domingo, 14 de outubro de 2018

BOM DIA EVANGELHO - 15 DE OUTUBRO DE 2018


BOM DIA EVANGELHO

15 DE OUTUBRO DE 2018
SEGUNDA-FEIRA | 28º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO B
O Papa Francisco junto com os Bispos e Cardeais concelebrantes. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 14 Out. 18 / 07:09 am (ACI).- Neste domingo, 14, o Papa Francisco presidiu a Missa de canonização do Papa Paulo VI, do Arcebispo de San Salvador Dom Óscar Romero e de outros cinco novos santos este domingo 14 de outubro; e indicou que todos tinham em comum o saber amar Jesus com absoluta radicalidade.
Assim o assinalou o Santo Padre em sua homilia, em que advertiu que Jesus não se conforma com receber pouco. “Jesus é radical. Ele dá tudo e pede tudo: dá um amor total e pede um coração indiviso”, afirmou.
“Também hoje se nos dá como pão vivo; podemos lhe dar em troca as migalhas? A Ele, que se fez nosso servo até o ponto de ir à Cruz por nós, não podemos lhe responder só com a observância de algum preceito”.
“A Ele, que nos oferece a vida eterna, não podemos lhe dar um pouco do nosso tempo restante. Jesus não se conforma com uma ‘porcentagem de amor’: não podemos amá-lo a vinte, cinquenta ou sessenta por cento. Ou tudo ou nada”.
O Papa assinalou que o Evangelho deste domingo é um convite a encontrar-se com o Senhor, a amar com essa radicalidade, e em concreto isto se reflete no jovem “que se aproximou correndo” do Senhor. Neste sentido, Francisco convidou a “nos identificar com esse homem, cujo nome no texto bíblica não se diz, para sugerir que pode representar a cada um de nós”.
A conversa que se produz entre esse jovem e Jesus é um diálogo que se produz no interior de cada cristão ao longo de sua vida de fé.
O jovem “pergunta a Jesus como herdar a vida eterna. Ele pede a vida para sempre, a vida em plenitude: quem de nós não a deseja? Mas, vemos que a pede como uma herança a ser possuída, como um bem que deverá obter, que deve conquistar com as próprias forças”.
De fato, “para conseguir este bem observou os mandamentos desde a infância e para chegar ao objetivo está disposto a observar outros; por isso pergunta: ‘O que devo fazer para herdar?’”.
O Papa Francisco explicou que “a resposta de Jesus desconcerta” esse jovem. “O Senhor põe seu olhar nele e o ama. Jesus muda a perspectiva: dos preceitos observados para obter recompensas ao amor gratuito e total. Aquela pessoa falava em termos de oferta e procura, Jesus lhe propõe uma história de amor”.
Em concreto, “pede-lhe pasar da observância das leis ao dom de si mesmo, de alcançar por si mesmo a estar com Ele. E lhe faz uma proposta de vida ‘cortante’: ‘Vende o que tem, dá aos pobres (…) e logo vem e segue-me”.
“Jesus também diz a ti: ‘Vem, Segue-me’”, afirmou Francisco dirigindo-se aos fiéis congregados na Praça de São Pedro. Então, explicou o que significam essas duas palavras: “vir” e “seguir”.
“Vem: significa que Jesus não quer esteja quieto, porque para ser de Jesus não é suficiente com não fazer nada de ruim. Segue-me: não vá atrás de Jesus só quando for do seu agrado, e sim procure-o dia a dia; não se conforme em observar os preceitos, dando um pouco de esmola e dizer algumas orações: encontra nele o Deus que sempre te ama, o sentido de sua vida, a força para você se entregar”.
O Senhor tem uma atitude cortante com aquele jovem, mas suas palavras não são de reprovação, mas sim de amor. Jesus lhe diz: “Vende o que tem e dá aos pobres”.
O Pontífice sublinhou que “o Senhor não faz teorias sobre a pobreza e a riqueza, mas vai direto à vida. Ele te pede que deixe o que paralisa o coração, que te esvazies de bens para deixar espaço a ele, o único bem”.
“Verdadeiramente, não se pode seguir Jesus quando se está lastrado por coisas. Porque, se o coração estiver cheio de bens, não haverá espaço para o Senhor, que se converterá em um objeto mais. Por isso a riqueza é perigosa e, diz Jesus, dificulta inclusive a salvação”.
Deus não é severo, insiste Francisco. “O problema está em nós: o ter muito, o querer muito sufoca nosso coração e nos faz incapazes de amar”.
Neste sentido, o Papa comparou o coração humano com um ímã que “se deixa atrair pelo amor, mas só se adere por um lado e deve escolher entre amar a Deus ou amar as riquezas do mundo”.
“Perguntemo-nos de que lado estamos. Perguntemo-nos como vai nossa história de amor com Deus. Conformamo-nos com cumprir alguns preceitos ou seguimos Jesus como apaixonados, realmente dispostos a deixar algo para ele?”.
Em definitiva, perguntemo-nos: “basta-nos Jesus ou procuramos as seguranças do mundo? Peçamos a graça de saber deixar por amor do Senhor: deixar as riquezas, a nostalgia dos postos e o poder, as estruturas que já não são adequadas para o anúncio do Evangelho, os lastros que entorpecem a missão, os laços que nos atam ao mundo”.


