sexta-feira, 20 de novembro de 2009


Sexta-feira, 20 de novembro de 2009
XXXIII Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar 1ª do Saltério (Livro III), cor Litúrgica Verde

Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis e hei
de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiverdes. (Jr 29, 11-12.14)

Jesus não suporta a exploração de ninguém, do irmão pelo irmão, principalmente do pobre e do humilde. Sua atitude no templo foi forte, decidida, pois ele era sinal de que Deus habitava no meio de seu povo. Porém, o templo se tornara um lugar de exploração dos pobres que só podiam ofertar pequenas oferendas. Por isso as firmes palavras de Cristo:“Minha casa será casa de oração. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. Cuidemos de nossos templos para que sejam, de fato, lugar de comunhão.

Santos:
Agápio de Cesaréia da Palestina (mártir), Ampélio e Caio (mártires), Basso, Dionísio, Agapito e Companheiros (mártires de Heracléia na Trácia), Benigno de Milão (bispo), Bernoardo de Hildesheim (monge, bispo), Colmano de Dromore (bispo), Dásio de Dorostorum (mártir), Edmundo (rei, mártir), Eudes de Corméry (abade), Eustáquio, Tespésio e Anatólio (mártires de Nicéia, na Ásia Menor), Eval de Cornwall (bispo), Félix de Valois (fundador), Gregório, o Decapolita (monge), Leão de Nonantula (abade), Maxência de Beauvais (virgem, mártir), Nerses de Sahgerd (bispo) e Companheiros (mártires), Otávio, Solutor e Adventor (mártires de Turim), Silvestre de Châlons-sur-Saône (bispo), Simplício de Verona (bispo), Ambrósio Traversari (abade geral dos camaldulenses, bem-aventurado), Ângela de São José e Maria do Sufrágio (virgens e mártires), Francisco Xavier Can (catequista do Vietnam, mártir, bem-aventurado)

Oração
Espírito purificador, tira do meu coração toda sorte de maldade e de egoísmo, que o tornam indigno de ser morada de Deus.


Evangelho: Lucas (Lc 19, 45-48)Fizestes da casa de Deus um antro de ladrões

Naquele tempo, 45Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: "Está escrito: 'Minha casa será casa de oração'. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões". 47Jesus ensinava todos os dias no templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar. Palavra da Salvação!

Comentário o Evangelho
A fundação do templo é recobrada

Jerusalém era a meta da longa marcha de Jesus. Aí, o Templo constituía seu ponto final. Por quê? Porque o Templo, na religião judaica, era o lugar da morada de Deus no meio do povo. Para Jesus, é a casa do Pai. E, como Filho, é para a casa do Pai que ele se dirige.
O Mestre decepcionou-se com o que viu: o Templo fora transformado num antro de exploradores inescrupulosos, que se serviam do espaço sagrado para enriquecer, lançando mão dos mais vis artifícios de exploração. Na mais total impunidade, e com a cobertura dos sacerdotes, davam a impressão de estar prestando um grande serviço aos peregrinos. Situação, porém, insuportável para Jesus!
A expulsão dos vendedores e compradores teve a finalidade de fazer o Templo recobrar sua verdadeira função: ser casa de oração, portanto, lugar de encontro com o Pai e reabastecimento espiritual, espaço de vivência da fraternidade e da igualdade. Enquanto "casa", seria o espaço do encontro dos filhos de Deus.
Uma vez purificado, o Templo tornou-se lugar privilegiado da pregação de Jesus. Ao ouvi-lo, o povo ficava extasiado, e se apinhava ao seu redor. Agora, sim, voltara a ser casa do Pai, onde o Filho se sente à vontade para falar das coisas de Deus. Os projetos malévolos dos sacerdotes e dos escribas não o intimidavam. Afinal, enquanto Filho, aquele lugar lhe pertencia. [O EVANGELHO DO DIA. Jaldemir Vitório. ©Paulinas, 1998]

A Igreja celebra hoje: São Félix de Valois

Nascido em Paris em 1127, Félix era um príncipe da casa real de Valois da França. Tinha à sua disposição todas as regalias da Corte, mas possuía alma caridosa e despojada de vaidades. Desde a infância demonstrou sua vocação para o sacerdócio, pela precoce preocupação e cuidado que dispensava aos pobres e necessitados.
Possuidor de grande fortuna pessoal, dava aos pobres tudo o que podia e com freqüência se privava, também, do próprio alimento para socorrê-los. Na juventude, tomou a decisão de seguir o chamado de Cristo. Completou os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e renunciou a todos os direitos dos títulos de nobreza e às riquezas terrenas. Escolheu ser um monge eremita, pois ansiava a vida solitária e humilde, dedicado somente à religião.
Contudo, não conseguiu ficar sozinho por muito tempo. Deus tinha outros planos para ele.
Foi procurado pelo amigo João da Mata, doutor e sacerdote, que queria seguir o seu modo de viver a espiritualidade. Félix, que lhe conhecia a cultura e inteligência, aceitou-o como companheiro e não como discípulo. Foram três anos de aprendizado recíproco, onde se uniram a santidade de Félix e a inteligência e praticidade de João da Mata.
Aqueles eram os tempos das incursões dos piratas que aterrorizavam o mar Mediterrâneo, assaltando navios e a Europa, atacando e invadindo as cidades portuárias. Eram turcos muçulmanos, que se consideravam verdadeiros inimigos do cristianismo, por isso matavam, saqueavam e também prendiam os cristãos sobreviventes para que servissem como escravos.
Certo dia, Félix e João estavam caçando nos bosques de Cerfroi, onde estavam retirados, quando tiveram a mesma visão divina. Nela, Deus os chamava para lutar pela libertação dos cristãos que sofriam como escravos nas mãos dos muçulmanos através da fundação de uma Ordem religiosa com tal finalidade. Sem temer o perigo que a missão acarretaria, Félix e João iniciaram a Obra imediatamente. Foram para Roma exclusivamente para narrar ao papa Inocêncio III a visão e pedir autorização para criar a Ordem.
O papa, que, segundo consta, também tivera aquela visão, reconheceu os dois como os sacerdotes indicados pela Providência Divina. Assim, aprovou e apoiou a criação da Ordem da Santíssima Trindade para a Libertação dos Cristãos, ou "Padres Trinitários". O primeiro convento foi erguido em Cerfroi, local da visão original. Enquanto João cuidava da organização da Ordem e de suas atividades apostólicas, Félix trabalhava na formação espiritual dos membros, cujo número crescia sempre mais, atraídos pela santidade de Félix.
A luta foi árdua e dura, mas em pouco tempo recuperaram a liberdade e a condição social de muitos cristãos escravizados. Os padres chegavam a entregar-se como escravos para realizar plenamente o trabalho de resgate. Desse modo, cumpria-se a profecia de outra visão de Félix: a de que os padres da Ordem passariam por vexames, perseguições e maus-tratos para obtenção da liberdade e dignidade de cada um dos cristãos então escravizados.
Morreu no ano 1212, na Casa-mãe da Ordem, o primeiro convento fundado por ele, em Cerfroi. Beatificado em 1666, teve seu culto confirmado para toda a Igreja no final do século XVII. A celebração da memória de são Félix de Valois ocorre no dia 20 de novembro, data que seria a da sua morte. [www.paulinas.org.br]
Fonte:www.paulinas.org.Br - www.cleofas.com.br-www.padremarcelorossi.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário