segunda-feira, 20 de março de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 21. MARÇO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO

21 DE MARÇO DE 2023 - Terça-feira da 4ª semana da Quaresma

O papa cumprimenta uma criança durante a audiência de hoje (20) / Vatican Media

Vaticano, 20 Mar. 23 / 03:25 pm (ACI).- “Em um mundo onde muitas vezes respiramos um clima cinzento e pesado, vocês nos lembram que o caminho para sermos felizes é a simplicidade”, disse o papa Francisco hoje (20), no Vaticano, ao receber os membros de uma associação italiana dedicada às atrações itinerantes. No discurso, o papa disse que a vocação deles é “semear alegria” e os convidou a manter sempre o coração e a vida “abertos a uma perspectiva de fé, que nasce do encontro com Cristo, presente e em ação em sua Igreja”. Para o papa Francisco, o sentimento de alegria e festa que essas pessoas espalham “nasce da criatividade e da imaginação, não segue os modelos artificiais e conformistas que circulam na mídia”. O papa agradeceu “porque vocês nos lembram que não fomos feitos apenas para trabalhar, mas também para a festa, e Deus se alegra quando celebramos juntos como irmãos na simplicidade”. Por fim, confiou os presentes na audiência à intercessão de Nossa Senhora, “Mãe dos caminhantes, guia seguro que nos conduz a Jesus”. “E que também sejam sustentados pelo seu padroeiro são João Bosco e pelo servo de Deus padre Dino Torregiani, apóstolo das caravanas”, concluiu o papa Francisco.

 Oração: Pai de amor e bondade, que nos desejas alimentar somente com o Pão da Vida, de modo que não nos envenenemos com as podridões mundanas, concedei-nos por intercessão de São Nicolau de Flüe fazer guerra somente contra o pecado, e desejar somente a reconciliação Convosco e a paz com os irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém

Evangelho (Jo 5,1-3.5-16)

 Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, existe em Jerusalém, perto da Porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Bezata em hebraico. Muitos doentes, cegos, coxos e paralíticos ficavam ali deitados Encontrava-se ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. Jesus o viu ali deitado e, sabendo que estava assim desde muito tempo, perguntou-lhe: «Queres ficar curado?» O enfermo respondeu: «Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água se movimenta. Quando estou chegando, outro entra na minha frente». Jesus lhe disse: «Levanta-te, pega a tua maca e anda».
No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua maca e começou a andar. Aquele dia, porém, era um sábado. Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: «É sábado. Não te é permitido carregar a tua maca”. Ele respondeu: “Aquele que me curou disse: ‘Pega tua maca e anda!’» Então lhe perguntaram: «Quem é que te disse: ‘Pega a tua maca e anda’?» O homem que tinha sido curado não sabia quem era, pois Jesus se afastara da multidão que se tinha ajuntado ali. Mais tarde, Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: «Olha, estás curado. Não peques mais, para que não te aconteça coisa pior». O homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.

«Jesus o viu e, perguntou-lhe: Queres ficar curado?» - Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, São João nos fala da cena da piscina de Betsaida. Parecia, mais uma sala de espera de um hospital: «Muitos doentes ficavam aí deitados: eram cegos, coxos e paralíticos, esperando que a água se movesse» (Jo 5,3). Jesus se deixou cair por ali.
É curioso! Jesus sempre está no meio dos problemas. Ali onde há algo para “libertar”, para fazer feliz às pessoas, ali está Ele. Os fariseus, ao contrário, só pensavam em se era sábado. Sua má fé matava o espírito. A má baba do pecado gotejava de seus olhos. No há pior surdo que o que aquele não quer entender.
O protagonista do milagre levava trinta e oito anos de invalidez. «Jesus viu o homem deitado e ficou sabendo que estava doente havia muito tempo. Então lhe perguntou: «Você quer ficar curado?» (Jo 5,6), disse-lhe Jesus. Fazia tempo que lutava em vão porque não havia encontrado a Jesus. Finalmente, havia encontrado ao Homem. Os cinco pórticos da piscina de Betsaida retumbaram quando se ouviu a voz do Mestre: «Jesus disse: ‘Levante-se, pegue sua cama e ande’» (Jo 5,8). Foi questão de um instante.
A voz de Cristo é a voz de Deus. Tudo era novo naquele velho paralítico, gastado pelo desânimo. Mais tarde, São João Crisóstomo dirá que na piscina de Betsaida se curavam os enfermos do corpo, e no Batismo se restabeleciam os da alma; lá, era de quando em quando e para um só enfermo. No Batismo é sempre e para todos. Em ambos os casos se manifesta o poder de Deus através da água.
O paralítico impotente na beira da água, não te faz pensar na experiência da própria impotência para fazer o bem? Como pretendemos resolver, sozinhos, aquilo que tem um alcance sobrenatural? Não vês cada dia, ao teu redor, uma constelação de paralíticos que se “movem” muito, mas que são incapazes de separar-se de sua falta de liberdade? O pecado paralisa, envelhece, mata. Devemos pôr os olhos em Jesus. É necessário que Ele —sua graça— nos submerja nas águas da oração, da confissão, da abertura de espírito. Eu e você podemos ser paralíticos eternos, ou portadores e instrumentos de luz.

Pensamentos para o Evangelho de hoje : «Temos de sentir desgosto de nós próprios quando pecamos, pois o pecado desgosta ao Senhor. E, devido a que no estamos livres de pecado, pelo menos tentemos ser parecidos com Deus no nosso desgosto pelo que a Ele lhe desgosta» (São Agostinho) «A Igreja tem sempre as suas portas abertas. A igreja é a casa de Jesus e Jesus acolhe. Se a alguém está ferido, o que faz Jesus? ¿Ele lhe castiga por estar ferido? Não, Ele vai e carrega-o nos seus ombros. E esto é misericórdia» (Francisco) «Jesus praticou actos, como o perdão dos pecados, que O manifestaram como sendo o próprio Deus salvador. Alguns judeus, que, não reconhecendo o Deus feito homem viam n'Ele ‘um homem que se faz Deus’ (Jo 10,33, julgaram-no como blasfemo» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 594)

São Nicolau de Flue

Nicolau nasceu em 1417 na cidadezinha de Flüe, Sachseln, no Cantão suíço de Obwalden, então Confederação dos oito Cantões da Suíça central. De uma família de camponeses, permaneceu analfabeto por toda a vida, e desde a juventude desejava a vida religiosa, mas ajudou o pai em serviços do campo. Entre 1440 e 1444, teve que partir como soldado e depois como oficial, sempre com comportamento exemplar, contra o cantão de Zurique, que havia se rebelado contra a Antiga Confederação Helvética. De volta à casa e a pedido do pai, casou-se com Dorothy Wiss, filha de agricultores, num matrimônio feliz. Tiveram dez filhos, dos quais vários seguiram o sacerdócio; um dos netos, Conrado Scheuber, faleceu com fama de santidade. Reconhecido pelo seu senso de justiça, integridade moral e retidão de consciência, foi solicitado a assumir muitos cargos públicos, como conselheiro, deputado na Dieta federal, e por nove anos juiz no seu Cantão. Recusou o cargo maior de Landamman (governador) do seu Cantão. Como pai de família, não podia dedicar-se à oração como gostaria, mas quando completou 50 anos Deus lhe concedeu as três graças que desejava: o consentimento de sua esposa e filhos para partir, a ausência da tentação de voltar e a possibilidade de viver sem beber e comer. Abandonou os cargos públicos e retirou-se para um local perto de casa, num lugar íngreme, chamado Ranft, onde construiu uma cela de tábuas (depois, transformada em capela pelos habitantes locais). Viveu ali 20 anos em oração, penitências e jejum; ia à Missa nos domingos e dias santos, sempre descalço, mesmo no gelo; dormia numa tábua usando uma pedra por travesseiro, vestia-se com roupas rudes e, de acordo com as provas de várias testemunhas ao longo do tempo, alimentava-se somente da Eucaristia, tendo saúde e boa disposição física, mental e espiritual. Não conseguiu permanecer totalmente solitário, pois era procurado para conversas, conselhos e explicações religiosas, a todos, simples e poderosos, atendendo com caridade e boa vontade. Passou a ser conhecido carinhosamente como Irmão Klaus. Mediou com sucesso negociações que evitaram uma guerra iminente entre a Suíça e a Áustria. Em 1481, acedeu aos pedidos para intervir na Assembleia de Stans, onde conseguiu a unificação dos partidos na Confederação Suíça, impedindo uma guerra fratricida no país. Em 1482, foi chamado para resolver uma questão entre Constança e a Confederação sobre o exercício do direito em Thurgau, e novamente restabeleceu a paz. Enorme é o seu mérito em conciliar protestantes e católicos, sendo por ambos respeitado e amado. Sua capacidade de reconciliação, inimiga de violência, guerra e conquistas ambiciosas, e também alianças comprometedoras com outras nações, muito influenciou o seu povo, e há um consenso de que, se a Suíça é um país pacífico e que raramente se envolve em conflitos mundiais, isto se deve à sua influência. São Nicolau faleceu em sua cela de Flüe, em 1487, no dia em que completava 70 anos. Considerado um dos maiores místicos da Igreja católica, é o santo mais popular e conhecido na Suíça, de onde é padroeiro e chamado de Pai da Pátria.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

TJL – A12.COM -EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário