São José. Crédito: David Ramos REDAÇÃO CENTRAL, 15 mar. 21 / 01:00 pm (ACI).- Em 19 de março a Igreja celebra a Solenidade de São José, marcada em 2021 pela celebração do Ano dedicado pelo Papa Francisco ao pai adotivo de Jesus. Além de ser um dia para recordar o patrono da Igreja Universal, é também um dia de preceito na Igreja e, portanto, é obrigatório ir à missa; porém, o Brasil é um dos países em que a data não é preceito. O cânon 1246 do Código de Direito Canônico afirma que "o domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se como dia festivo de preceito em toda a Igreja. Do mesmo modo devem guardar-se os dias do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, Epifania, Ascensão e santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Santa Maria Mãe de Deus, e sua Imaculada Conceição e Assunção, São José e os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e finalmente de Todos os Santos". No entanto, precisamente o mesmo cânon no § 2 afirma que "a Conferência episcopal, contudo pode, com aprovação prévia da Sé Apostólica, abolir alguns dias festivos de preceito ou transferi-los para o domingo". Assim, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aboliu o preceito na solenidade de São José, em 19 de março. O Cânon 1247 acrescenta que "no domingo e nos outros dias festivos de preceito os fiéis têm obrigação de participar na Missa; abstenham-se ainda daqueles trabalhos e negócios que impeçam o culto a prestar a Deus, a alegria própria do dia do Senhor, ou o devido repouso do espírito e do corpo". O Cânon 1248 afirma ainda que "cumpre o preceito de participar na Missa quem a ela assiste onde quer que se celebre em rito católico, quer no próprio dia festivo quer na tarde do dia antecedente".
Evangelho (Jo 5,1-3.5-16):
Depois
disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, existe em
Jerusalém, perto da Porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada
Bezata em hebraico. Muitos doentes, cegos, coxos e paralíticos ficavam ali
deitados Encontrava-se ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. Jesus o
viu ali deitado e, sabendo que estava assim desde muito tempo, perguntou-lhe:
«Queres ficar curado?» O enfermo respondeu: «Senhor, não tenho ninguém que me
leve à piscina, quando a água se movimenta. Quando estou chegando, outro entra
na minha frente». Jesus lhe disse: «Levanta-te, pega a tua maca e anda».
No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua maca e começou a andar.
Aquele dia, porém, era um sábado. Por isso, os judeus disseram ao homem que
tinha sido curado: «É sábado. Não te é permitido carregar a tua maca”. Ele
respondeu: “Aquele que me curou disse: ‘Pega tua maca e anda!’» Então lhe
perguntaram: «Quem é que te disse: ‘Pega a tua maca e anda’?» O homem que tinha
sido curado não sabia quem era, pois Jesus se afastara da multidão que se tinha
ajuntado ali. Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: «Olha,
estás curado. Não peques mais, para que não te aconteça coisa pior». O homem
saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. Por isso, os
judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.
«Jesus o viu e, perguntou-lhe: Queres ficar curado?» - Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch(Salt, Girona, Espanha)
Hoje, São João nos
fala da cena da piscina de Betsaida. Parecia, mais uma sala de espera de um
hospital: «Muitos doentes ficavam aí deitados: eram cegos, coxos e paralíticos,
esperando que a água se movesse» (Jo 5,3). Jesus se deixou cair por ali. É curioso! Jesus sempre está no meio dos problemas. Ali onde há algo para
“libertar”, para fazer feliz às pessoas, ali está Ele. Os fariseus, ao
contrário, só pensavam em se era sábado. Sua má fé matava o espírito. A má baba
do pecado gotejava de seus olhos. No há pior surdo que o que aquele não quer
entender. O protagonista do milagre levava trinta e oito anos de invalidez. «Jesus viu o
homem deitado e ficou sabendo que estava doente havia muito tempo. Então lhe
perguntou: «Você quer ficar curado?» (Jo 5,6), disse-lhe Jesus. Fazia tempo que
lutava em vão porque não havia encontrado a Jesus. Finalmente, havia encontrado
ao Homem. Os cinco pórticos da piscina de Betsaida retumbaram quando se ouviu a
voz do Mestre: «Jesus disse: ‘Levante-se, pegue sua cama e ande’» (Jo 5,8). Foi
questão de um instante. A voz de Cristo é a voz de Deus. Tudo era novo naquele velho paralítico,
gastado pelo desânimo. Mais tarde, São João Crisóstomo dirá que na piscina de
Betsaida se curavam os enfermos do corpo, e no Batismo se restabeleciam os da
alma; lá, era de quando em quando e para um só enfermo. No Batismo é sempre e
para todos. Em ambos os casos se manifesta o poder de Deus através da água. O paralítico impotente na beira da água, não te faz pensar na experiência da
própria impotência para fazer o bem? Como pretendemos resolver, sozinhos,
aquilo que tem um alcance sobrenatural? Não vês cada dia, ao teu redor, uma
constelação de paralíticos que se “movem” muito, mas que são incapazes de
separar-se de sua falta de liberdade? O pecado paralisa, envelhece, mata.
Devemos pôr os olhos em Jesus. É necessário que Ele —sua graça— nos submerja
nas águas da oração, da confissão, da abertura de espírito. Eu e você podemos
ser paralíticos eternos, ou portadores e instrumentos de luz.
Santo do Dia: São João de Brébeuf e Companheiros
São João de Brébeuf nasceu em 1593, na França. Entrou para a Companhia de Jesus, tornando-se Jesuíta no dia em que completava 29 anos. Em 1625, junto com um grupo de missionários, partiu para o Canadá, com a missão era evangelizar os índios algonquinos. A região dos grandes lagos, nos confins entre os Estados Unidos e o Canadá, era habitada no século XVII por tribos, peles vermelhas, que não conheciam a mensagem do Evangelho. Nossos irmãos enfrentaram as dificuldades próprias da adaptação nas terras diferentes, climas, línguas e principalmente tribos indígenas guerreiras, que faziam da missão um perigo, mas assim mesmo, os santos missionários preferiram arriscar a vida por Jesus. João Brebéuf era admirado e respeitado pelos indígenas. Batizou cerca de sete mil índios. Vivia em extrema pobreza, dividindo comida e casa com os índios. Apesar disso, dava testemunho de alegria, de esperança e de paciência cristã, a ponto de os índios dizerem a seu respeito: "Jesus voltou"! Aprenderam rapidamente a língua indígena a ponto de escrever para eles uma gramática e livros de catequese. No dia 16 de março de 1649, uma tribo adversária, os iroqueses, invadiu a missão. João foi amarrado num pau e tremendamente torturado, tendo inclusive suas unhas arrancadas. Impressionados com a coragem do missionário, os índios arrancaram-lhe o coração a fim de comê-lo e herdar sua força. Com João de Brébeuf foram martirizados seus sete companheiros: Isac Jogues, Antonio Daniel, Carlos Garnier, Gabriel Lalemant, João de la Lande, Natal Chabanel e Renato Goupil.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São
João Brebéuf e seus companheiros podiam ter tido uma vida sem doenças ou
atrocidades, mas preferiram doar-se por inteiro à causa da evangelização.
Deixaram as comodidades de suas casas e enfrentaram terras desconhecidas, em
nome da evangelização. Poderíamos até questionar os métodos missionários destes
homens, mas sem dúvida a fé que os moveu é inquestionável. Sejamos também nós
missionários da verdade e da justiça e coloquemos Jesus Cristo em primeiro
lugar na nossa vida.
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