Bom dia evangelho
24 de abril
de 2020
Dia Litúrgico: Sexta-feira da 2ª
semana da Páscoa
Exemplar da Biblia de Gutenberg - Crédito: NYC
Wanderer (CC-BY-SA-2.0)
REDAÇÃO CENTRAL, 23 Abr. 20 / 02:25 pm (ACI).- Hoje se celebra o
Dia Mundial do Livro em memória de grandes escritores. Embora o dado mais
difundido é que a Bíblia foi o primeiro livro reproduzido com a imprensa de
Johannes Gutenberg, o certo é que o inventor alemão reproduziu previamente
outra obra católica.
Em
ano 1449, Gutenberg reproduziu -como ensaio- na sua gráfica em Mainz o chamado
“Missal de Constanza”, do qual agora existem somente três exemplares no mundo.
Um
missal é o livro católico em que se encontram os textos para a celebração da
Santa Missa.
Johannes
Gutenberg, o alemão que inventou a impressão em caracteres, começou a impressão
da primeira Bíblia em 1450, processo que terminou em 23 de fevereiro de 1455,
há mais de 500 anos.
A
Bíblia das 42 linhas ou Bíblia de Gutenberg, era a versão impressa da Vulgata,
uma tradução ao latim usada pela Igreja Católica. Ele
a chamou de Bíblia das 42 linhas pela quantidade de linhas impressas, em duas
colunas, em cada página.
Atualmente
existem 48 exemplares, mas só 21 estão completos. Um deles está na Espanha e se
conserva na Biblioteca Pública de Burgos.
Oração: Ó
Deus de admirável providência, que, no mártir São Fidélis de Sigmaringa destes
ao vosso povo pastor corajoso e forte, concedei-nos, pela sua intercessão,
ajuda nas tribulações e firme constância na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Evangelho
(Jo 6,1-15):
Depois disso, Jesus
foi para o outro lado do mar da Galiléia, ou seja, de Tiberíades. Uma grande
multidão o seguia, vendo os sinais que ele fazia a favor dos doentes. Jesus
subiu a montanha e sentou-se lá com os seus discípulos. Estava próxima a
Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que
vinha a ele, Jesus disse a Filipe: «Onde vamos comprar pão para que estes
possam comer?». Disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que
ia fazer. Filipe respondeu: «Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um
pouquinho a cada um”. Um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse:
«Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que é isso
para tanta gente?».
Jesus disse: «Fazei as pessoas sentar-se». Naquele lugar havia muita relva, e
lá se sentaram os homens em número de aproximadamente cinco mil. Jesus tomou os
pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E
fez o mesmo com os peixes. Depois que se fartaram, disse aos discípulos:
«Juntai os pedaços que sobraram, para que nada se perca!». Eles juntaram e
encheram doze cestos, com os pedaços que sobraram dos cinco pães de cevada que
comeram. À vista do sinal que Jesus tinha realizado, as pessoas exclamavam:
«Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo». Quando Jesus
percebeu que queriam levá-lo para proclamá-lo rei, novamente se retirou sozinho
para a montanha. Palavra de vida eterna.
«Disse isso para testar
Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje lemos o Evangelho da
multiplicação dos pães: «Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que
estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes» (Jo 6,
11). A preocupação dos Apóstolos diante de tanta gente faminta nos faz pensar
hoje em uma multidão atual, não faminta, mas ainda pior: afastada de Deus, com
uma “anorexia espiritual” que impede de participar da Páscoa e conhecer a
Jesus. Não sabemos como chegar a tanta gente… Alenta-nos na leitura de hoje uma
mensagem de esperança: não importa a falta de meios, mas os recursos
sobrenaturais; não sejamos “realistas”, mas “confiantes” em Deus. Assim, quando
Jesus pergunta a Filipe onde podia comprar pão para todos, na realidade «disse
isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer» (Jo 6, 5-6).
O Senhor espera que confiemos Nele.
Ao contemplar esses “sinais dos tempos”, não queremos passividade (preguiça,
fraqueza por falta de luta…), mas esperança: o Senhor, para fazer o milagre,
quer a dedicação dos Apóstolos e a generosidade do jovem que entrega alguns
pães e peixes. Jesus aumenta nossa fé, obediência e audácia, embora não vejamos
logo o fruto do trabalho, da mesma forma como o camponês não vê brotar a planta
logo depois da semeadura. «Fé, portanto, sem permitir que o desalento nos
desanime; sem que paremos em cálculos meramente humanos. Para superar os
obstáculos, há que se começar trabalhando, empenhando-nos inteiramente na
tarefa, de modo que o nosso próprio esforço nos leve a abrir novos caminhos»
(São Josemaria Escrivá), que aparecerão de forma insuspeita.
Não esperemos o momento ideal para fazer a nossa parte: devemos fazê-la o
quanto antes!, pois Jesus nos espera para fazer o milagre. «As dificuldades que
o panorama mundial apresenta neste começo do novo milênio nos induzem a pensar
que só uma intervenção do alto pode fazer-nos esperar um futuro menos obscuro»,
escreveu João Paulo II. Acompanhemos, pois, esse panorama com o Rosário da
Virgem, pois sua intercessão se tem feito notar em muitos momentos delicados
sobre quais tem deixado sua marca profunda a história da Humanidade.
Santo do Dia
São Fidelis de Sigmaringen
Nasceu numa família
de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringa, na Alemanha, e foi batizado com o
nome de Marcos. Era particularmente aberto à amizade, amante do belo e da
música, hábil no movimento dos dedos sobre vários instrumentos musicais.
Estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e
advogado, em 1601. Recebeu o apelido de "advogado dos pobres", porque
não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe
pagar.
Aos trinta e quatro anos abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na
Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos, vestindo o hábito e tomando o nome de
Fidélis. Cuidava com coragem e caridade daqueles das pessoas atingidas pela
peste. Escreveu muito e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da
espiritualidade franciscana.
Enviado à Suíça para apaziguar as tensões entre católicos e protestantes, foi
acusado de espionagem e morto que após celebrar a Missa. Dizem que, ferido por
um golpe de espada, pôs-se de joelhos e perdoou aos seus assassinos, rezando
por eles esta oração: “Senhor, perdoai meus inimigos. Cegos pela paixão, não
sabem o que fazem”.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
São
Fidélis, advogado sábio e justo,
converteu-se no defensor da causa do Evangelho de Jesus. Encontrando refúgio
seguro na vida religiosa, nosso santo dedicou sua vida para auxiliar os mais
abandonados. Nunca soube o que era o desânimo e mesmo diante da morte, rezou
pelos seus inimigos. Peçamos hoje, ao Espírito Santo, que nos conceda os dons
da sabedoria e da justiça.
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