Dom Fernando Saburido / Foto: Facebook Arquidiocese de Olinda e Recife RECIFE, 03 mar. 21 / 10:07 am (ACI).- O Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Antônio Fernando Saburido, lamentou “profundamente” as novas restrições adotadas pelo governo de Pernambuco para conter a disseminação do coronavírus, as quais proíbem atividades não essenciais – entre as quais as religiosas – durante a semana das 20h às 5h e ao longo de todo o fim de semana. “Embora lamentando profundamente que as atividades religiosas não sejam consideradas atividades essenciais, sobretudo neste tempo de tanto sofrimento, obedeceremos ao Decreto do Governo do Estado, porque estamos sempre a favor da vida”, expressou o Arcebispo em um comunicado. Dom Saburido ressaltou ainda que, “ao mesmo tempo, preocupam-nos as aglomerações, sobretudo no transporte público e nas filas das agências bancárias”. O governo de Pernambuco anunciou na segunda-feira, 1º de março, a proibição das atividades não essenciais das 20h às 5h, de segunda a sexta-feira, e durante todo o sábado e domingo. A medida entra em vigor nesta quarta-feira, 3 de março, e são válidas até o dia 17 deste mês. As atividades religiosas não são consideradas essenciais em Pernambuco. Conforme determina o decreto nº 50.346, de 1º de março, estão incluídas na lista de atividades essenciais apenas as “atividades de preparação, gravação e transmissão de missas, cultos e demais celebrações religiosas pela internet ou por outros meios de comunicação, realizadas em igrejas, templos ou outros locais apropriados”. Nesse sentido, o novo decreto do estado afeta diretamente o cumprimento do preceito dominical com a participação dos fiéis de forma presencial nas Santas Missas. Diante disso, Dom fenando Saburido determinou que “as celebrações eucarísticas dos próximos finais de semana, 06 e 07, 13 e 14 de março (3º e 4º domingos da Quaresma), acontecerão com transmissão por internet, sem a presença dos fiéis, exceto a equipe de celebração e a Pascom” (Pastoral da Comunicação). Também foram suspensas nesses dois fins de semana as celebrações dos demais sacramentos e atividades pastorais. E, em relação aos dias de semana, estabeleceu que “as celebrações eucarísticas, os outros sacramentos e as demais atividades pastorais” devem acontecer das 5h às 20h, “com a presença dos fiéis, observando as medidas de prevenção habituais”. Por fim, o Arcebispo afirmou em seu comunicado que, “em comunhão com a Igreja no Brasil, reiteramos a necessidade de tomar a vacina, do uso de máscaras, das medidas de distanciamento e higienização”. De acordo com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, a decisão foi tomada após análise do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, a qual constatou que “o cenário só se agravou”. “Estamos agora com 93% de ocupação em nossos leitos de terapia intensiva, e nada aponta para a melhora desse quadro. A contaminação e a hospitalização decorrentes da Covid-19 estão em aceleração, e precisamos reduzir o contato social para frear essa escalada dos números”, disse. Dados da Secretaria Estadual de Saúde divulgados na terça-feira, 2, apontam que Pernambuco contabiliza até o momento 301.434 casos confirmados de Covid-19 e 11.030 mortes em decorrência da doença.
Oração: São Casimiro, vós que tivestes tudo para
reinar soberanamente e usufruir do que desejásseis, preferistes o caminho da
santidade. Quanto vos louvo por essa vossa escolha cheia de sabedoria ante a
efemeridade desta vida. Dai aos jovens do mundo inteiro, por vossa intercessão
junto a Jesus Cristo e a Santa Mãe dos Céus, o despertar das mais santas
vocações sacerdotais. Amém!
Evangelho (Lc 16,19-31):
Havia um homem rico,
que se vestia com roupas finas e elegantes e dava festas esplêndidas todos os
dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto
à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico,
mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas.
»Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também
o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico
levantou os olhos e viu de longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou:
‘Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me
refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu:
‘Filho, lembra-te de que durante a vida recebeste teus bens e Lázaro, por sua
vez, seus males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.
Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não
poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até
nós’.
»O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai,
porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que não venham também eles
para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas!
Que os escutem! ’ O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os
mortos for até eles, certamente vão se converter’. Abraão, porém, lhe disse:
‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos
mortos, não acreditarão’».
«Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão» - Rev. D. Xavier SOBREVÍA i Vidal(Castelldefels, Espanha)
Hoje, o Evangelho é uma parábola que nos descobre
as realidades do homem depois da sua morte. Jesus fala-nos do prêmio ou do
castigo que obteremos de acordo com o nosso comportamento.
O contraste entre o rico e o pobre é muito forte. O luxo e a indiferença do
rico; a situação patética de Lázaro, com os cães a lamber-lhe as feridas (cf.
Lc 16,19-21). Tudo isso tem um grande realismo e permite que entremos na cena.
Podemos pensar: onde estaria eu se fosse um dos protagonistas desta parábola? A
nossa sociedade recorda-nos, constantemente, como devemos viver bem, com
conforto e bem-estar contentes e sem preocupações. Viver para nós próprios, sem
nos preocupamos com os outros, ou preocupando-nos apenas o necessário para que
a nossa consciência fique tranquila, mas não com um sentido de justiça, amor ou
solidariedade.
Hoje se apresenta a necessidade de ouvir a Deus nesta vida, de nos convertermos
nela e de aproveitarmos o tempo que Ele nos concede. Deus pede contas. Nesta
vida jogamos a vida.
Jesus deixa clara a existência do inferno e descreve algumas das suas
características: a pena que sofrem os sentidos —«Manda Lázaro molhar a ponta do
dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas» (Lc 16,24)—
e a sua eternidade —«há um grande abismo entre nós» (Lc 16,26).
São Gregório Magno diz-nos que «se dizem todas estas coisas para que ninguém
possa desculpar-se por causa da sua ignorância». Há que despojar-se do homem
velho e ser livre para poder amar o próximo. É necessário responder ao
sofrimento dos pobres, dos doentes ou dos abandonados. Seria bom que
recordássemos esta parábola com frequência para que nos tornemos mais
responsáveis pela nossa vida. A todos chegará o momento da morte. E temos que
estar sempre preparados, porque um dia seremos julgados.
Casimiro, cujo nome significa “grande no comandar”, foi proclamado padroeiro da juventude. Casimiro era filho do rei da Polônia, nasceu com o título de grão-duque da Lituânia, sua terra natal, em 1458. De família real e Católica, Casimiro podia se envolver em confusões politicas, por isso renunciou o direito ao trono. Seus pais, a rainha Isabel de Asburgo e Casimiro IV, rei da Polônia, tiveram treze filhos, dos quais doze foram reis. Livremente optou pelo celibato e com a ajuda da mãe começou a receber forte educação espiritual. Chegou mesmo a fragilizar a saúde por causa de muitos jejuns e penitência. São Casimiro, com apenas dezessete anos e debilitado pelo excesso de penitência, começou a ajudar o pai no governo da Lituânia, usando sempre a força da oração, prudência e seu amor profundo ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora. Casimiro foi um servidor diligente de seu Estado, mas não se deixou levar pela ambição do poder. Era um jovem muito admirado pela sua beleza, porém tinha o ideal ascético da pureza. Era devoto de Nossa Senhora e a ela consagrou-se. Estava sempre atento em divulgar as virtudes de Maria e a festejar solenemente as festas marianas. Admirado pelos súditos e amado pelo povo, Casimiro foi vítima de tuberculose que lhe trouxe a morte em 1484. Casimiro morreu aos 25 anos e todo o povo polonês já o venerava como santo. Em 1521 foi canonizado e declarado padroeiro da Polônia e da Lituânia pelo Papa Leão X. Ninguém, no entanto, jamais esquecerá a sua caridade, a sua humildade e a sua simplicidade. Nem tampouco a seriedade diante dos sacrifícios da vida. Valeu a pena ter renunciado às coisas imperiais para ser cristão e santo!(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São
Casimiro soube pedir a Deus a graça da perseverança. Sua saúde frágil e a
intensidade de penitências levaram-no cedo para a Casa do Pai, mas o pouco
tempo de vida foi suficiente para que ele testemunhasse com convicção o amor de
Deus pelo ser humano. Todos nós precisamos da graça de Deus para manter nossa
fidelidade ao evangelho. Confiando somente nas nossas forças nós não somos
capazes de seguir radicalmente Jesus Cristo. Por isso, imploremos sempre que
Deus nos cumule de graças e seja generoso conosco.
tjl@- acidigital.com –
evangeli.net – a12.com
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