terça-feira, 28 de março de 2023

BOM DIA EVANGELHO -29. MARÇO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


29 DE MARÇO DE 2023 - Quarta-feira da 5ª semana da Quaresma

Padre Pio de Pietrelcina e beato Carlo Acutis / Domínio Público e Associação Amigos de Carlo Acutis

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Mar. 23 / 02:41 pm (ACI).- Antonia Salzano, mãe do beato Carlo Acutis, e José María Zavala, diretor do filme “O Céu não pode esperar” sobre a vida do adolescente italiano, falaram da profunda amizade espiritual que une Carlo a são Pio de PietrelcinaCarlo Acutis (1991–2006) morreu aos 15 anos de leucemia. Ele ajudou os pobres, promoveu os milagres eucarísticos e ofereceu seu sofrimento pelo papa, pela Igreja e pela conversão dos pecadores. São Pio de Pietrelcina (1887–1968), também conhecido como padre Pio, foi um frade capuchinho italiano que teve os estigmas de Cristo, o dom da profecia, visões místicas e que se destacou em seu ministério por longas horas atendendo no confessionário. No filme "O Céu Não Pode Esperar", Antonia Salzano relembra um episódio pouco conhecido de sua experiência pessoal com o padre Pio. Uma noite, ela pôde ver com clareza em um sonho o padre Pio, que lhe disse: “Levante-se, seu filho está doente”. Ela foi ver Carlo em seu quarto e viu que ele estava realmente doente e com febre. Num vídeo publicado em 2021, Antonia lembra que seu pai era amigo da mulher que recebeu o milagre que permitiu a canonização do padre Pio em 2002. Antonia conta ainda que Carlo Acutis era muito devoto da Eucaristia por causa da devoção que via no padre Pio, e que algo semelhante acontecia com o anjo da guarda e com as almas do purgatório. “Como o padre Pio, Carlo também era muito devoto de seu anjo da guarda. Ele disse que se chamava Gabriel e, assim como o padre Pio, tinha diálogos contínuos com seu anjo da guarda”, conta Antonia. Sobre “a devoção às almas do purgatório, Carlo também viu algumas coisas das almas do purgatório que lhe pediam orações”, continua a mãe do beato. Antonia Salzano também destaca a devoção do beato Carlo Acutis e do padre Pio ao arcanjo são Miguel, a são Francisco de Assis e a Nossa Senhora de Fátima.

Oração: Querido Deus de bondade, fortalecei-nos com o dom da fé e dai-nos a perseverança nas dificuldades da vida. Permita que, pela intercessão de São Segundo, sejamos coroados com a graça da santidade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Jo 8,31-42):

 Jesus, então, disse aos judeus que acreditaram nele: «Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres». Eles responderam: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?» Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre na casa, o filho nela permanece para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão. No entanto, procurais matar-me, porque minha palavra não encontra espaço em vós. Eu falo do que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai».
Eles responderam: «Nosso pai é Abraão». Jesus, então, lhes disse: «Se fôsseis filhos de Abraão, praticaríeis as obras de Abraão! Agora, no entanto, procurais matar-me, porque vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto Abraão não fez. Vós fazeis as obras do vosso pai». Eles disseram então a Jesus: «Nós não nascemos da prostituição. Só temos um pai: Deus». Jesus respondeu: «Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis, pois é da parte de Deus que eu saí e vim. Eu não vim por conta própria; foi ele quem me enviou».

«Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis» - Pe. Givanildo dos SANTOS Ferreira(Brasilia, Brasil)

Hoje, o Senhor dirige duras palavras aos judeus. Não a quaisquer judeus, mas, precisamente, àqueles que abraçaram a fé: Jesus falou «aos judeus que acreditaram nele» (Jn 8,31). Sem dúvida, este diálogo de Jesus reflete o início daquelas dificuldades causadas pelos cristãos judaizantes na primeira hora da Igreja.
Como descendiam de Abraão segundo a carne, esses tais discípulos de Jesus consideravam-se acima não somente dos gentios que viviam longe da fé, mas também acima de qualquer discípulo não judeu partícipe da mesma fé. Diziam eles: «Nós somos descendentes de Abraão» (Jn 8,33); «nosso pai é Abraão» (v. 39); «só temos um pai, Deus» (v. 41). Apesar de serem discípulos de Jesus, temos a impressão de que Jesus nada representava para eles, nada acrescentava ao que já possuíam. Mas é aí mesmo que se encontra o grande erro de todos eles. Os verdadeiros filhos não são os descendentes segundo a carne, mas os herdeiros da promessa, isto é, aqueles que crêem (cf. Rom 9,6-8). Sem a fé em Jesus não é possível que alguém alcance a promessa de Abraão. Assim sendo, entre os discípulos, "não há judeu ou grego; não há escravo ou livre; não há homem ou mulher", porque todos são irmãos pelo batismo (cf. Gal 3,27-28). 
Não nos deixemos seduzir pelo orgulho espiritual. Os judaizantes se consideravam superiores aos outros cristãos. Não é necessário falar, aqui, dos irmãos separados. Mas pensemos em nós mesmos. Quantas vezes alguns católicos se consideram melhores do que os outros católicos porque seguem este ou aquele movimento, porque observam esta ou aquela disciplina, porque obedecem a este ou àquele uso litúrgico. Uns, porque são ricos; outros, porque estudaram mais. Uns, porque ocupam cargos importantes; outros, porque vêm de famílias nobres. «Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser cristão... Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos difíceis» (Bento XVI).

São Segundo

Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século primeiro. Profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo. Entretanto, sua conversão aconteceu mesmo durante uma viagem a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita. Esta conversão está envolta em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão. Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo. Conta-se que ele conseguiu atravessar a cavalo o Rio Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia ao bispo Marciano, antes do martírio. O Rio Pó, minúsculo apenas no nome, é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas. Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito de Asti, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas como não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem. Era o dia 29 de março do ano 119. No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais. Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti. Seu culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida de muitos santos é cercada de fatos extraordinários. Milagres, curas, histórias fantásticas! Não vamos preocupar demais com estas histórias e com a veracidade delas. Firmemos nosso olhar naquilo que é o essencial: a vida dos santos foi sempre voltada para o amor ao Cristo e a caridade para com o próximo. Isto é o fundamental e corresponde ao mandamento de Jesus: “Amai a Deus e amai ao próximo”.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANEWS.VA

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