Bom dia evangelho
22 DE OUTUBRO DE
2018
SEGUNDA-FEIRA | 29º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO B
Foto: L'Osservatore Romano
REDAÇÃO
CENTRAL, 21 Out. 18 / 07:00 am (ACI).- Em 2003, por
ocasião do centenário do Motu Proprio Tra le sollecitudini, sobre a
renovação da música sagrada, São João Paulo II deixou 10 princípios para
renovar o canto litúrgico e a música na Missa, entre outros.
1. Centralidade da Santidade
São
João Paulo observou que “é preciso sublinhar acima de tudo que a música
destinada aos sagrados ritos deve ter como ponto de referência a santidade”.
Por este motivo, citou as sábias palavras do Beato Papa Paulo VI, que afirmou
que, “se não se possui ao mesmo tempo o sentido da oração, da dignidade e da
beleza, a música instrumental e vocal impede por si o ingresso na esfera do
sagrado e do religioso”.
2. Nem todas as músicas são aptas
“A
mesma categoria de ‘música sacra’ – advertiu São João Paulo II – recebeu hoje
um alargamento de significado, a ponto de incluir repertórios que não podem
entrar na celebração sem violar o espírito e as normas da mesma Liturgia”.
“A
reforma realizada por São Pio X visava especificamente purificar a música
de igreja da contaminação da música profana
teatral, que em muitos países tinha poluído o repertório e a prática musical
litúrgica”, recordou o Pontífice e assinalou que “nem todas as formas musicais
podem ser consideradas aptas para as celebrações litúrgicas”.
3. Cuidar da singeleza das formas
Outro
princípio é “o da singeleza das formas”, ou seja, “pode existir uma música
destinada à celebração dos sagrados ritos que não seja, antes, ‘verdadeira
arte’, capaz de ter a eficácia ‘que a Igreja deseja obter, acolhendo na sua
liturgia a arte dos sons’”.
4. Respeitar os tempos
Entretanto,
“esta qualidade por si só não é suficiente”, advertiu o Papa peregrino. “Os
vários momentos litúrgicos exigem, de fato, uma expressão musical própria,
sempre apta a fazer emergir a natureza própria de um determinado rito, ora
proclamando as maravilhas de Deus, ora manifestando sentimentos de louvor, de
súplica ou ainda de melancolia pela experiência da dor humana, uma experiência,
porém, que a fé abre à perspectiva da esperança cristã”, manifestou São João
Paulo II.
5. Inculturação sem superficialidade
O
Pontífice destacou também o valor da inculturação na música litúrgica; mas
assinalou que “cada inovação nesta delicada matéria deve respeitar os critérios
peculiares, como a investigação de expressões musicais, que correspondam à
participação necessária de toda a assembleia na celebração e que evitem, ao
mesmo tempo, qualquer concessão à leviandade e à superficialidade”.
6. Não fazer experimentos
“O
espaço sagrado da celebração litúrgica jamais deve tornar-se um laboratório de
experiências ou de práticas de composição e de execução, introduzidas sem uma
verificação atenta”, afirmou o Papa.
7. Elemento de unidade
O
canto gregoriano, expressou São João Paulo II, “ocupa um lugar particular”;
porque “continua a ser também hoje, um elemento de unidade na liturgia romana”.
“São
Pio X ressaltava que a Igreja ‘o herdou dos antigos Padres’, ‘guardando-o
ciosamente durante os séculos nos seus códigos litúrgicos’ e ainda hoje o
‘propõe aos fiéis’ como seu, considerando-o ‘como supremo modelo de música
sacra’”, destacou.
8. Evitar a improvisação
Em
geral, assinalou São João Paulo II, o aspecto musical das celebrações
litúrgicas “não pode ser relegado nem à improvisação nem ao arbítrio de pessoas
individualmente, mas há de ser confiado a uma direção harmoniosa, no respeito
pelas normas e as competências, como significativo fruto de uma formação
litúrgica adequada”.
9. Formação sólida
Portanto,
no campo litúrgico, o Papa enfatizou “a urgência de promover uma formação
sólida, quer dos pastores quer dos fiéis leigos”.
“São
Pio X insistia particularmente sobre a formação musical do clero. Uma
insistência neste sentido foi reforçada também pelo Vaticano II: ‘Dê-se-lhes
grande importância nos Seminários, nos Noviciados dos religiosos e das religiosas
e nas casas de estudo, assim como noutros institutos e escolas católicas’”,
recordou o Papa polonês.
10. Seguir o supremo modelo
O
Pontífice reconheceu o valor da música litúrgica popular, mas a respeito disso
destacou: “Faço minha a ‘regra geral’ que são Pio X formulava com estes termos:
‘Uma composição para a Igreja é tanto sacra e litúrgica quanto mais se
aproximar, no andamento, na inspiração e no sabor, da melodia gregoriana, e
tanto menos é digna do templo, quanto mais se reconhece disforme daquele modelo
supremo’”.
São
João Paulo II destacou que “também hoje não faltam compositores capazes de
oferecer, neste espírito, a sua contribuição indispensável e a sua colaboração
competente para incrementar o patrimônio da música, ao serviço da Liturgia cada
vez mais intensamente vivida”.
Recordou
que São Pio X, dirigindo-se aos Bispos,
“prescrevia que instituíssem nas suas dioceses ‘uma comissão especial de
pessoas verdadeiramente competentes em matéria de música sacra’”.
“Onde
a disposição pontifícia foi posta em prática, não faltaram os frutos”, destacou
São João Paulo II. Por isso, desejou que “os Bispos continuem a secundar o
esforço destas Comissões, favorecendo-lhes a eficácia no âmbito pastoral”.
“Também
as Conferências episcopais hão de realizar cuidadosamente o exame dos textos
destinados ao canto litúrgico, e prestar uma atenção especial à avaliação e
promoção de melodias que sejam verdadeiramente aptas para o uso sacro”,
concluiu.
Para
ler a Carta completa de São João Paulo II com data de 22 de novembro de 2003,
memória de Santa Cecília, visite: https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/2003/documents/hf_jp-ii_let_20031203_musica-sacra.html#_ftn19
ORAÇÃO
Bendito seja Deus, que concedeu ao bispo Donato a graça da santidade.
Dai também a nós, o espírito de tranquilidade e amor por vós. Concedei-nos hoje
e sempre a firmeza da fé e a fortaleza nas adversidades. Por Cristo Nosso
Senhor. Amém!
Lucas
12,13-21
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 12 13 disse-lhe então alguém do meio do povo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”.
14 Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
15 E disse então ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas”.
16 E propôs-lhe esta parábola: “Havia um homem rico cujos campos produziam muito.
17 E ele refletia consigo: ‘Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita’.
18 Disse então ele: ‘Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens.
19 E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te’.
20 Deus, porém, lhe disse: ‘Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão?’
21 Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”.
Palavra da Salvação.
Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 12 13 disse-lhe então alguém do meio do povo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”.
14 Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
15 E disse então ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas”.
16 E propôs-lhe esta parábola: “Havia um homem rico cujos campos produziam muito.
17 E ele refletia consigo: ‘Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita’.
18 Disse então ele: ‘Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens.
19 E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te’.
20 Deus, porém, lhe disse: ‘Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão?’
21 Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”.
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
O RICO INSENSATO
O discípulo do Reino é instruído para se portar com liberdade diante dos bens deste mundo, para não correr o risco de cair na idolatria. A relação incorreta com as criaturas tende a levá-los a um comportamento errôneo em relação aos irmãos: coisificar as pessoas e tiranizá-las sem piedade, por absolutizar as riquezas. Por isso, Jesus denunciava energicamente a insensatez dos ricos. Alertava seus discípulos contra a avareza, insistindo para que não contassem com a abundância de bens como fator de segurança e felicidade. E isto na tentativa de levá-los a se manterem imunes contra a idolatria da riqueza.
