quarta-feira, 24 de outubro de 2018

BOM DIA EVANGELHO - 25.OUTUBRO.2018

BOM DIA EVANGELHO

25 DE OUTUBRO DE 2018
QUINTA-FEIRA | 29º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO B
Papa Francisco / Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)
Vaticano, 24 Out. 18 / 03:30 pm (ACI).- O Papa Francisco conversou com jovens e idosos na terça-feira, 23 de outubro, em um encontro intergeracional realizado no Instituto Augustinianum, em Roma, organizado pela editora italiana Marsilio. A escuta entre as gerações, a transmissão da fé aos jovens ou a ajuda aos migrantes foram alguns temas mencionados.
O objetivo do evento foi promover a venda do livro ‘La saggezza del tempo' (A Sabedoria do Tempo'), escrito por Pe. Antonio Spadaro, diretor da revista jesuíta ‘La Civiltà Cattolica’, que recolhe testemunhos de idosos em diferentes países do mundo e o comentário do Santo Padre em resposta a cada um deles.
Como viver em uma sociedade que se move pela violência
No encontro, o Papa respondeu a algumas perguntas do público, entre eles o cineasta americano Martin Scorsese, que perguntou como se pode viver uma vida boa e justa em uma sociedade que parece se mover pela ganância e pela violência.
"Diante da violência, da crueldade, da destruição da dignidade humana, o choro é cristão", respondeu o Papa.
E incentivou "a pedir o dom das lágrimas, porque chorar abre o coração é uma fonte de inspiração. Chorem. Jesus chorou nos momentos mais difíceis da sua vida. No momento que ele viu o fracasso do seu povo, chorou diante de Jerusalém".
Em seguida, a italiana Federica Ancona, de 26 anos, perguntou como pode ter uma vida feliz. O Papa respondeu-lhe: “Com o gesto de estender e abrir a mão”.
Frente a uma cultura da hipocrisia e do fechamento, o Papa propôs “a cultura da convivência”, da fraternidade e do serviço, porque implica “abrir e sujar as mãos”. “Você quer ser feliz? Então estenda, abra e suje a sua mão”.
Como transmitir a fé aos filhos
Além disso, o casal maltês Tony e Grace Naudi, de 71 e 65 anos, perguntou como eles, como pais e avós, podem transmitir a fé aos seus filhos e netos e evitar que renunciem ao caminho da fé.
O Pontífice respondeu recordando que "a fé sempre é transmitida na linguagem. A linguagem da família, a linguagem da amizade, a linguagem da proximidade".
Também sublinhou que "a fé sempre é transmitida em casa. São precisamente os avós que, nos momentos mais difíceis da história, transmitiram a fé. Pensemos nas perseguições da fé que ocorreram no século passado. Durante as ditaduras e genocídios que todos conhecemos... Os avós ensinavam escondidos aos netos a rezar e os levavam para serem batizados. Eles tiveram uma grande responsabilidade nestes momentos de perseguição".
Destacou ainda que para transmitir a fé "não é suficiente ler o catecismo, porque a fé não é só o conteúdo, é a maneira de viver, avaliar, de alegrar-se, de entristecer-se, de chorar... há um ensinamento de vida".
Além disso, rejeitou a tentação de proselitismo, "não se trata de convencer, porque a fé e a Igreja não crescem por proselitismo, mas por atração, ou seja, através do testemunho". Nesse sentido, destacou a importância do silêncio, “mas um silêncio que acompanha, não um silêncio que acusa”.
Pelo contrário, existe o "testemunho ruim, a maioria por parte de pessoas da Igreja como sacerdotes neuróticos ou pessoas que se dizem católicas, mas levam uma vida ruim". Esse testemunho ruim é aquele que afasta as pessoas da fé, assegurou o Pontífice.
Como conselho aos pais que viram como seus filhos se afastavam da fé, propôs que eles agissem “com muito amor, muita ternura, testemunho, paciência e oração. E nunca discutam”.
Como incentivar os jovens a confiar na vida
Rosemary Lane, uma americana de 30 anos, perguntou ao Santo Padre o que ele diria aos jovens que querem confiar na vida, que querem construir um futuro à altura dos seus sonhos.
"Eu diria que eles comecem a sonhar e sonhar descaradamente e sem sentir nenhuma vergonha", respondeu o Pontífice.
E acrescentou: “Defender os sonhos como se defende os filhos”. “Quando você tem um sonho, guarda-o e o defende dentro de si para que a cotidianidade não o leve embora”. Também incentivou a “levar os sonhos dos idosos. Não basta ouvi-los, escrevê-los e ir embora para se divertir. É necessário levar os sonhos dos idosos conosco. É uma responsabilidade que muda o seu coração, isso fará você crescer, amadurecer”.
O problema dos populismos
Fiorella Bacherini, uma italiana de 83 anos, mencionou ao Papa o problema dos populismos e como aqueles que querem semear o ódio usam o drama dos refugiados para alcançar os seus objetivos.
O Pontífice foi muito claro e afirmou que os jovens "precisam saber como cresce o populismo" e encorajou a estudar a ascensão ao poder de ditadores como Hitler na Alemanha na década de 1930. "Para que entendam como começou o populismo", destacou.
"Não se pode viver semeando ódio. Pensemos na história das religiões, na reforma protestante, como semeamos ódio de ambos os lados. E no decorrer do tempo percebemos que esse não era o caminho e agora estamos semeando gestos de amizade e não de ódio".
O Papa insistiu: "Semear o ódio é fácil, e não precisamos olhar para o cenário internacional, aqui mesmo, nos bairros, no nosso dia a dia. O ódio é semeado com comentários ruins, com a fofoca... Isso é matar. É matar a fama do outro, matar a paz e a concórdia na família, no bairro, no lugar de trabalho".
Sobre o drama da migração, perguntou: "O que se pode fazer quando vejo que o Mediterrâneo é um cemitério? De verdade: sofro, rezo, falo. Não podemos aceitar este sofrimento".
Recordou que “ajudar o migrante é um mandato bíblico, porque ‘você mesmo foi migrante no Egito’. E pensamos: a Europa foi feita de migrantes. E ser conscientes de que em alguns momentos ruins do passado, outros países receberam migrantes europeus".
Nesse sentido, recordou: "Eu sou filho de migrantes que foram para a Argentina. Na América, há muitas pessoas com nome italiano. Migrantes recebidos com o coração e os braços abertos".
Finalmente, insistiu que os imigrantes não deveriam ser somente acolhidos, mas também integrados.
ORAÇÃO
 Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me fizestes. Peço-Vos, por tudo que fez o Vosso servo Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. Amém!
Lucas 12,49-53
Eu tudo considero como perda e como lixo a fim de eu ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3,8s)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 12 49 disse Jesus: “Eu vim lançar fogo à terra, e que tenho eu a desejar se ele já está aceso?
50 Mas devo ser batizado num batismo; e quanto anseio até que ele se cumpra!
51 Julgais que vim trazer paz à terra? Não, digo-vos, mas separação.
52 Pois de ora em diante haverá numa mesma casa cinco pessoas divididas, três contra duas, e duas contra três;
53 estarão divididos: o pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra”.

Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
A CISÃO DO REINO
O Reino anunciado por Jesus criou rupturas no seio da humanidade. Pode parecer estranho, considerando que pretendia ser um Reino de paz. Entretanto, Jesus afirmou não ter vindo trazer paz à Terra, e sim,  a divisão.
Como se explica a ruptura causada pelo Reino? Ele consiste numa proposta de Jesus  à humanidade. Sendo proposta, pode ser acolhido ou rejeitado. Rejeitar o Reino significa optar pelos valores que lhe são contrários. Assim se estabelece uma dupla polaridade de ação. De um lado, coloca-se quem acredita no amor, na justiça e no perdão. De outro, posiciona-se quem se entrega ao egoísmo, à injustiça e à violência. Não existe conciliação possível entre estes dois projetos de vida. É ingênuo e inútil pretender juntá-los a qualquer custo, pois são inconciliáveis.
Pode acontecer que, numa mesma família, o pai faça sua opção pelo Reino e o filho não, a mãe sim e a filha não, a sogra sim e a nora não, ou vice-versa. Assim, se estabelece uma divisão irremediável dentro da família, por causa do Reino. Este não une, ao contrário, desune. Não pode acontecer, porém, que o pai pactue com a maldade do filho, ou a mãe ceda ao egoísmo da filha e, ainda, a sogra concorde com a injustiça da nora, ou vice-versa, só para não desagradar. As exigências do Reino colocam-se acima dos laços familiares.
SANTO DO DIA
SANTO ANTÔNIO DE SANT'ANNA GALVÃO
O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão, nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas. Desse modo, na sua vida estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio deixa os jesuítas e ingressa na Ordem Franciscana, no Rio de Janeiro.
Em 1768 foi nomeado pregador e confessor do convento das Recolhidas de Santa Teresa. Entre suas penitentes encontrou a Irmã Helena Maria do Sacramento, que tinha visões sobre a fundação de um novo convento. Apesar das dificuldades, frei Galvão e Irmã Helena fundaram, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.
Entre dificuldades e perseguições, frei Galvão conseguiu manter e ampliar este convento, construindo inclusive uma igreja anexa ao prédio. Hoje o convento, em São Paulo, é patrimônio cultural da humanidade. Em 1811, a pedido do Bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara em Sorocaba.
Com a saúde enfraquecida recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Providência. Durante sua última enfermidade, Frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade aos 23 de dezembro de 1822.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Frei Galvão foi chamado "Bandeirante de Cristo", porque tinha na alma a grandeza, o arrojo e fortaleza de um verdadeiro bandeirante. Renunciou a uma brilhante situação no mundo para servir a Jesus Cristo. Cheio do espírito de caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Foi considerado santo mesmo antes de sua morte.

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