segunda-feira, 19 de novembro de 2018

BOM DIA EVANGELHO - -20.NOVEMBRO.2018


BOM DIA EVANGELHO

20 DE NOVEMBRO DE 2018
TERÇA-FEIRA | 33º SEMANA DO TEMPO COMUM | ANO B
Papa Francisco com os sacerdotes do Pontifício Colégio Pio Latino-americano - Foto: Vatican Media (ACI Prensa)
Vaticano, 16 Nov. 18 / 01:30 pm (ACI).- No dia 15 de novembro, o Papa Francisco recebeu um grupo de sacerdotes da América Latina que estudam no Pontifício Colégio Pio Latino-americano e os exortou: "Não tenham medo da santidade e de doar a vida pelo seu povo".
Durante a audiência, concedida pelos 160 anos da fundação da sua instituição, o Santo Padre recordou que Santo Óscar Romero foi um dos ex-alunos e o descreveu como "um homem arraiado na Palavra de Deus e no coração do seu povo", assim como "sinal vivo da fecundidade e santidade da Igreja latino-americana".
Nesse sentido, o Papa os encorajou a "entrar em contato com aquela longa cadeia de testemunhas na qual somos convidados a criar raízes e a nos inspirar todos os dias". "Não tenham medo da santidade e de doar a vida pelo seu povo", exortou.
Do mesmo modo, o Pontífice assinalou que, "no caminho da mistura cultural e pastoral, não estamos órfãos", porque "nossa Mãe nos acompanha". "Ela quis se mostrar assim, mestiça e fecunda, e assim está junto conosco, Mãe da ternura e fortaleza que nos salva da paralisia ou da confusão do medo porque simplesmente está presente, como Mãe", afirmou.
Deste modo, o Papa Francisco encorajou os sacerdotes a não se esquecerem da Virgem Maria e de pedir com confiança que lhes "ensine o caminho" e se livrem da "perversão do clericalismo", para que se tornem cada dia mais "pastores do povo" e não "clérigos do Estado", assegurou.
Perda das raízes
Em seu discurso, o Santo Padre disse que "um dos fenômenos que atualmente afeta o continente é a fragmentação cultural, a polarização do tecido social e a perda das raízes".
Ele indicou que "a Igreja não é alheia à situação e está exposta a essa tentação. Sujeita ao mesmo ambiente, corre o risco de se desorientar ao ser vítima de uma ou outra polarização ou desarraigada, se a sua vocação a ser terra de encontro é esquecida".
Por isso, o Papa sublinhou a importância do tempo que os sacerdotes estão em Roma, para que a sua estadia no Colégio lhes permita “criar laços e alianças de amizade e fraternidade" e para que, durante esses anos, possam " aprender a conhecer melhor e viver as suas alegrias e esperanças, as tristezas e angústias de seus irmãos; possam dar um nome e um rosto às situações concretas que nossos povos vivem e enfrentam e sentir como próprios os problemas do vizinho ".
Nesse sentido, o Pontífice convidou o Colégio Pio Latino-Americano a “criar uma comunidade sacerdotal aberta e criativa, alegre e cheia de esperança, se sabe ajudar-se e socorrer-se, se é capaz de arraigar-se na vida dos outros, irmãos filhos de uma história e patrimônio comum, que fazem parte do mesmo presbitério e povo latino-americano”.
"Uma comunidade sacerdotal que descobre que a maior força que tem para construir a história nasce da solidariedade concreta entre seus membros, hoje, que continuará amanhã em suas Igrejas e povos a fim de serem capazes de transcender o que é simplesmente ‘paroquial’ e liderar comunidades que saibam se abrir aos outros para tecer e curar a esperança”, explicou.
Ao finalizar, o Papa Francisco disse que "o nosso continente conseguiu imprimir na sua tradição e na sua memória uma realidade: o amor a Cristo e de Cristo deve ser manifestado na paixão pela vida e pelo destino dos nossos povos e especialmente na solidariedade com os mais pobres, os que sofrem e os necessitados".
ORAÇÃO
 Pai de justiça e bondade, que chamaste São Edmundo para testemunhar a fé no vosso nome e dispuseste toda a vida dele em função da evangelização, daí-nos seguir seus exemplos e nos converter sempre mais ao vosso amor. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Lc 19,1-10)
Naquele tempo, Jesus tinha entrado em Jericó e estava passando pela cidade. Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos publicanos e muito rico. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era baixinho. Então ele correu à frente e subiu numa árvore para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: «Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa. Ele desceu depressa, e o recebeu com alegria.
Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: «Foi hospedar-se na casa de um pecador!». Zaqueu pôs-se de pé, e disse ao Senhor: «Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e se prejudiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais». Jesus lhe disse:«Hoje aconteceu a salvação para esta casa, porque também este é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido».
«O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido»
Rev. D. Enric RIBAS i Baciana (Barcelona, Espanha)
Hoje, Zaqueu sou eu. Esse personagem era rico e chefe dos publicanos; eu tenho mais do que necessito e também muitas vezes atuo como um publicano e esqueço-me de Cristo. Jesus, entre a multidão, procura Zaqueu; hoje, no meio deste mundo, precisamente procura-me a mim: «Desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa»(Lc 19,5).
Zaqueu deseja ver a Jesus; não o conseguirá sem esforçar-se e sobe a árvore. Quisera eu ver tantas vezes a ação de Deus! Mas não sei se estou verdadeiramente disposto a fazer o ridículo obrando como Zaqueu. A disposição do chefe de publicanos de Jericó é necessária para que Jesus possa agir; se não se apressa, pode perder a única oportunidade de ser tocado por Deus e assim, ser salvado. Possívelmente, eu tive muitas ocasiões de encontrar-me com Jesus, e talvez vendo que já era hora de ser corajoso, de sair de casa, de encontrar-me com Ele e de convidá-lo a entrar no meu interior, para que Ele possa dizer também de mim: «Hoje aconteceu a salvação para esta casa, porque também este é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,9-10).
Zaqueu deixa entrar a Jesus na sua casa e no seu coração, ainda que não se sente digno dessa visita. Nele a conversão é total: começa pela renúncia à ambição de riquezas, continua com o propósito de partilhar os seus bens e termina com uma vontade firme de fazer justiça, corrigir os pecados que cometeu. Pode que Jesus me este pedindo algo parecido desde faz tempo, mas eu não quero escutar e faço ouvidos surdos; necessito converter-me.
Dizia São Máximo: «Nada há mais querido e agradável a Deus como a conversão dos homens a Ele com um arrependimento sincero». Que Ele me ajude hoje a fazê-lo realidade.
SANTO DO DIA
SANTO EDMUNDO
Edmundo é o santo mais vivo na memória do povo da Inglaterra do que nos documentos históricos. Os registros trazem dados sobre o seu reinado e sua morte, mas sobre sua origem poucas são as informações. Sabemos que Edmundo era cristão, filho do rei da Saxônia que foi educado na Inglaterra. Aos catorze anos de idade tornou-se rei deste território.
Era um tempo duríssimo para toda a Inglaterra, agredida constantemente pelos bárbaros dinamarqueses que invadiam a saqueavam seus vilarejos.  No ano de 869, os dinamarqueses irromperam uma grande invasão nos domínios do rei Edmundo. Para defender seu povo e o reino, ele reuniu seu pequeno exército e combateu os invasores, mais equipados e em maior número. Desse modo, ele acabou como prisioneiro de seus opositores.
Os dinamarqueses ofereceram ao rei Edmundo a possibilidade de manter sua vida e a coroa, caso renegasse a fé e se proclamasse vassalo. O rei rejeitou a proposta por duas vezes. Dessa maneira selou seu destino. Morreu traspassado pelas flechas dos bárbaros pagãos, no dia 20 de novembro de 870.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO : A defesa da fé cristã custou a vida de muitos homens e mulheres ao longo da história. O sangue dos mártires irriga a vida da Igreja e faz brotar continuamente novos missionários para a propagação da Boa Nova. Ainda hoje somos chamados a buscar a união profunda com Cristo, fazendo dele a grande referência da nossa vida.
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