade que, mesmo na sociedade terrena, promove um modo mais humano de viver» (Concílio Vaticano II).
Assim, podemos sentir a missão apostólica: levar Cristo aos outros; tê-lo e levá-lo. Hoje podemos considerar mais atentamente a chamada e afinar algum detalhe da nossa resposta de amor.
E para que somos chamados? Para estarmos com Ele. Esta chamada implica correspondência: «Um dia —não quero generalizar, abre o seu coração ao Senhor e conta-lhe a sua história—, provávelmente um amigo, um cristão igual a você, descobriu-lhe um panorama profundo e novo, sendo ao mesmo tempo velho como o Evangelho. E lhe sugira a possibilidade de se empenhar seriamente em seguir a Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenha então perdido a tranquilidade e não a recupere, convertida em paz, até que, livremente, porque quis —que é a razão mais sobrenatural—, responda que sim a Deus. E chega a alegria, magnífica, constante, que apenas desaparece quando se afaste dele» (São Josémaria).
É dom, mas também tarefa: Santidade mediante a oração e os sacramentos e, além disso, luta pessoal. «Todos os fieis, de qualquer estado e condição de vida, estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição na caridade, santidade que, mesmo na sociedade terrena, promove um modo mais humano de viver» (Concílio Vaticano II).
Assim, podemos sentir a missão apostólica: levar Cristo aos outros; tê-lo e levá-lo. Hoje podemos considerar mais atentamente a chamada e afinar algum detalhe da nossa resposta de amor.
SANTO DO DIA
A memória de
São Mário está ligada ao martírio do século terceiro. Junto com ele está a
memória de outros mártires: Marta, sua esposa, Audifax e Ábaco, supostamente
seus filhos e o padre Valentim. Os cinco testemunhos foram narrados cerca de um
século depois dos fatos, o que dificulta separar fatos de tradições orais.
A tradição
conta que Mário e sua família vieram da Pérsia para Roma, venerar os túmulos de
Pedro e Paulo. Nos arredores da cidade acabaram ajudando o padre Valentim a
enterrar os corpos de duzentos e sessenta mártires, que jaziam decapitados e
abandonados ao lado de uma estrada. Eles foram flagrados no cemitério e presos.
Todos
morreram, pois não renegaram a fé e se recusaram a prestar culto ao imperador.
Os homens foram decapitados na Via Cornélia, e Marta, mesmo informando que
ainda não havia recebido o batismo, também morreu afogada num poço fora dos
muros de Roma.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO :Ainda
que fruto de tradição antiquíssima, a história de Mário é exemplo de uma vida
familiar íntegra e unida. Assumir a fé em Cristo e testemunhar em família esta
fé garantiu-lhe a glória dos altares. Que nossas famílias sejam celeiros de fé
e que ensinemos aos filhos e netos o amor ao Pai do Céu.
TJL@
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