Quarta-feira, 11 de novembro de 2009
São Martinho de Tours (Bispo), Memória, 4ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Branca
São Martinho de Tours (Bispo), Memória, 4ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Branca
Santos: Atenodoro da Mesopotâmia (mártir), Bartolomeu de Grottaferrata (abade), Bertuíno de Malonne (monge, bispo), Menas de Alexandria (mártir), Menas de Santomena (eremita), Teodoro, o Estudita (abade), Valentim, Feliciano e Vitorino (mártires de Ravena), Verano de Lião (bispo), Araldo de Isenhagen (monge, bem-aventurado), Bartolomeu de Marmoûtier (bispo, bem-aventurado), Inês da Bavária (virgem, bem-aventurada)
Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece. (Sl 87,3)
Oração:
Ó Deus, que fostes glorificado pela vida e morte do bispo São Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo que nem a morte nem a vida nos possam separar do vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Onde estão os nove?
Evangelho: Lc 17, 11-19 - Jesus, mestre, tem compaixão de nós!
11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a distância, 13e gritaram: "Jesus, mestre, tem compaixão de nós!" 14Ao vê-los, Jesus disse: "Ide apresentar-vos aos sacerdotes". Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano. 17Então Jesus lhe perguntou: "Não foram dez os curados? E os outro nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?" 19E disse-lhe: "Levanta-te e vai! Tua fé te salvou". Palavra da Salvação!
Comentando o Evangelho
O louvor de Deus
O samaritano distinguiu-se de seus companheiros, todos curados por Jesus, por sua capacidade de reconhecer a ação misericordiosa de Deus em sua vida. Liberto da lepra, só ele se sentiu motivado a proclamar os louvores de Deus, numa atitude de gratidão e reconhecimento. Seu gesto valeu-lhe a salvação, publicamente afirmada por Jesus: "A tua fé te salvou!"
Os outros nove, todos judeus, detiveram-se no nível da cura material. O samaritano, pelo contrário, foi além. E recebeu muito mais que os outros. Sua iniciativa assemelhou-o aos pobres e excluídos, sempre prontos a agradecer pelo mínimo serviço que se lhes presta. A ingratidão é própria dos ricos e prepotentes. Pensando ter todo mundo à sua disposição e obrigado a prestar-lhe serviço, sentem-se desmotivados a mostrar-se agradecidos. Os servos têm a obrigação de servi-lo sem reclamar. Comportam-se, assim, até mesmo com Deus. Julgam desnecessário demonstrar-lhe gratidão.
A parábola evangélica contrapõe um grupo de judeus a um samaritano, identificado como pagão e estrangeiro. Os que se omitiram de louvar e agradecer a Deus, perdendo a chance de mostrar sua fé, foram os que, por origem e formação religiosa, estavam mais perto de Jesus. O "estrangeiro" e "distante", excluído e menosprezado, foi mais sensível. É esta a situação dos cristãos, em relação aos pagãos, recém-convertidos à fé? [Jaldemir Vitório]
Contexto: A subida para Jerusalém. Leituras paralelas: Lv 13, 45-46; Mt 8,4; Mc 1, 44; Lc 5, 14.
O evangelho de hoje é sempre válido para a quarta-feira da 32ª Semana do Tempo Comum
A igreja celebra hoje :
São Martinho de Tours
São Martinho de Tours, nasceu em Sabaria, Panônia (Hungria) no ano 316. Filho de tribuno romano, já aos 15 anos vestia o uniforme militar, tendo abandonado a milícia aos 18 anos para seguir Santo Hilário de Poitiers, seu mestre. Após breve noviciado de vida eremítica na ilha Galinária, Martinho fundou alguns mosteiros: Ligugé, o mais antigo da Europa, e Marmoutier, destinado a se tornar grande centro de vida religiosa. Martinho de Tours é um daqueles homens que fizeram falar de si gerações inteiras : Todos já ouvimos falar do episódio em que São Martinho, cavalgando, envolto na sua ampla manta de guarda imperial, encontra um pobre endurecido pelo frio e com gesto generoso corta em duas a manta, dando a metade ao pobre. À noite, em sonho, viu Jesus, envolto naquela metade de manta sorrindo-lhe reconhecido.
