Bom dia evangelho
28 DE
AGOSTO DE 2019
QUARTA-FEIRA | 21º SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO C
Demônio - Padre Arturo Sosa. Créditos: Pixabay
(Domínio público) - Eastern Africa Jesuits
REDAÇÃO CENTRAL, 27 Ago. 19 / 04:00 pm (ACI).- A declaração do
Superior da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa Abascal, de que o diabo é uma
"realidade simbólica" está "fora do magistério ordinário e
extraordinário solene" da Igreja,
alertou a Associação Internacional de Exorcistas (AIE).
A
AIE, que tem entre seus fundadores o famoso exorcista Gabriele Amorth, emitiu
um comunicado após as declarações de Pe. Sosa à revista italiana ‘Tempi’,
publicadas em 21 de agosto.
Quando
perguntado se o diabo existe, o sacerdote respondeu: “de várias maneiras. É
necessário entender os elementos culturais para se referir a esse personagem.
Na linguagem de Santo Inácio, é o espírito maligno que leva você a fazer as
coisas que vão contra o espírito de Deus. Existe como mal personificado em
várias estruturas, mas não nas pessoas, porque não é uma pessoa, é uma forma de
executar o mal”.
“Não
é uma pessoa como a pessoa humana. É uma forma do mal estar presente na vida humana.
O bem e o mal estão em luta permanente na consciência humana e nós temos os
meios para indicá-los. Reconhecemos Deus como bom, inteiramente bom. Os
símbolos são parte da realidade e o diabo existe como uma realidade simbólica,
não como uma realidade pessoal”, afirmou o Superior Geral dos Jesuítas.
Em
seu comunicado de 22 de agosto, a associação que reúne exorcistas de todo o
mundo alertou que as declarações de Pe. Sosa Abascal são "graves" e
"desorientadas", porque "a existência real do diabo, como
sujeito pessoal que pensa e age e que fez a escolha de se rebelar contra Deus,
é uma verdade de fé que sempre fez parte da doutrina cristã”.
Nesse
sentido, recordaram que, em 15 de novembro de 1972, durante a Audiência Geral
da quarta-feira, São Paulo VI disse que o mal que existe no mundo é “ocasião e
efeito de uma intervenção em nós e no mundo de um agente escuro e inimigo, o
demônio.
“O
mal não é apenas uma deficiência, mas um ser vivo, espiritual, pervertido e
perversor. Realidade terrível. Misteriosa e assustadora”, alertou São Paulo VI.
A
AIE observou que o Papa também afirmou a necessidade de acreditar que o diabo é
um ser criado por Deus e não como um princípio absoluto independente ou como um
simples símbolo do mal. Quem se nega a reconhecer a realidade do demônio vai
contra “o ensinamento bíblico e eclesiástico”.
São
Paulo VI, indicou a AIE, reiterou que o diabo “é o inimigo número um, é o
tentador por excelência. Sabemos assim que esse ser escuro e perturbador existe
de verdade”.
Da
mesma forma, o Papa Francisco, "em várias circunstâncias, reiterou com
insistência e fortemente a realidade do demônio", como em sua exortação
apostólica Gaudete et exultate, na qual abordou profundamente "sobre a
temática demoníaca". Indicou que o Pontífice lembrou que o caminho para a
santidade "é uma luta permanente na qual se requer força e coragem para
resistir às tentações do demônio".
“O
Papa ressalta que, ao falar sobre a luta contra o diabo, não se trata apenas de
uma luta contra a mentalidade mundana ou contra as inclinações pessoais ao mal,
mas, mais especificamente, refere-se a uma luta contra um ser real 'que é o
príncipe do mal'. Com essa expressão, vem destacada a dimensão de sujeito ou
pessoa no concreto, que é uma entidade subsistente real, que se chama e é o
Maligno. O próprio Jesus o derrotou e se alegra”, assinala a Associação
Internacional de Exorcistas.
Do
mesmo modo, indicou que Francisco “explica que, nos tempos de Jesus, podia-se
confundir, por exemplo, uma epilepsia com a possessão do demônio, no entanto, é
necessário reconhecer que Jesus fez muitas libertações de obsessões. A ação
diabólica confirma a existência real do diabo e sua presença constante, desde o
início da criação, como resulta das primeiras páginas das Escrituras, em
referência ao relato de gênesis sobre a sedução da serpente do primeiro casal
humano, Adão e Eva".
"Portanto,
não se pode argumentar que ‘o diabo não existe ou não age’. O Pontífice diz que
o próprio Jesus, quando ensinou aos discípulos a oração do Pai-Nosso, colocou
como último pedido a libertação do mal: ‘A expressão usada não se refere ao mal
em abstrato’, mas se indica propriamente e adequadamente o Maligno, que é um
ser pessoal, o tentador”, indicou AIE.
