quarta-feira, 7 de agosto de 2019

BOM DIA EVANGELHO - 8.8.2019


BOM DIA EVANGELHO

08 DE AGOSTO DE 2019
QUINTA-FEIRA | 18º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO C
Papa Francisco na Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 07 Ago. 19 / 08:45 am (ACI).- O Papa Francisco convidou a pedir ao Senhor para nunca esquecer que “a verdadeira riqueza de nossa vida está em seu Amor infinito”, por isso somos chamados a “compartilhar também com os outros” este Amor infinito de Deus.
O Santo Padre fez esta declaração durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 7 de agosto, depois de ter suspendido quase todas as atividades públicas durante o mês de julho para seu período anual de descanso.
Nesta ocasião, o Pontífice dirigiu sua audiência semanal na Sala Paulo VI, no Vaticano, devido às altas temperaturas do verão romano, clima que não impediu os milhares de fiéis católicos de participarem do encontro com o Papa.
Em sua pregação, o Santo Padre retomou sua série de catequeses sobre narrações bíblicas do livro dos Atos dos Apóstolos. Especificamente, Francisco refletiu sobre a primeira cura, por parte dos discípulos, de um homem paralítico de nascimento que pedia esmola na porta do Templo.
“Pedro e João se dirigem para lá para rezar por volta das 15h: é a mesma hora em que se oferecia o sacrifício e na qual Cristo morreu na Cruz”, destacou o Papa, acrescentando que, “ao ver o paralítico, os apóstolos o olham e lhe pedem que ele, por sua vez, os olhe, criando assim uma relação, um encontro real entre pessoas, que é onde Deus gosta de se manifestar”.
Em seguida, o Santo Padre recordou as palavras do apóstolo Pedro: “Não tenho prata, nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda”. E acrescentou que o apóstolo o tomou pelas mãos e levantou o paralítico.
“O mendicante não encontra dinheiro, mas o Nome que salva: Jesus Cristo Nazareno. E aqui aparece o retrato da Igreja, que vê quem está em dificuldade, não fecha os olhos, sabe olhar a humanidade no rosto para criar relações significativas, pontes de amizade e de solidariedade”, afirmou o Papa, o qual incentivou também as paróquias e realidades eclesiais a fazer o mesmo.
Nesse sentido, o Papa encorajou a mostrar “o rosto de ‘uma Igreja sem fronteiras que se sente mãe de todos’”, que “viva a arte do acompanhamento que se caracteriza pela delicadeza com que se aproxima da terra sagrada do outro; assim, nosso caminhar terá o ritmo curador da proximidade, com um olhar respeitoso e cheio de compaixão, mas que, ao mesmo tempo, cura, liberta e incentiva a amadurecer na vida cristã”, disse.
Por isso, o Papa Francisco assegurou que os apóstolos Pedro e João “nos ensinam a confiar nos meios, que sempre serão úteis, mas na verdadeira riqueza que é a relação com Jesus ressuscitado”. Também lamentou as paróquias “onde se pensa que é mais importante o dinheiro que os sacramentos”, por isso, novamente exortou a que a Igreja seja pobre.
“Nos Atos dos Apóstolos, a pregação do Evangelho não se confia apenas às palavras, mas também às ações concretas que testemunham a verdade do anúncio. Trata-se de ‘prodígios e sinais’ que ocorrem por obra dos Apóstolos, que confirmam sua palavra e demonstram que eles agem em nome de Cristo”, assinalou o Papa e explicou também que esta narração tem “uma clara finalidade missionária, que se dirige a suscitar a fé”.
Neste sentido, o Santo Padre afirmou que o Concílio Vaticano II recordou que a Igreja “é sacramento universal da salvação, lugar de libertação e cura”, e nesta narração bíblica o testemunho “é o paralítico: que agora caminha, pula e louva a Deus”. O Pontífice acrescentou que “o excluído do culto agora tem acesso ao Templo; o marginalizado da liturgia se torna cantor das grandes obras de Deus, isso porque, como Pedro explica ao povo, a fé no nome de Jesus lhe deu a cura perfeita”.
“A Igreja é ‘hospital de campo’, casa das portas abertas, mãe do coração terno”, afirmou o Papa, o qual convidou a se perguntar: “E nós, cada um de nós, o que temos? Qual é a nossa riqueza, o nosso tesouro? Com que coisa podemos tornar ricos os outros? Peçamos ao Pai o dom de uma memória agradecida ao recordar os benefícios do seu amor na nossa vida, para dar a todos o testemunho de louvor e reconhecimento”, exortou o Papa Francisco.
Por fim, o Pontífice dirigiu este convite especial: “peçamos ao Senhor que nunca nos esqueçamos de que a riqueza de nossa vida está em seu amor infinito e que nos esforcemos em compartilhá-lo também com os outros. Que Deus os abençoe”.


