terça-feira, 12 de janeiro de 2021

BOM DIA EVANGELHO - 13. JANEIRO. 2021

 

BOM DIA EVANGELHO


Dia 13 de Janeiro - Quarta-feira
I SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde Ofício do Dia)

Foto referencial. Crédito: Pixabay Buenos Aires, 11 jan. 21 / 11:50 am (ACI).- Após a aprovação da lei do aborto no Senado da Argentina, em 30 de dezembro, o Cardeal Mario Aurelio Poli, Arcebispo de Buenos Aires, assegurou que "finalmente o Deus da vida se imporá, pelos caminhos que somente Ele conhece". Assim indicou o Purpurado em mensagem datada de 8 de janeiro, depois que o Senado aprovou a Lei 27610 sobre o aborto, com a qual se permite esta prática até a 14ª semana de gestação, sem necessidade de justificativa. Fora desse prazo, o artigo 4 da lei assinala, sem dar maiores detalhes, que o aborto pode ser realizado quando a gravidez for produto de estupro ou “se a vida ou a saúde integral da grávida estiver em perigo”. Depois do "dia sombrio de 30 de dezembro" e da "consagração do direito de tirar a vida dos seres que estão sendo gerados", o Cardeal Poli compartilhou algumas reflexões para "colocar um olhar esperançoso no momento que vivemos e tenho certeza de que contribuirão para discernir e renovar a nossa confiança de que o Deus da vida prevalecerá definitivamente, por caminhos que só Ele conhece”. O Cardeal recordou que aquele dia “amanheceu com um céu diáfano de verão, mas para muitos argentinos viveu-se um dia silencioso e sombrio, como se muitos voltassem do sepultamento de um familiar muito querido”. “Foi difícil definir o sentimento de impotência e tristeza, ao não poder defender o direito de tantas almas inocentes perante uma lei que por muitos motivos nasce injusta e tão contrária à cultura e aos sentimentos do povo”. Posteriormente, o Arcebispo descreveu que “enquanto um grupo de jovens e militantes partidários celebra até o paroxismo a consagração do direito de tirar a vida dos seres que estão sendo gerados, a grande maioria dos argentinos contemplamos assombrados o avanço de uma legislação que prioriza o descarte dos mais fracos e a negação ao direito elementar que nos permite participar da festa da existência, desde o momento próprio em que acontece o maravilhoso dom da vida, desde o instante da concepção”. “Paradoxalmente, isso ocorre com um governo que se autodenomina popular e no contexto de uma pandemia que já causou mais de 40 mil mortes até agora e ameaça uma segunda onda de infecções”. Do mesmo modo, o cardeal Poli indicou que “a Virgem e São José devem ter sofrido a mesma dor a caminho do Egito, quando souberam do infanticídio perpetrado pelo rei Herodes: talvez pensassem na dor das jovens esposas, cujo filho lhes foi tirado, sem poder fazer nada face ao abuso brutal do poder da vez”. “Enquanto somos peregrinos na terra, e nos custa passar por estes momentos amargos, vem em nosso auxílio o magistério do Papa Francisco, que propôs um ano dedicado à figura de São José, que assumiu para si o cuidado de Maria e do Menino Jesus, e o fez com coração de pai”. O cardeal Poli também comentou que "muitas vezes ocorrem em nossas vidas fatos cujo sentido não entendemos e nossa primeira reação muitas vezes é decepção e rebeldia", mas dirigindo o olhar para São José, pode-se ver como ele "deixa de lado seu raciocínio para ceder ao que acontece e, por mais misterioso que pareça, acolhe-o, assume a responsabilidades e reconcilia-se com a sua própria história” “Se não nos reconciliarmos com a nossa história, não conseguiremos nem dar o próximo passo, porque seremos sempre prisioneiros das nossas expectativas e das consequentes decepções”, frisou. “A vida espiritual de José não nos mostra um caminho que explica, mas um caminho que acolhe. Só a partir desta acolhida, desta reconciliação, podemos intuir também uma história maior, um significado mais profundo”, continuou. O Arcebispo também disse que “o realismo cristão, que não rejeita nada do que existe, volta mais uma vez. A realidade, em sua misteriosa irredutibilidade e complexidade, carrega um sentido de existência com suas luzes e sombras” e nas palavras do apóstolo Paulo: “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus”. “A fé que Cristo nos ensinou é a que vemos em São José, que não procurou atalhos, mas enfrentou ‘com os olhos abertos’ o que lhe acontecia, assumindo a responsabilidade em primeira pessoa”, concluiu o Cardeal. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Ó Deus, que marcastes pela vossa doutrina a vida de Santo Hilário de Poitiers, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e a proclamemos em nossas ações. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Marcos 1,29-39

