Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro em sua casa na França /
www.les-petites-soeurs-disciples-de-lagneau.com
PARIS, 21 Mar. 23 / 10:00 am (ACI).- Em Le Blanc, França, mulheres com síndrome de Down e que ouvem o chamado de Deus a uma vida religiosa têm a oportunidade de dar seu ‘sim’ ao Senhor por meio das Irmãzinhas Discípulas do Cordeiro (Le petites soeurs disciples de l’Agneau). Fundadas em 1985, com uma vocação contemplativa, estas religiosas se apoiam na Regra de São Bento e no caminho da Infância Espiritual de Santa Teresa do Menino Jesus. Oferecem às jovens com síndrome de Down a possibilidade de responder a sua vocação religiosa, acompanhadas por outras irmãs da comunidade que não apresentam a mesma condição. Segundo o site das Irmãzinhas, tudo começou com o encontro de duas mulheres: madre Line, atual priora da comunidade, e irmã Veronique, uma jovem com síndrome de Down, que hoje é religiosa. Madre Line notou uma verdadeira vocação em Veronique e soube que ela precisaria de ajuda, porque todas as comunidades religiosas nas quais ela se apresentou se mostraram relutantes em recebê-la. Assim, diz o site, “ano após ano, a comunidade – reconhecida pela Igreja e guiada pelo Espírito Santo – adaptou-se à Síndrome de Down e à vida religiosa com esta condição”.
Oração: Senhor Jesus, vós nos disseste: "Eu vim para servir e não para ser servido". Rogamos, pelo exemplo de Santa Léia, que embora fosse superiora colocou-se como escrava das outras religiosas, saibamos também nós encontrar alegria em servir e sempre exercer a verdadeira caridade. Amém!
Evangelho (Jo 5,17-30):
Jesus,
porém, deu-lhes esta resposta: «Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho».
Por isso, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, pois, além de violar o
sábado, chamava a Deus de Pai, fazendo-se assim igual a Deus.
Jesus então deu-lhes esta resposta: «Em verdade, em verdade, vos digo: o Filho
não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o
Pai faz, o Filho o faz igualmente. O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que
ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis
admirados. Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho
também dá a vida a quem ele quer. Na verdade, o Pai não julga ninguém, mas deu
ao Filho o poder de julgar, para que todos honrem o Filho assim como honram o
Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou. Em verdade,
em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou
possui a vida eterna e não vai a julgamento, mas passou da morte para a vida.
»Em verdade, em verdade, vos digo: vem a hora, e é agora, em que os mortos
ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão. Pois assim como o
Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida
em si mesmo. Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do
Homem. Não fiqueis admirados com isso, pois vem a hora em que todos os que
estão nos túmulos ouvirão sua voz, e sairão. Aqueles que fizeram o bem
ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação.
Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Julgo segundo o que eu escuto, e o meu
julgamento é justo, porque procuro fazer não a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou».
«Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna » - Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas(Girona, Espanha)
Hoje, o
Evangelho fala-nos da resposta de Jesus aos que viam mal que Ele tivesse curado
um paralítico num Sábado. Jesus Cristo aproveita essas críticas para manifestar
a Sua condição de Filho de Deus e, como tal, Senhor do Sábado. Essas palavras
serão motivo de condenação, no dia do julgamento em casa de Caifás. Com efeito,
quando Jesus se reconheceu como Filho de Deus, o grande sacerdote exclamou:
«Blasfemou! Que necessidade temos, ainda, de testemunhas? Acabais de ouvir a
blasfémia. Que vos parece?» (Mt 26,65).
Por muitas vezes, Jesus tinha feito referências ao Pai, mas sempre marcando uma
distinção: a Paternidade de Deus é diferente, caso falemos de Cristo ou dos
homens. E os judeus que o escutavam entendiam-no muito bem: não é Filho de Deus
como os outros, mas a filiação que reclama para Si mesmo é uma filiação
natural. Jesus afirma que a sua natureza e a natureza do Pai são iguais, apesar
de serem pessoas distintas. Manifesta assim, dessa maneira, a sua divindade.
Esse fragmento do Evangelho é muito interessante para a revelação do mistério
da Santíssima Trindade.
Entre as coisas que hoje diz o Senhor, há algumas que fazem especial referência
a todos aqueles que, ao longo da história, acreditaram Nele: escutar e crer em
Jesus é ter já a vida eterna (cf. Jo 5,24). Certamente, não é ainda a vida
definitiva, mas é já participar da sua promessa. Convém que o tenhamos bem
presente, e que façamos o esforço de escutar a palavra de Jesus, como o que ela
realmente é: a Palavra de Deus que salva. A leitura e a meditação do Evangelho
devem fazer parte das nossas práticas religiosas habituais. Nas páginas
reveladas, ouviremos as palavras de Jesus, palavras imortais que nos abrem as
portas da vida eterna. Com efeito, como ensinava Santo Efrém, a Palavra de Deus
é uma fonte inesgotável de vida.
Muito poucos são os registros sobre Santa Léia. Era uma jovem viúva cristã, recusou-se contrair segundas núpcias com um rico nobre romano, desistindo de uma vida de luxo e riqueza para aderir às primeiras comunidades cristãs. São Jerônimo, organizador das comunidades desta época, foi acusado de atrair Léia e outras viúvas para o cristianismo. Exilou-se então em Bélem. Ao saber da morte de Léia, Jerônimo escreveu uma carta sobre a vida desta viúva, e este é o único documento que temos sobre ela. Segundo São Jerônimo, Léia consagrou-se à vida religiosa, tornou-se madre superiora, e com seu exemplo de humildade, oração e serviço, testemunhou seu amor a Cristo. Passou a vida envolta em vestes simples e gastava horas em profunda oração. Nunca fez nada que lhe servisse de vanglória ou que lhe trouxesse benefícios pessoais. Sua vida era em seu quarto, pequeno no espaço, mas grande como local de louvor a Deus. Ali ela tinha tudo o que precisava. Nada lhe faltou por ter trocado uma rica mansão pela singeleza de um monastério. Ao contrário, sua grande riqueza foi a coroa da santidade, que perpetua até hoje sua memória entre nós. Santa Léia morreu em Roma no ano de 384.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
O silêncio nos permite recolhermo-nos para orar a
Deus em segredo. Ele nos permite viver em solidão no meio dos irmãos. De certa
forma, ele nos separa uns dos outros. Ele nos força a nos desprendermos das
afeições naturais que seriam obstáculos, das presenças que nos tornariam menos
disponíveis para escutar a voz do Espírito que está em nós. Aprendamos de Santa
Léia o cultivo do silêncio como forma de alimentar nosso maior contato com o
amor de Deus.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
ACIDIGITAL.COM
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