domingo, 31 de janeiro de 2021

BOM DIA EVANGELHO - 01.FEVEREIRO DE 2021

 

B0M DIA EVANGELHO


01 DE FEVEREIRO DE 2021
Segunda-feira da 4ª semana do Tempo Comum

Imagem referencial. Crédito: Facebook March For Life. WASHINGTON DC, 29 jan. 21 / 08:54 am (ACI).- Sob o lema “Together Strong: Life Unites” (Unidos somos fortes: A vida nos une), será realizada nesta sexta-feira, 29 de janeiro, a Marcha Pela Vida, evento que busca defender a vida em todas as suas etapas no país, e que este ano será virtual em função da pandemia da Covid-19. A Marcha pela Vida é realizada todos os anos como um protesto próximo ou no dia do aniversário do caso Roe vs. Wade, com o qual a Suprema Corte, em 1973, aprovou o aborto legal nos Estados Unidos. Este ano, a marcha visa “comunicar e educar sobre quais são as necessidades mais urgentes do nosso tempo” em meio à pandemia. Por isso, aposta pela unidade para “construir uma cultura de vida e de amor”, diante do aborto, que “não só divide a mãe de seu filho, os pais e a família, mas, inclusive, divide o amor da cultura”, disse Jeanne Mancini, presidente da Marcha pela Vida, em 10 de setembro de 2020. Os organizadores da marcha informaram que este ano o evento será realizado virtualmente para prevenir infecções por Covid-19, e será transmitido de Washington D.C., onde apenas uma pequena delegação participará representando as multidões pró-vida que costumam comparecer a cada ano. Mancini disse que a Marcha pela Vida “está profundamente agradecida pelas incontáveis ​​mulheres, homens e famílias que se sacrificam para vir em grande número todos os anos como testemunhas da vida, e esperamos estar juntos pessoalmente no próximo ano. Já na marcha deste ano, esperamos estar com vocês virtualmente”. Um representante da Marcha pela Vida disse à CNA - agência em inglês do Grupo ACI - no dia 15 de janeiro, que este grupo de líderes pró-vida levarão umas rosas que deixarão na Suprema Corte, em honra às vidas perdidas pelo aborto. O evento poderá ser acompanhado em inglês pela EWTN. Além da Marcha, estão sendo realizadas uma série de atividades virtuais como a Vigília Nacional pela Vida, que ocorreu de 28 a 29 de janeiro para rezar pelo fim do aborto no país. Os participantes nas Missas de abertura e encerramento da vigília poderão obter a indulgência plenária.  Antes da Marcha pela Vida, ocorrerá o Rally e a Missa pela Vida; e no final da marcha será realizado o “Virtual Rose Dinner Gala”. O Rally pela vida incluirá palestras inspiradoras de líderes pró-vida, informações sobre como se manter envolvido no movimento pró-vida durante todo o ano e contará com a participação do cantor e compositor cristão Matthew West. O evento terá início às 12h (hora local) e será transmitido pelo site da Marcha e por suas redes sociais. No final da Marcha pela Vida, às 19 h (hora local), será realizado o “Virtual Rose Dinner Gala”, um jantar anual pró-vida que este ano será virtual. O discurso principal será proferido por Tim Tebow, palestrante, atleta profissional, autor do best-seller do NYT e vencedor do Troféu Heisman. Também estará presente Carl Anderson, Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo, que "será homenageado com o Prêmio legado Pró-Vida 2021", em reconhecimento a "uma vida profissional excepcional em defesa da dignidade inerente da pessoa não nascida". Da mesma forma, a Arquidiocese de Washington D.C. convida a participar do Youth Rally, uma manifestação pró-vida dirigida aos jovens que ocorre há mais de 20 anos. Kathryn Windels, diretora Assuntos da Vida da Arquidiocese de Washington, disse que o tema do Youth Rally será a “apologética pró-vida”. “Queremos encorajar os jovens a falar sobre seus valores pró-vida com autenticidade e convicção. Também queremos modelar a importância do diálogo respeitoso e civil. Esperamos que a manifestação deste ano anime os estudantes a falar abertamente sobre seus valores pró-vida, de forma que consigam uma coerência no tema”, explicou. O orador principal do Youth Rally será Josh Brahm, presidente e cofundador do Equal Rights Institute, que ensinará "as melhores práticas para falar sobre os valores pró-vida" e "alguns argumentos filosóficos importantes que considerou mais eficazes em seu trabalho”. O evento também incluirá apresentações musicais e a oração do Terço pelos alunos. A música será interpretada por artistas católicos como PJ Anderson, Javier Iván Díaz, Sarah Kroger e Out of Darkness, um casal católico. O Youth Rally começa às 8h (hora local) e, em seguida, às 10h, o Cardeal de Washington D.C, Dom Wilton Gregory, presidirá a Missa pela Vida na Catedral de São Mateus Apóstolo, sede arquidiocesana. Recorda-se que os participantes da Missa virtual poderão lucrar indulgência plenária. Os interessados em participar dos eventos podem clicar AQUIPublicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Santa Veridiana, pedimos por vossa intercessão, que Deus nos dê a graça de sermos humildes e praticarmos com ardor verdadeiros atos de caridade, engrandecendo o coração de Deus e ajudando o próximo. Amém!

Evangelho (Mc 5,1-20):

 Jesus e os discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. Logo que Jesus desceu do barco, um homem que tinha um espírito impuro saiu do meio dos túmulos e foi a seu encontro. Ele morava nos túmulos, e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. Muitas vezes tinha sido preso com grilhões e com correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava os grilhões, e ninguém conseguia dominá-lo. Dia e noite andava entre os túmulos e pelos morros, gritando e ferindo-se com pedras. Ao ver Jesus, de longe, o homem correu, caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto: «Que queres de mim, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Por Deus, não me atormentes!». Jesus, porém, disse-lhe: «Espírito impuro, sai deste homem!»- E perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Ele respondeu: «Legião é meu nome, pois somos muitos». E suplicava-lhe para que não o expulsasse daquela região
Entretanto estava pastando, no morro, uma grande manada de porcos. Os espíritos impuros suplicaram então:«Manda-nos entrar nos porcos». Jesus permitiu. Eles saíram do homem e entraram nos porcos. E os porcos, uns dois mil, se precipitaram pelo despenhadeiro no mar e foram se afogando. Os que cuidavam deles fugiram e espalharam a notícia na cidade e no campo. As pessoas saíram para ver o que tinha acontecido. Chegaram onde estava Jesus e viram o possesso sentado, vestido e no seu perfeito juízo — aquele que tivera o Legião. E ficaram com medo. Os que tinham presenciado o fato explicavam-lhes o que havia acontecido com o possesso e com os porcos. Então, suplicaram Jesus para que fosse embora do território deles.
Enquanto Jesus entrava no barco, o homem que tinha sido possesso pediu para que o deixasse ir com ele. Jesus, porém, não permitiu, mas disse-lhe: «Vai para casa, para junto dos teus, e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti». O homem foi embora e começou a anunciar, na Decápole, tudo quanto Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

«Espírito impuro, sai deste homem!»  - Rev. D. Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero(Viladecans, Barcelona, Espanha)

Hoje encontramos um fragmento do Evangelho que pode provocar o sorriso a mais de um. Imaginar-se uns dos mil porcos precipitando-se pelo monte abaixo, não deixa de ser uma imagem um pouco cômica. Mas a verdade é que a eles não lhes fez nenhuma graça, se enfadaram muito e lhe pediram a Jesus que se fora de seu território.
A atitude deles, mesmo que humanamente poderia parecer lógica, não deixa de ser francamente recriminável: prefeririam ter salvado seus porcos antes que a cura do endemoninhado. Isto é, antes os bens materiais, que nos proporcionam dinheiro e bem estar, que a vida em dignidade de um homem que não é dos “nossos”. Porque o que estava possuído por um espírito maligno só era uma pessoa que «Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras» (Mc 5,5).
Nos temos muitas vezes este perigo de apegar-nos ao que é nosso, e desesperar-nos quando perdemos aquilo que só é material. Assim, por exemplo, o camponês se desespera quando perde uma colheita mesmo tendo-a assegurada, ou o jogador de bolsa faz o mesmo quando suas ações perdem parte de seu valor. Em compensação, muitos poucos se desesperam vendo a fome ou a precariedade de tantos seres humanos, alguns dos quais vivem ao nosso lado.
Jesus sempre pôs em primeiro lugar as pessoas, mesmo antes que as leis e os poderosos de seu tempo. Mas nós, muitas vezes, pensamos só em nós mesmos e naquilo que acreditamos que nos traz felicidade, mesmo o egoísmo nunca traz felicidade. Como diria o bispo brasileiro Helder Câmara: «O egoísmo é a fonte mais infalível de infelicidade para si mesmo e para os que o rodeiam».

Santo do Dia: Santa Veridiana 

Veridiana nasceu em 1182, na Itália, e viveu quase toda a vida enclausurada numa minúscula cela. Pertencente a uma família nobre e rica, os Attavanti, Veridiana levou uma vida santa. Sua pessoa era tão querida que durante a vida recebeu a visita de Francisco de Assis. Veridiana sempre utilizou a fortuna familiar em favor dos pobres. Um dos prodígios atribuídos a ela mostra bem o tamanho de sua caridade. Consta que certa vez um dos seus tios, muito rico, deixou a seus cuidados grande parte de seus bens, que eram as colheitas de suas terras. Mesmo sendo um período de carestia, o tio nem pensava nos pobres e vendeu a colheita toda. Mas quando o comprador chegou para retirar a mercadoria nada havia no celeiro. Veridiana tinha dado tudo aos pobres. O tio ficou furioso e ordenou a Veridiana que solucionasse o problema, já que fora a causadora dele. No dia seguinte, na hora marcada, as despensas estavam novamente cheias. Um sinal da presença de Deus na vida da jovem italiana. Veridiana, após uma peregrinação ao túmulo de Tiago em Compostela, decidiu-se pela vida religiosa e reclusa. Para que não se afastasse da cidade, seus amigos e parentes construíram então uma pequena cela, próxima ao Oratório de Santo Antônio, onde ela viveu 34 anos de penitência e solidão. A cela possuía uma única e mínima janela, por onde ela assistia a missa e recebia suas raras visitas e refeições, também minúsculas, suficientes apenas para que não morresse de fome. Conta-se que sua santa morte, em 01 de Fevereiro de 1242, foi anunciada pelo repicar dos sinos de Castelfiorentino, sem que ninguém os tivesse tocado.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida de solidão e recolhimento marcam o profundo amor que Veridiana ofereceu a Deus. Ao lado desta atitude de vida, está também o zelo pelos pobres e abandonados. Oração e ação, marcas essenciais da vida cristã.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

bom dia evangelho - 29. janeiro. 2021

 