Além
disso, o Papa alerta para “os erros que se difundem em torno da figura de
Satanás: ‘Não pensemos que seja um mito, uma representação, um símbolo, uma
figura ou uma ideia. Este engano leva-nos a diminuir a vigilância, a
descuidar-nos e a ficar mais expostos’".
A
associação de exorcistas assinalou que "a afirmação é clara e não admite
dúvidas ou discussões sobre a existência real de Satanás", pois, como o
Papa adverte, "se esta verdade for negada (...) cai-se facilmente nas
garras do diabo, que ‘como um leão a rugir, anda a rondar-vos, procurando a
quem devorar'”.
"Portanto,
a Igreja, baseada nas Escrituras Sagradas e na Tradição Apostólica, ensina
oficialmente que o diabo é uma criatura e um ser pessoal, e adverte contra
aqueles que, como o padre Sosa, o consideram apenas como um símbolo",
expressou a AIE.
Finalmente,
a Associação Internacional de Exorcistas conclui sua declaração recordando o
que a Conferência Episcopal Italiana afirma na apresentação do novo rito de
exorcismos, promulgado pela Santa Sé, em 22 de novembro de 1998.
“O
discípulo de Cristo, à luz do Evangelho e dos ensinamentos da Igreja, acredita
que o Maligno e os demônios existem e atuam na história pessoal e comunitária
dos homens. O Evangelho, de fato, descreve a obra de Jesus como uma luta contra
Satanás. Também a vida de seus discípulos envolve uma
batalha que 'não é contra sangue e carne, mas contra principados, contra
potestades, contra os governadores deste mundo de trevas, contra os espíritos
do mal'”, recordou.
No
numeral 391 do Catecismo, a Igreja Católica afirma a
existência do diabo ao ensinar que Satanás é "um anjo destronado" que
tentou "nossos primeiros pais". "A Igreja ensina que ele tinha
sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus".
Da
mesma forma, o numeral 395 afirma que “o poder de Satanás não é infinito. Ele
não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura:
não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus”.
ORAÇÃO: "Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te
amei! Eis que estavas dentro e eu fora. Estavas comigo e eu não contigo".
Vós sois, ó Jesus, o Cristo, meu Pai Santo, meu Deus Misericordioso. Sois meu
Bom Pastor, meu único Mestre, meu auxílio cheio de bondade, meu bem-amado de
uma beleza maravilhosa, meu guia para a pátria, meu pão vivo, minha verdadeira
luz, minha santa doçura, meu reto caminho, minha pura simplicidade e minha paz.
(do Livro: Confissões)
Evangelho (Mt 23,27-32)
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de
vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora
parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda
podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas
por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. Ai de vós, escribas e
fariseus hipócritas! Construís sepulcros para os profetas e enfeitais os
túmulos dos justos, e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais,
não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. Com isso, confessais que
sois filhos daqueles que mataram os profetas. Vós, pois, completai a medida de
vossos pais! Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
«Ai de vós,
escribas e fariseus hipócritas!»
+
Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué (Manresa, Barcelona, Espanha)
Hoje,
assim como nos dias anteriores e nos que seguiram, contemplamos Jesus fora de
si, condenando atitudes incompatíveis com um viver digno, não somente cristão,
mas também humano: «Por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro
estais cheios de hipocrisia e injustiça» (Mt 23,28). Vem confirmar que a
sinceridade, a honestidade, a lealdade, a nobreza..., são virtudes amadas por
Deus, e também, muito valorizadas pelo homem.
Para evitar, portanto, a hipocrisia, devo ser muito sincera. Em primeiro lugar com Deus, porque me quer limpo de coração, e que eu deteste toda mentira por ser Ele totalmente puro, a Verdade absoluta. Em segundo lugar, comigo mesmo, para não ser eu o primeiro a ser enganado, expondo-me a cometer um pecado contra o Espírito Santo por não reconhecer meus próprios pecados nem deixá-los de manifestar claramente no sacramento da Penitência, ou por não confiar suficientemente em Deus, que nunca condena quem faz como o filho pródigo, nem perde ninguém por ser um pecador, mas por não reconhecer-se como tal. Em terceiro lugar, com os outros, já que também —como a Jesus — a todos coloca fora de si, a mentira, o engano, a falta de sinceridade, de honradez, de lealdade, de nobreza..., e, por isso mesmo, havemos de nos aplicar o princípio: «O que não quer para você, não o deseje para ninguém».
Essas três atitudes —que são do senso comum — as temos que tornar nossas para evitar cair na hipocrisia, e devemos tomar consciência da necessidade da graça santificante, por causa do pecado original provocada pelo “pai da mentira”: o diabo. Por isso levaremos em conta o conselho de São Josemaria: «Na hora da prova, ide prevenido contra o demônio mudo»; teremos também presente a Orígenes, que diz: «Uma falsa santidade jaz morta, porque não trabalha movida por Deus», e nós nos regeremos sempre, pelo princípio elementar e simples proposto por Jesus: «Seja o vosso ‘sim, sim ’; e o vosso ‘não, não’» (Mt 5,37).
Maria não se esvai em palavras, mas o seu sim ao bem, à graça, foi único e verdadeiro; seu não ao mal, ao pecado, foi rotundo e sincero.: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça?» (Santo Ambrósio).
Para evitar, portanto, a hipocrisia, devo ser muito sincera. Em primeiro lugar com Deus, porque me quer limpo de coração, e que eu deteste toda mentira por ser Ele totalmente puro, a Verdade absoluta. Em segundo lugar, comigo mesmo, para não ser eu o primeiro a ser enganado, expondo-me a cometer um pecado contra o Espírito Santo por não reconhecer meus próprios pecados nem deixá-los de manifestar claramente no sacramento da Penitência, ou por não confiar suficientemente em Deus, que nunca condena quem faz como o filho pródigo, nem perde ninguém por ser um pecador, mas por não reconhecer-se como tal. Em terceiro lugar, com os outros, já que também —como a Jesus — a todos coloca fora de si, a mentira, o engano, a falta de sinceridade, de honradez, de lealdade, de nobreza..., e, por isso mesmo, havemos de nos aplicar o princípio: «O que não quer para você, não o deseje para ninguém».
Essas três atitudes —que são do senso comum — as temos que tornar nossas para evitar cair na hipocrisia, e devemos tomar consciência da necessidade da graça santificante, por causa do pecado original provocada pelo “pai da mentira”: o diabo. Por isso levaremos em conta o conselho de São Josemaria: «Na hora da prova, ide prevenido contra o demônio mudo»; teremos também presente a Orígenes, que diz: «Uma falsa santidade jaz morta, porque não trabalha movida por Deus», e nós nos regeremos sempre, pelo princípio elementar e simples proposto por Jesus: «Seja o vosso ‘sim, sim ’; e o vosso ‘não, não’» (Mt 5,37).
Maria não se esvai em palavras, mas o seu sim ao bem, à graça, foi único e verdadeiro; seu não ao mal, ao pecado, foi rotundo e sincero.: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça?» (Santo Ambrósio).
SANTO DO DIA
SANTO AGOSTINHO
Aurélio
Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, cidade de Tagaste, na África.
Era o primogênito de Patrício e Mônica, uma devota cristã, que procurou criar o
filho no seguimento de Cristo.
Aos
dezesseis anos de idade foi estudar fora de casa. Se envolveu com a heresia
maniqueísta, que pregava a existência de dois princípios que regiam o mundo, um
maligno e um benigno. Também nesta época se envolveu com uma mulher e recebeu
um filho, a quem chamou de Adeodato.
Agostinho
era possuidor de uma inteligência rara, centrou-se nos estudos e se formou
brilhantemente em retórica. Excelente escritor dedicava-se à poesia e
filosofia. Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma e depois para
Milão, onde passou a admirar o bispo Ambrósio. Aos poucos a pregação de
Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu. Foi batizado junto com o filho
Adeodato, pelo próprio Bispo Ambrósio com trinta e três anos de idade.
Com a morte
do filho, resolve voltar para casa, mas ali também encontra sofrimento, com a
morte da mãe. Muda-se então para Tagaste, onde funda uma comunidade monástica.
O bispo Ambrósio, preocupado com Agostinho, o convence a tornar-se sacerdote.
No fim torna-se bispo de Hipona.
Agostinho
foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo.
Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu
livros importantíssimos, entre eles estão sua autobiografia,
"Confissões" e "Cidade de Deus".
Depois de uma grave enfermidade
ele morreu, aos setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO: Agostinho
encontra na sincera adesão a verdade cristã e na multiforme atividade pastoral
a paz que seu coração almejava, coração que antes era tão atormentado pelos
afetos terrenos e pela sede de verdade. Exerceu sua autoridade pastoral como um
ministério de justiça, imparcialidade, simpatia e cuidados para com o bem-estar
do povo, vivendo sempre em comunhão com o clero de sua catedral e diocese.
tjl@
acidigital.com – a12.com – evangeli.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário