quinta-feira, 2 de julho de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 03 DE JULHO DE 2020


Bodia evangelho

3 de julho de 2020
Dia Litúrgico: 3 de Julho: São Tomé Apóstolo
PEQUIM, 02 Jul. 20 / 02:00 pm (ACI).- Nos últimos três meses, mais de 500 cruzes das igrejas da província de Anhui na China foram eliminadas pelo regime comunista, sem que as autoridades católicas e protestantes pudessem resistir.
Segundo UCA News, desde meados de abril o Governo chinês removeu mais de 500 cruzes de igrejas cristãs e locais públicos na província de Anhui, como parte de uma campanha do governo que buscaria remover o símbolo cristão dos olhos do público.
Paul Lee, um pregador protestante na cidade de Anhui, em Suizhou, disse que todas as cruzes da igreja foram removidas, exceto uma que pertence a uma igreja de um século de antiguidade considerada um patrimônio nacional.
"Sem essa igreja, o sinal da cruz não poderia ter sobrevivido nesta cidade", disse Lee, afirmando que a maioria das cruzes pertencentes à igreja foi removida em um trecho de 500 quilômetros de Zhejiang a Anhui.
Da mesma forma, Lee explicou que nem a Associação Patriótica Católica Chinesa, aprovada pelo estado, nem a Conferência Episcopal da China podem se opor à remoção das cruzes. “O clero em Anhui não quer causar problemas. Eles têm medo do governo", acrescentou o pastor protestante.
Uma igreja na zona turística de Anhui está negociando com as autoridades para salvar sua cruz por mais quinze dias.
“Muitos turistas visitam esta área. Se a cruz for derrubada, perde o símbolo de nossa igreja e o sinal do cristianismo”, disse o Pe. Joseph, um sacerdote católico local. Além disso, o sacerdote exortou os paroquianos a proteger a cruz e informou ao Bispo de Anhui, Dom Liu Xinhong, sobre a disposição do governo de derrubá-la.
"O Bispo [Dom Liu Xinhong] disse que, quando a cruz for derrubada, tire fotos para salvar as evidências. O bispo expressou sua incapacidade de enfrentar as autoridades. Afinal, isso sempre esteve sob o controle do Governo e o bispo Liu não tem nada a dizer sobre isso", indicou o Pe. Joseph.
Outro sacerdote pertencente à igreja subterrânea em Anhui disse que todas as cruzes em suas igrejas foram removidas sem exceção e que a igreja subterrânea é leal ao Vaticano e não aceita ser sancionada pelo regime.
Do mesmo modo, assinalou que no passado foram capazes de construir igrejas e realizar atividades eclesiais apesar da repressão, mas que "agora as cruzes estão sendo demolidas e as atividades da Igreja estão sendo restringidas".
Liu Xiaoman, cristão em Hefei, capital e maior cidade de Anhui, disse que “depois que as cruzes foram derrubadas em Zhejiang, o Partido Comunista Chinês está estendendo seu jogo para outras partes do país. Eles podem fazer o que quiserem".
Em outubro de 2019, uma igreja no condado de Guantao foi demolida por "ocupação ilegal de terras cultiváveis". Somente neste ano, as cruzes de duas igrejas no condado de Qiu, em Hebei, foram removidas.
Desde que começou a campanha do Governo chinês para remover cruzes, em outubro de 2018, foram retiradas milhares delas nas dioceses das províncias de Zhejiang, Henan, Hebei e Guizhou por uma suposta violação das leis de planejamento.
Lam, um pastor de uma igreja em casa, movimento religioso de assembleias cristãs não registradas na China, disse que as igrejas em casas foram reprimidas pelas autoridades e não têm um local fixo de culto.
"O Partido Comunista Chinês está intimidando a Igreja porque é muito débil", disse Lam e assinalou que, embora a demolição da cruz não o tenha afetado, a proibição das autoridades às igrejas em casa tornará difícil encontrar um lugar de culto no futuro.
No início de maio, Pe. Chen, um sacerdote de Anhui, disse que a perseguição à Igreja aumentou desde que o Vaticano assinou um acordo com a China sobre a nomeação de bispos em setembro de 2018, que busca fundir a igreja aberta administrada pelo estado com a igreja subterrânea leal ao Vaticano.
Além disso, Pe. Chen indicou que o regime chinês não interrompeu essa perseguição, mesmo quando o novo coronavírus estava no auge no país, e exortou os católicos de todo o mundo a se unirem para restaurar os direitos dos cristãos na China.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Concedei-nos, Deus onipotente, a graça de celebrar com alegria a festa do apóstolo São Tomé, de modo que, ajudados pela sua intercessão, tenhamos a vida pela fé em Jesus Cristo, que ele reconheceu como Senhor. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Jo 20,24-29):
Tomé, chamado Gêmeo, que era um dos Doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe: «Nós vimos o Senhor!». Mas Tomé disse: «Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão no seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!». Tomé respondeu: «Meu Senhor e meu Deus!». Jesus lhe disse: «Creste porque me viste? Bem-aventurados os que não viram, e creram!».
«Meu Senhor e meu Deus»
+ Rev. D. Joan SERRA i Fontanet(Barcelona, Espanha)
Hoje, a Igreja celebra a festa de Santo Tomé. O evangelista João, depois de descrever a aparição de Jesus, no próprio Domingo da Ressurreição, diz que o apóstolo Tomé não estava ali, e quando os Apóstolos —que tinham visto o Senhor— disso davam testemunho, Tomé respondeu: «Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão no seu lado, não acreditarei» (Jo 20,25).
Jesus é bom e vai ao encontro de Tomé. Passados oito dias, Jesus aparece novamente e diz a Tomé: «Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!» (Jo 20,27).
— Oh, Jesus, como és bom! Se vês que alguma vez me afasto de Ti, vem ao meu encontro, como foste ao encontro de Tomé.
Estas palavras foram a reação de Tomé: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28). Que bonitas são estas palavras de Tomé! Chama-lhe “Senhor” e “Deus”. Faz um ato de fé na divindade de Jesus. Ao vê-lo ressuscitado, já não vê somente o homem Jesus, que estava com os Apóstolos e comia com eles, mas o seu Senhor e seu Deus.
Jesus repreende-o e diz-lhe que não seja incrédulo, mas crente e acrescenta: «Bem-aventurados os que não viram, e creram!» (Jo 20,28). Nós não vimos Cristo crucificado, nem Cristo ressuscitado, nem nos apareceu, mas somos felizes porque acreditamos neste Jesus Cristo que morreu e ressuscitou por nós.
Então, rezemos: «Meu Senhor e meu Deus, afasta de mim tudo o que me afasta de Ti; meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxima de Ti; meu Senhor e meu Deus, tira-me de mim próprio para me dar inteiramente a Ti» (S. Nicolau de Flüe).
Santo do Dia
São Tomé
O apóstolo Tomé tinha o apelido de Dídimo, que quer dizer "gêmeo”. Era pescador, natural da Galiléia. Quando Jesus o encontrou, o admitiu entre seus discípulos. São Tomé foi um dos doze apóstolos de Jesus e o seu nome consta na lista dos quatro evangelistas.
São três as grandes passagens do apóstolo Tomé no livro sagrado. A primeira é quando Jesus é chamado para voltar à Judéia e acudir Lázaro. Seu grupo tenta impedir que se arrisque, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado. Mas Ele disse que iria assim mesmo e, aflito, Tomé intima os demais: "Então vamos também e morramos com Ele!".
Na segunda passagem Jesus reuniu os discípulos no cenáculo e os avisou de que era chegada a hora do cumprimento das determinações de seu Pai. Tomé queria mais detalhes, talvez até tentando convencer Jesus a evitar o sacrifício: "Se não sabemos para onde vais, como poderemos conhecer o caminho?". A resposta de Jesus passou para a história: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim".
E a terceira e definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do apóstolo. Foi justamente quando todos lhe contaram que o Cristo havia ressuscitado, pois ele era o único que não estava presente ao evento. Tomé disse que só acreditaria se visse em Suas mãos o lugar dos cravos e tocasse em Seu peito dilacerado. A dúvida em pessoa, como se vê. Mas ele pôde comprovar tanto quanto quis, pois Jesus lhe apareceu e lhe disse: "Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos!...Não sejas incrédulo, acredite!". Ao que Tomé respondeu: “Meu senhor e meu Deus”.
Diz a tradição que Tomé levou o evangelho à Índia, onde foi martirizado com uma lança.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: ( cf. São Gregório Magno) Mais proveitosa foi para a nossa fé a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos que não duvidaram. Deste modo, o discípulo que duvidou e tocou, tornou-se testemunha da realidade da ressurreição. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: “Meu Senhor e meu Deus”. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.
tjl@- acidigital.com – a12.com – evangeli.net

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