terça-feira, 7 de abril de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 8. ABRIL. 2020


Bodia evangelho
 Dia 8 de Abril - Quarta-feira
SEMANA SANTA (Roxo, Prefácio da Paixão II - Ofício do dia)
Foto referencial. Crédito: Pixabay.
IOWA, 07 Abr. 20 / 12:00 pm (ACI).- Um mosteiro de monges trapistas, em Iowa, oferece caixões gratuitos para famílias em dificuldades financeiras que perderam um ente querido nos Estados Unidos.
Esse ato de caridade incomum, mas necessário, é realizado pela Abadia de New Melleray, que desde 1999 oferece orações pelos falecidos e se sustenta fazendo caixões. O mosteiro anunciou na semana passada que começará a oferecer caixões gratuitamente para apoiar as famílias afetadas financeiramente pelo COVID-19.
“O vírus COVID-19 afetará muitas famílias financeiramente vulneráveis ​​e que não estão preparadas para isso. Além de sua dor se perguntarão: onde vamos deitar nosso ser querido que partiu tão inesperadamente?, disse em um comunicado, o Pe. Mark Scott, Abade da Ordem.
Os monges de New Melleray fabricarão os caixões de madeira, usando pinheiros completamente maduros que colhem na floresta da abadia, localizada no condado de Dubuque.
Da mesma forma, os monges abençoarão todos os caixões doados, rezarão pelos mortos e enviarão um cartão de memória para as famílias no primeiro aniversário da morte e, como sempre, plantarão uma árvore como um monumento vivo para cada caixão feito.
A ordem já recebeu algumas solicitações de caixões gratuitos desde 25 de março, data em que a iniciativa foi anunciada, disse Marjorie Lehmann, diretora da administração da abadia New Melleray, em declarações à CNA, agência em inglês do grupo ACI.
"A oferta de fornecer caixões gratuitos é uma medida temporária projetada para aliviar economicamente as famílias que estão enfrentando estresse financeiro devido ao COVID-19", acrescentou.
Lehmann assinalou que, embora os monges vivam uma vida oculta de oração, são muito conscientes dos acontecimentos atuais, e é por isso que oferecem caixões gratuitos como um gesto de estar perto das vítimas da pandemia e de pessoas que enfrentam dificuldades financeiras.
"Os monges estão prestando esse serviço como uma expressão de solidariedade com todos os que sofrem com a crise do COVID-19", pois "acreditam que enterrar os mortos é uma obra de misericórdia corporal e, como estão enclausurados, essa é a forma como eles podem chegar ao mundo e ajudar em momentos de necessidade", acrescentou.
Mais de um milhão de pessoas foram infectadas com o novo coronavírus e mais de 70 mil morreram em todo o mundo. Nos EUA, que atualmente é o país mais afetado pelo COVID-19 no mundo, mais de 10 milhões de pessoas ficaram desempregadas nas últimas duas semanas, devido a medidas governamentais obrigatórias para conter a propagação do vírus, que forçaram o fechamento de várias empresas e organizações.
O vírus é um perigo potencial para qualquer pessoa e ainda não é possível ver todo o impacto que esta pandemia trará, e é por isso que “qualquer pessoa poderia estar desempregada devido ao fechamento de seus centros de trabalho. Realmente, qualquer pessoa poderia enfrentar estresse financeiro ou precisar da facilidade de enterrar seu ser querido, e um caixão doado poderia significar um pequeno alívio para essa pessoa", disse Lehmann.
Com a doação de caixões, “trata-se de honrar a vida de alguém. Respeitar a pessoa que morre é honrar e validar a vida dessa pessoa", disse Lehmann, assinalando que "o povo precisa que as pessoas demonstrem compaixão e esse é um gesto muito pequeno do qual muitos podem precisar nessa pandemia".
Através desta iniciativa busca-se “ser compassivos e fazer com que as pessoas saibam que não estão sozinhas, que estamos pensando e rezando por elas e estamos aqui para ajudá-las dessa maneira. Não há razão para não fazer isso", acrescentou.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Deus de amor e bondade, que escolheste Santa Júlia para a obra de auxílio ao mais abandonados, ajudai-nos a seguir o exemplo deixado e a viver sempre em caridade fraterna com os mais esquecidos. Dai-nos também paciência nas enfermidades e a esperança viva na recuperação da saúde. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Mateus 26 14-25
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, 26 14 um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes:
15 "Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei". Ajustaram com ele trinta moedas de prata.
16 E desde aquele instante, procurava uma ocasião favorável para entregar Jesus.
17 No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: "Onde queres que preparemos a ceia pascal?"
18 Respondeu-lhes Jesus: "Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer-te: Meu tempo está próximo. É em tua casa que celebrarei a Páscoa com meus discípulos’".
19 Os discípulos fizeram o que Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa.
20 Ao declinar da tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos.
21 Durante a ceia, disse: "Em verdade vos digo: um de vós me há de trair".
22 Com profunda aflição, cada um começou a perguntar: "Sou eu, Senhor?"
23 Respondeu ele: "Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá.
24 O Filho do Homem vai, como dele está escrito. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Seria melhor para esse homem que jamais tivesse nascido!"
25 Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: "Mestre, serei eu?" "Sim", disse Jesus.
Palavra da Salvação.
Comentário do Evangelho
O MESTRE VENDIDO
Jesus celebrou sua última Páscoa em meio a uma grande contradição. A ceia da fraternidade foi corrompida pela presença do traidor que o havia vendido pelo irrisório preço de um escravo. A ceia da libertação tornou-se prelúdio da injustiça e da opressão que se abateria sobre ele. A recordação dos feitos poderosos de Deus foi obscurecida pelo confronto com os feitos humanos cheios de perversidade.
Os laços que uniam discípulos e Mestre eram frágeis. Tudo não passava de aparência. O anúncio da próxima traição e a maldição prevista para quem perpetrasse esta maldade contra Jesus foram chocantes. Uma terrível suspeita pairou sobre todos. Quando Jesus desvendou o mistério e denunciou Judas, um clima de revolta deve ter tomado conta dos comensais. A convivência com um "amigo" traidor era insuportável.
Em meio a tudo isto, Jesus sabia estar dando passos firmes rumo à Páscoa definitiva. A grande obra libertadora do Pai em favor da humanidade estava para ser consumada. Não era possível queimar etapas e eliminar os aspectos dolorosos do processo de libertação.
No entanto, a ceia da fraternidade acabou por tornar-se um tormento para Jesus. Estava para ser selado o pacto de traição por parte de um amigo. Apesar dos pesares, era preciso manter a cabeça erguida para enfrentar a paixão iminente.

Santo do Dia

Santa Júlia de Billiart

Maria Rosa Júlia Billiart nasceu na França em 1751. Foi batizada no dia do nascimento e recebeu a primeira comunhão aos sete anos. Desde então entregou-se ao amor de Jesus
Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e subnutrida, ficou paraplégica por vinte e dois anos. Durante este tempo aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre engajada na catequese da paróquia era preocupada com a educação dos pobres. Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.
Nesta época, decidiu ingressar para vida religiosa, com uma meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata, aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia. Assim, ainda paralítica em 1804, fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.
Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de trinta anos voltou a caminhar. A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a Eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável.
Júlia abriu uma escola gratuita e depois não parou mais. Viajava da França e da Bélgica, fundando pensionatos e escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. Não aceitava qualquer donativo que pudesse tirar a independência da congregação. Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por este afastada da congregação.
Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816 na cidade de Namur.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Através do seu Batismo, de sua Consagração Religiosa e por sua vida inteira de fé em Deus, Júlia foi colocada na trilha da opção divina pelos pobres. Venceu as dificuldades da vida e nunca desanimou diante do futuro incerto. Nós somos, não raro, temerosos das incertezas do futuro e preocupamos demais com o que há de vir. Que tal deixar o amor de Deus conduzir nossa vida e pensar mais no dia de hoje?
tjl@-acidigital.com – a12.com – domtotal.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário