BOM DIA EVANGELHO
17 DE
JANEIRO DE 2019
QUINTA-FEIRA | 1ª SEMANA DO TEMPO COMUM | COR: BRANCA | ANO C
Papa Francisco na Audiência Geral. Foto: Daniel
Ibañez/ACI Prensa
Vaticano, 16 Jan.
19 / 06:55 am (ACI).- "Abba, Pai!" Nessas duas
palavras centrou-se a meditação de hoje do Papa Francisco durante a Audiência
Geral desta quarta-feira, 16, na Sala Paulo VI, onde o Santo Padre frisou que
para um cristão “rezar é simplesmente dizer Abba”, dirigindo-se ao Pai com um
coração de criança.
"Depois de ter
conhecido Jesus e ouvido sua pregação, o cristão não considera Deus mais como
um tirano a ser temido, não sente mais medo dele, mas floresce em seu coração a
confiança nEle: pode falar com o Criador, chamando-o de "Pai". A
expressão é tão importante para os cristãos, que muitas vezes é conservada
intacta em sua forma original: ‘Abbà’".
Para o Papa
Francisco, essas palavras aramaicas são como a “gravação” da voz do próprio
Jesus.
"Para rezar
bem, você deve ter o coração de uma criança – enfatizou o Santo Padre- ser como
uma criança nos braços de seu pai".
"Dizer Abba é
algo muito mais íntimo e comovente do que simplesmente chamar Deus de Pai -
sublinha o Pontífice- é por isso que alguém propôs traduzir a palavra original
como papai ou papaizinho. De fato, essas expressões evocam afeto, calor, algo
que nos projeta no contexto da infância: a imagem de uma criança completamente
envolvida pelo abraço de um pai que sente infinita ternura por ele ".
"É suficiente
evocar essa expressão única - Abbà - para desenvolver uma oração cristã",
afirmou Francisco. "Deus te procura, mesmo que você não o procure(...).
Deus te ama, mesmo que você se esqueça Dele. Deus vê em você o belo, mesmo que
você pense que desperdiçou todos os seus talentos em vão. Deus é como uma mãe
que nunca deixa de amar sua criatura".
O Papa encerrou sua
catequese de hoje, seguindo o ciclo de reflexões sobre o Pai-Nosso, dizendo:
"Para um cristão, rezar é simplesmente dizer Abba". "Nunca se
esqueçam de dizer Abbà Pai", conclui.
Ao terminar a
catequese de hoje o Papa também ofereceu uma síntese das suas palavras em
português e saudou os peregrinos lusófonos:
“O cristão, depois
de ter conhecido Jesus e ouvido a sua pregação, já não considera Deus.
como um tirano que
mete medo, mas sente florescer no seu coração a confiança e confidência com
Ele. Pode falar com o Criador, chamando-Lhe «Pai». Não se trata simplesmente de
usar um símbolo
– a figura do pai –
associando-a ao mistério de Deus, mas todo o mundo de Jesus é transvasado no
nosso coração. No texto lido da Carta aos Romanos (e o mesmo aparece na Carta
aos Gálatas),
ouvimos a palavra
aramaica: «Abbá, Pai!» Ora, no Novo Testamento, é raro que as palavras
aramaicas não sejam traduzidas para grego, pelo que devemos imaginar que nelas
esteja de certo modo «gravada» a voz do próprio Jesus. De facto, «Abbá» é muito
mais íntimo e sentido do que tratar a
Deus simplesmente
pela palavra «Pai»; alguém chegou mesmo a propor que se traduzisse «Abbá» pela
forma meiga e carinhosa de «Papá», o tratamento usado pela criança que se sente
completamente
envolvida pelo
abraço do pai numa ternura sem fim. Esta imagem aplicada a Deus, será um
exagero? Se o fizéssemos nós, a alguém poderia vir a dúvida.
Mas é o próprio Jesus que a aplica ao Pai misericordioso, na parábola do filho
pródigo. Este experimenta o abraço dum pai que há tanto tempo o esperava, que
já não se recorda das palavras ofensivas pronunciadas pelo filho antes de
partir, que procura apenas dizer-lhe como sentia falta dele. Nisto, o Pai
misericordioso revela os traços do ânimo
duma mãe. Pois é
sobretudo esta que sempre desculpa o filho, conserva viva a empatia com ele e
continua a querer-lhe bem mesmo quando já não o merece. Deus é como uma mãe que
nunca deixa de amar a sua criatura! Trata-se duma gestação que se prolonga
muito para além dos nove meses da gestação física, dura para sempre e gera um
circuito infinito de amor. Nos momentos negros da vida, podemos encontrar a
força de rezar, recomeçando pela palavra «Abbá; Papai».
ORAÇÃO :
Deus, doador da vida verdadeira, permite-me perseverar sempre na prática
de tua palavra, e já que te conheci pela pregação do Evangelho, dá-me a graça
de amar-te cada dia mais intensamente. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Marcos
1,40-45
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
1 40 Aproximou-se de Jesus um leproso, suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me."
41 Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado."
42 E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado.
43 Jesus o despediu imediatamente com esta severa admoestação:
44 "Vê que não o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, pela tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para lhe servir de testemunho."
