Imagem referencial. Crédito: Facebook March For Life. WASHINGTON DC, 29 jan. 21 / 08:54 am (ACI).- Sob o lema “Together Strong: Life Unites” (Unidos somos fortes: A vida nos une), será realizada nesta sexta-feira, 29 de janeiro, a Marcha Pela Vida, evento que busca defender a vida em todas as suas etapas no país, e que este ano será virtual em função da pandemia da Covid-19. A Marcha pela Vida é realizada todos os anos como um protesto próximo ou no dia do aniversário do caso Roe vs. Wade, com o qual a Suprema Corte, em 1973, aprovou o aborto legal nos Estados Unidos. Este ano, a marcha visa “comunicar e educar sobre quais são as necessidades mais urgentes do nosso tempo” em meio à pandemia. Por isso, aposta pela unidade para “construir uma cultura de vida e de amor”, diante do aborto, que “não só divide a mãe de seu filho, os pais e a família, mas, inclusive, divide o amor da cultura”, disse Jeanne Mancini, presidente da Marcha pela Vida, em 10 de setembro de 2020. Os organizadores da marcha informaram que este ano o evento será realizado virtualmente para prevenir infecções por Covid-19, e será transmitido de Washington D.C., onde apenas uma pequena delegação participará representando as multidões pró-vida que costumam comparecer a cada ano. Mancini disse que a Marcha pela Vida “está profundamente agradecida pelas incontáveis mulheres, homens e famílias que se sacrificam para vir em grande número todos os anos como testemunhas da vida, e esperamos estar juntos pessoalmente no próximo ano. Já na marcha deste ano, esperamos estar com vocês virtualmente”. Um representante da Marcha pela Vida disse à CNA - agência em inglês do Grupo ACI - no dia 15 de janeiro, que este grupo de líderes pró-vida levarão umas rosas que deixarão na Suprema Corte, em honra às vidas perdidas pelo aborto. O evento poderá ser acompanhado em inglês pela EWTN. Além da Marcha, estão sendo realizadas uma série de atividades virtuais como a Vigília Nacional pela Vida, que ocorreu de 28 a 29 de janeiro para rezar pelo fim do aborto no país. Os participantes nas Missas de abertura e encerramento da vigília poderão obter a indulgência plenária. Antes da Marcha pela Vida, ocorrerá o Rally e a Missa pela Vida; e no final da marcha será realizado o “Virtual Rose Dinner Gala”. O Rally pela vida incluirá palestras inspiradoras de líderes pró-vida, informações sobre como se manter envolvido no movimento pró-vida durante todo o ano e contará com a participação do cantor e compositor cristão Matthew West. O evento terá início às 12h (hora local) e será transmitido pelo site da Marcha e por suas redes sociais. No final da Marcha pela Vida, às 19 h (hora local), será realizado o “Virtual Rose Dinner Gala”, um jantar anual pró-vida que este ano será virtual. O discurso principal será proferido por Tim Tebow, palestrante, atleta profissional, autor do best-seller do NYT e vencedor do Troféu Heisman. Também estará presente Carl Anderson, Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo, que "será homenageado com o Prêmio legado Pró-Vida 2021", em reconhecimento a "uma vida profissional excepcional em defesa da dignidade inerente da pessoa não nascida". Da mesma forma, a Arquidiocese de Washington D.C. convida a participar do Youth Rally, uma manifestação pró-vida dirigida aos jovens que ocorre há mais de 20 anos. Kathryn Windels, diretora Assuntos da Vida da Arquidiocese de Washington, disse que o tema do Youth Rally será a “apologética pró-vida”. “Queremos encorajar os jovens a falar sobre seus valores pró-vida com autenticidade e convicção. Também queremos modelar a importância do diálogo respeitoso e civil. Esperamos que a manifestação deste ano anime os estudantes a falar abertamente sobre seus valores pró-vida, de forma que consigam uma coerência no tema”, explicou. O orador principal do Youth Rally será Josh Brahm, presidente e cofundador do Equal Rights Institute, que ensinará "as melhores práticas para falar sobre os valores pró-vida" e "alguns argumentos filosóficos importantes que considerou mais eficazes em seu trabalho”. O evento também incluirá apresentações musicais e a oração do Terço pelos alunos. A música será interpretada por artistas católicos como PJ Anderson, Javier Iván Díaz, Sarah Kroger e Out of Darkness, um casal católico. O Youth Rally começa às 8h (hora local) e, em seguida, às 10h, o Cardeal de Washington D.C, Dom Wilton Gregory, presidirá a Missa pela Vida na Catedral de São Mateus Apóstolo, sede arquidiocesana. Recorda-se que os participantes da Missa virtual poderão lucrar indulgência plenária. Os interessados em participar dos eventos podem clicar AQUI. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Santa Veridiana, pedimos por vossa intercessão, que Deus nos dê a graça de sermos humildes e praticarmos com ardor verdadeiros atos de caridade, engrandecendo o coração de Deus e ajudando o próximo. Amém!
Evangelho (Mc 5,1-20):
Jesus e os discípulos chegaram à outra margem
do mar, na região dos gerasenos. Logo que Jesus desceu do barco, um homem que
tinha um espírito impuro saiu do meio dos túmulos e foi a seu encontro. Ele morava
nos túmulos, e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. Muitas
vezes tinha sido preso com grilhões e com correntes, mas ele arrebentava as
correntes e quebrava os grilhões, e ninguém conseguia dominá-lo. Dia e noite
andava entre os túmulos e pelos morros, gritando e ferindo-se com pedras. Ao
ver Jesus, de longe, o homem correu, caiu de joelhos diante dele e gritou bem
alto: «Que queres de mim, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Por Deus, não me
atormentes!». Jesus, porém, disse-lhe: «Espírito impuro, sai deste homem!»- E
perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Ele respondeu: «Legião é meu nome, pois
somos muitos». E suplicava-lhe para que não o expulsasse daquela região
Entretanto estava pastando, no morro, uma grande manada de porcos. Os espíritos
impuros suplicaram então:«Manda-nos entrar nos porcos». Jesus permitiu. Eles
saíram do homem e entraram nos porcos. E os porcos, uns dois mil, se
precipitaram pelo despenhadeiro no mar e foram se afogando. Os que cuidavam
deles fugiram e espalharam a notícia na cidade e no campo. As pessoas saíram
para ver o que tinha acontecido. Chegaram onde estava Jesus e viram o possesso
sentado, vestido e no seu perfeito juízo — aquele que tivera o Legião. E
ficaram com medo. Os que tinham presenciado o fato explicavam-lhes o que havia
acontecido com o possesso e com os porcos. Então, suplicaram Jesus para que
fosse embora do território deles.
Enquanto Jesus entrava no barco, o homem que tinha sido possesso pediu para que
o deixasse ir com ele. Jesus, porém, não permitiu, mas disse-lhe: «Vai para
casa, para junto dos teus, e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua
misericórdia, fez por ti». O homem foi embora e começou a anunciar, na
Decápole, tudo quanto Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.
«Espírito impuro, sai deste homem!» - Rev. D. Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero(Viladecans, Barcelona, Espanha)
Hoje encontramos um fragmento do Evangelho que pode
provocar o sorriso a mais de um. Imaginar-se uns dos mil porcos precipitando-se
pelo monte abaixo, não deixa de ser uma imagem um pouco cômica. Mas a verdade é
que a eles não lhes fez nenhuma graça, se enfadaram muito e lhe pediram a Jesus
que se fora de seu território.
A atitude deles, mesmo que humanamente poderia parecer lógica, não deixa de ser
francamente recriminável: prefeririam ter salvado seus porcos antes que a cura
do endemoninhado. Isto é, antes os bens materiais, que nos proporcionam
dinheiro e bem estar, que a vida em dignidade de um homem que não é dos
“nossos”. Porque o que estava possuído por um espírito maligno só era uma
pessoa que «Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando
e ferindo-se com pedras» (Mc 5,5).
Nos temos muitas vezes este perigo de apegar-nos ao que é nosso, e
desesperar-nos quando perdemos aquilo que só é material. Assim, por exemplo, o
camponês se desespera quando perde uma colheita mesmo tendo-a assegurada, ou o
jogador de bolsa faz o mesmo quando suas ações perdem parte de seu valor. Em
compensação, muitos poucos se desesperam vendo a fome ou a precariedade de
tantos seres humanos, alguns dos quais vivem ao nosso lado.
Jesus sempre pôs em primeiro lugar as pessoas, mesmo antes que as leis e os
poderosos de seu tempo. Mas nós, muitas vezes, pensamos só em nós mesmos e
naquilo que acreditamos que nos traz felicidade, mesmo o egoísmo nunca traz
felicidade. Como diria o bispo brasileiro Helder Câmara: «O egoísmo é a fonte
mais infalível de infelicidade para si mesmo e para os que o rodeiam».
Veridiana nasceu em 1182, na Itália, e viveu quase toda a vida enclausurada numa minúscula cela. Pertencente a uma família nobre e rica, os Attavanti, Veridiana levou uma vida santa. Sua pessoa era tão querida que durante a vida recebeu a visita de Francisco de Assis. Veridiana sempre utilizou a fortuna familiar em favor dos pobres. Um dos prodígios atribuídos a ela mostra bem o tamanho de sua caridade. Consta que certa vez um dos seus tios, muito rico, deixou a seus cuidados grande parte de seus bens, que eram as colheitas de suas terras. Mesmo sendo um período de carestia, o tio nem pensava nos pobres e vendeu a colheita toda. Mas quando o comprador chegou para retirar a mercadoria nada havia no celeiro. Veridiana tinha dado tudo aos pobres. O tio ficou furioso e ordenou a Veridiana que solucionasse o problema, já que fora a causadora dele. No dia seguinte, na hora marcada, as despensas estavam novamente cheias. Um sinal da presença de Deus na vida da jovem italiana. Veridiana, após uma peregrinação ao túmulo de Tiago em Compostela, decidiu-se pela vida religiosa e reclusa. Para que não se afastasse da cidade, seus amigos e parentes construíram então uma pequena cela, próxima ao Oratório de Santo Antônio, onde ela viveu 34 anos de penitência e solidão. A cela possuía uma única e mínima janela, por onde ela assistia a missa e recebia suas raras visitas e refeições, também minúsculas, suficientes apenas para que não morresse de fome. Conta-se que sua santa morte, em 01 de Fevereiro de 1242, foi anunciada pelo repicar dos sinos de Castelfiorentino, sem que ninguém os tivesse tocado.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
A vida de solidão e
recolhimento marcam o profundo amor que Veridiana ofereceu a Deus. Ao lado
desta atitude de vida, está também o zelo pelos pobres e abandonados. Oração e
ação, marcas essenciais da vida cristã.
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