ORAÇÃO:  Ó Pai, pela vossa misericórdia, São Domingos de Gusmão anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 16,13-23)
 Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: «Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem? ». Eles responderam: «Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas». «E vós», retomou Jesus, «quem dizeis que eu sou? ». Simão Pedro respondeu: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». Jesus então declarou: « “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus». Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.
A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!». Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens
!». Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García
(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje Jesus proclama afortunado a Pedro pela sua acertada declaração de fé: «Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo’. Jesus então declarou: ‘Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu’» (Mt 16,16-17). Nesta saudação Jesus promete a Pedro o primado da sua Igreja; mas pouco depois faz-lhe uma reconvenção por lhe ter manifestado uma ideia demasiado humana e errada do Messias: «Então Pedro o chamou de lado e começou a censurá-lo: «Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!». Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,22-23).
Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado os primeiros discípulos de Jesus tal como eram: não como personagens idealizados, mas como gente de carne e osso, como nós, com as suas virtudes e os seus defeitos; esta circunstância aproxima-os de nós e ajuda-nos a ver que o aperfeiçoamento na vida cristã é um caminho que todos devemos fazer, pois ninguém nasce ensinado.
Dado que já sabemos como foi a história, aceitamos que Jesus Cristo tenha sido o Messias sofredor, profetizado por Isaías e tenha entregue a sua vida na cruz. O que mais nos custa aceitar é que tenhamos de manter presente a sua obra a través do mesmo caminho de entrega, renuncia e sacrifício. Imbuídos como estamos numa sociedade que pugna pelo êxito rápido, por aprender sem esforço e de modo divertido, e por conseguir o máximo aproveitamento com o mínimo de trabalho, é fácil acabarmos vendo as coisas mais como os homens do que como Deus. Uma vez recebido o Espírito Santo, Pedro aprendeu por onde passava o caminho que devia seguir e viveu na esperança. «As tribulações do mundo estão cheias de penas e vazias de prémio; mas as que se padecem por Deus ficam suavizadas com a esperança de um prémio eterno» (Santo Efrén).
SANTO DO DIA
SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO
Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica. O jovem espanhol dedicou-se aos estudos, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Ainda durante os estudos vendia seus pertences para ter um pequeno "fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes. Aos vinte e quatro anos recebeu a ordenação sacerdotal.
Durante a Idade Média, período em que viveu, havia a heresia dos cátaros, surgida no sul da França. Eles pregavam a reencarnação e a relação direta entre os homens e Deus. Domingos teve de enfrentar esta missão com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira Palavra de Deus.
Em 1215 Domingos fundou o primeiro mosteiro dos irmãos pregadores. Nesta época Domingos começou a propagar a devoção ao rosário mariano. Por isto, os dominicanos são tidos como os guardiões do rosário, cujo culto difundem no mundo cristão através dos tempos. Eles passaram a ser conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características essenciais à ciência, a piedade e a pregação.
No dia 08 de agosto de 1221, com apenas cinquenta e um anos de idade, ele morreu.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Domingos distinguia-se por sua retidão, zelo, pontualidade das funções e espírito de sacrifício. Preocupado com o povo cristão, Domingos uniu os estudos da Palavra de Deus com a pregação explícita da mensagem evangélica. Fundou a Ordem do Pregadores (Dominicanos) e gastou sua vida para que o povo cristão recebesse uma fé esclarecida e verdadeira.
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