45 Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele.
Palavra da Salvação.
1 40 Aproximou-se de Jesus um leproso, suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me."
41 Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado."
42 E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado.
43 Jesus o despediu imediatamente com esta severa admoestação:
44 "Vê que não o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, pela tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para lhe servir de testemunho."
45 Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele.
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
OS LUGARES DESERTOS
O assédio das multidões fazia Jesus evitar as cidades e preferir os lugares desertos, para onde acorria quem precisava de sua ajuda. Esta opção explica-se pelo desejo de realizar sua missão com plena liberdade, sem ser pressionado pelos ideais messiânicos, largamente difundidos nos meios populares. O deserto era apropriado para ele se proteger.
Mas é possível fazer uma interpretação simbólica desta opção de Jesus. O imaginário da época reportava-se às agruras do êxodo do Egito, quando pensava no deserto. Sendo desabitado, sem vegetação, este se torna perigoso e mortífero. O deserto é lugar de provação. Nele é preciso escolher entre confiar em Deus ou confiar em si mesmo e nas capacidades pessoais de vencer os desafios.
A configuração terrível do deserto gerou a crença de que, nele, habita o Diabo, como se fosse o lugar escolhido, por ser neutro, para o confronto com Deus. As cenas evangélicas da tentação são, por isso, situadas no deserto, para onde Jesus é conduzido pelo Espírito.
Escolhendo o deserto como lugar de ação, Jesus combatia o inimigo da humanidade, dentro dos domínios deste. Esta luta sem trégua marcou a ação do Mestre, pois a implantação do Reino supunha a derrota das forças diabólicas. Ele as enfrentou e venceu, com destemor. Sinal disto foram as curas e os milagres realizados nas regiões desertas. Com a chegada de Jesus, o Diabo perdeu o poder de oprimir o ser humano.
O assédio das multidões fazia Jesus evitar as cidades e preferir os lugares desertos, para onde acorria quem precisava de sua ajuda. Esta opção explica-se pelo desejo de realizar sua missão com plena liberdade, sem ser pressionado pelos ideais messiânicos, largamente difundidos nos meios populares. O deserto era apropriado para ele se proteger.
Mas é possível fazer uma interpretação simbólica desta opção de Jesus. O imaginário da época reportava-se às agruras do êxodo do Egito, quando pensava no deserto. Sendo desabitado, sem vegetação, este se torna perigoso e mortífero. O deserto é lugar de provação. Nele é preciso escolher entre confiar em Deus ou confiar em si mesmo e nas capacidades pessoais de vencer os desafios.
A configuração terrível do deserto gerou a crença de que, nele, habita o Diabo, como se fosse o lugar escolhido, por ser neutro, para o confronto com Deus. As cenas evangélicas da tentação são, por isso, situadas no deserto, para onde Jesus é conduzido pelo Espírito.
Escolhendo o deserto como lugar de ação, Jesus combatia o inimigo da humanidade, dentro dos domínios deste. Esta luta sem trégua marcou a ação do Mestre, pois a implantação do Reino supunha a derrota das forças diabólicas. Ele as enfrentou e venceu, com destemor. Sinal disto foram as curas e os milagres realizados nas regiões desertas. Com a chegada de Jesus, o Diabo perdeu o poder de oprimir o ser humano.
SANTO DO DIA
SANTO ANTONIO DO DESERTO OU ANTÃO DO EGITO
Antão nasceu no Egito, em 251.
Era o primogênito de uma família cristã de camponeses abastados e tinha apenas
uma irmã. Numa missa foi tocado pela mensagem do Evangelho: "Vende os teus
bens, dá aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e me segue".
Foi exatamente o que ele fez. Distribuiu tudo o que tinha aos pobres, consagrou
sua irmã ao estado de virgem cristã e se retirou para um deserto.
Passou a viver na oração e na
penitência, dedicando seu tempo exclusivamente a Deus. Como era muito procurado,
decidiu se retirar ainda para mais longe, vivendo numa gruta abandonada, por
dezoito anos.
Aos cinquenta e cinco anos,
atendeu o pedido de seus discípulos, abandonando o isolamento do deserto. Com
isto, nasceu uma forma curiosa de eremitas, os discípulos viviam solitários,
cada um em sua cabana, mas todos em contato e sob a direção espiritual de
Antão. Passou a ser o modelo do monge recluso e é chamado, até hoje, de
"pai dos monges cristãos". Ele também profetizou sua morte, depois de
uma última visão de Deus com seus santos, que ocorreu aos cento e cinco anos,
em 17 de janeiro de 356.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO:
Límpida era a constituição de sua
alma. Ele nem se tornou carrancudo por meio do mau humor nem dava vazão à sua alegria,
como também não precisou lutar com o riso e a timidez. Ao ver a multidão, não
ficava perturbado e, quando tantas pessoas o saudavam, ele não se alegrava, mas
ficava perfeitamente igual em si mesmo, como alguém que a razão governa e que
se encontra em seu estado natural. É assim que ele é caracterizado por Santo
Atanásio, que escreveu sua biografia, contando os detalhes de suas provações,
sofrimentos e milagres.
TJL – ACIDIGITAL.COM – A12.COM – D0MTOTAL.COM
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