sábado, 2 de janeiro de 2021

BOM DIA EVANGELHO - 01. JANEIRO. 2021

 

BOM DIA EVANGELHO

Dia 4 de Janeiro - Segunda-feira 
SEMANA DA EPIFANIA (Branco, Prefácio da Epifania ou do Natal Ofício da II Semana)

Adoração dos Reis Magos. Foto: Pintura de Luca Giordano REDAÇÃO CENTRAL, 02 jan. 21 / 07:00 am (ACI).- No dia 6 de janeiro, a Igreja celebra a Solenidade da Epifania do Senhor, quando se recorda a adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus em Belém. No Brasil, esta celebração é transferida para o domingo mais próximo, que neste ano é 3 de janeiro. Mas, será que eles eram reis ou magos e seus nomes eram mesmo Melchior, Gaspar e Baltazar? Um sacerdote e teólogo explica estas questões. Padre Miguel Fuentes, do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), explica no site "El Teólogo Responde" que "o termo 'magos' (magoi) que aparece em Mt 2,1 se refere àqueles que eram denominados ‘sábios’ na antiguidade". "Neste caso, foram homens sábios que vieram do 'Oriente' (Mt 2,1), que pode ser uma referência a Arábia, Mesopotâmia ou algum outro território mais a leste da Palestina". Pe. Fuentes afirma que "o fato de terem sido guiados por uma estrela (Mt 2,2) sugere que eles eram instruídos em astrologia ou em ciência da navegação e cálculo do tempo por meio das configurações estelares". "Além de uma tribo de Média chamada assim, os magos aparecem, em sua primeira época, como uma casta sacerdotal de Média e da Pérsia. Eles se dedicaram ao estudo da sabedoria. Estrabão diz que eles eram ‘zelosos observadores da justiça e da virtude’. E Cícero diz que eles são ‘a classe de sábios e doutores na Pérsia’”. Pe. Fuentes assinala que foi o escritor e teólogo Orígenes, do século III, "quem disse pela primeira vez que foram três magos em virtude dos três presentes oferecidos ao Menino". O sacerdote afirma ainda que, "antes do século VI, nenhum autor afirmava expressamente que eles eram reis, com exceção de Tertuliano, que sugeriu que eles eram ‘quase reis’". "Isto se tornou popular por interpretar assim a referência ao Salmo 72,10 (os reis da terra se prosternarão e lhe oferecerão os seus dons) que parece estar implícita no relato de São Mateus". "A arte já os apresenta como reis desde o século VIII, enquanto nas pinturas das catacumbas de Santa Priscila, do início do século II-IV, são representados apenas como nobres persas", assinala. No entanto, acrescenta, "o Novo Testamento não fala sobre o número nem sobre a sua suposta realeza". A partir do século VIII, continua Pe. Fuentes, os Reis Magos "receberam nomes, com algumas variações (os primeiros foram Bithisarea, Melchior e Gathaspa)". "Os nomes atuais de Gaspar, Melchior e Baltazar, foi-lhes atribuído no século IX pelo historiador Agnello, em sua obra 'Pontificalis Ecclesiae Ravennatis'". "Na Idade Média, eles foram até mesmo venerados como santos", diz. "A cena dos magos adorando o Menino Jesus se tornou o tema favorito na arte dos baixos-relevos, miniaturas e vitrais", conclui. Etiquetas: EpifaniaEpifania do Senhorreis magosVisita dos Reis Magos

Oração

Deus, nosso Pai, quando o sofrimento vier nos visitar, e, na aflição, não quisermos aceitá-lo, dai-nos força para não cairmos no desespero. Pela intercessão de santa Ângela, conservai viva e inabalável a nossa esperança. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Mateus 4,12-17.23-25

Jesus pregava a boa nova, o reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo (Mt 4,23).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
.

12 Quando, pois, Jesus ouviu que João fora preso, retirou-se para a Galiléia.
13 Deixando a cidade de Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, à margem do lago, nos confins de Zabulon e Neftali,
14 para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías:
15 “A terra de Zabulon e de Neftali, região vizinha ao mar, a terra além do Jordão, a Galiléia dos gentios,
16 este povo, que jazia nas trevas, viu resplandecer uma grande luz; e surgiu uma aurora para os que jaziam na região sombria da morte”.
17 Desde então, Jesus começou a pregar: “Fazei penitência, pois o Reino dos céus está próximo”.
23 Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.
24 Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos.
25 Grandes multidões acompanharam-no da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e dos países do outro lado do Jordão.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho: O REINO ESTÁ PRÓXIMO

O início do ministério de Jesus consistiu num largo giro por toda a região da Galiléia, proclamando o Evangelho da conversão e da adesão ao Reino. 
A escolha da Galiléia como palco dos primeiros passos do Messias missionário foi proposital. Os galileus sofriam o desprezo dos judeus, que os tinham na conta de pagãos. Este preconceito sintetizava-se num dito popular, que será, depois, aplicado a Jesus: “De Nazaré pode sair coisa boa?” A este povo oprimido e marginalizado, era preciso apresentar uma alternativa. Este foi o propósito do ministério de Jesus.
Suas atividades foram desenvolvidas em três frentes. “Ensinava nas sinagogas” da região a mensagem do Reino, servindo-se das Escrituras. Seus ouvintes eram pessoas adeptas de uma religião que se tornara sem perspectiva, incapaz de alimentar grandes ideais. “Proclamava a boa-nova do Reino” ao grande público, anunciando a proximidade do Reino e convocando todo o povo a prestar-lhe adesão. Sua pregação descortinava um novo ideal religioso e de relações sociais, centrado na idéia de filiação divina e de fraternidade. “Curava todas as doenças e enfermidades do povo” demonstrando, claramente, de que o Reino é portador de vida, e recupera o ser humano em sua totalidade. Sua misericórdia estendia-se, indistintamente, a todos quantos lhe eram apresentados. E ele os curava a todos, pelo poder recebido do Pai.

Santo do Dia: Santa Ângela de Foligno

A história de Santa Ângela é emocionante. De uma mulher despreocupada, tornou-se uma grande mística cristã. A menina nasceu em Foligno, perto de Assis, no ano de 1248. Ainda muito jovem casou-se com um nobre e passou a levar uma vida ainda mais confortável, voltada para as vaidades, festas e recreações mundanas. Assim viveu até os trinta e sete anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua vida. Em pouco tempo perdeu os pais, o marido e os filhos. Entretanto, diante da tragédia, Ângela soube recuperar esperanças perdidas e encontrou em Deus o conforto espiritual. Sozinha, sem a família, fez-se religiosa, doando tudo o que tinha para a Ordem Terceira de São Francisco, trocando a futilidade por penitências e orações. Admiradora de São Francisco de Assis, ela procurava imitá-lo na pobreza e no serviço aos irmãos. Foi agraciada com dons místicos, sentindo na carne toda a força do amor de Jesus Cristo. Suas experiências tornaram-se livros de espiritualidade profunda, sendo usados para a formação espiritual de religiosos e leigos. Morreu, em 04 de janeiro de 1309, sendo enterrada na Igreja de São Francisco, em Foligno, Itália.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Em sua autobiografia testemunhou: “Eu, Ângela, tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitência e conversão. Precisei reconhecer os danos que o pecado causa a vida das pessoas, arrepender-me, confessar e conhecer a misericórdia de Deus. Em tudo a oração foi minha companhia e a comunhão eucarística meu alimento”.

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