Papa durante a Missa na Casa Santa Marta. Foto: Vatican Media
Vaticano, 21 Jan.
19 / 08:36 am (ACI).- Durante a Missa celebrada nesta segunda-feira, 21
de janeiro, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco afirmou que "viver
acusando os outros, procurando os defeitos de outras pessoas, não é
cristão", não é "o estilo cristão".
Em sua homilia, o
Santo Padre contrastou o estilo cristão com o estilo "não cristão",
que definiu como "estilo acusatório", "estilo mundano" e
"estilo egoísta".
"O estilo
acusatório é o estilo daqueles fiéis que sempre procuram acusar os outros,
vivem acusando". "Sempre desqualificando os outros. Um estilo – eu
diria – de promotores de justiça falidos: estão sempre tentando acusar os
outros. Mas eles não percebem que é o estilo do diabo: na Bíblia o diabo é
chamado de ‘grande acusador’, que está sempre acusando os outros".
O Papa assegurou
que se trata "uma moda entre nós", que já existia na época de Jesus.
Nesse sentido, recordou as palavras do Senhor quando disse aos acusadores que
"em vez de olhar a palha nos olhos dos outros, olhe para a trave nos seus
olhos".
Também quando a
multidão ia atacar a mulher adúltera, ele disse: "Aqueles que não pecaram
podem atirar a primeira pedra”.
Além disso, o
Pontífice definiu como "mundano" o estilo de vida daqueles
católicos "que recitam o Credo, mas vivem de vaidade, o orgulho e o apego
ao dinheiro".
"A
mundanidade, a mundanidade é o que estraga muitas pessoas, muitas pessoas!
Pessoas boas, mas entram neste espírito de vaidade, de orgulho, de serem
vistas... Não há humildade e humildade faz parte do estilo cristão. Devemos
aprender isto de Jesus, de Nossa Senhora, de São José, eles eram
humildes".
Outro defeito da
sociedade de hoje é "o espírito egoísta", "o espírito da
indiferença". Esse espírito "leva-me a acreditar que sou um bom
católico, eu faço as coisas, mas não me preocupo com os problemas dos outros,
não me preocupo com as guerras, as doenças, com as pessoas que sofrem".
"O estilo
cristão é o das Bem-aventuranças: mansidão, humildade, paciência no sofrimento,
amor à justiça, capacidade de suportar perseguições, não julgar os outros... E
esse é o espírito cristão, o estilo cristão", defendeu o Papa.
Nesse sentido,
assinalou que se “quer saber como é o estilo cristão, para não cair neste
estilo acusatório, no estilo mundano e no estilo egoísta, leia as
Bem-aventuranças".
ORAÇÃO
Deus Pai de misericórdia, que tudo fizeste
para possibilitar que o ser humano fosse redimido, enviando até seu Filho para
morar entre nós. Ajudai-nos, pela intercessão de São Vicente Palotti, a
responder com fidelidade e amor aos apelos de nossa fé. Por Cristo nosso
Senhor. Amém!
Marcos
2,23-28
Aleluia, aleluia, aleluia.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo vos dê do saber o Espírito; para que conheçais a esperança, reservada para vós como herança! (Ef 1,17s)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
2 23 Num dia de sábado, o Senhor caminhava pelos campos e seus discípulos, andando, começaram a colher espigas.
24 Os fariseus observaram-lhe: "Vede! Por que fazem eles no sábado o que não é permitido?" Jesus respondeu-lhes:
25 "Nunca lestes o que fez Davi, quando se achou em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros?
26 Ele entrou na casa de Deus, sendo Abiatar príncipe dos sacerdotes, e comeu os pães da proposição, dos quais só aos sacerdotes era permitido comer, e os deu aos seus companheiros."
27 E dizia-lhes: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado;
28 e, para dizer tudo, o Filho do homem é senhor também do sábado."
Palavra da Salvação.
Que o Pai do Senhor Jesus Cristo vos dê do saber o Espírito; para que conheçais a esperança, reservada para vós como herança! (Ef 1,17s)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
2 23 Num dia de sábado, o Senhor caminhava pelos campos e seus discípulos, andando, começaram a colher espigas.
24 Os fariseus observaram-lhe: "Vede! Por que fazem eles no sábado o que não é permitido?" Jesus respondeu-lhes:
25 "Nunca lestes o que fez Davi, quando se achou em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros?
26 Ele entrou na casa de Deus, sendo Abiatar príncipe dos sacerdotes, e comeu os pães da proposição, dos quais só aos sacerdotes era permitido comer, e os deu aos seus companheiros."
27 E dizia-lhes: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado;
28 e, para dizer tudo, o Filho do homem é senhor também do sábado."
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
SUPERANDO O LEGALISMO
Como no caso do jejum, os judeus também era exagerados no tocante ao repouso sabático. Por isso, escandalizam-se ao ver os discípulos de Jesus colher espigas de trigo para comer, enquanto atravessam um trigal em dia de sábado. O fanatismo pela observância da Lei impedia-os de fazer qualquer tipo de contemporização. Jesus ia na direção contrária, procurando mostrar-se fiel a Deus por outros caminhos, e ensinando seus discípulos a fazerem o mesmo.
Para o Mestre a finalidade da Lei era propiciar ao ser humano uma autêntica experiência de encontro com a vontade de Deus. Praticar seus preceitos de maneira puramente mecânica seria inútil. Este tipo de fidelidade exterior à vontade divina não era sinal de que a pessoa havia superado a tirania do egoísmo. Jesus pregava uma fidelidade criativa à Lei, de modo que, ao praticá-la, a pessoa pudesse atingir seu objetivo.
O Mestre apresentou dois motivos para justificar a permissão de colher espigas em dia de sábado. Em primeiro lugar, por ter acontecido coisa semelhante com o rei Davi, o qual, num dia de sábado, matou a fome com os pães consagrados que só aos sacerdotes era permitido comer. Além disso, as espigas não eram consagradas como os pães. Em segundo lugar, porque Jesus tinha autoridade, recebida do Pai, para agir como agiu. Se os discípulos estavam comendo para poder continuar a missão, por que censurá-los?
Como no caso do jejum, os judeus também era exagerados no tocante ao repouso sabático. Por isso, escandalizam-se ao ver os discípulos de Jesus colher espigas de trigo para comer, enquanto atravessam um trigal em dia de sábado. O fanatismo pela observância da Lei impedia-os de fazer qualquer tipo de contemporização. Jesus ia na direção contrária, procurando mostrar-se fiel a Deus por outros caminhos, e ensinando seus discípulos a fazerem o mesmo.
Para o Mestre a finalidade da Lei era propiciar ao ser humano uma autêntica experiência de encontro com a vontade de Deus. Praticar seus preceitos de maneira puramente mecânica seria inútil. Este tipo de fidelidade exterior à vontade divina não era sinal de que a pessoa havia superado a tirania do egoísmo. Jesus pregava uma fidelidade criativa à Lei, de modo que, ao praticá-la, a pessoa pudesse atingir seu objetivo.
O Mestre apresentou dois motivos para justificar a permissão de colher espigas em dia de sábado. Em primeiro lugar, por ter acontecido coisa semelhante com o rei Davi, o qual, num dia de sábado, matou a fome com os pães consagrados que só aos sacerdotes era permitido comer. Além disso, as espigas não eram consagradas como os pães. Em segundo lugar, porque Jesus tinha autoridade, recebida do Pai, para agir como agiu. Se os discípulos estavam comendo para poder continuar a missão, por que censurá-los?
SANTO DO DIA> SÃO VICENTE PALLOTTI
Vicente Pallotti nasceu em Roma, dia 21 de abril de 1795, numa família
de classe média. Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo
generoso e bondoso. Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação,
nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo. Às vezes sua
generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os
sapatos e o casaco. Em 1818, depois de muito custo, tornou-se sacerdote pela
diocese de Roma, onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja. Muito
culto, obteve o doutorado em Filosofia e Teologia. Vicente defendia que todo
cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim
como a obrigação de trabalhar pela pregação da fé católica. Fundou, em 1835, a
Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem
as suas associações evangelizadoras e de caridade. Vicente Pallotti morreu em
Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinquenta e cinco anos de idade. Em 1963,
as suas ideias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João
XXIII que o proclamou santo.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
REFLEXÃO : Vicente Palotti deu prioridade ao engajamento dos leigos na Igreja. Pelo
trabalho em comunidade, esperou novos impulsos na evangelização. Com entusiasmo
apaixonado, trabalhou pela difusão da fé, animado pelo maior dos mandamentos: A
Caridade. Seu exemplo de vida era Jesus Cristo, Deus entre os homens, irmão
maior entre irmãos.
Tjl
– acidigital.com – a12.com –domtotal.com – evangeli.net
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