quarta-feira, 7 de novembro de 2018

BOM DIA EVANGELHO - 8.11.018


BOM DIA EVANGELHO

08 DE NOVEMBRO DE 2018
QUINTA-FEIRA | 31º DOMINGO DO TEMPO COMUM |COR: VERDE | ANO B
Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 07 Nov. 18 / 08:36 am (ACI).- O Papa Francisco continuou nesta quarta-feira, 7 de novembro, na Audiência Geral, com suas catequeses sobre o Decálogo e, nesta ocasião, refletiu sobre o Sétimo Mandamento: “Não roubar”. Explicou que “não roubar” implica também que “a posse é uma responsabilidade” e, por isso, não se pode privar as pessoas dos recursos da terra necessários para sua sobrevivência.
Nesse sentido, afirmou que “se sobre a terra há fome, não é por falta de comida”. “O que falta é uma ação empresarial livre e de longo alcance, que assegura uma adequada produção, e uma estratégia solidária, que garanta uma distribuição equitativa”.
O Pontífice destacou como ao longo da história humana nunca se houve uma cultura ou uma civilização na qual “o roubo ou a prevaricação de bens fosse algo lícito”. De fato, “a sensibilidade humana é muito suscetível à defesa das posses”.
Entretanto, o Papa quis ir além do problema concreto do roubo e do respeito pela propriedade ao qual, em um primeiro pensamento, pode parecer que se limita este Mandamento. Por isso, incentivou a “focar o tema da propriedade de bens à luz da sabedoria cristã”.
“A Doutrina Social da Igreja fala de destinação universal dos bens. O que significa isso?”, começou Francisco. O Papa recordou as palavras do Catecismo, no qual se diz que “os bens da criação são destinados a todo o gênero humano”.
Também citou essas outras palavras do Catecismo: “O destino universal dos bens continua a ser primordial, embora a promoção do bem comum exija o respeito pela propriedade privada, do direito a ela e do respectivo exercício”.
“A Providência, porém, não dispôs um mundo ‘em série’, mas há diferenças, condições diversas, assim se pode viver provendo-se uns aos outros. O mundo é rico de recursos para assegurar a todos os bens primários”, recordou.
Apesar disso, “muitos vivem numa escandalosa indigência e os recursos, usados sem critério, vão se deteriorando”. O Santo Padre recordou: “Mas o mundo é um só. A humanidade é uma só!”.
“A riqueza do mundo hoje está nas mãos da minoria, de poucos, e a pobreza, aliás, a miséria, é o sofrimento de muitos, da maioria”.
Francisco voltou a recorrer ao Catecismo: “Quem usa desses bens, não deve considerar as coisas exteriores, que legitimamente possui, só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar, não só a si, mas também aos outro”.
“Nesta perspectiva surge o significado positivo e amplo do Mandamento ‘Não roubar’. A posse é uma responsabilidade e todo bem subtraído à lógica da Providência de Deus é traído em seu sentido mais profundo”. “Toda riqueza, para ser boa, deve ter uma dimensão social”, sublinhou.
O Papa concluiu: “Aquilo que possuo verdadeiramente é aquilo que sei doar. De fato, se não consigo doar algo é porque essa coisa me possui, tem poder sobre mim e sou escravo dela. Ninguém é patrão absoluto dos bens. É um administrador dos bens. A posse de bens é uma ocasião para multiplicá-los com criatividade e usá-los com generosidade e, assim, fazer crescer na caridade e na liberdade”.
ORAÇÃO
 Deus, nosso Pai, ficai conosco, dissipai todo o medo e apaziguai os nossos corações, para que, mediante vossa ação libertadora em nós, a luz da fé renasça em nossas vidas. A exemplo de Godofredo, dai-nos a calma tranqüilidade para enfrentar as dificuldade do dia-a-dia. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Lucas 15,1-10
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

15 1 Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo.
2 Os fariseus e os escribas murmuravam: “Este homem recebe e come com pessoas de má vida!”
3 Então lhes propôs a seguinte parábola:
4 “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5 E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo,
6 e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: ‘Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido’.
7 Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la?
9 E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: ‘Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido’.
10 Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa”.
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
A ALEGRIA DE DEUS
Os rigorosos fariseus e mestres da Lei esperavam de Jesus um tratamento duro para com os pecadores. Por isso, não viam com bons olhos a misericórdia que lhes era dispensada. Jesus acolhia os pecadores e comia com eles, com toda naturalidade, sem se importar com os preconceitos de que eram vítimas. Afinal,  fora enviado para salvá-los dos seus pecados.
A diferença entre a atitude de Jesus e a de seus adversários estava na maneira como cada qual via a imagem de Deus. Para estes últimos, essa imagem centrava-se na Lei. Portanto, um Deus legalista que se alegrava em ver as pessoas submissas a seus ditames rígidos e que marginalizava quem ousasse desrespeitá-los. Um Deus que cindia a humanidade em dois blocos: o bloco dos bons, correspondente aos praticantes da Lei, e o bloco dos maus, correspondente aos pecadores. Os primeiros eram dignos de elogios e salvação, os outros, dignos de censura e de condenação.
A teologia de Jesus era bem diferente. Para ele, Deus era o Pai misericordioso, cujo amor destina-se, em primeiro lugar, aos pecadores e marginalizados. Sua alegria não consiste em condená-los, e sim em vê-los convertidos, reencontrando o bom caminho. Os bons e santos, basta que continuem firmes no caminho da fidelidade. Quanto aos pecadores, o Pai vai ao encontro deles e fica feliz quando os reencontra.
SANTO DO DIA
SÃO GODOFREDO
Godofredo, cujo nome significa “paz de Deus”, nasceu em 1066, filho de família nobre francesa. Com cinco anos foi entregue para ser educado pelos monges beneditinos. Ordenou-se sacerdote aos vinte e cinco anos de idade.
A sua integridade de caráter, profundidade nos conhecimentos dos assuntos da fé, bem como a visão social que demonstrava, logo chamaram a atenção dos superiores. Foi nomeado abade, com a delicada missão de restabelecer as regras disciplinares dos monges, muito afastados do ideal da vida cristã.
Ele próprio viveu uma vida simples e dedicada ao seguimento de Cristo. Era comum ver os mendigos e leprosos participando da sua mesa, pois acolhia todos os necessitados com abrigo e esmolas fartas. Suas virtudes levaram o povo e o clero a eleger Godofredo como Bispo de Amiens.

Nesta diocese enfrentou os ricos e poderosos, que viviam apegados ao vício e aos prazeres corporais. Sua pregação era dura e acabou atraindo para si a ira de muitas pessoas. Houve uma ocasião em que tentaram envenená-lo.
Godofredo ainda viveu longo tempo como pastor e reformador da sua diocese. Morreu no dia 08 de novembro de 1115. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO:  Godofredo foi um homem do povo. Sua simplicidade cativava homens e mulheres que o procuravam para conselhos espirituais. Colocou-se ao lado do povo simples, defendendo-o contra a ganância dos poderosos. Condenou com veemência os abusos do clero e procedeu à reforma das comunidades religiosas. Sua persistência custaram-lhe a vida, mas como prêmio recebeu a coroa da imortalidade ao lado de Deus.
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