sábado, 16 de janeiro de 2021

BOM DIA EVANGELHO - 18 DE JANEIRO DE 2021

 

BOM DIA EVANGELHO


18 DE JANEIRO DE 2021
Segunda-feira da 2ª semana

Imagem referencial. Crédito: Pixabay REDAÇÃO CENTRAL, 16 jan. 21 / 08:00 am (ACI).- O Ano de São José, convocado pelo Papa Francisco, celebra “a santidade, a espiritualidade e o silêncio fecundo do pai de Jesus” e ensina a “nos colocarmos a serviço do plano de Deus”, indicou o Bispo de Campanha (MG), Dom Pedro Cunha Cruz. Em um recente artigo, intitulado “São José, esposo da Virgem Maria e Patrono da Igreja Universal”, o Prelado indicou o que se pode aprender com este santo. Primeiramente, Dom Pedro Cruz recordou que “Deus confiou a São José as ‘primícias da Igreja’, isto é, Maria e o Menino”. Assim, é o “protetor da cabeça e da mãe da Igreja, solícito e vigilante” e também “um homem justo”. “Ele viveu a obediência da fé. Foi um fiel cumpridor da vontade de Deus”, pontuou. Nesse sentido, Dom Pedro Cruz explicou que, em hebraico, o termo “justo” significa “‘justiça’ (e justificação) no sentido de salvação, o poder e a vontade salvífica de Deus”, o qual é Ele mesmo “o agente desta justiça”. “Deus quer justificar o seu povo ao enviar o seu Filho. A justiça de Javé está em suas ações salvíficas, seja na história de Israel, seja no futuro messiânico”, assinlou. Além disso, explicou que “justo significa inocente, qualidade de não imputável”, ou seja, “o justo é o homem de boa conduta”. Dessa forma, observa que, quando o Evangelho de São Mateus (1,19) se refere a São José com a expressão “Sendo justo”, significa que, ao saber da gravidez de Maria e decidir rejeitá-la secretamente para não difamá-la, esta “foi uma decisão de clemência”. Trata-se, ressaltou o Bispo, de uma decisão “reveladora não apenas da sua sabedoria e do domínio de si mesmo, mas também de sua benevolência e misericórdia, próprias de um homem justo; pois, para os hebreus, o noivado já era um compromisso decisivo relativo ao matrimônio. Faltava-lhe apenas a sanção da vida em comum ou a dois”. Em seguida, sublinhou, “José compreendeu o Mistério da Encarnação de Cristo, concebido por Maria na disponibilidade e gratuidade do serviço a Deus”. Assim, “depois de Maria, toda a Igreja deve uma singular graça e reverência a São José”, pois ele se tornou “colaborador disponível e generoso do projeto da salvação com que Deus agraciou toda a humanidade”. Segundo explicou Dom Pedro Cruz, “Deus escolheu os justos e os simples para realizar seu amor no meio do seu povo”. Por isso, acrescentou, “somos chamados a louvar a Deus pelo ‘sim’ de São José; ‘sim’ não verbal, mas comportamental”. O esposo de Maria, indicou o Bispo, “não resiste a Deus” e, “mesmo sem falar, ele pode ser considerado o homem do ‘sim’ (‘José fez conforme o anjo do Senhor lhe havia ordenado’)”. “Todos nós nos beneficiamos do silêncio afirmativo de São José”, garantiu o Prelado, observando que, “em um mundo ‘líquido’ e de muitos ruídos, falar de São José parece um sinal de contradição, pois aprendemos com ele a ver a presença de Deus nas pequenas coisas, mesmo sem entender plenamente a vontade Dele”. Além disso, o Prelado recordou que, “na história da salvação coube também a São José dar o nome ao Filho de Deus”. E explicou que “o nome indica a identidade, o carisma e a função de Jesus”. Cabia ainda a São José “formar Jesus na tradição e na fé dos patriarcas, pois Deus lhe confiou a formação humana, cultural e espiritual de seu Filho”. Por outro lado, “deu-lhe também a graça especial de ser pai de Jesus e da Igreja”, uma “graça paterna” que “São José a exerceu com alegria e humildade”. Dessa forma, assinalou Dom Pedro Cruz, “celebrar o ano dedicado a São José [...]  é celebrar a santidade, a espiritualidade e o silêncio fecundo do pai de Jesus”. “José foi apenas um servo humilde e perseverante, que abandonou seus projetos pessoais para cumprir o que o Senhor lhe pediu em sonho”, afirmou o Bispo, ao desejar “que seu silêncio e seu ‘sim’ nos inspirem a meditar o Mistério de seu Filho, como centro de nossa vida e missão”. “Aprendamos com São José a beleza singela de nos colocarmos a serviço do plano de Deus, a fim de que suas virtudes produzam em nós muitos frutos”, concluiu.  Ano de São José  Ano de São José foi convocado pelo Papa Francisco para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus, com o qual o beato Pio IX declarou o santo como Padroeiro da Igreja universal. Teve início em 8 de dezembro de 2020 e seguirá até 8 de dezembro de 2021. Em sua carta apostólica Patris Corde, o Pontífice indicou que deseja destacar o papel de São José como um pai que serviu sua família com caridade e humildade, acrescentando que “a Igreja hoje precisa dos pais”. Além disso, durante o Ano de São José, a Igreja Católica concederá indulgências de acordo com uma série de condições estabelecidas pela Penitenciária Apostólica e realizando as condições prescritas pela Igreja: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre.