BOM DIA EVANGELHO


29 DE JANEIRO DE 2021
Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Imagem referencial. Crédito: Pixabay SÃO PAULO, 28 jan. 21 / 01:35 pm (ACI).- Nesta semana, o município de Pindamonhangaba (SP) chegou à marca de 100 mortos por Covid-19 e, como uma forma de recordar e homenagear os falecidos, a Paróquia de São Vicente de Paulo realizará nesta sexta-feira, às 18h, um dobre fúnebre de sinos. Ao todo, cem badaladas no sino da Igreja Matriz do Distrito de Moreira César vão recordar as mais de cem vítimas do coronavírus no município. No mesmo horário, os fiéis são convidados a, de suas casas, se unirem em oração. “Na semana que nosso município ultrapassou a triste marca de cem mortos pela Covid-19, queremos homenagear estas pessoas e ao mesmo tempo rezar pelo seu descanso eterno, consolo das famílias enlutadas e pelo fim desta pandemia”, explicou o administrador paroquial, Padre Gabriel Henrique de Castro. Por sua vez, o vigário paroquial, Padre Marcelo Emídio, assinalou que vão se “utilizar do sino, que tantas vezes já anunciou diversas situações ao povo, para recordar a necessidade de intensificar os cuidados, pois a pandemia ainda está aí”. “Precisamos ter fé e também fazer a nossa parte”, acrescentou. Além da homenagem dos sinos, as Missas do fim de semana no território da Paróquia serão rezadas em sufrágio da alma dos pindamonhangabenses vitimados pela pandemia. As orações também vão recordar os profissionais que atuam na linha de frente do combate à Covid-19 na cidade.

Oração: Inspirai-nos, ó Deus de amor, pela intercessão de São Valério, o zelo pastoral pelos mais abandonados e necessitados de conversão. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 4,26-34):

 Jesus dizia-lhes: «O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra. Quer ele esteja dormindo ou acordado, de dia ou de noite, a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga. Ora, logo que o fruto está maduro, mete-se a foice, pois o tempo da colheita chegou».
Jesus dizia-lhes: «Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus? Com que parábola podemos apresentá-lo? É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças, com ramos grandes a tal ponto que os pássaros do céu podem fazer seus ninhos em sua sombra». Jesus lhes anunciava a palavra usando muitas parábolas como estas, de acordo com o que podiam compreender. Nada lhes falava sem usar parábolas. Mas, quando estava a sós com os discípulos, lhes explicava tudo.
Palavras de vida eterna.

«O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra e a terra produz o fruto por si mesma» -Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, Jesus fala às pessoas de uma experiência muito próxima das suas vidas: «Um homem lança a semente na terra (…); a semente germina e cresce (…). A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga» (Mc 4,26-28). Refere-se, com estas palavras, ao Reino de Deus, que consiste na «santidade e graça, Verdade e Vida, justiça, amor e paz» (Prefácio da Solenidade de Cristo Rei), que Jesus Cristo nos veio trazer. Este Reino tem de ser uma realidade, em primeiro lugar dentro de cada um de nós; depois, no nosso mundo.
Pelo Batismo, Jesus semeou, na alma de cada cristão, a graça, a santidade, a Verdade… Temos de fazer crescer esta semente para que frutifique em abundância de boas obras: de serviço e caridade, de amabilidade e generosidade, de sacrifício para cumprir bem o nosso dever de cada dia e para fazer felizes aqueles que nos rodeiam, de oração constante, de perdão e compreensão, de esforço para crescer em virtudes, de alegria…
Assim, este Reino de Deus – que começa dentro de cada um – se estenderá a nossa família, a nossa cidade, a nossa sociedade, ao nosso mundo. Porque quem vive assim, «que faz senão preparar o caminho do Senhor (…), a fim de que nele penetre a força da graça, que o ilumine a luz da verdade, que faça retos os caminhos que conduzem a Deus?» (São Gregório Magno).
A semente começa pequena, como «um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças» (Mc 4,31-32). Porém, a força de Deus difunde-se e cresce com um vigor surpreendente. Como nos primeiros tempos do Cristianismo, Jesus pede-nos hoje que difundamos o seu Reino por todo o mundo.

Santo do Dia: São Valério de Treviri 

Uma tradição antiga informa que Valério foi discípulo do apóstolo Pedro, que o teria consagrado bispo e enviado para evangelizar a população da Alemanha. Mas historicamente esta informação carece de veracidadeO que sabemos é que Valério foi realmente bispo em Tréviri e realizou um ótimo trabalho de evangelização. Suas ações em favor da fé e da Igreja o incluíram na lista dos santos. Nos registros do Vaticano encontramos a seguinte afirmação sobre Valério“converteu multidões de pagãos e operou milagres singelos e expressivos.” Talvez o mais significativo, tenha sido quando Valério trouxe de volta a vida o companheiro materno, com o simples toque do seu bastão episcopalValério morreu dia 29 de janeiro de um ano incerto do século IV.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A Igreja da Alemanha dedica muitas igrejas à memória de São Valério. Muitas cidades o elegeram como seu padroeiro. As suas relíquias, conservadas numa urna de prata, se encontram na basílica de São Matias, na Alemanha. Na devoção popular encontramos a certeza de que Valério foi um verdadeiro apóstolo de Cristo.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

BOM DIA EVANGELHO 28. JANEIRO. 2021

 

BOM DIA EVANGELHO


28 DE JANEIRO DE 2021 
Quinta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Reconstrução do rosto de São Paulo / Imagem: Girleyne Costa

SÃO PAULO, 26 jan. 21 / 05:00 pm (ACI).- Um projeto desenvolvido em conjunto entre o Departamento de Arqueologia Sacra da Academia Brasileira de Hagiologia (ABRHAGI) e uma artista revelou qual seria o rosto do Apóstolo São Paulo.

A reconstrução artística foi apresentada na segunda-feira, 25 de janeiro, festa da Conversão de São Paulo, e realizada em parceria entre o especialista em relíquias da Arquidiocese de São Paulo, Fábio Tucci Farah, e a artista Girleyne Costa.

De acordo com Farah, que também é um dos fundadores do Departamento de Arqueologia Sacra da Academia Brasileira de Hagiologia(ABRHAGI), um dos elementos que colaborou para a execução deste projeto foi o ícone mais antigo do Apóstolo, encontrado há pouco mais de 10 anos nas catacumbas de Santa Tecla, em Roma.

 “Em junho de 2009, o L’Osservatore Romano divulgou uma descoberta extraordinária nas catacumbas de Santa Tecla: o ícone mais antigo de São Paulo, datado entre o final do século quarto e início do quinto. Abaixo de uma espessa camada removida por laser, especialistas da Pontifícia Academia Romana de Arqueologia descobriram o afresco de um homem calvo de rosto magro e comprido, barba escura, nariz avantajado”, citou o especialista em declarações a Vatican News.

Segundo ele, “embora São Paulo possua uma vasta – e variada – iconografia, o ícone descoberto nas catacumbas de Santa Tecla está em perfeita harmonia com a única descrição disponível de sua aparência, encontrada nos Atos de Paulo e Tecla, um texto apócrifo que remonta, possivelmente, ao século segundo”.

Nesta descrição dos Atos de Paulo e Tecla, assinalou Farah, o Apóstolo dos Gentios “aparece como um homem de pequena estatura, com as sobrancelhas unidas, careca, de pernas arqueadas, olhos encovados e um grande nariz aquilino”.

Com estas informações, Farah e Girleyne Costa puderam trabalhar na reconstrução do rosto de São Paulo e, conforme indicou o especialista brasileiro, “também levamos em consideração algumas características étnico-raciais, o modo de vida de São Paulo e, claro, a personalidade que salta de suas inúmeras epístolas”.

“Não queríamos simplesmente apresentar o retrato de um fariseu de Tarso, que percorreu milhares de quilômetros como missionário, no século I. Nosso objetivo era apresentar um homem com semblante de anjo que falasse às pessoas do século XXI. Um missionário que, passados quase dois milênios, ainda encanta a plateia”, ressaltou. Por sua vez, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, ressaltou que “o apóstolo São Paulo é muito inspirador para nossa Igreja” e, portanto, “conhecer melhor a sua figura humana é um desejo natural, embora ele tenha vivido em tempos ainda desprovidos dos recursos fotográficos, hoje tão comuns e acessíveis a todos em nossos dias”.

Entretanto, sublinhou, “a pesquisa e os recursos da técnica podem ajudar a proporcionar uma imagem aproximada daquele homem de rosto muito marcante, olhar incisivo e presença envolvente”.

Este projeto que revelou o rosto de São Paulo segue a mesma linha de trabalhos desenvolvidos para a reconstrução artística dos rostos de Santa Joana D’Arc e São Tiago Zebedeu.

Segundo Fábio Farah, mais do que satisfazer a curiosidade das pessoas, a reconstrução do rosto dos santos visa a “aproximar o fiel de sua humanidade e, a partir dela, arrebatá-lo ao Reino Celeste”.

“A muitos devotos, a apresentação do rosto mais fidedigno é acompanhada pelo fortalecimento da fé, pelo interesse renovado em imitar sua vida e seus costumes. E o mais importante, ajuda a erguer os olhos em direção Àquele ao qual todo joelho se dobra, ‘nos céus, sobre a terra e sob a terra’”, declarou Farah à ACI Digital.

Além disso, segundo Farah revelou a Vatican News, esta reconstrução facial do Apóstolo dos Gentios faz parte de um projeto em desenvolvimento com o Museu de Arte Sacra de São Paulo chamado “A Verdadeira Face dos Apóstolos de Cristo”, com a reconstrução facial de todos os apóstolos. Oportunamente, indicou, o trabalho vai ganhar uma exposição.

 Oração: Deus de amor e bondade, dai-me, pela intercessão de Santo Tomás, inteligência e a facilidade do estudo, a profundidade na interpretação e uma graça abundante de expressão. Fortificai meu estudo, dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos. Amém!

Evangelho (Mc 4,21-25): 

Jesus dizia-lhes: «Será que a lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama? Pelo contrário, não é ela posta no candelabro? De fato, nada há de escondido que não venha a ser descoberto; e nada acontece em segredo que não venha a se tornar público. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!»
Jesus dizia-lhes: «Considerai bem o que ouvis! A medida que usardes para os outros, servirá também para vós, e vos será acrescentado ainda mais. A quem tem, será dado; e a quem não tem, será tirado até o que tem».

«Será que a lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama?» -Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, Jesus nos explica o segredo do Reino do Céu. Inclusive utiliza uma certa ironia para mostrar-nos que a “energia” interna que tem a Palavra de Deus —a própria Dele—, a força expansiva que se deve estender por todo o mundo, é como uma luz, e que esta luz não pode ficar embaixo do alqueire «Dizia-lhes ainda: Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?» (Mc 4,21).
Por acaso podemos imaginar a estupidez humana que seria colocar a vela acesa embaixo da cama? Cristãos com a luz apagada ou com a luz acesa com a proibição de iluminar! Isto sucede quando não pomos ao serviço da fé a plenitude de nossos conhecimentos e de nosso amor. Quão antinatural resulta o egoísmo sobre nós mesmos, reduzindo nossa vida ao limite de nossos interesses pessoais! Viver sob a cama! Ridícula e tragicamente imóveis: “ausentes” do espírito.
O Evangelho —pelo contrário— é um santo arrebato de Amor apaixonado que quer comunicar-se, que necessita “dizer”, que leva em si uma exigência de crescimento pessoal, de maturidade interior, e de serviço aos outros. «Se dizes: Basta! “Estás morto», diz Santo Agostinho. E São Josémaria: «Senhor: que tenha peso e medida em tudo..., menos no Amor». 
«‘Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.’ Lhes dizia também: ‘Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.’» (Mc 4,23-24). Mas, que queres dizer com escutar?; Que devemos escutar? É a grande pergunta que devemos fazer. É o ato de sinceridade para com Deus que nos exige saber realmente que queremos fazer. E para saber o que devemos escutar: é necessário estar atento às insinuações de Deus. Devemos nos introduzir no diálogo com Ele. E a conversa põe fim às “matemáticas da medida”: «Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará. Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem» (Mc 4,24-25). Os interesses acumulados de Deus nosso Senhor são imprevisíveis e extraordinários. Esta é uma maneira de excitar nossa generosidade.

Santo do Dia:São Tomás D'Aquino

Tomás nasceu em 1225, na Campânia, da família feudal italiana. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Ainda jovem, mesmo com a resistência da família, fez-se dominicano. Em Paris estudou com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também lecionou em grandes universidades de Paris, Roma, Bolonha e Nápoles e jamais se afastou da humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos outros e da caridade para com os pobres e doentes. Grande intelectual vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era: "oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás sempre recusou. Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, em 07 de março de 1274. É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Tomás de Aquino foi Doutor da Igreja, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados. Muito se falou, se fala e se falará deste Santo, cuja obra perdura ao longo dos séculos.

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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

bom dia evangelho - 27.1.021

 

BOM  DIA EVANGELHO


27 DE JANEIRO DE 2021
Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Basílica da Sagrada Família. Foto: Arquidiocese de Barcelona BARCELONA, 26 jan. 21 / 09:00 am (ACI).- A Basílica da Sagrada Família em Barcelona retoma as suas obras com um objetivo claro: terminar a Torre da Virgem Maria com a colocação da estrela de doze pontas antes do final de 2021. Depois de concluída, esta torre será a segunda mais alta da Basílica, com 138 metros de altura. Segundo informou o delegado presidente do Conselho de Construção deste monumental edifício sagrado projetado pelo brilhante arquiteto catalão Antoni Gaudí, as obras da torre estão bem avançadas. Só falta a parte final da torre, embora se trate de uma fase delicada de construção. Segundo o site da Arquidiocese de Barcelona, ao concluir as obras, a torre estará composta por três partes: “Em primeiro lugar, e em ordem crescente, está a coroa. É um elemento de pedra de 6 metros de altura, e que termina com doze estrelas de ferro forjado. As estrelas circundam a parte inferior do terminal de forma ascendente”. Em seguida, “o “fuste” ou lanterna, que corresponde à parte central do terminal, tem 18 metros de altura. Definida pela geometria de um hiperboloide, termina em três braços que sustentam a estrela. Toda a sua superfície exterior é feita de mosaico de tons de branco e azul”. Por fim, “a estrela é o elemento final da torre. Quanto às suas dimensões, tem um diâmetro de 7,5 metros e um total de 12 pontas. Todas as faces são de vidro texturizado e são iluminadas por dentro”. Em todo caso, o ritmo de construção e cumprimento dos prazos até a tão esperada colocação da Estrela de Maria dependerá da evolução da pandemia do coronavírus. Se a situação de saúde piorar, as obras terão que ser interrompidas novamente. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

 Oração: Senhor, Pai de misericórdia, que na virgem Santa Ângela quisestes dar-nos um exemplo de prudência e caridade, concedei-nos que, iluminados pelas suas virtudes e ajudados pela sua intercessão, sejamos fiéis a vossa doutrina em toda a nossa vida. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 4,1-20):

 Outra vez, à beira-mar, Jesus começou a ensinar, e uma grande multidão se ajuntou ao seu redor. Por isso, entrou num barco e sentou-se, enquanto toda a multidão ficava em terra, à beira-mar. Ele se pôs a ensinar-lhes muitas coisas em parábolas. No seu ensinamento, dizia-lhes: «Escutai! O semeador saiu a semear. Ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e os passarinhos vieram e comeram. Outra parte caiu em terreno cheio de pedras, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, mas quando o sol saiu, a semente se queimou e secou, porque não tinha raízes. Outra parte caiu no meio dos espinhos; estes cresceram e a sufocaram, e por isso não deu fruto. E outras sementes caíram em terra boa; brotaram, cresceram e deram frutos: trinta, sessenta e até cem por um. E acrescentou: «Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!».
Quando ficaram a sós, os que estavam com ele junto com os Doze faziam perguntas sobre as parábolas. Ele dizia-lhes: «A vós é confiado o mistério do Reino de Deus. Para aqueles que estão fora tudo é apresentado em parábolas, de modo que, por mais que olhem, não enxergam, por mais que escutem, não entendem, e não se convertem, nem são perdoados».
Jesus então perguntou-lhes: «Não compreendeis esta parábola? Como então, compreendereis todas as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os da beira do caminho onde é semeada a palavra são os que a ouvem, mas logo vem Satanás e arranca a palavra semeada neles. Os do terreno cheio de pedras são aqueles que, ao ouvirem a palavra, imediatamente a recebem com alegria, mas não têm raízes em si mesmos, são de momento; chegando tribulação ou perseguição por causa da palavra, desistem logo. Outros ainda são os que foram semeados entre os espinhos: são os que ouvem a palavra, mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e os outros desejos, a palavra é sufocada e fica sem fruto. E os que foram semeados em terra boa são os que ouvem a palavra e a acolhem, e produzem frutos: trinta, sessenta e cem por um».
Palavras de vida eterna.

«O semeador semeia a palavra» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje escutamos dos lábios do Senhor a “Parábola do semeador”. A cena é totalmente atual. O Senhor não deixa de “semear”. Também nos nossos dias é uma multidão a que escuta a Jesus pela boca de seu Vigário — o Papa—, de seus ministros e... de seus fieis laicos: a todos os batizados Cristo nos outorgou uma participação em sua missão sacerdotal. Há “fome” de Jesus. Nunca como agora a Igreja tem sido tão católica, já que sob suas “asas” abriga homens e mulheres dos cinco continentes e de todas as raças. Ele nos enviou ao mundo inteiro (cf. Mc 16,15) e, apesar das sombras do panorama, se fez realidade o mandato apostólico de Jesus Cristo.
O mar, a barca e as praias são substituídos por estádios, telas e modernos meios de comunicação e de transporte. Mas Jesus é hoje o mesmo de ontem. O homem não mudou, nem a sua necessidade de ensinar a amar. Também hoje há quem — por graça e gratuita escolha divina: é um mistério!— recebe e entende mais diretamente a Palavra. Como também há muitas almas que necessitam uma explicação mais descritiva e mais pausada da Revelação.
Em todo caso, a uns e outros, Deus nos pede frutos de santidade. O Espírito Santo nos ajuda a isso, mas não prescinde de nossa colaboração. Em primeiro lugar, é necessária a diligência. Se nós respondemos a meias, quer dizer, se nós mantemos na “fronteira” do caminho sem entrar plenamente nele, seremos vítima fácil de Satanás.
Segundo, a constância na oração — o diálogo—, para aprofundar no conhecimento e amor a Jesus Cristo: «Santo sem oração...? — “Não acredito nessa santidade» (São Josémaria).
Finalmente, o espírito de pobreza e desprendimento evitará que nos “afoguemos” pelo caminho. As coisas esclarecidas: «Ninguém pode servir a dois senhores... » (Mt 6,24).
Em Santa Maria encontramos o melhor modelo de correspondência à chamada de Deus.

Santo do Dia: Santa Ângela de Mérici 

Ângela Mérici nasceu em 1470 no norte da Itália. Os pais eram camponeses pobres e muito religiosos. E desde pequena ela teve seu coração inclinado pela vida religiosa. Na infância ficou órfã de pai e de mãe e foi viver na casa de um tio, que a havia adotado, mas que também veio a falecer. Depois de passar dias e dias chorando, com apenas treze anos, pediu para ingressar num convento, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis. Os seus sofrimentos, sua entrega a Deus e a vida meditativa de penitência lhe trouxeram, através do Espírito Santo, o dom do conselho. Inspirada pela Virgem Maria fundou a comunidade das irmãs Ursulinas, em homenagem a santa Úrsula, a mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade. As "Ursulinas" tinham como finalidade a formação das futuras mães, segundo os dogmas cristãos. Ângela teve uma concepção bastante revolucionária para sua época, quando se dizia que uma sólida educação cristã para as moças só seria possível dentro das grades de uma clausura. A fundadora morreu aos setenta e cinco anos, em 27 de janeiro de 1540 e foi canonizada, em 1807.-Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão: Um dia perguntaram a Ângela como deveríamos viver nossa vida. Ela sabiamente respondeu: Vive hoje como se fosse já o dia de prestar contas a Deus! Sigamos o conselho de Santa Ângela e vivamos o hoje da melhor maneira possível.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

bom dia evangelho- 26. janeiro. 2021

 

BOM DIA EVANGELHO


26 de janeiro de 2021
Terça-feira da 3ª semana do Tempo Comum

O Cardeal Koch acessa a Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa Vaticano, 25 jan. 21 / 03:11 pm (ACI).- A Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, acolheu a celebração das segundas Vésperas da Solenidade da conversão do Apóstolo São Paulo. Devido às dores causadas pela ciática, o Papa Francisco não pôde presidir a cerimônia, mas em vez disso, o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, leu a homilia preparada pelo Pontífice. A seguir, o texto completo da homilia do Papa Francisco: «Permanecei no meu amor» (Jo 15, 9). Jesus associa este pedido à imagem da videira e dos ramos, a última que nos dá nos Evangelhos. O próprio Senhor é a videira, a videira «verdadeira» (15, 1), que não atraiçoa as expetativas, mas permanece fiel no amor e nunca falha, apesar dos nossos pecados e divisões. Nesta videira que é Ele, estamos enxertados como ramos todos nós, batizados: quer dizer que só unidos a Jesus é que podemos crescer e dar fruto. Nesta tarde, contemplemos esta unidade indispensável, que tem vários níveis. Pensando na videira, poderíamos imaginar a unidade formada por três círculos concêntricos, como os dum tronco. O primeiro círculo, o mais interno, é o permanecer em Jesus. Daqui parte o caminho de cada um rumo à unidade. Na realidade mutável e complexa de hoje, arrastados daqui e dali, é fácil perder a linha. Muitos sentem-se intimamente divididos, incapazes de encontrar um ponto firme, uma estrutura estável nas circunstâncias variáveis da vida. Jesus indica-nos o segredo da estabilidade: permanecer n’Ele. No texto que escutamos, repete sete vezes este conceito (cf. 15, 4-7.9-10). Sabe que, sem Ele, nada podemos fazer (cf. 15, 5). E mostrou-nos também como fazer, dando-nos o exemplo: cada dia retirava-Se em lugares desertos para orar. Precisamos da oração, como de água, para viver. A oração pessoal, o estar com Jesus, a adoração, é o essencial deste permanecer n’Ele. É o meio para colocar no coração do Senhor tudo aquilo que povoa o nosso coração: esperanças e temores, alegrias e dores. Mas sobretudo, centrados em Jesus na oração, experimentamos o seu amor. E daí recebe vida a nossa existência, como o ramo que toma a seiva do tronco. Esta é a primeira unidade, a nossa integridade pessoal, obra da graça que recebemos permanecendo em Jesus. O segundo círculo é o da unidade com os cristãos. Somos ramos da mesma videira, somos vasos comunicantes: o bem e o mal que realiza cada um reverte-se sobre os outros. Além disso, na vida espiritual, vigora uma espécie da «lei da dinâmica»: na medida em que permanecemos em Deus, aproximamo-nos dos outros e, na medida em que nos aproximamos dos outros, permanecemos em Deus. Significa que, se invocarmos Deus em espírito e verdade, daí brota a exigência de amar os outros e, vice-versa, «se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós» (1 Jo 4, 12). A oração só pode levar ao amor, caso contrário é vão ritualismo. Com efeito, não é possível encontrar Jesus sem o seu Corpo, composto de muitos membros, tantos quantos são os batizados. Se a nossa adoração for genuína, cresceremos no amor por todos aqueles que seguem Jesus, independentemente da comunhão cristã a que pertençam, porque, mesmo se não são «dos nossos», são d’Ele. Constatamos, porém, que amar os irmãos não é fácil, porque apresentam-se imediatamente os seus defeitos e as suas faltas, e voltam à mente as feridas do passado. Aqui vem em nosso auxílio a ação do Pai que, como sábio agricultor (cf. Jo 15, 1), sabe bem o que fazer: «Ele corta todo o ramo que não dá fruto em Mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda» (Jo 15, 2). O Pai corta e poda. Porquê? Porque, para amar, precisamos de ser despojados daquilo que nos extravia e nos faz debruçar sobre nós mesmos, impedindo-nos de dar fruto. Por isso peçamos ao Pai para cortar em nós os preconceitos contra os outros e os apegos mundanos que impedem a plena unidade com todos os seus filhos. Assim, purificados no amor, saberemos colocar em segundo plano os empecilhos terrenos e os obstáculos doutrora, que hoje nos desviam do Evangelho. O terceiro círculo da unidade, o mais largo, é a humanidade inteira. Neste âmbito, podemos refletir sobre a ação do Espírito Santo. Na videira que é Cristo, Ele é a seiva que chega a todas as partes. Mas o Espírito sopra onde quer, e por todo o lado quer reconduzir à unidade. Leva-nos a amar não só àqueles que nos amam e pensam como nós, mas a todos, como Jesus nos ensinou. Torna-nos capazes de perdoar aos inimigos, e as injustiças sofridas. Impele-nos a ser ativos e criativos no amor. Lembra-nos que o próximo não é só quem partilha os nossos valores e ideias, mas que somos chamados a fazer-nos próximo de todos, bons Samaritanos duma humanidade vulnerável, pobre e sofredora – hoje, tão sofredora –, que jaz por terra nas estradas do mundo e que Deus, na sua compaixão, deseja levantar. O Espírito Santo, autor da graça, ajuda-nos a viver na gratuidade, a amar mesmo quem não nos retribui, porque é no amor puro e desinteressado que o Evangelho dá fruto. É pelos frutos que se reconhece a árvore: pelo amor gratuito, se reconhece se pertencemos à videira de Jesus. O Espírito Santo ensina-nos, assim, o amor concreto por todos os irmãos e irmãs com quem partilhamos a mesma humanidade, aquela humanidade que Cristo uniu inseparavelmente a Si, dizendo-nos que O encontraremos sempre nos mais pobres e necessitados (cf. Mt 25, 31-45). Servindo-os juntos, descobrir-nos-emos irmãos e cresceremos na unidade. O Espírito, que renova a face da terra, exorta-nos também a cuidar da nossa casa comum, a fazer opções ousadas no modo como vivemos e consumimos, porque o contrário de dar fruto é a exploração, e é indigno desperdiçar os preciosos recursos de que muitos estão privados. Nesta tarde o próprio Espírito, artífice do caminho ecuménico, levou-nos a rezar juntos. E ao mesmo tempo que experimentamos a unidade que deriva de nos dirigirmos a Deus com uma só voz, desejo agradecer a todos aqueles que rezaram nesta Semana e continuarão a rezar pela unidade dos cristãos. Dirijo a minha saudação fraterna aos representantes das Igrejas e Comunidades eclesiais aqui reunidos: aos jovens ortodoxos e ortodoxos orientais que estudam em Roma com o apoio do Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos; aos professores e alunos do Instituto Ecuménico de Bossey, que deveriam ter vindo a Roma como nos anos anteriores, mas não puderam por causa da pandemia e acompanham-nos através dos mass-media. Queridos irmãos e irmãs, permaneçamos unidos em Cristo! Que o Espírito Santo, derramado nos nossos corações, nos faça sentir filhos do Pai, irmãos e irmãs entre nós, irmãos e irmãs na única família humana. Que a Santíssima Trindade, comunhão de amor, nos faça crescer na unidade.

 Oração: Pai de amor, que escolheste Timóteo para ser um grande apóstolo, convertei-nos também a nós e inspirai-nos gestos de renovação da sociedade e das nossas comunidades eclesiais. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

 Evangelho (Mc 3,31-35)

 Nisso chegaram a mãe e os irmãos de Jesus. Ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Ao seu redor estava sentada muita gente. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram». Ele respondeu: «Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?». E passando o olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse: «Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». Palavras de vida eterna.

«Eis minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe» - Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera(Ripollet, Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos Jesus —numa cena muito especial e, também, comprometedora— ao seu redor havia uma multidão de pessoas do povoado. Os familiares mais próximos de Jesus chegaram desde Nazaré a Cafarnaum. Mas, quando viram tanta quantidade de gente, permaneceram do lado de fora e mandaram chamá-lo. Disseram-lhe: «Tua mãe e teus irmãos e irmãs estão lá fora e te procuram» (Mc 3,32).
Na resposta de Jesus, como veremos, não há nenhum motivo para rechaçar os seus familiares. Jesus tinha se afastado deles para seguir o chamado divino e mostra agora que também internamente renunciou a eles: não por frialdade de sentimentos ou por menosprezo dos vínculos familiares, senão porque pertence completamente a Deus Pai. Jesus Cristo fez Ele mesmo, pessoalmente, aquilo que justamente pede aos seus discípulos.
Em vez da sua família da terra, Jesus escolheu uma família espiritual. Passando um olhar sobre os que estavam sentados ao seu redor, disse-lhes: «Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe». (Mc 3, 34-35). São Marcos, em outros lugares do seu Evangelho, refere outro dos olhares de Jesus ao seu redor.
Será que Jesus quer nos dizer que só são seus parentes os que escutam com atenção sua palavra? Não! Não são seus parentes aqueles que escutam sua palavra, senão aqueles que escutam e cumprem a vontade de Deus: esses são seu irmão, sua irmã, sua mãe.
Jesus faz uma exortação a aqueles que estão ali sentados —e a todos— a entrar em comunhão com Ele através do cumprimento da vontade divina. Mas, vemos, também, na suas palavras uma louvação a sua mãe, Maria, a sempre bem-aventurada por ter acreditado.

Santo do Dia: São Timóteo 

Depois de celebrar a memória da conversão de São Paulo, a Igreja honra Timóteo, missionário que percorreu muitas comunidades junto com o grande apóstolo cristão. Timóteo era o "braço direito" do apóstolo Paulo, seu grande amigo e companheiro, sendo considerado, ao lado do mestre, como o primeiro e corajoso pregador do cristianismo. Era tão querido por Paulo que este confiava missões exclusivas a ele, mandando-o como seu representante. Timóteo nasceu em Listra, Ásia. Seu pai era grego e pagão, a mãe se chamava Eunice e era judia. Foi educado dentro do judaísmo. Converteu-se aos vinte anos e nunca mais abandonou a fé cristã e a vida missionária. Fiel colaborador de Paulo, o acompanhou em suas viagens a Filipos, Tessalônica, Atenas, Corinto, Éfeso e Roma. Às vezes ia sozinho, como para Corinto, sendo recomendado por Paulo: "Estou lhes mandando Timóteo, meu filho dileto e fiel no Senhor: manterá em suas memórias os caminhos que lhes ensinei". Por volta do ano 66, Timóteo era o bispo de Éfeso e, com este cargo, foi nomeado pelo apóstolo para liderar a Igreja da Ásia Menor. Faleceu no ano 97. -Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão: Ser apóstolo é dedicar a vida, palavras e ações, para espalhar a palavra de Jesus a todas as pessoas. Que Deus inspire-nos para o apostolado fecundo e que nosso testemunho seja motivação para que mais pessoas reconheçam a graça de Deus atuando em nossas vidas.

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