Vaticano, 04 mar. 21 / 02:00 pm (ACI).- A Santa Sé informou que o Papa Francisco
dirigiu-se nesta quinta-feira, 04, à Basílica de Santa Maria Maior para rezar
durante uns momentos diante do ícone de Santa Maria Salus Populi Romani (a
Protetora do Povo Romano), como de costume antes de iniciar e após concluir
suas viagens internacionais.
Oração: São José da Cruz, vós que tivésseis uma obediência
incontestável, dá-nos este grande dom de dizer sempre "sim" à vontade
de Deus, mesmo em meio às nossas dificuldades. Que vivamos toda nossa vida em
conformidade aos desígnios de Nosso Senhor para que um dia possamos estar
juntos num só único louvor a Quem que nos criou unicamente para sermos santos.
Amém!
Evangelho (Mt 21,33-43.45-46):
«Escutai esta outra parábola: Certo
proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar
para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns
agricultores e viajou para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da colheita,
ele mandou os seus servos aos agricultores para receber seus frutos. Os
agricultores, porém, agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro, e a
outro apedrejaram. Ele ainda mandou outros servos, em maior número que os
primeiros. Mas eles os trataram do mesmo modo. Por fim, enviou-lhes o próprio
filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o
filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de
sua herança! ’ Então agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. Pois
bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses agricultores?».
Eles responderam: «Dará triste fim a esses criminosos e arrendará a vinha a
outros agricultores, que lhe entregarão os frutos no tempo certo». Então, Jesus
lhes disse: «Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores
rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e
é admirável aos nossos olhos’? Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será
tirado e entregue a um povo que produza frutos».
Os sumos sacerdotes e os fariseus ouviram as parábolas de Jesus e entenderam
que estava falando deles. Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das
multidões, pois elas o tinham na conta de profeta.
«A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular» -Rev. D. Melcior QUEROL i Solà(Ribes de Freser, Girona, Espanha)
Hoje, Jesus, por meio da parábola dos vinhateiros
homicidas, fala-nos da infidelidade; compara a vinha com Israel e os
vinhateiros com os chefes do povo escolhido. Foi a estes e a toda a
descendência de Abraão que tinha sido confiado o Reino de Deus, mas tinham
maltratado esta herança: «Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e
entregue a um povo que produza frutos» (Mt 21,43).
No início do Evangelho segundo São Mateus, a Boa Nova parece ser dirigida
unicamente a Israel. O povo escolhido, já na Antiga Aliança, tem a missão de
anunciar e de levar a salvação a todas as nações. Mas Israel não foi fiel à sua
missão. Jesus, o mediador da Nova Aliança, congregará à sua volta os doze
Apóstolos, símbolo do “novo” Israel, chamado a dar frutos de vida eterna e a
anunciar a todos os povos a salvação.
Este novo Israel é a Igreja, todos os batizados. Nós temos recebido, na pessoa
de Jesus e na Sua mensagem, uma graça única que temos que fazer frutificar. Não
podemos conformar–nos com uma vivência individualista e fechada à nossa fé; há
que comunicá-la e oferecê-la a cada pessoa que está próxima de nós. Daqui
decorre que o primeiro fruto é viver a nossa fé no calor da nossa família, bem
como no da comunidade cristã. Tal será simples pois «onde estiverem dois ou
três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18,20).
Mas trata-se de uma comunidade cristã aberta, o que quer dizer que é
eminentemente missionária (segundo fruto). Pela força e pela beleza do
Ressuscitado “no meio de nós”, a comunidade atrai através todos os seus gestos
e atos, e cada um dos seus membros goza da capacidade de envolver homens e
mulheres na nova vida do Ressuscitado. E um terceiro fruto consiste em que
vivamos na convicção e na certeza de que no Evangelho encontramos a solução para
todos os problemas.
Vivamos no santo temor de Deus, para que não aconteça que o Reino de Deus nos
seja tirado e dado a outros.
São José da Cruz, nasceu na cidade de Ísquia, próximo de Nápoles, no ano de 1625. Foi batizado com o nome de Caetano. Era admirador de São Francisco de Assis, procurando encarnar em si o exemplo de vida evangélica do pobrezinho de Assis, ingressando na Ordem dos franciscanos. Fundou o primeiro convento da Ordem no ano de 1671 em Piemonte. Juntou pedras com suas próprias mãos, usou cal e madeira e com um enxadão fez os alicerces. Não tinha ninguém para ajudá-lo. O povo começou a achar que ele era louco, mas logo percebeu que estava errado e começou a prestar-lhe ajuda, de forma que um grande convento foi edificado em pouco tempo. Tornou-se mestre de noviços e depois provincial e geral da Ordem Franciscana. Levou vida austera, despojada de tudo. A mobília de seu quarto consistia em um crucifixo, uma imagem de Nossa Senhora, um livro de orações e um leito duríssimo, composto de dois pedaços de couro e uma coberta de lã. Possuía apenas um hábito de pano grosseiro, que usou por 65 anos, até sua morte. São José da Cruz fugiu das dignidades eclesiásticas e levou uma vida eremítica para se exercitar unicamente na penitência e na oração. Era profundamente austero, comia pouco e só uma vez ao dia, dormia poucas horas, levantando-se a meia noite para agradecer a Deus pelo novo dia. São José da Cruz dedicou toda a sua vida aos pobres, socorrendo-os em suas necessidades. De todo Piemonte vinham ao Convento de Ávila numerosas pessoas que, se tivessem fé e merecimentos, eram curadas. Morreu no ano de 1737, com 84 anos de idade. Foi canonizado por Gregório XVI.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Vivemos em um mundo cercado pelo desejo de riquezas
e bem estar e nem sempre alcançamos a felicidade. São José da Cruz nos ensina
que o Bem supremo é o amor e a união com Jesus Cristo, através da oração e do
serviço aos mais pobres. Este sim é o caminho pleno de realização de nossa
vida. Que a graça de Deus e a intercessão de São José da Cruz nos conduzam à
plena felicidade.
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