Bom dia evangelho
02 de abril de 2020
Dia Litúrgico: Quinta-feira da 5ª
semana da Quaresma
Vaticano. Foto: ACI Prensa
Vaticano, 01 Abr. 20 / 04:00 pm (ACI).- A Congregação para
o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos emitiu
um decreto que propõe aos bispos diocesanos
incluir na oração universal da Celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-Feira
Santa, uma nova intenção pelos afetados pela pandemia de coronavírus COVID-19.
Portanto,
na oração universal, se rezará: “Deus Todo-Poderoso e eterno, amparo em todos
os perigos, dirigi o vosso olhar de modo propício para nós que com fé vos
suplicamos na tribulação e concedei descanso eterno aos defuntos, alívio aos
que choram, saúde aos doentes, paz aos que morrem, força aos que trabalham na
saúde, espírito de sabedoria aos governantes, e espírito de aproximação a todos
com amor para glorificarmos juntos o vosso santo nome”.
O
decreto afirma que "a Celebração da Paixão do Senhor na Sexta-feira Santa
tem uma característica particular este ano devido à terrível pandemia que afeta
o mundo".
Indica
também que, “no dia em que celebramos a paixão e morte redentora de Jesus
Cristo na cruz que, como o Cordeiro degolado, carregou sobre si a dor e o
pecado do mundo, a Igreja eleva
súplicas a Deus Pai Todo-Poderoso por toda a humanidade, particularmente por
aqueles que mais sofrem, enquanto espera com fé a alegria da ressurreição de
seu Esposo".
Portanto,
“esta Congregação, em virtude das faculdades concedidas pelo Sumo Pontífice
Francisco, fazendo uso de uma possibilidade e concedida no Missal Romano ao
bispo diocesano em uma grave necessidade pública, propõe uma intenção para
acrescentar à oração universal da mencionada celebração, para que cheguem até
Deus Pai as súplicas daqueles que o invocam em sua tribulação, para que todos
sintam em suas adversidades o gozo de sua misericórdia”.
Publicado originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração:Ó Deus, só vós sois santo e sem vós ninguém pode
ser bom. Pela intercessão de São Francisco de Paula, dai-nos viver de tal modo,
que não sejamos despojados da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Evangelho
(Jo 8,51-59)
«Em
verdade, em verdade, vos digo: se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a
morte». Os judeus então disseram: «Agora estamos certos de que tens um demônio.
Abraão morreu, e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha
palavra, jamais provará a morte’. Porventura és maior do que nosso pai Abraão,
que morreu? E também os profetas morreram. Quem tens a pretensão de ser?».
Jesus respondeu: «Se eu me glorificasse a mim mesmo, minha glória não valeria
nada. Meu Pai é quem me glorifica, aquele que dizeis ser vosso Deus. No
entanto, vós não o conheceis. Mas eu o conheço; e se dissesse que não o
conheço, eu seria um mentiroso como vós. Mas eu o conheço e observo a sua
palavra. Vosso pai Abraão exultou por ver o meu dia. Ele viu e se alegrou». Os judeus
disseram-lhe então: «Ainda não tens cinquenta anos, e viste Abraão?». Jesus
respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: antes que Abraão existisse, Eu
Sou». Então, pegaram pedras para o apedrejar; mas Jesus escondeu-se e saiu do
templo. Palavra de vida
eterna.
«Vosso pai Abraão exultou por ver o
meu dia. Ele viu e se alegrou»
Rev. D. Enric CASES i Martín
(Barcelona, Espanha)
Hoje
João situa-nos diante de uma manifestação de Jesus no Templo. O salvador revela
um fato desconhecido para os judeus: que Abraão viu e se alegrou ao contemplar
o dia de Jesus. Todos sabiam que Deus tinha feito uma aliança com Abraão,
assegurando-lhe grandes promessas de salvação para a sua descendência. No
entanto, desconheciam até que ponto chegava a luz de Deus. Cristo revela-lhes
que Abraão viu o Messias no dia em de Yahvé, ao qual chama meu dia.
Nesta revelação Jesus mostra-se possuindo a visão eterna de Deus. Mas,
sobretudo manifesta-se como alguém preexistente e presente no tempo de Abraão.
Pouco depois, no calor da discussão, quando alegam que ainda nem tem cinquenta
anos, diz-lhes: «Em verdade, em verdade, vos digo: antes que Abraão existisse,
eu sou» (Jo 8,58) É uma declaração notória da sua divindade, podiam entendê-la
perfeitamente, e também tinham podido crer se tivessem conhecido melhor o Pai.
A expressão “Eu sou” é parte do tetragrama santo Yahvé, revelado no monte
Sinai.