ORAÇÃO
 Senhor Deus de bondade, ajudai-nos a repetir com Santa Teresa a oração que brota da relação amorosa com Deus e viver nossa vida como verdadeiros herdeiros do Reino de Deus. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Lucas 11,29-32
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 11 29 afluía o povo e ele continuou: “Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas.
30 Pois, como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o Filho do Homem o será para esta geração.
31 A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque ela veio dos confins da terra ouvir a sabedoria de Salomão! Ora, aqui está quem é mais que Salomão.
32 Os ninivitas levantar-se-ão no dia do juízo para condenar os homens desta geração, porque fizeram penitência com a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é mais do que Jonas”.
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
A EXIGÊNCIA DE SINAIS
Por mais que Jesus realizasse milagres e prodígios, havia sempre um clima de suspeita e prevenção contra ele. Seus adversários exigiam dele provas cada vez mais espetaculares e evidentes de sua condição messiânica. Entretanto, faltava-lhes boa vontade de dobrar-se diante da evidência e aceitar que, na ação de Jesus, era o próprio Deus quem agia em benefício da humanidade. Um sinal a mais, realizado por Jesus, não os faria mudar de opinião.
A opção por Jesus e sua palavra não podia dar-se de forma compulsória, prescindindo da liberdade. A evidência de um milagre espetacular não dispensava as pessoas de decidir-se livremente pelo Senhor. Tratava-se de uma decisão por Jesus, e por sua palavra que convidava à conversão. A veracidade das palavras do Mestre não dependia de seus milagres. Elas tinham um valor próprio e atingiam a raiz pecaminosa do coração humano. Exigir sinais que servissem para autorizar Jesus e sua chamada à conversão manifestava, claramente, uma indisposição para mudar de vida.
Jesus foi para seu povo o mesmo que Jonas fora para os habitantes de Nínive. O profeta, em nome de Deus, conclamou os ninivitas à conversão e todos eles, sem exceção, fizeram penitência e voltaram-se para Deus. Não foi necessário fazer demonstração de milagres. O mesmo deveria acontecer com a geração perversa do tempo de Jesus.
SANTO DO DIA
SANTA TERESA D´ÁVILA
Nascida no dia 28 de março de 1515, foi educada com os irmãos dentro do exemplo e dos princípios cristãos. Seu amor ao Cristo a fez planejar fugir de casa aos sete anos, para entregar-se ao martírio. Na adolescência Teresa afastou-se um pouco da vida exemplar e apegou-se as vaidades humanas. Seu pai a conduziu então para estudar no colégio das agostinianas, mas uma grave doença a obrigou a voltar para casa.
Neste período, pela primeira vez, Teresa passou por experiências espirituais e com vinte anos, decidiu se tornar religiosa. Desta vez fugiu com sucesso para morar no Convento Carmelita de Ávila. Vivia atormentada por pensamentos e tentações. Após outro período de doença grave Teresa concluiu que era hora de converter-se de verdade e empregou todas as forças do coração em sua definitiva vivência da religião, tomando o nome de Teresa de Jesus.
Aos trinta e nove anos ocorreu sua plena conversão. Pequena e sempre adoentada, ninguém entendia como conseguia subir e descer montanhas para percorrer os conventos da Espanha. Em 1560 teve a inspiração de um novo Carmelo, onde se vivesse sob as regras originais. Dois anos depois fundou o primeiro convento das Carmelitas Descalças da Regra Primitiva, em Ávila.
Apesar de toda esta atividade, ainda encontrava espaço para transmitir ao mundo suas reflexões e experiências místicas. Registrou toda sua vida e espiritualidade mística em livros como: "O Caminho da Perfeição", "As Moradas", "A Autobiografia", e outros.
Doente, morreu no dia 04 de outubro de 1582, aos sessenta e sete anos. O Papa Paulo VI, em 1970, proclamou Santa Teresa D'Ávila, Doutora da Igreja, a primeira mulher a obter este título.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO; Nada podemos saber, falar ou escutar da oração que não seja algo vivido ou experimentado. Em Teresa, mestra da oração, é estreita e forte a relação entre experiência e oração. Sua vida de oração foi determinada por grandes momentos: o encontro espontâneo com Deus, intercalando-se por um tempo de oração difícil e de relações tensas, e que se encerra em um encontro acalentador e plenificante.
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