Martinho, eleito Bispo de Tours, tornou-se o grande evangelizador do centro da França. Tinha sido, como se disse, soldado sem querer, monge por escolha e Bispo por dever. Nos vinte e sete anos de vida episcopal; conquistou o amor
entusiasmado dos pobres, dos necessitados e de todos os que sofriam injustiças, defendendo a causa dos oprimidos e deserdados deste mundo.
São Martinho de Tours morreu em 08 de novembro do ano 397 em Candes, durante uma visita pastoral. Foi considerado um dos primeiros santos não mártir a ter festa litúrgica. (A metade da celebérrima manta que São Martinho dividiu com o pobre, tirada numerosas franjas para enriquecer os vários relicários, foi guardada cuidadosamente em uma capela).
[http://www.santafamilia.com]
Espiritualidade de São Martinho
Guarda imperial, cavalgava com sua manta, quando avistou a um pobre que estava com frio e deu-lhe a metade dela, antes de entrar o para o sacerdócio. Era filho de um tribuno romano e aos 15 anos já pertencia a divisa militar e aos 18 anos abandonou a milícia, recebeu o batismo e seguiu santo Hilário de Poitiers, seu mestre. Após um breve noviciado de vida eremítica na ilha Galinária, fundou vários mosteiros: Ligugé, o mais antigo da Europa e Marmoutier, que se tornou um grande centro de vida religiosa. Por seu empenho, os monges tornaram-se mestres de espiritualidade, elaboradores do pensamento teológico. Além disso, São Martinho, grande e evangelizador da França, exerceu grande influência na estruturação da Igreja, empreendeu a evangelização nos meios rurais, chamando para Cristo todos os miseráveis e abandonados. Por toda parte conseguia substitui templos pagãos por oratórios. Por seu empenho hoje existem três mil e setecentas paróquias que o tem por padroeiro e quatrocentas vilas levam seu nome na França.
Oração de São Martinho de Tours
São Martinho de Tours que tanta popularidade gozastes no mundo medieval da cristandade, que certa vez dividistes vossa túnica pela metade com uma espada para dá-la a um pobre, e difundistes o cristianismo com tanta unção, peço-vos que intercedais junto a Deus por nós, para que também saibamos empregar nosso efêmero tempo nesta terra a serviço da caridade e da evangelização. Por Cristo Nosso Senhor. Amém (Regina Perina)
A boa educação é moeda de ouro. Em toda parte tem valor. (Pe. Antonio Vieira)
tjl@
[1] Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1997
O samaritano distinguiu-se de seus companheiros, todos curados por Jesus, por sua capacidade de reconhecer a ação misericordiosa de Deus em sua vida. Liberto da lepra, só ele se sentiu motivado a proclamar os louvores de Deus, numa atitude de gratidão e reconhecimento. Seu gesto valeu-lhe a salvação, publicamente afirmada por Jesus: "A tua fé te salvou!"
Os outros nove, todos judeus, detiveram-se no nível da cura material. O samaritano, pelo contrário, foi além. E recebeu muito mais que os outros. Sua iniciativa assemelhou-o aos pobres e excluídos, sempre prontos a agradecer pelo mínimo serviço que se lhes presta. A ingratidão é própria dos ricos e prepotentes. Pensando ter todo mundo à sua disposição e obrigado a prestar-lhe serviço, sentem-se desmotivados a mostrar-se agradecidos. Os servos têm a obrigação de servi-lo sem reclamar. Comportam-se, assim, até mesmo com Deus. Julgam desnecessário demonstrar-lhe gratidão.
A parábola evangélica contrapõe um grupo de judeus a um samaritano, identificado como pagão e estrangeiro. Os que se omitiram de louvar e agradecer a Deus, perdendo a chance de mostrar sua fé, foram os que, por origem e formação religiosa, estavam mais perto de Jesus. O "estrangeiro" e "distante", excluído e menosprezado, foi mais sensível. É esta a situação dos cristãos, em relação aos pagãos, recém-convertidos à fé? [Jaldemir Vitório]
Contexto: A subida para Jerusalém. Leituras paralelas: Lv 13, 45-46; Mt 8,4; Mc 1, 44; Lc 5, 14.
O evangelho de hoje é sempre válido para a quarta-feira da 32ª Semana do Tempo Comum
A igreja celebra hoje :
São Martinho de Tours
São Martinho de Tours, nasceu em Sabaria, Panônia (Hungria) no ano 316. Filho de tribuno romano, já aos 15 anos vestia o uniforme militar, tendo abandonado a milícia aos 18 anos para seguir Santo Hilário de Poitiers, seu mestre. Após breve noviciado de vida eremítica na ilha Galinária, Martinho fundou alguns mosteiros: Ligugé, o mais antigo da Europa, e Marmoutier, destinado a se tornar grande centro de vida religiosa. Martinho de Tours é um daqueles homens que fizeram falar de si gerações inteiras : Todos já ouvimos falar do episódio em que São Martinho, cavalgando, envolto na sua ampla manta de guarda imperial, encontra um pobre endurecido pelo frio e com gesto generoso corta em duas a manta, dando a metade ao pobre. À noite, em sonho, viu Jesus, envolto naquela metade de manta sorrindo-lhe reconhecido.
Martinho, eleito Bispo de Tours, tornou-se o grande evangelizador do centro da França. Tinha sido, como se disse, soldado sem querer, monge por escolha e Bispo por dever. Nos vinte e sete anos de vida episcopal; conquistou o amor
entusiasmado dos pobres, dos necessitados e de todos os que sofriam injustiças, defendendo a causa dos oprimidos e deserdados deste mundo.
São Martinho de Tours morreu em 08 de novembro do ano 397 em Candes, durante uma visita pastoral. Foi considerado um dos primeiros santos não mártir a ter festa litúrgica. (A metade da celebérrima manta que São Martinho dividiu com o pobre, tirada numerosas franjas para enriquecer os vários relicários, foi guardada cuidadosamente em uma capela).
[http://www.santafamilia.com]
Espiritualidade de São Martinho
Guarda imperial, cavalgava com sua manta, quando avistou a um pobre que estava com frio e deu-lhe a metade dela, antes de entrar o para o sacerdócio. Era filho de um tribuno romano e aos 15 anos já pertencia a divisa militar e aos 18 anos abandonou a milícia, recebeu o batismo e seguiu santo Hilário de Poitiers, seu mestre. Após um breve noviciado de vida eremítica na ilha Galinária, fundou vários mosteiros: Ligugé, o mais antigo da Europa e Marmoutier, que se tornou um grande centro de vida religiosa. Por seu empenho, os monges tornaram-se mestres de espiritualidade, elaboradores do pensamento teológico. Além disso, São Martinho, grande e evangelizador da França, exerceu grande influência na estruturação da Igreja, empreendeu a evangelização nos meios rurais, chamando para Cristo todos os miseráveis e abandonados. Por toda parte conseguia substitui templos pagãos por oratórios. Por seu empenho hoje existem três mil e setecentas paróquias que o tem por padroeiro e quatrocentas vilas levam seu nome na França.
Oração de São Martinho de Tours
São Martinho de Tours que tanta popularidade gozastes no mundo medieval da cristandade, que certa vez dividistes vossa túnica pela metade com uma espada para dá-la a um pobre, e difundistes o cristianismo com tanta unção, peço-vos que intercedais junto a Deus por nós, para que também saibamos empregar nosso efêmero tempo nesta terra a serviço da caridade e da evangelização. Por Cristo Nosso Senhor. Amém (Regina Perina)
A boa educação é moeda de ouro. Em toda parte tem valor. (Pe. Antonio Vieira)
tjl@
[1] Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1997
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