 Oração: Ó Deus de misericórdia e de bondade, compadecei-vos de todos os que sofrem, os que choram, os que passam por duras provações. Eu vos peço, Senhor, fortalecei-os na fé, para que busquem vossa vontade e estejam dispostos a acolhê-la. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mc 2,18-22): 

Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram então perguntar a Jesus: «Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu: «Acaso os convidados do casamento podem jejuar enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então, naquele dia jejuarão.
»Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha; senão, o remendo novo repuxa o pano velho, e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres velhos, senão, o vinho arrebenta os odres, e perdem-se o vinho e os odres. Mas, vinho novo em odres novos!
PALAVRAS DE VIDA ETERNA.

«Acaso os convidados podem jejuar enquanto o noivo está com eles?» Rev. D. Joaquim VILLANUEVA i Poll(Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos como os judeus, além do jejum prescrito para o Dia da Expiação (cf. Lev 16,29-34), observavam muitos outros jejuns, tanto públicos como privados. Eram expressão de dor, de penitência, de purificação, de preparação para uma festa ou uma missão, de pedido a Deus de uma graça, etc. Os judeus piedosos consideravam o jejum como um ato próprio da virtude da religião e algo muito grato a Deus: aquele que jejua dirige-se a Deus em atitude de humildade, pede-lhe perdão, privando-se de algo que, causando-lhe satisfação, o iria afastar dele.
O fato de Jesus não incutir esta prática nos seus discípulos e naqueles que O escutavam, surpreende os discípulos de João e os fariseus. Pensam que se trata de uma omissão importante nos Seus ensinamentos. E Jesus dá-lhes uma razão fundamental: « Podem por acaso os convidados do casamento jejuar enquanto o noivo está com eles?» (Mc 2,19). Segundo a interpretação dos profetas de Israel, o esposo é o próprio Deus, e é manifestação do amor de Deus pelos homens (Israel é a esposa, nem sempre fiel, objeto do amor fiel do esposo, Yahvéh). Ou seja, Jesus equipara-se a Yahvéh. Declara aqui a sua divindade: chama aos seus amigos «os amigos do esposo», os que estão com Ele, e então não precisam de jejuar porque não estão separados dele.
A Igreja permaneceu fiel a este ensinamento que, vindo dos profetas e sendo até uma prática natural e espontânea em muitas religiões, é confirmado por Jesus Cristo, que lhe dá um sentido novo: jejua no deserto como preparação para a Sua vida pública, diz-nos que a oração se fortalece com o jejum, etc.
Entre aqueles que escutavam o Senhor, a maioria seria constituída por pobres, que saberiam de remendos em roupas; haveria vindimadores que saberiam o que acontece quando o vinho novo se deita em odres velhos. Jesus recorda-lhes que têm de receber a Sua mensagem com espírito novo, que rompa o conformismo e a rotina das almas envelhecidas, que o que Ele propõe não é mais uma interpretação da Lei, mas uma vida nova.

Santo do Dia:  Santa Margarida da Hungria 

Margarida era uma princesa, filha do rei da Hungria, de origem bizantina. Ela nasceu em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos. Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa e em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor. Tinha especial devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre e fazia muitas penitências. Margarida, ainda que fosse princesa, não teve uma formação intelectual primorosa. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor. Amava a pobreza e nada possuía de seu. Sua vida contemplativa a fez receber o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: O desejo de servir a Deus pela pobreza e dedicação ao próximo santificou e santifica muitos homens e mulheres ao longo dos anos. A vida de Santa Margarida é um belo exemplo de como pelo amor a Deus nossa vida pode alcançar a mais completa felicidade, ainda que cercada de sofrimentos e dores.

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