terça-feira, 6 de agosto de 2019

BOM DIA EVANGELHO - 7. AGOSTO. 2019


BOM DIA EVANGELHO

07 DE AGOSTO DE 2019
QUARTA-FEIRA | 18º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: VERDE | ANO C
Charlie Gard / Foto: GoFundMe familia Gard
Roma, 06 Ago. 19 / 09:00 am (ACI).- Dois anos após a morte do menino inglês Charlie Gard, um pai o agradeceu por ter sido a inspiração para o nascimento de seu terceiro filho.
Giuseppe é um italiano de 41 anos que mora em Roma. Ele é casado com Elena. Há alguns anos, tiveram dois filhos: Chiara e Paolo. Em um diálogo com a revista mensal ‘Il Timone’, explica que o nascimento de seu terceiro filho, David, teve muito a ver com o caso de Charlie Gard, uma criança que sofria uma doença grave e que teve seu suporte vital desligada para deixá-la morrer. O menino faleceu em 28 de julho de 2017.
Giuseppe lembra que pôde assistir com sua esposa o vídeo no qual os pais de Charlie, Connie e Cris, disseram ao mundo que os médicos do Great Osmond Street Hospital não permitiam que eles levassem o filho para um tratamento experimental e que os médicos preferiam deixá-lo morrer.
“Quando minha esposa me mostrou o vídeo de Connie e Chris, foi um ponto sem retorno para nós. Vínhamos de um período específico: a gravidez do nosso segundo filho foi difícil e havia a possibilidade de que nascesse com alguma deficiência, inclusive grave. Sua vida não estava em discussão, nós o receberíamos como viesse. Quando nasceu saudável foi um grande alívio, como se uma grande cruz tivesse sido tirada de nós”, relata.
“A última coisa que pensávamos então era em outra gravidez com todos os riscos envolvidos. Além disso, havia os problemas do dia a dia: noites sem dormir, minha esposa acabava de voltar ao trabalho, o empréstimo para pagar, o colégio das crianças, não tínhamos ajuda. Em suma, todas essas coisas juntas nos fizeram dizer não à abertura para a vida, mesmo que isso nos fizesse sofrer”, explicou Giuseppe.
O caso de Charlie os fez reconsiderar sua decisão.
“Charlie foi um ponto de verdade para nós, como se pudéssemos ver com nossos olhos o que poderia ter acontecido com Paolo. Charlie nos fez compreender concretamente a grandeza da dignidade da criança doente, a sacralidade da vida em suas formas mais frágeis, a luminosidade do abandono total”, explicou.
Ele e sua esposa começaram a rezar por Charlie “com fervor, como fizemos durante a gravidez de risco (de Paolo). A vida de Charlie já tinha diretamente a ver com a nossa”, disse Giuseppe.
Apesar de todos os esforços e orações deles e de muitos outros em todo o mundo, assim como uma carta enviada ao Papa Francisco, Charlie morreu.
"Um dia, Elena me disse que se sentia diferente por dentro, que deveríamos fazer alguma coisa e que a única maneira de responder à cultura diabólica da morte era nos abrindo à vida".
“Foi comovente reconhecer que eu tinha o mesmo por dentro. Pouco depois, concebemos David. Se Charlie não tivesse existido, nosso terceiro filho provavelmente não teria nascido”, concluiu.
O caso de Charlie Gard
Charlie Gard foi um bebê que faleceu aos onze meses, em 28 de julho de 2017. Sofria com uma síndrome de esgotamento mitocondrial, uma doença genética rara que causa a fraqueza muscular progressiva e pode provocar a morte no primeiro ano de vida.
Seu caso gerou uma batalha legal entre os pais, que queriam fazer um tratamento experimental nos Estados Unidos, e o hospital Great Ormond Street de Londres, onde estava internado. Os médicos ingleses solicitaram à justiça que lhes permitisse desconectar o suporte que mantinha Charlie com vida.
Assim, embora os pais tenham conseguido doações para levá-lo aos Estados Unidos, um juiz britânico ordenou, em abril de 2017, que retirassem o suporte vital do bebê.
Em 2018, uma batalha legal similar aconteceu com o caso do pequeno Alfie Evans.

ORAÇÃO:  Deus Pai de bondade ajudai-nos a confiar mais na vossa providência e concedei-nos, pela intercessão de São Caetano, buscar o que é santo e promover a paz e a caridade entre as pessoas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 15,21-28): 
Naquele tempo, Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia. Uma mulher Cananéia, vinda daquela região, pôs-se a gritar: «Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: minha filha é cruelmente atormentada por um demônio!». Ele não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: «Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós». Ele tomou a palavra: «Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel». Mas a mulher veio prostrar-se diante de Jesus e começou a implorar: «Senhor, socorre-me!». Ele lhe disse: «Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos». Ela insistiu: «É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!». Diante disso, Jesus respondeu: «Mulher, grande é tua fé! Como queres, te seja feito!». E a partir daquela hora, sua filha ficou curada. Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Mulher, grande é tua fé»
Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala
(Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)
Hoje, frequentemente, escutamos expressões como já não existe mais fé!, e o dizem pessoas que pedem às nossas comunidades o batismo de seus filhos ou a catequese das crianças ou o sacramento do matrimônio. Essas palavras refletem uma visão negativa do mundo, mostra o convencimento de que em qualquer tempo passado as coisas eram melhores do que agora e que estamos no fim de uma etapa em que não há nada novo a dizer, nem tampouco nada de novo a fazer. Evidentemente são pessoas jovens que, em sua maioria, vêem com certa tristeza que o mundo mudou muito, desde o tempo de seus pais, que talvez vivessem uma fé mais popular, a qual eles não se souberam ajustar. Esta experiência os deixa insatisfeitos e sem capacidade de reação quando, na verdade, quem sabe, não estão às portas de uma nova etapa que deveriam aproveitar.
Esta passagem do Evangelho chama a nossa atenção para aquela mãe Cananéia que pede uma graça para sua filha, reconhecendo em Jesus o Filho de Davi: «Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: minha filha é cruelmente atormentada por um demônio!» (Mt 15,22). O Mestre é surpreso: «Mulher, grande é tua fé!», e não pode fazer outra coisa senão atuar em favor daquelas pessoas: «Como queres, te seja feito!» (Mt 15,28), ainda que isto não pareça estar em seus planos. Apesar da realidade humana, a graça de Deus sempre se manifesta.
A fé não é patrimônio de uns quantos, nem tampouco é propriedade dos que se creem bons ou dos que o foram, ou de quem tem esta etiqueta social ou eclesial. A ação de Deus precede a ação da Igreja e, o Espírito Santo está atuando já em pessoas que não havíamos suspeitado que nos trouxessem uma mensagem de parte de Deus, uma solicitação em favor dos mais necessitados. Diz São Leão: «Amados meus, a virtude e a sabedoria da fé cristã são o amor a Deus e ao próximo: nada falta a nenhuma obrigação de piedade a quem procura dar culto a Deus e a ajudar a seu irmão».
SANTO DO DIA
SÃO CAETANO DE THIENE
São Caetano nasceu na Itália, em outubro de 1480. Desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis. Estudou em Pádua, onde se formou em direito aos vinte e quatro anos de idade.
Em 1506 exerceu a função de secretário particular do Papa Júlio II. Neste serviço fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio.
Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar as Sagradas Escrituras. Depois de muita reflexão, decidiu pela ordenação sacerdotal. Tinha trinta e seis anos de idade quando celebrou sua primeira missa na Basílica de Santa Maria Maior.
Em 1523 fundou a Ordem dos Clérigos Regulares (Teatinos), que tinha como objetivo a renovação do clero. A nova congregação começou somente com quatro pessoas, depois passou para doze e esse número aumentou em pouco tempo. São de vida ativa, vivendo em obediência, sob uma regra de vida comum.
Morreu aos sessenta e seis anos de idade em Nápoles, no ano de 1547.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO:  São Caetano de Thiene implorava a reforma de vida e de costumes dentro da Igreja: “Cristo espera e ninguém se mexe”, repetia. Andava sempre em auxílio dos doentes, dos pobres e mendigos da região. Realizou na sua vida tudo aquilo que pregou. Nunca teve pressa de viver, mas aproveitou cada minuto de sua vida para socorrer os necessitados.
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