terça-feira, 3 de novembro de 2009


Terça-feira, 3 de novembro de 2009
XXXI Semana do Tempo Comum, Ano C (impar), 3ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica VERDE



Santos: Acepsimas de Cyrrhus (eremita), Amigo de Monte Cassino (monge), Domno de Viena (bispo) , Englácio da Escócia (bispo), Floro de Lodève (bispo), Gaudioso de Tarazona (bispo), Guenaël de Landevenec (abade), Hermengaudio de Urgell (bispo), Humberto de Liège (bispo), Malaquias O'More (bispo), Pirmino de Reichenau (monge, bispo) , Pópulo de Tolosa (mártir), Quarto (a tradição diz que foi um dos 72 discípulos de Cristo), Sílvia de Roma (viúva), Valentiniano de Salerno (bispo), Vulgano de Arras (eremita)

Oração:
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedei a vossos filhos e filhas graça de vos servir como deve, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas.. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho
Lc 14, 15-24O - Reino é para todos

* 15 Ouvindo isso, um homem que estava à mesa disse a Jesus: «Feliz aquele que come pão no Reino de Deus!» 16 Jesus respondeu: «Um homem deu grande banquete, e convidou muitas pessoas. 17 Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Venham, pois tudo está pronto’. 18 Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-lhe que aceite minhas desculpas’. 19 Outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-lhe que aceite minhas desculpas’. 20 Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’. 21 O empregado voltou, e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado, e disse ao empregado: ‘Saia depressa pelas praças e ruas da cidade. Traga para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos’. 22 O empregado disse: ‘Senhor, o que mandaste fazer, foi feito, e ainda há lugar’. 23 O patrão disse ao empregado: ‘Saia pelas estradas e caminhos, e faça as pessoas virem aqui, para que a casa fique cheia. 24 Pois eu digo a vocês: nenhum daqueles que foram convidados vai provar do meu banquete’.» * 15-24: O Reino de Deus é apresentado como banquete em que Deus reúne os seus convidados. Ainda que os representantes oficiais e os habituados à religião recusem o convite, dando mais importância aos seus próprios afazeres, o Reino permanece aberto para aqueles que comumente são julgados como excluídos: os marginalizados da sociedade e da religião.
Bíblia Sagrada - Edição Pastoral

Comentário o Evangelho
Está tudo pronto!

A participação na salvação oferecida à humanidade é iniciativa de Deus, que convida e motiva cada ser humano. Entretanto, nada se resolve sem a livre decisão de quem é convidado e se empenha em dizer "sim". Na parábola, muitos convidados recusam-se a acolher o convite do Pai. Apesar da deferência: o banquete é para eles; da gentileza: o senhor manda convidá-los pessoalmente; e da expectativa de que venham, eles se recusam a comparecer. Eram todos ricos: proprietários de terras, pecuaristas, gente de condição social. Cada qual apresentou sua justificativa. Não estavam interessados em participar do banquete. Por isso, se auto-excluíram.
Diante da recusa dos ricos, as atenções voltaram-se para os pobres, aleijados, cegos e coxos. A sala do banquete ficou repleta deles. Foi uma reviravolta formidável!
Quem está demasiadamente preocupado com seus afazeres e propriedades, falta-lhe tempo para as exigências do Reino, mas também pode ver-se definitivamente excluído dele. É impossível salvá-lo contra sua própria vontade. Só quem se torna pobre, tendo o coração desapegado dos bens materiais e sempre disponível para Deus, terá a alegria da salvação. A riqueza polariza de tal modo o coração humano, a ponto de torná-lo surdo aos apelos divinos. Já a pobreza predispõe-no a estar sempre atento, e assim poder atender, sem demora, o convite do Senhor. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]

Igreja celebra hoje-03/11:
São Martinho de Lima
No dia de hoje vai ser proclamado santo pelo Vaticano o irmão dominicano Martinho de Lima, o primeiro santo das Américas, que viveu em Lima, Peru, contemporâneo de Santa Rosa de Lima. Martinho de Lima, mulato filho de uma escrava alforriada e um nobre espanhol, beatificado por Gregório XVI em 1837, e com seu processo de canonização atualmente concluído, é no dizer do Papa João XXIII "a resposta da Igreja aos problemas raciais do século XX"