A parábola do rico avarento apresenta uma atitude que todo discípulo deve evitar. O homem rico fechou-se na sua ganância de acumular, esquecendo-se de Deus e de seus irmãos. Não nutria nenhum desejo de partilhar, mas só de acumular. Quanto mais tinha, tanto mais queria ter. As necessidades dos outros não contavam. Pensava tão-somente em encontrar conforto e fartura para si mesmo, e assim, poder descansar tranqüilo uma vez que tinha garantido para si uma vida abastada.
Ele, porém, não contou com a morte, quando seria chamado a prestar contas a Deus. Só então, haveria de aparecer a total pobreza em que vivia, pois, faltando-lhe o amor, faltava-lhe tudo. Tendo acumulado só para si mesmo, acabou na mais total pobreza diante de Deus.
O discípulo do Reino é instruído para se portar com liberdade diante dos bens deste mundo, para não correr o risco de cair na idolatria. A relação incorreta com as criaturas tende a levá-los a um comportamento errôneo em relação aos irmãos: coisificar as pessoas e tiranizá-las sem piedade, por absolutizar as riquezas. Por isso, Jesus denunciava energicamente a insensatez dos ricos. Alertava seus discípulos contra a avareza, insistindo para que não contassem com a abundância de bens como fator de segurança e felicidade. E isto na tentativa de levá-los a se manterem imunes contra a idolatria da riqueza.
A parábola do rico avarento apresenta uma atitude que todo discípulo deve evitar. O homem rico fechou-se na sua ganância de acumular, esquecendo-se de Deus e de seus irmãos. Não nutria nenhum desejo de partilhar, mas só de acumular. Quanto mais tinha, tanto mais queria ter. As necessidades dos outros não contavam. Pensava tão-somente em encontrar conforto e fartura para si mesmo, e assim, poder descansar tranqüilo uma vez que tinha garantido para si uma vida abastada.
Ele, porém, não contou com a morte, quando seria chamado a prestar contas a Deus. Só então, haveria de aparecer a total pobreza em que vivia, pois, faltando-lhe o amor, faltava-lhe tudo. Tendo acumulado só para si mesmo, acabou na mais total pobreza diante de Deus.
SANTO DO DIA
SÃO DONATO
Donato,
filho de nobres cristão, nasceu na Irlanda nos últimos anos do século VIII.
Desde criança foi educado na fé católica. Ainda jovem abandonou a família e a
pátria e seguiu em peregrinação por várias regiões até chegar em Roma, onde se
tornou sacerdote, em 816.
Na volta
para a Irlanda, acabou sendo eleito bispo na cidade de Fiesole. A tradição conta
que quando Donato entrou na igreja, os sinos tocaram e os círios se acenderam,
sem que alguém tivesse contribuído para isso. O povo viu nestes sinais a
chegada do novo pastor. Era o ano 829. Existem muitos registros sobre o seu
governo pastoral que durou cerca de quarenta anos.
Teve uma boa
relação com os soberanos daquela época, os quais acompanhava nas empreitadas e
nas viagens. Escritos relatam que Donato era professor, trabalhou para os reis
franceses, participou de expedições com os imperadores italianos e chefiou uma
campanha contra os invasores muçulmanos na Itália meridional.
Em 850, o
Bispo Donato esteve em Roma participando da coroação do imperador Ludovico,
feita pelo Papa Leão IV. Morreu em 877 na cidade de Fiesole, Itália. A festa de
Santo Donato se espalhou por todo o mundo cristão, mas principalmente na
Irlanda onde ele é muito homenageado.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
REFLEXÃO
Era um
sacerdote muito instruído, sábio e prudente, por isso se preocupou com a
instrução do clero e da juventude. Escreveu diversas obras, entre as quais um
Credo poético, que recitou antes de morrer.
tjl@ - acidigital.com – a12.com
– domtotal.com
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