domingo, 24 de janeiro de 2021

BOM DIA EVANGELHO - 25. JANEIRO. 2021

 

BOM DIA EVANGELHO


Dia 25 de Janeiro - Segunda-feira

CONVERSÃO DE SÃO PAULO (Branco, Glória, Creio, Prefácio dos Apóstolos - Ofício da Festa)

Missado Domingo da Palavra de Deus 2021. Foto: Captura Vatican Media Vaticano, 24 jan. 21 / 09:15 am (ACI).- O Papa Francisco encorajou no segundo Domingo da Palavra de Deus a pedir ao Senhor “a força de desligar a televisão e abrir a Bíblia”. Foi o que o Santo Padre indicou neste dia 24 de janeiro na homilia que preparou para a Missa dominical da Palavra de Deus, texto que foi lido pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, pois o Papa não pôde celebrar a Eucaristia devido às fortes dores causadas por uma ciatalgia. Durante a Missa, celebrada no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, o rito da “entronização da Palavra” foi realizado após a leitura do Evangelho e entre os leitores também estava uma mulher cega que leu o texto em braille.   Na homilia, o Papa escreveu que o fio condutor da mensagem de Jesus era que “Deus está perto” e sublinhou que “o seu Reino desceu à terra. Deus não está – como frequentemente nos sentimos tentados a pensar – lá em cima nos céus, distante, separado da condição humana, mas está conosco. O tempo da distância acabou, quando Se fez homem em Jesus. Desde então, Deus está muito perto; nunca Se separará nem Se cansará da nossa humanidade”. Nesse sentido, o Papa explicou que, assim como o cerne do anúncio de Jesus é que "Deus está perto", também deve ser "a constante da vida e do anúncio cristão" e acrescentou que "antes de mais nada, há que acreditar e anunciar que Deus Se aproximou de nós, que fomos perdoados, ‘misericordiados’. Antes de qualquer palavra nossa sobre Deus, está a sua Palavra para nós, que continua a dizer-nos: ‘Não tenhas medo, estou contigo. Estou perto de ti e continuarei a estar'”. “A Palavra de Deus permite-nos tocar com a mão esta proximidade, já que ela – como diz o Deuteronômio – não está longe de nós, antes está muito perto do nosso coração. É o antídoto contra o medo de enfrentar a vida sozinho. Com efeito o Senhor, através da sua Palavra, consola, isto é, permanece com quem está . Falando conosco, lembra-nos que estamos no seu coração, somos preciosos a seus olhos, estamos guardados na palma das suas mãos”, advertiu o Papa. Da mesma forma, o Santo Padre recordou que a Palavra de Deus "é Palavra de consolação, mas também de conversão", porque "com a sua proximidade acabou o tempo de deixarmos à distância Deus e os outros, acabou o tempo em que cada um só pensa em si e avança por conta própria” e acrescentou que “isto não é cristão, porque a pessoa que experimenta a proximidade de Deus não pode colocar à distância o próximo, não pode deixá-lo distante na indiferença”. Nesse sentido, o Papa destacou que “quem frequenta a Palavra de Deus, obtém viragens salutares na sua existência: descobre que a vida não é tempo para se guardar dos outros e proteger a si mesmo, mas ocasião para ir ao encontro dos outros em nome deste Deus próximo”. Além disso, o Santo Padre sublinhou que a Palavra de Deus tem uma "força universal" que "alcança a todos em cada uma das áreas da sua vida" para que todos possam “receber a sua Palavra e encontrá-Lo pessoalmente" e sublinhou que “Jesus fala de Deus no coração da sociedade humana, a todos, onde quer que estejam. E não fala em horários e tempos pré-estabelecidos: ‘passando ao longo do mar’, fala a pescadores enquanto ‘lançavam as redes’. Dirige-se às pessoas nos lugares e momentos mais comuns”. “É assim que o Senhor procede conosco: procura-nos onde estamos, ama-nos como somos e, pacientemente, acompanha os nossos passos. Como àqueles pescadores, vai esperar-nos também aos locais da nossa vida. Com a sua Palavra, quer fazer-nos mudar de rumo, deixando de nos limitarmos a matar o tempo para nos fazermos ao largo com Ele”, acrescentou o Papa. Desta forma, o Santo Padre convidou: “não renunciamos à Palavra de Deus. É a carta de amor escrita para nós por Aquele que nos conhece como ninguém: lendo-a, voltamos a ouvir a sua voz, vislumbramos o seu rosto, recebemos o seu Espírito. A Palavra aproxima-nos de Deus: não a deixemos longe”. Por fim, o Papa voltou a pedir: “Levemo-la sempre conosco, no bolso, no telemóvel; reservemos-lhe um lugar digno nas nossas casas. Coloquemos o Evangelho num lugar onde nos lembremos de o abrir diariamente, talvez no começo e no fim do dia, de tal modo que, no meio de tantas palavras que chegam aos nossos ouvidos, qualquer versículo da Palavra de Deus chegue ao coração”. “Para o conseguir, peçamos ao Senhor a força de desligar a televisão e abrir a Bíblia, de apagar o telemóvel e abrir o Evangelho. Neste Ano Litúrgico, estamos a ler o Evangelho de Marcos, o mais simples e curto. Por que não fazê-lo também em privado, meditando uma pequena passagem cada dia? Far-nos-á sentir próximo o Senhor e infundirá coragem no caminho da vida”, concluiu o Papa em sua homilia. Ao finalizar a Missa, Dom Rino Fisichella, representando o Santo Padre, deu a Bíblia a várias pessoas, incluindo um esportista com sua família, um aluno do Instituto Bíblico, dois catequistas, dois jovens que receberam a Confirmação recentemente, um seminarista do Sudão do Sul se preparando para o ministério do leitorado, um médico especialista em doenças infecciosas e um cego, que recebeu o Evangelho de Marcos em braille. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

 Oração: Ó grande apóstolo São Paulo, mestre dos gentios, corajoso, seguidor de Cristo, destemido evangelizador, fundador de comunidades; dai-nos este espírito de apóstolo de vosso Mestre Jesus, a fim de que possamos dizer a todos - "Já não sou eu quem vivo, mas é o Cristo que vive em mim". Amém!

Marcos 16,15-18

Eu vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça, assim disse o Senhor (Jo 15,16).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
16 15 Disse Jesus aos seus discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.
17 Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas,
18 manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho: IDE PREGAR O EVANGELHO

A ascensão de Jesus foi um marco importante na vida da primitiva comunidade cristã. Após longo processo de formação, os discípulos tinham diante de si a missão de evangelizar o mundo inteiro, não contando mais com a presença física do Mestre.
Desde que convocou os primeiros discípulos para segui-lo até o momento de sua subida para junto do Pai, Jesus não descurou a tarefa de preparar o pequeno grupo de seguidores para o serviço da evangelização. As longas caminhadas permitiram-lhe ir explicitando para eles a mensagem evangélica. Os discursos dirigidos às multidões e os debates com seus adversários foram, também, ocasiões propícias para tornar conhecido seu pensamento. Não bastava, porém, a formação intelectual. Era preciso uma preparação em nível existencial. Isso se deu mediante o exemplo de vida do Mestre. Seu modo de tratar as pessoas, especialmente os pecadores e marginalizados, seu relacionamento íntimo com o Pai, sua liberdade diante da Lei, sua ação enérgica contra toda sorte de injustiça e exploração da boa-fé do povo serviam de alerta para os discípulos, em vista da atitude que deveriam tomar, no exercício da missão.
Com a volta de Jesus para junto do Pai e a conclusão de sua missão terrena, chegou a hora de os discípulos assumirem sua tarefa. Doravante, Jesus passaria a agir por meio deles.

Santo do Dia: Conversão de São Paulo 

A pessoa de Paulo é tão importante para a Igreja, por causa de seu apostolado, que celebramos o dia de sua conversão. Para nós brasileiros, esta data também marca a fundação da maior cidade do país, São Paulo, em 1554.

Saulo, nome do apóstolo antes da conversão, nasceu na cidade de Tarso. Esta cidade era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um centro cultural da antiguidade. Seu pai era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim. Por causa da fidelidade ao imperador, a família de Saulo tinha recebido a cidadania romana.

Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto. Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel. Seus pais sonhavam que o filho seria um famoso Rabi.

Saulo era um perseguidor dos cristãos. Tinha raiva dos seguidores de Cristo. Mas Deus tinha reservado para ele um outro caminho. A Escritura nos conta que Saulo foi surpreendido por Jesus, que em forma de luz, fez o jovem fariseu mudar completamente de vida. De perseguidor Saulo tornou-se o maior propagador da fé. Era agora chamado de Paulo.

O jovem foi batizado por Ananias, um cristão de Damasco. Desta cidade saiu a pregar a palavra de Deus, como lhe ordenara Jesus, tornando-se seu grande apóstolo. Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões. Perseguido incansavelmente foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma.-Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Reflexão: O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos. Ele escreveu 14 cartas expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do Novo Testamento". É sem dúvida o grande missionário da fé cristã.

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