Nascido em Lima, Peru, aos 9 de dezembro de 1579, da união de Ana Velasquez e Juan de Porrés, Martinho e sua família levaram uma vida de privações e sacrifícios, pois o nobre espanhol, após o nascimento de uma menina, abandonou-os. Coube a Ana Velasquez a manutenção da família, com seu serviço de lavadeira.
Vocação religiosa
Quando Martinho completou 8 anos seu pai retornou a Lima e, reconhecendo os dois filhos, levou-os a Guaiaquil para que estudassem. Dois anos depois Martinho retornava a Lima, quando seu pai partiu para o Panamá como governador, e ali passou a ser ajudante do barbeiro local, naquela época também médico, cirurgião, dentista e farmacêutico. Martinho aprendeu bem o ofício, mas sua vocação religiosa levou-o a procurar o prior do Convento de Nossa Senhora do Rosário, pedindo que o aceitasse como frade. As leis canônicas e as da Ordem dos Dominicanos proibiam receber como Irmão Converso índios nativos, mestiços deles descendentes até a quarta geração e negros e mulatos nas mesmas condições. Como, entretanto, Martinho gozava de bastante estima entre os frades daquele convento, o prior solicitou ao Provincial autorização para que o "mulato curandeiro" fosse admitido como "Irmão Donato", ou seja oblato, irmão terceiro, sem votos. Martinho dedicou-se em sua nova vida aos cuidados domésticos do convento, (o que lhe valeu o símbolo da vassoura, que persiste até hoje) e ao amparo dos pobres e enfermos, no que contou com a colaboração de sua contemporânea, Santa Rosa de Lima (a primeira santa das Américas). Sua humildade e bondade valeram-lhe o respeito e a estima de toda a cidade e seus superiores, entusiasmados, pleitearam o privilegio da profissão solene com os votos religiosos.
Humildade
Apesar da vontade contraria de Martinho, que se julgava indigno dessa honra, a 2 de junho de 1603 foi lavrado o ato de profissão religiosa. Frade dos 24 aos 60 anos, Martinho sempre usava hábitos já velhos e sapatos gastos, sendo seu único luxo o direito de trazer dois rosários: um ao pescoço e outro preso ao cinturão de couro. A única vez que Martinho vestiu um habito novo, sob alarde geral, foi quando se declarou próximo à morte, o que efetivamente ocorreu a 3 de novembro de 1639. Vários milagres de Martinho foram constatados, desde mesmo a ocasião de sua morte, quando seu corpo perdeu a rigidez cadavérica e varias pessoas tiveram a cura de seus males. A "Causa da Beatificação de Martinho" foi introduzida em 1664, mas somente em 1837 ele foi declarado beato. O processo de canonização foi reaberto em 1926 e tomou grande impulso em 1939, quando do 3º centenário de sua morte. De acordo com os cânones da Igreja, para a beatificação é necessário, alem da declaração da heroicidade das virtudes, a constatação por médicos e especialistas de um milagre autentico e também que em seus ditos e escritos nada haja de contrario à fé e a doutrina moral da Igreja. Ao contrario da canonização, que é definitiva e irrevogável, a beatificação pode ser cassada ou suspensa se aparecerem fatos que justifiquem tal medida.
Processo aprovado
Para a canonização faz-se necessária a constatação de mais dois milagres autênticos. O processo é submetido a três reuniões da Sagrada Congregação dos Ritos, da ultima das quais participa o Papa, e todas elas contando com a presença do "advogado do diabo", censor encarregado de destruir a pretensão da canonização com todos os argumentos possíveis. Aprovado nas três reuniões (ponto em que se encontra o processo de Martinho) vai o processo a consulta "de tuto", que é realizada em mais três consistórios cardinalícios. Aprovado no terceiro e ultimo consistório, o beato é declarado santo, sendo aprovados o oficio liturgia e as orações próprias de sua missa. A divulgação da vida e obra de Martinho de Lima, preconizada pela Igreja, em São Paulo é feita pelo secretario do Beato Martinho, localizado na igreja dos padres dominicanos das Perdizes (rua Apiacás com João Ramalho), que é dedicada a Santa Rosa do Lima. [Fonte: Publicado na Folha de S. Paulo, domingo, 6 de maio de 1962]
Fonte:
http://mundocatolico.org.br/ - tjl@



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