Papa Francisco visita o
cemitério e capela de Nossa Senhora das Sete Dores em Maskwacis, Alberta
(Canadá), em 25 de julho de 2022. - Vatican Media - ROMA, 30 Mar. 23 / 01:53 pm
(ACI).-
O Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral e o Dicastério para a Cultura e a Educação publicaram hoje (30) uma declaração conjunta sobre a “doutrina da descoberta” e a dignidade e direitos devidos aos povos indígenas. A declaração disse que o conceito legal da “doutrina da descoberta” “não faz parte do ensinamento da Igreja Católica” e que a pesquisa histórica mostra que certos documentos papais “escritos em um período histórico específico e ligados a questões políticas nunca foram considerados expressões da fé católica”. “Em termos inequívocos, o magistério da Igreja defende o respeito devido a todo ser humano”, afirma o documento. “A Igreja Católica, portanto, repudia aqueles conceitos que falham em reconhecer os direitos humanos inerentes aos povos indígenas, incluindo o que ficou conhecido como a 'doutrina da descoberta' legal e política”.
Oração: Senhor Deus e Pai, vossa bondade
supera todas nossas expectativas. Sua graça nos concede muito mais do que
precisamos. Fica sempre conosco e dai-nos, pela intercessão de santa Balbina, a
coragem de enfrentar todas as adversidades do dia-a-dia. Por Cristo nosso
Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 10,31-42
: De novo, os judeus pegaram
em pedras para apedrejar Jesus. E ele lhes disse: «Eu vos mostrei muitas obras
boas da parte do Pai. Por qual delas me quereis apedrejar?». Os judeus
responderam: «Não queremos te apedrejar por causa de uma obra boa, mas por
causa da blasfêmia. Tu, sendo apenas um homem, pretendes ser Deus»! Jesus
respondeu: «Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: sois deuses’? Ora,
ninguém pode anular a Escritura. Se a Lei chama deuses as pessoas às quais se
dirigiu a palavra de Deus, por que, então, acusais de blasfêmia àquele que o
Pai consagrou e enviou ao mundo, só porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’? Se
não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. Mas, se eu as faço, mesmo
que não queirais crer em mim, crede nas minhas obras, para que saibais e
reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai».Mais uma vez, procuravam
prendê-lo, mas ele escapou das suas mãos. Jesus se retirou de novo para o outro
lado do Jordão, para o lugar onde, antes, João esteve batizando. Ele permaneceu
lá, e muitos foram a ele. Diziam: «João não fez nenhum sinal, mas tudo o que
ele falou a respeito deste homem é verdade». E muitos, ali, passaram a crer
nele.
«Por qual delas me quereis apedrejar?» - Rev. D. Carles ELÍAS i Cao(Barcelona, Espanha)
Hoje
sexta-feira, quando falta só uma semana para comemorar a morte do Senhor, o
Evangelho nos apresenta os motivos de sua condena. Jesus tenta mostrar a
verdade, mas os judeus o têm por blasfemo e réu de lapidação. Jesus fala das
obras que realiza. Obras de Deus que o acreditam, de como pode dar-se a si
mesmo o título de “Filho de Deus”... No entanto, fala desde umas categorias
difíceis de entender para seus adversários: “estar com a verdade”, “escutar sua
voz”...; fala-lhes desde o seguimento e o compromisso com sua pessoa que fazem
com que Jesus seja conhecido e amado —«Jesus virou-se para trás, e vendo que o
seguiam, perguntou: «O que é que vocês estão procurando?» Eles disseram: «Rabi
(que quer dizer Mestre), onde moras?» (Jn 1,38)—. Mas tudo parece inútil: é tão
grande o que Jesus tenta dizer que eles não podem entender, somente poderão
compreender os pequenos e simples, porque o Reino está escondido aos sábios e
entendidos.
Jesus luta por apresentar argumentos que possam ser aceitos, mas a tentativa é
em vão. No fundo, morrerá por dizer a verdade sobre si mesmo, por ser fiel a si
mesmo, à sua identidade e à sua missão. Como profeta, apresentará um chamado à
conversão e será rejeitado, um novo rosto de Deus e será esculpido, uma nova
fraternidade e será abandonado.
Novamente se levanta a Cruz do Senhor com toda sua força como estandarte
verdadeiro, como única razão indiscutível: «Oh admirável virtude da santa cruz!
Oh inefável gloria do Pai! Nela podemos considerar o tribunal do Senhor, o
juízo do mundo e o poder do crucificado. Oh, sim, Senhor: atraíste a ti todas
as coisas quando, A cada dia eu estendia a mão para um povo desobediente (cf.
Is 65,2), o universo inteiro compreendeu que devia render homenagem a tua
majestade!» (São Leão Magno). Jesus fugirá ao outro lado do Jordão e quem
realmente acredita Nele o buscará ali dispostos a segui-lo e a escutá-lo.
Pensamentos para o Evangelho de
hoje: «Acreditar para compreender e compreender para
acreditar» (Santo Agostinho) - «Muitas pessoas estiveram em estreito contato
com Jesus e não creditaram nele... Se
tiveres o coração fechado, a fé não entra. Deus Pai atrai-nos sempre para
Jesus; somos nós que abrimos ou fechamos os nossos corações» (Francisco) -«Os
sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer
n'Ele. Aos que se Lhe dirigem com fé, concede-lhes o que pedem. Assim, os
milagres fortificam a fé n'Aquele que faz as obras do seu Pai: testemunham que
Ele é o Filho de Deus (cf. Jo 10,31-38)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)·
Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada.
É venerada como mártir, mas destaca-se sua
consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir a Cristo.
Diz a história que Balbina, filha do militar
Quirino, foi curada milagrosamente pelo papa e mártir são Adriano, que estava
na prisão. Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos foram
batizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade perpétua. Seu pai,
Quirino, também recebeu a coroa do martírio.
Sua vida era muito representada no teatro
medieval, o que causa certa confusão histórica, uma vez que a arte mistura
muito realidade e ficção. Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de
Balbina e de sua consagração. Dizem as histórias sobre santa Balbina, que
muitos jovens quiseram desposá-la, mas sua firmeza de caráter a manteve fiel ao
seu voto de castidade.
Balbina sofreu o martírio sob o imperador
Adriano II. Viveu santamente e recebeu a glória de ter o nome marcado na
história da igreja.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A vida
cristã é marcada pelo compromisso com a pregação do Reino de Deus. Jesus nos
convidou a falar do Reino, mas também exigiu que testemunhássemos, através de
obras concretas, nossa fé neste Reino vindouro. A vida de santa Balbina entrou
para a história porque ela soube conjugar fé e obras, chegando ao extremo gesto
de confiança em Cristo pelo testemunho do martírio. Sua consagração a Deus foi
plena e vivida em total liberdade. Muitas vezes somos inconstantes em assumir
nossa vocação, desconfiando do amor de Deus e de que Ele nos concede as forças
necessárias para bem viver. Que tal confiar mais na providência de Deus?
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