Por que rezar o santo terço?
Primeiro, porque, quando rezamos o Santo Rosário (ou o terço), nós
estamos meditando, na vida, a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor
Jesus Cristo, e é nesse contemplar, recordar e rezar que encontramos a força do
Rosário.
Segundo, porque depois nós estamos recorrendo a Santíssima
Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe! E o fato de recorrermos a ela como
mediadora das graças e das necessidades que trazemos, provoca uma grande ira ao
demônio, e também revela sua grande impotência e medo diante da Virgem Maria!
Portanto, a oração do rosário nos leva a caminhar e nos coloca
dentro do próprio Evangelho, revelando
a centralidade de Cristo. Coloca-nos ao lado daquela que o demônio jamais
conseguiu manchar com o pecado, pois ela é a Imaculada Conceição, e coloca-nos
debaixo da proteção daquela que carrega sobre si o princípio Eterno de Deus que
diz: “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua
descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu
ferirás o calcanhar.” (Gn 3,16).
Oração São
João Paulo II: São João Paulo, com a tua intercessão,
portege as famílias e cada vida que nasce dentro da família. Roga pelo mundo
inteiro, ainda marcado por tensões, guerras e injustiças. Tu te opuseste à
guerra, invocando o diálogo e semeando o amor; roga por nós, para que sejamos
incansáveis semeadores de paz.
Evangelho
segundo São Mateus 23,1-12.
Naquele tempo, Jesus falou à
multidão e aos discípulos, dizendo:
«Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus.
Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras,
porque eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo
os querem mover.
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e
ampliam as borlas;
gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,
das saudações nas praças públicas e que os tratem por mestres. Vós, porém, não
vos deixeis tratar por mestres,
porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos.
Na Terra, não chameis a ninguém vosso pai, porque um só é o vosso pai, o Pai
celeste.
Nem vos deixeis tratar por doutores, porque um só é o vosso doutor, o Messias.
Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».(Tradução
litúrgica da Bíblia)
São Charles de Foucauld (1858-1916) - eremita e missionário no Saara § 79, salmo 40 - «Um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos».
«Um só é o vosso pai, o Pai
celeste, e vós sois todos irmãos». Vós o dizeis claramente, Senhor Jesus: os
homens formam uma grande família, são todos irmãos, tendo Deus como seu Pai
comum; todos devem ter, pois, uns em relação aos outros, os pensamentos, as
palavras e as obras que um pai quer que os filhos tenham entre si. O amor que o
melhor dos pais quer fazer reinar entre os seus filhos -- é esse o amor que devemos
ter a todos os homens, a cada um deles, sem exceção. E Jesus, o nosso modelo,
dá-nos o exemplo: Ele é Deus, que veio à Terra como homem para nos mostrar como
quer que cada homem ame os outros homens. O que faz Jesus? Vive trinta e quatro
anos e dá o seu sangue no meio dos mais terríveis tormentos pela santificação e
a salvação de todos os homens; e não apenas de todos em geral, mas de cada um
em particular, de maneira que não existe homem algum acerca do qual não se
possa dizer: Jesus morreu para salvar e santificar este homem. Para além do
preceito do amor fraterno, este é o exemplo que Jesus nos deu; como diz São
Paulo, todos são nossos irmãos, resgatados por Cristo por alto preço! (cf 1Cor
6,20). Todos os homens são verdadeiramente nossos irmãos em Deus, e todos os
homens foram tão amados e estimados por Jesus que Ele morreu por cada um deles.
Todos os homens têm de nos aparecer como irmãos, cobertos pelo manto do sangue
de Jesus.
Santa Perpétua e Santa Felicidade
Muitos foram os mártires do ano 203 em Cartago (norte da África, atual Túnis). Dentre eles, Víbia Perpétua, nobre e rica, com aproximadamente 22 anos, casada, já com um filho e grávida de outro; seu pai era o único pagão da família. E Felicidade, escrava de Perpétua, também muito jovem e grávida. Um decreto do imperador romano Lúcio Septímio Severo condenou à morte os cristãos. Perpétua e felicidade foram presas em casa, com outros escravos, cristãos e catemúmenos (os que se preparam para o Batismo). O diácono Sáturo as batizou na prisão, e, a pedido dos outros presos, Perpétua escreveu um diário como testemunho para outros cristãos. Este é um dos textos mais antigos do Catolicismo, conhecido hoje como “Paixão das Santas Perpétua e Felicidade”. Nele a santa evidencia as horríveis condições da cadeia e pede a graça de sofrer e lutar pela Verdade. Ela recebeu a visita do pai, que entre lágrimas pedia que apostatasse, lembrando-lhe inclusive do seu filho pequeno – um duro teste para a sua fé. Mas ela registra que o pai era o único da família que não se alegrava com o seu martírio. À Felicidade foi concedida a graça de dar à luz antes da morte. Um carcereiro debochou, dizendo que se sofria com as dores do parto, maiores seriam as do martírio. Ao que ela respondeu ser fraca, no parto, pela natureza, mas que estaria forte, pela graça de Deus, no martírio. A Ceia de Despedida concedida aos condenados foi convertida pelos presos em Ceia Eucarística, com a Comunhão lhes sendo levada por dois diáconos. Os condenados deviam usar vestes pagãs na apresentação para a morte, mas recusaram decididamente a isto, pois livremente davam a vida justamente por não aceitarem o paganismo. Então, a 7 de março de 203, foram todos expostos no Circo a animais ferozes. Os escravos catecúmenos foram atacados por um urso e um leopardo. Contra Sáturo, o diácono, que não havia sido preso, mas que se apresentara voluntariamente, soltaram um javali. Antes de morrer, ele converteu um dos carcereiros. Perpétua e Felicidade foram chifradas selvagemente por uma vaca, mas não morreram. Os soldados as degolaram, Felicidade antes, mas erraram no primeiro golpe em Perpétua, que indicou o local onde lhe deveria cortar o machado. A memória litúrgica de Santas Felicidade e Perpétua é obrigatória. São invocadas também na Ladainha de Todos os Santos e nas orações da Missa de Finados, e seus nomes estão no Cânon oficial da Missa, um privilégio de poucos santos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Atenção aos nomes Perpétua e Felicidade. Perpétua felicidade, unidas na
História, entrando juntas na vida celeste, onde certamente já estão desde
sempre, na eternidade do Senhor que as criou – as quatro. Mas é interessante
que há uma ordem a seguir, como de fato ocorreu no martírio em 203: primeiro a
felicidade, que nos é já garantida nesta vida pela comunhão e fidelidade a
Cristo; e depois e infinitamente, por consequência, a vida perpétua, a qual,
dependendo da nossa escolha pessoal, pode não estar junto à primeira, daí que
estas duas jovens mães nos ensinam, renunciando às alegrias (mesmo se em si
legítimas) de um lar natural por uns quantos anos neste mundo, que a verdadeira
flor da vida desabrocha no Paraíso. O que devemos sacrificar nesta vida? E o
que não devemos perder? Certamente não o tempo que temos, o preciosíssimo e
irrecuperável tempo de servir a Deus, recusando tudo o que o puder impedir.
TJL – 12.COM
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