terça-feira, 14 de abril de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 15 DE ABRIL 2020


Bodia evangelho

15 de abril  de 2020
Dia Litúrgico: Quarta-feira da oitava da Páscoa
Judas Iscariotes / Foto: Wikimedia (Domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 13 Abr. 20 / 06:00 am (ACI).- Muitos crentes ao longo da história se perguntaram sobre o destino de Judas Iscariotes, o apóstolo que entregou Jesus às autoridades romanas para ser condenado à morte.
Pe. Samuel Bonilla, conhecido como “Padre Sam”, fez uma reflexão em um vídeo publicado no Youtube sobre o destino deste apóstolo, cuja morte está relatada em duas versões das Sagradas escrituras.
No começo do vídeo, Padre Sam cita Mateus 27,5, que diz: “Ele jogou então no templo as moedas de prata, saiu e foi enforcar-se”; e depois, nos Atos dos Apóstolos 1,18, no qual se indica que Judas morre ao tropeçar. “Esse homem adquirira um campo com o salário de seu crime. Depois, tombando para a frente, arrebentou-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”.
Diante da pergunta sobre se a Misericórdia de Deus poderia ter salvado um Judas arrependido, Padre Sam disse que não se pode “responder com certeza, porque o arrependimento é uma atitude interior” e não existe um sinal na Bíblia que o afirme.
Entretanto, ressaltou que a Misericórdia de Deus é infinita e que, para responder sobre o final de Judas é preciso se apoiar tanto em uma história como em uma revelação privada.
Em primeiro lugar, destaca a revelação privada que Jesus faz a Santa Faustina Kowalska, na qual o Senhor lhe diz: “Se soubessem o destino de Judas, abusariam de minha Misericórdia”.
“(Disse isso) como que para fazer ver que a Misericórdia de Deus é infinita sempre e quando haja arrependimento. Ou seja, se Judas se arrependeu, e isso não sabemos, a Misericórdia de Deus sempre está aberta para aquele que se arrepende”, disse o sacerdote.
A segunda resposta nasce de uma história que se encontra em um dos escritos de Santo Antônio de Pádua.
“Conta que uma mulher idosa, em seu tempo, foi visita-lo muito triste, porque seu filho tinha falecido. Havia se suicidado, havia se jogado de uma ponte em um rio e ali tinha morrido. Naquele tempo, cabe ressaltar que não se permitia a Santa Missa a pessoas que tinham se suicidado”.
“O santo, quando esta senhora lhe pergunta sobre seu filho, sobre como podia rezar por ele, responde: ‘Entre ele e o rio há um espaço e esse espaço é o da Misericórdia de Deus”, relatou Padre Sam.
Nesse sentido, o presbítero disse “que a pessoa que se suicida, por exemplo, nos últimos momentos, quando percebe que está perdendo sua vida, ali há um espaço provavelmente quando se dá conta do valor da vida, é um espaço onde ela está sozinha com Deus e pode ser que nesses momentos se arrependa”.
“Sempre há oportunidade, inclusive no último momento da vida, para alguém que se arrepende de verdade. A Misericórdia de Deus é infinita”, concluiu Padre Sam.

Oração:Pai querido, hoje queremos rezar por todas as pessoas que se dedicam ao trabalho de evangelização pela doação plena de suas vidas ao vosso Filho Jesus. Abençoai todos os religiosos e religiosas e fazei brotar no campo do mundo mais vocações para vida consagrada. Por Cristo nosso Senhor amém!
Evangelho (Lc 24,13-35):
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo.
Então Jesus perguntou: «O que andais conversando pelo caminho?». Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: «És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?». Ele perguntou: «Que foi?». Eles responderam: «O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu». Então ele lhes disse: «Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!. Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?». E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele.
Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: «Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!». Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles.
Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: «Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!». Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
PALAVRA DA SALVAÇÃO.
«Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram»
Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer
(Barcelona, Espanha)
Hoje «é o dia que o senhor fez: regozijemo-nos e alegremo-nos nele» (Sal 117,24). Assim nos convida a rezar a liturgia desses dias da oitava de Páscoa. Alegremo-nos de ser conhecedores de que Jesus ressuscitado, hoje e sempre, está conosco. Ele permanece ao nosso lado em todo momento. Mas é necessário que nós deixemos que ele nos abra os olhos da fé para reconhecer que está presente em nossas vidas. Ele quer que gozemos de sua companhia, cumprindo o que nos disse: «Eis que estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo» (Mt 28,20).
Caminhemos com a esperança que nos dá o fato de saber que o Senhor nos ajuda a encontrar sentido a todos os acontecimentos. Sobretudo, naqueles momentos em que, como os discípulos de Emaús passemos por dificuldades, contrariedades, desânimos... Ante os diversos acontecimentos, nos convém saber escutar sua Palavra, que nos levará a interpretá-los à luz do projeto salvador de Deus. Mesmo que às vezes, equivocadamente, possa nos parecer que não nos escuta, Ele nunca se esquece de nós; Ele sempre nos fala. Só a nós pode faltar a boa disposição para escutar, meditar e contemplar o que Ele quer nos dizer.
Nos variados âmbitos onde nos movemos, freqüentemente podemos encontrar pessoas que vivem como se Deus não existisse, carentes de sentido. Convém dar-nos conta da responsabilidade que temos de chegar a ser instrumentos aptos para que o Senhor possa, através de nós, aproximar-se “abrir caminho” com os que nos rodeiam. Busquemos como fazê-los conhecedores da condição de filhos de Deus e de que Jesus nos tem amado tanto, que não só morreu e ressuscitou para nós, mas que quis ficar para sempre na Eucaristia. Foi no momento de partir o pão quando aqueles discípulos de Emaús reconheceram que era Jesus quem estava ao seu lado.
Santo do Dia
São Cesar de Bus
César de Bus nasceu em 1544 e desejava seguir a carreira militar, mas foi impedido por uma enfermidade que o atingiu de maneira fulminante. Foi essa ocasião que o aproximou do bispo de Cavaillon, cidadezinha da Provença.
Animado por alguns amigos cristãos, entre eles alguns jesuítas e uma camponesa, ele reencontrou a religião e a vida cristã. Não perdeu tempo: tão logo se curou trocou de vida e se pôs a estudar para se tornar sacerdote. Enquanto se preparava começou a percorrer os sítios e fazendas ensinando o catecismo.
Fundou, com o auxilio de um primo centros de instrução religiosa nos cantos mais escondidos e esquecidos, nos quais começou a experimentar novos métodos de ensino da doutrina às crianças do meio rural.
César de Bus tornou-se sacerdote aos trinta e oito anos de idade e já reunia em torno de si muitos jovens, formando uma comunidade que tomou o nome de Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, ou Doutrinários.
Depois de um longo período de sofrimento por uma enfermidade César de Bus, morreu no dia 15 de abril de 1607.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Hoje celebramos um santo fundador de uma congregação religiosa. Nossa Igreja é muito abençoada com carismas e dons do Espírito e as famílias religiosas nascem pela ação do Espírito. Cada fundador pensa em um modo distinto de servir a Deus e a Igreja: uns dedicam-se aos doentes, outros à missão, outros estão ao lado dos pobres. Assim a Igreja se enriquece e enriquece a sociedade. Você conhece alguma congregação religiosa? Existem alguma obra religiosa na sua cidade? Que tal procurar saber se esta obra não está precisando de sua colaboração?
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