O cristianismo é mais que um conjunto de regras morais elevadas como podem ser
o amor perfeito, ou, inclusive, o perdão. O cristianismo é a fé numa pessoa.
Jesus é Deus e homem verdadeiro. «Perfeito Deus e perfeito Homem», diz o
Símbolo Atanasiano. Santo Hilário de Poitiers escreve numa bela oração:
«Dá-nos, pois, um modo de expressão adequado e digno, ilumina a nossa
inteligência, faz também que as nossas palavras sejam expressão da nossa fé,
quer dizer, que nós, que pelos profetas e os Apóstolos te conhecemos a ti, Deus
Pai e ao único Senhor Jesus Cristo, possamos também celebrar-te a ti como Deus,
em quem não há unicidade de pessoa, e confessar a teu Filho, em tudo igual a
ti».
Santo do Dia
São Francisco de Paula
No dia 27 de março de 1416, nasceu, numa família de
lavradores, um menino que recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao
Pobrezinho de Assis. Sua família, muito religiosa, foi o berço de uma
esplendorosa vocação.
Aos onze anos, Francisco foi viver no convento dos franciscanos. Francisco
começou a observar a regra com tanta exatidão, que se tornou modelo até para os
frades mais experimentados nas práticas religiosas.
Dois anos depois vestiu o hábito. Sua vida no convento franciscano foi cercada
de prodígios. Encarregado da cozinha, Francisco colocou os alimentos na panela
e esta sobre o carvão, esquecendo-se contudo de acendê-lo. Foi depois para a
igreja rezar e entrou em êxtase, esquecendo-se da hora. Quando alguém, que
passara pela cozinha e vira o fogo apagado, chamou-o perguntando se a refeição
estava pronta, Francisco, sem titubear, respondeu que sim. E chegando à
cozinha, encontrou o fogo aceso e os alimentos devidamente cozidos.
Algum tempo depois nosso jovem teve de retornar para a família pois estava com
uma grave enfermidade nos olhos. Junto com seus pais pediu para que São
Francisco de Assis o ajudasse a ficar curado. Assim, aos treze anos, curado de
sua enfermidade, Francisco foi se dedicar à oração contemplativa e à
penitência, nas montanhas da região.
Viveu por cinco anos alimentando-se de ervas silvestres e água, dormindo no
chão, tendo como travesseiro uma pedra. Fundou primeiro um mosteiro e com isso
consolidou uma nova Ordem religiosa, que deu o nome de "Irmãos
Mínimos". Seu lema era: "Quaresma perpétua", o que significava a
observância do rigor da penitência, do jejum e da oração contemplativa durante
o ano todo, seguida da caridade aos mais necessitados e a todos que recorressem
à eles.
Francisco passava as noites em prece. Seu hábito
era de um tecido grosseiro, que ele portava de dia e de noite. Seu rosto,
sempre tranqüilo e ameno, parecia não se ressentir das austeridades que
praticava nem dos efeitos da idade, pois era cheio, sereno e rosado.
Sua fama de possuir dons de cura, prodígios e profecia chegaram ao Vaticano, e
o Papa Paulo II resolveu mandar um comissário pessoalmente averiguar se as
informações estavam corretas. Sabiamente o comissário papal constatou-se que
Francisco de Paula era portador de todos esses dons.
Depois, o Papa mandou que Francisco de Paula fosse à França, pois o rei, Luís
XI, estava muito doente e desejava se preparar para a morte ao lado do famoso
monge. A conversão do rei foi extraordinária. Antes de morrer restabeleceu a
paz com a Inglaterra e com a Espanha e nomeou Francisco de Paula, diretor
espiritual do seu filho, o futuro Carlos VIII, rei da França.
Ele morreu, aos noventa e um anos de idade. A fama de sua santidade só fez
aumentar, tanto que doze anos depois, em 1519, o Papa Leão X autorizou o culto
de Santo Francisco de Paula, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
Suas devoções particulares consistiam em cultuar o mistério da Santíssima
Trindade, da Anunciação da Virgem, da Paixão de Nosso Senhor, bem como os
santíssimos nomes de Jesus e Maria.(Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: “Não houve jamais mal, por maior e
mais incurável que parecesse, que pudesse resistir à sua voz ou ao seu toque.
Acorria-se a ele de todas as partes, não só um a um, mas em grandes grupos e às
centenas, como se ele fosse o Anjo Rafael e um médico descido do Céu; e,
segundo o testemunho daqueles que o acompanhavam ordinariamente, ninguém jamais
retornou descontente, mas cada um bendizia a Deus de ter recebido o cumprimento
do que desejava”.
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