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
29 Assim que saíram da sinagoga, Jesus, com Tiago e João, dirigiu-se à casa de Simão e André.
30 A sogra de Simão estava de cama, com febre; e sem tardar, falaram-lhe a respeito dela.
31 Aproximando-se ele, tomou-a pela mão e levantou-a; imediatamente a febre a deixou e ela pôs-se a servi-los.
32 À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram-lhe todos os enfermos e possessos do demônio. 33 Toda a cidade estava reunida diante da porta.
34 Ele curou muitos que estavam oprimidos de diversas doenças, e expulsou muitos demônios. Não lhes permitia falar, porque o conheciam.
35 De manhã, tendo-se levantado muito antes do amanhecer, ele saiu e foi para um lugar deserto, e ali se pôs em oração.
36 Simão e os seus companheiros saíram a procurá-lo.
37 Encontraram-no e disseram-lhe: "Todos te procuram."
38 E ele respondeu-lhes: "Vamos às aldeias vizinhas, para que eu pregue também lá, pois, para isso é que vim."
39 Ele retirou-se dali, pregando em todas as sinagogas e por toda a Galiléia, e expulsando os demônios.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho: DO CULTO AO SERVIÇO

Como bom judeu, Jesus não se furtava de participar da assembléia sinagogal, em dia de sábado. A celebração do culto oferecia-lhe a possibilidade de exercer o ministério da palavra. Servindo-se de um direito facultado às pessoas adultas, do sexo masculino, ensinava na sinagoga, com uma autoridade desconhecida até então. Sua doutrina deixava os ouvintes admirados, pois era de qualidade diferente daquela dos rabinos tradicionais. 
Nós conhecemos muito bem a doutrina de Jesus. Ele falava do amor, da necessidade de viver reconciliado, da urgência de ser solidário com os pobres e pequeninos, por serem os preferidos de Deus, enfim, falava do Reino do Pai a ser implantado num mundo marcado pela impiedade.
Das palavras Jesus passava à ação. E comprovava, com a vida, a força de seus ensinamentos. De certa forma, o culto prosseguia no serviço aos doentes, na libertação dos oprimidos pelos maus espíritos, na sua vida de profunda comunhão com o Pai, mediante a oração, no seu zelo incansável em ajudar a todos. Por isso, recusava-se a ficar preso a um só lugar, ou a esperar que viessem até ele. Pelo contrário, ia pelas cidades e aldeias exercendo o ministério da palavra e o ministério da caridade, duas faces da mesma moeda.
A íntima relação entre palavra e ação dava credibilidade ao ministério de Jesus. Sua vida consistia numa demonstração perfeita do que ensinava. Por conseguinte, ao deixar a sinagoga, só lhe restava fazer o bem.

Santo do Dia: São Hilário de Poitiers 

Hilário era francês, nasceu em 315, de família rica e pagã, recebendo educação e instrução privilegiada. Sua busca por respostas levou-o ao caminho da fé. Fez-se batizar aos trinta anos de idade, junto com a esposa e a filha, e passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos.

Hilário viveu numa fase onde a Igreja sofria com a heresia ariana, uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com palavras e escritos, ele defendeu amorosamente a plenitude de Jesus, Homem e Deus.

Sua ação era tão bonita que povo o escolheu para ser bispo. Foi difícil aceitar o cargo, pois para isso precisava deixar de lado os cuidados com a família de sangue. Mas a fé falou mais alto e Hilário foi ordenado bispo de Poitiers, de onde lutou contra a expansão do arianismo.

Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. No Oriente, longe dos seus, aproveitou para estudar a língua grega. Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros contra os imperadores e contribuiu para a teologia da revelação.

De volta para a França, fez o casamento da filha e ajudou a esposa a entrar num convento. Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo. Recebeu o título de doutor da Igreja.Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão: Os Doutores da Igreja são homens e mulheres que são reverenciados pela Igreja pelo especial valor dos seus escritos, pregações e a santidade de suas vidas. Cada um deles deu uma contribuição especial e muito valiosa à fé, ao entendimento dos evangelhos, da doutrina e de Jesus.

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