Estátua de São Sebastião em Sant'Agnese in Agone /Foto: WikimediaREDAÇÃO CENTRAL, 20 jan. 21 / 06:00 am (ACI).- São Sebastião, mártir celebrado neste dia 20 de janeiro pela Igreja Católica, é recordado como protetor contra a peste, a guerra e a fome; por isso, neste tempo em que a população vem enfrentando a Covid-19,muitos têm recorrido a este santo para pedir pelo fim da pandemia. Conforme o especialista em relíquias da Arquidiocese de São Paulo, Fábio Tucci Farah, contou à ACI Digital em uma entrevista em 2020, “quase 400 anos após o martírio de São Sebastião, Roma e Pavia, na Itália, teriam se livrado de uma terrível peste por sua intercessão. Na Idade Média, o soldado romano do século III, alvejado por flechas, espancado e descartado no esgoto público, ganhou fama de protetor contra pragas e pestes”. “Já em fins do século XVI, quando a peste grassava em Lisboa e Milão, São Sebastião foi novamente invocado junto às suas preciosas relíquias”, assinalou. Também no Brasil, São Sebastião já foi invocado frente a epidemias. Em 2 de agosto de 2020, fiéis da Paróquia de Nossa Senhora Mãe da Igreja, em São Paulo, rezaram diante de uma relíquia do santo mártir para pedir pelo fim da pandemia do coronavírus. Já em março do ano passado, diante da proliferação do coronavírus, foi realizado um momento de oração aos pés do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, conduzido pelo Arcebispo local, Cardeal Orani Tempesta. Esteve presente também neste ato a imagem de São Sebastião e todos pediram a intercessão do mártir pelo fim da pandemia. Na ocasião, Dom Orani recordou que, há 102, a população invocou a intercessão deste santo frente à epidemia de gripe espanhola, que assolava o Rio de Janeiro. Isso ocorreu no início do século XX e levou também à construção da Igreja de São Sebastião de Vargem Grande. De acordo com o site dessa paróquia, quando a gripe espanhola chegou ao Brasil, trouxe muita dor e sofrimento às famílias do centro do Rio de Janeiro, mas também das localidades da periferia e da região de Vargem Grande, onde um grande número de pessoas faleceu. Foi quando uma senhora, chamada Mercedes Batista dos Santos “foi tocada pelo grande número de vítimas da gripe espanhola em Vargem Grande e, movida por sua fé, prometeu erguer a São Sebastião, padroeiro da cidade, um santuário, caso não morresse mais ninguém”. “A partir da promessa de ‘Dona Santinha’, como a Sra. Mercedes passou a ser conhecida na região, não faleceu mais ninguém”, relata o site. Neste ano de 2021, após a aprovação do uso emergencial de vacinas contra Covid-19 no Brasil, a primeira dose do imunizante no Rio de Janeiro foi aplicada em uma técnica de enfermagem e em uma idosa no marco da trezena de São Sebastião, aos pés do Cristo Redentor e também na presença de uma imagem do santo padroeiro da cidade. É possível rezar a São Sebastião pelo fim da pandemia de Covid-19 com esta oração: São Sebastião. Ó glorioso mártir São Sebastião, Vós que derramastes Vosso sangue e destes a Vossa vida em testemunho da fé, em Nosso Senhor Jesus Cristo. Ó glorioso mártir São Sebastião, alcançai deste mesmo Senhor, a graça de sermos vencedores dos nossos verdadeiros inimigos, o ter, o poder e o prazer. Ó glorioso mártir São Sebastião, protegei com a Vossa intercessão, livrai-nos de todo o mal, de toda a epidemia corporal, moral e espiritual. Fazei que se convertam para Jesus aqueles que se perderam na fé, ajudai que o justo persevere até o fim na fé. Ó Deus eterno, que pela intercessão de São Sebastião Vosso glorioso mártir, encorajastes os cristãos encarcerados e livrastes cidades inteiras do contágio da peste, atendei hoje nossas súplicas que confiantes Vos apresentamos. Socorrei-nos em nossas necessidades, alivie-nos nas nossas angústias, livre-nos das enchentes, da seca e estiagem, proteja os agricultores e guarde as lavouras. Pedimos também, ó glorioso São Sebastião, curai os doentes e livrai-nos do contágio. São Sebastião, jovem discípulo de Jesus, rogai por Nós!
Oração: Senhor nosso Deus, que deste Santa Inês como modelo e guia à numerosas virgens, concedei que conservemos sempre bem vivo aquele espírito seráfico, que ela ensinou com sabedoria e confirmou com magníficos exemplos de santidade. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mc 3,7-12):
Jesus, então, com seus discípulos, retirou-se
em direção ao lago, e uma grande multidão da Galiléia o seguia. Também veio a
ele muita gente da Judéia e de Jerusalém, da Iduméia e de além do Jordão, e até
da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta coisa ele fazia. Ele
disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para ele, a fim de que a
multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a muitos, aqueles que
tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os espíritos impuros, ao
vê-lo, caíam a seus pés, gritando: «Tu és o Filho de Deus». Mas ele os
repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era.
«Uma grande multidão
da Galiléia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judéia e de Jerusalém,
da Iduméia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia» -Rev.
D. Melcior QUEROL i Solà(Ribes de Freser, Girona, Espanha)
Hoje, ainda temos recente o
batismo de João nas águas do rio Jordão, deveríamos recordar a relevância do
nosso próprio batismo. Todos fomos batizados num só Senhor, numa só fé, «num só
Espirito para formar um só corpo» (1Cor 12,13). Eis aqui o ideal de unidade:
formar um só corpo, ser em Cristo uma só coisa, para que o mundo acredite.
No Evangelho de hoje vemos como «uma grande multidão da Galiléia» e também
muita gente procedente de outros lugares (cf. Mc 3,7-8) se aproximam do Senhor.
E Ele acolhe e procura o bem para todos, sem excepção. Devemos ter isso muito
presente durante o octavário de oração pela unidade dos cristãos.
Apercebamo-nos como, no decorrer dos séculos, os cristãos nos dividimos em
católicos, ortodoxos, anglicanos, luteranos, e um largo et cetera de confissões
cristãs. Pecado histórico contra uma das notas essenciais da Igreja: a unidade.
Mas aterremos na nossa realidade eclesial de hoje. A da nossa diocese, a da
nossa paroquia. A do nosso grupo cristão. Somos realmente uma só coisa? Realmente
a nossa relação de unidade é motivo de conversão para os afastados da Igreja?
«Que todos sejam um, para que o mundo acredite» (Jo 17,21), pede Jesus ao Pai.
Este é o reto. Que os pagãos vejam como se relaciona um grupo de crentes que,
congregados pelo Espirito Santo na Igreja de Cristo, têm um só coração e uma só
alma (cf. Hch 4,32-34).
Recordemos que, como fruto da Eucaristia —em simultâneo com a união de cada um
com Jesus— deve manifestar-se a unidade da Assembléia pois, alimentamo-nos do
mesmo Pão para sermos um só corpo. Portanto, o que significam os sacramentos, e
a graça que contêm, exige de nós gestos de comunhão para com os outros. A nossa
conversão é à unidade trinitária (o qual é um dom que vem do alto) e a nossa
tarefa santificadora não pode obviar os gestos de comunhão, de compreensão, de
acolhimento e de perdão para com os demais.
Inês pertencia a uma rica e nobre família cristã romana. Isso lhe possibilitou receber uma bela educação. Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã. Tudo porque não aceitou casar-se com o prefeito de Roma. A narração que nos chegou conta que o rapaz tentou a todo custo casar-se com Inês, mas nada convencia Inês. Um dia tentou agarrá-la a força e acabou sendo atingido por um raio. O pai do rapaz suplicou a Inês que recuperasse a vida do filho. Inês, armada de fé, rezou e trouxe de novo respiração ao rapaz. Diante disso, o rapaz converteu-se, mas o pai, endurecido de coração, passou a perseguir Inês. Acabou presa, mas nem sob tortura renegou a fé em Cristo. Arrastada violentamente até a presença de um ídolo pagão, para que o adorasse, Inês se manteve firme em suas orações a Cristo. Depois foi levada à uma casa de prostituição, para que fosse possuída à força, mas ninguém ousou tocar sequer num fio de seu cabelo. Num ato de desespero, o prefeito mandou decapitar a jovem menina, que tornou-se uma das mártires mais conhecidas do cristianismo. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha e uma palma.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A santidade é o ideal do cristão. Todos somos
chamados a ser santos, realizando em nossas vidas o projeto sonhado por Deus. A
exemplo de santa Inês façamos gestos de amor ao próximo, sobretudo aos mais
abandonados.
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