quinta-feira, 22 de agosto de 2019

BOM DIA EVANGELHO - 23.AGOSTO.2019 - SEXTA-FEIRA


BOM DIA EVANGELHO

23 DE AGOSTO DE 2019
SEXTA-FEIRA | 20º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO C
Padre José Ruy Correa. Crédito: Facebook Família Brasileira Católica em Madri
MADRI, 22 Ago. 19 / 03:00 pm (ACI).- Pe. José Ruy Correa tem 34 anos, é brasileiro e todos os meses percorre os 400 quilômetros que separam as cidades de Pamplona e Madri para servir espiritualmente a comunidade de brasileiros católicos que moram na capital da Espanha.
Como explicou ao Grupo ACI, Pe. Correa descobriu sua vocação sacerdotal quando, em oração, pediu ao Senhor que enviasse atendimento pastoral à sua cidade.
“Na minha cidade havia pouca presença religiosa, não havia sacerdotes e a Missa era celebrada uma vez por mês. Quando me preparava para receber a Primeira Comunhão, senti um primeiro chamado para ser sacerdote, mas me afastei da Igreja. Voltei com 15 anos graças a um grupo de jovens da Renovação Carismática. Rezando, pedia ao Senhor que fizesse alguma coisa, que nos enviasse sacerdotes para nos atender. O Senhor me fez entender que eu poderia fazer parte da solução e entrei no seminário da minha diocese, Nova Friburgo, com 17 anos”, explicou.
Durante seu tempo como seminarista no Brasil, cursou licenciatura de Filosofia e depois foi enviado pelo seu bispo para estudar licenciatura em Teologia na Universidade de Navarra (Espanha).
“Terminei de estudar na Universidade de Navarra em 2010, saí do seminário ordenado diácono e retornei à minha diocese de Nova Friburgo, no Brasil, para trabalhar no que fosse necessário e para minha ordenação sacerdotal. Nestes últimos cinco anos, fui reitor do seminário diocesano e, no ano passado, meu bispo me mandou de volta à Espanha para me especializar em Teologia Histórica”, explicou ao Grupo ACI.
Pe. Correa pôde realizar seus estudos graças ao Centro Acadêmico Romano Fundação (CARF), que oferece bolsas de estudo a sacerdotes de dioceses com baixos recursos que desejam se formar na Universidade de Navarra ou na Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.
O sacerdote brasileiro chegou à Espanha novamente em setembro de 2018, disposto a investir todo o seu esforço e habilidade para estudar a especialização, mas não sabia que o Brasil permaneceria mais próximo do que poderia imaginar.
“Um amigo em comum me colocou em contato com Rosa e Mario, o casal que coordena a comunidade de brasileiros católicos que moram em Madri. Eu planejava estar na cidade por alguns dias em dezembro e eles me convidaram para celebrar a Missa em português alguns dias antes do Natal. Eu concordei encantado”, disse.
O primeiro encontro com esta comunidade foi “precioso, incrível”, assinala.
“Fui celebrar a Missa em português e havia mais de 200 pessoas na igreja. Depois, me sentei para atender a confissão de uma pessoa e em seguida se formou uma fila grande para realizar a confissão em português. No dia seguinte, fizeram um teatro de Natal e novamente formou-se uma grande fila para a confissão... Foi muito bonito”.
Emocionado pela acolhida, Pe. Correa falou com Rosa e com Mario que queria continuar os visitando, “mesmo que fosse apenas uma vez ao mês” para continuar ajudando seus compatriotas na Espanha. E assim foi.
Desde então, uma vez por mês, Pe. Correa pega o ônibus em Pamplona e viaja pelos 400 quilômetros que separam esta cidade do norte da Espanha de Madri.
“No sábado, estou disponível para a confissão e direção espiritual e depois celebro a Missa. No domingo, também estou disponível para aqueles que querem se confessar e, às 16h, pego o ônibus de volta para Pamplona. Agora estou tentando vir duas vezes por mês, porque com apenas um fim de semana não consigo atender todos que precisam”, explicou ao Grupo ACI.
Rosa e Mario também são parte fundamental na pastoral brasileira em Madri, pois, há quatro anos, coordenam vários grupos de oração do Terço na paróquia de São José Operário de Madri.
Atualmente, existem mais de 24 grupos que se reúnem uma vez por mês para rezar o Terço em casas particulares de brasileiros e também mensalmente toda a comunidade se reúne para celebrar a Missa em português.
“Esta comunidade de brasileiros em Madri, quando se aproxima um tempo litúrgico 'forte', como o Advento, o Natal, a Quaresma ou a Semana Santa, costuma fazer um dia de retiro espiritual, com a celebração da Missa, oração, confissões e assim por diante, e isso requer que tenha um sacerdote disponível”, assegura.
Pe. Ruy explica também que sua função é "facilitar o retorno à fé" para que depois esses brasileiros se integrem em suas paróquias.
“Há aqueles que voltam à fé depois de muito tempo, amigos que convidam outros amigos brasileiros que têm mais dificuldade de falar em espanhol ou de se entender com um sacerdote da Espanha, porque há uma mudança cultural. A minha função é facilitar essa reintegração na fé, porque o normal é que, nas semanas em que eu não estou, eles participem das missas em suas paróquias”, afirma.
Assegura que são “famílias muito trabalhadoras”, pessoas “que tentam colocar Deus no centro de sua vida, converter-se, fortalecer a sua fé. Vejo milagres em primeira pessoa, por exemplo, durante este tempo realizei pelo menos 10 santificações matrimoniais de casais que estavam casados apenas no civil e que decidiram se casar pela Igreja e voltar à fé. E agora caminham com um fervor, com uma animação realmente incrível”.

Oração
Ó Deus, que inspirastes santa Rosa de Lima, inflamada de amor, a deixar o mundo, a servir os pobres e a viver em austera penitência, concedei-nos, por sua intercessão, seguir na terra os vossos caminhos e gozar no céu as vossas delícias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Mateus 13,44-46
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 13 44disse Jesus: "O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.
45O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas.
46Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra".

Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
O ABSOLUTO DO REINO
O centro de convergência da parábola do tesouro escondido e da pérola preciosa encontra-se na decisão do agricultor e do comerciante, de desfazer-se de todos os seus bens para adquirir o bem encontrado, por ser sobremaneira precioso. O bom senso mostrou-lhes a conveniência de investir tudo na aquisição do bem maior. A perda redundaria em ganho, a loucura revelar-se-ia sabedoria.
Assim comporta-se o discípulo em relação ao Reino. Sua descoberta leva-o a redimensionar toda a sua vida, dando um sentido novo a cada um de seus aspectos, subordinando-os ao absoluto do Reino. O discípulo predispõe-se a qualquer sacrifício. Nada lhe parece demasiadamente pesado, quando se trata de colocar o Reino e seus valores no centro de sua existência.
O discípulo vê-se confrontado com a responsabilidade de fazer uma opção que revolucionará toda a sua vida. Nem sempre estará seguro do passo que deverá dar. Daí a possibilidade de se deixar levar pelo medo e pela incerteza. A convicção do discípulo, ao tomar esta decisão, dependerá do modo como foi tocado pelo Reino. Quanto mais profunda for a experiência tanto mais seguro estará o discípulo. Uma experiência superficial dificilmente levará a uma opção radical. Aí se revela quem, de fato, fez-se discípulo do Reino.
SANTO DO DIA
SANTA ROSA DE LIMA
Isabel Flores de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. Por causa da beleza recebeu o apelido de Rosa. Seus pais eram ricos espanhóis, que se mudaram para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.
Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação. Na adolescência decidiu entregar sua vida somente a Cristo e ingressou na Terceira Ordem Dominicana, tomando como exemplo de vida Santa Catarina de Sena. Dedicou-se então ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa.
Aos vinte anos pediu e obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento e mudou o nome para Rosa de Santa Maria.
Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com as rendas e bordados que fazia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística.
Aos trinta e um anos de idade foi acometida por uma grave doença que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Morreu no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO :  Muitos milagres aconteceram por sua intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667, e se tornou a primeira santa da América Latina ao ser canonizada em 1671 pelo Papa Clemente X. Dois anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A devoção de Santa Rosa de Lima se propagou rapidamente nos países latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como padroeira dos jardineiros e dos floristas.
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