Quadro da Última Ceia / Crédito: Domínio público
REDAÇÃO CENTRAL, 27 Jul. 20 / 12:00 pm (ACI).- Um artigo de ‘National
Catholic Register’ informou sobre os lugares onde, com maior
certeza e baseando-se em pesquisas de arqueólogos, estariam os túmulos dos 12
apóstolos.
Os doze apóstolos
são: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; Tiago Maior (filho de Zebedeu) e
seu irmão João; Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago Menor
(filho de Alfeu); Simão, o cananeu, Judas Tadeu e Judas Iscariotes, que
entregou Jesus. Em substituição a este último, Matias foi nomeado
posteriormente.
São
Pedro
O artigo do
escritor Thomas Craughwell, indica que durante os últimos 100 anos, os
arqueólogos quase confirmaram a localização dos túmulos de São Pedro, São Paulo
e São João.
Por volta do ano
64, São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo por Nero na colina do
Vaticano. Os cristãos recuperaram seu corpo e o enterraram em um cemitério
próximo. Por volta do ano 326, o imperador Constantino nivelou o que restava da
arena e da colina e erigiu uma grande basílica com o altar-mor colocado sobre o
túmulo de São Pedro. Mas, depois de séculos de restaurações e reconstruções, a
localização do túmulo foi perdida. A tradição continuava insistindo que os
ossos de Pedro estavam debaixo do altar-mor de sua basílica, mas ninguém o
havia visto em séculos.
Em 1939, os
trabalhadores cavavam uma sepultura para o Papa Pio XI nas grutas debaixo de
São Pedro, quando um deles sentiu que sua pá não encontrava mais terra. Ao
passar uma lanterna pelo buraco, a equipe viu o interior de um mausoléu do
século II. A exploração revelou uma necrópole romana inteira e perfeitamente
preservada que foi coberta a pedido de Constantino. Diretamente debaixo do
altar principal de São Pedro, os arqueólogos encontraram um túmulo simples que
continha os ossos de um homem robusto e de idade avançada. Inúmeras orações e
petições a São Pedro foram encontradas na parede do túmulo, assim como uma
inscrição grega que dizia: "Pedro está dentro". Após anos de estudo,
São Paulo VI declarou em 1968 que os ossos daquela sepultura pertenciam a São
Pedro.
São
João
A tradição indica
que São João Evangelista morreu em Éfeso, no local onde hoje é a Turquia, por
volta do ano 100. No século IV, depois que Constantino colocou fim à
perseguição contra a Igreja,
os cristãos de Éfeso construíram uma capela sobre o túmulo do apóstolo. No
século V, o imperador Justiniano substituiu a capela por uma grande basílica.
Depois que a região foi conquistada pelos turcos, a basílica se tornou uma
mesquita que, por sua vez, foi destruída por Tamerlão em 1402. Na década de
1920, equipes arqueológicas da Grécia e da Áustria escavaram os restos da
basílica e encontraram o túmulo de São João dentro dela. O túmulo estava vazio
e ninguém sabe o que aconteceu com o corpo do apóstolo.
Santo
André
Santo André, o
primeiro homem a quem Cristo chamou para ser apóstolo, foi o irmão de São Pedro.
Diz-se que depois da ascensão de Cristo ao Céu, André levou o Evangelho às
terras que, atualmente, são a Rússia e a Ucrânia. Depois, em sua velhice,
viajou para a Grécia, onde foi martirizado na cidade de Patras. Os cristãos
locais o enterraram lá, mas no ano 357, a maioria de seus ossos foram
transladados para Constantinopla. Em 1204, os cruzados italianos saquearam o
santuário de Santo André e levaram suas relíquias para Amalfi, onde permanecem
até hoje.
Em 1964, São Paulo
VI devolveu algumas das relíquias de André à Igreja Ortodoxa Grega
e elas foram novamente consagradas na basílica construída sobre o que se
acredita ser o túmulo original do apóstolo.
São
Tiago Maior
No ano 44, Tiago
Maior, irmão de São João, foi martirizado em Jerusalém, sendo o primeiro dos
apóstolos a dar a vida pela
fé católica. Segundo a tradição, seu corpo foi milagrosamente transportado para
o norte da Espanha e enterrado em um cemitério cristão (os espanhóis acreditam
que durante as viagens missionárias de Tiago através do Mediterrâneo, ele
pregou o evangelho na Espanha).
Uma lenda popular
diz que as relíquias do apóstolo permaneceram ali, esquecidas, até o ano 814,
quando um eremita chamado Pelayo seguiu uma estrela para um campo aberto e
descobriu os restos do apóstolo. Hoje, estão consagrados na Catedral de São
Tiago em Santiago de Compostela. Curiosamente, sob a catedral, os arqueólogos
encontraram um cemitério cristão do primeiro século.
São
Tiago Menor
Tiago Menor serviu
como o primeiro bispo de Jerusalém e foi martirizado nesta região: jogado do
telhado do templo e, como ainda estava vivo, foi espancado e apedrejado até a
morte. Segundo a tradição, São Tiago foi enterrado no Monte das Oliveiras, com
vista para Jerusalém. No século VI, o imperador Justiniano II transferiu suas
relíquias para Constantinopla. Em algum momento, parte ou talvez todas as
relíquias de São Tiago foram transladadas para a Igreja dos Doze Apóstolos em
Roma, onde estão atualmente no mesmo santuário com as relíquias de seu
companheiro apóstolo, São Felipe.
São
Felipe
Em julho de 2011,
arqueólogos trabalhando na Turquia anunciaram que tinham descoberto o que
acreditavam ser o túmulo original de São Felipe. O sarcófago romano do primeiro
século foi encontrado nos escombros de uma igreja do quarto ou quinto século,
dedicada ao apóstolo. Segundo uma tradição registrada no documento apócrifo do
século IV, conhecido como Atos de Felipe, por volta do ano 80, o apóstolo foi
preso em Hierópolis, pregado pelos pés em uma árvore, de cabeça para baixo e,
finalmente, decapitado.
O local do túmulo
de São Felipe se tornou um lugar de peregrinação e os arqueólogos descobriram o
caminho que conduzia ao Martyrium ou ao santuário dos mártires. O santuário foi
destruído no século VII por um violento terremoto e incêndio; as relíquias de
São Felipe foram transladadas para Constantinopla e de lá para Roma, onde foram
consagradas com as relíquias de São Tiago Menor, na Igreja dos Doze Apóstolos.
Quando os
arqueólogos abriram o sarcófago em Hierópolis, não encontraram ossos humanos no
túmulo, por isso é possível que os restos mortais de São Felipe estejam
preservados na cripta dos Doze Apóstolos em Roma.
Tomé,
Bartolomeu, Mateus, Simão, Judas Tadeu e Matias
A antiga tradição
diz que São Tomé viajou mais longe do que qualquer dos outros apóstolos,
pregando o Evangelho na Índia, onde foi martirizado por um sacerdote hindu que
o perfurou com uma lança. Hoje, uma parte dos ossos de São Tomé é reverenciada
na Basílica de São Tomé, em Chennai (Índia). De alguma forma, a maioria de seus
restos mortais foi transladada para Edessa, na Mesopotâmia. Em 1258, essas
relíquias foram levadas para Ortona (Itália), onde são encontradas em um baú de
ouro dentro de um altar de mármore branco na Basílica de São Tomé Apóstolo.
Conta-se que depois
de Pentecostes,
São Bartolomeu levou o cristianismo para a Armênia, onde foi martirizado depois
de ser esfolado vivo. Em 809, as relíquias de São Bartolomeu foram transladadas
de seu túmulo na Armênia para Lipar, e depois, em 838, para Benevento, no sul
da Itália. Em 983, o imperador romano Otto III ergueu em Roma uma igreja na
Ilha Tiberina, no rio Tibre; dedicou a igreja a São Bartolomeu e levou para lá
uma parte das relíquias do apóstolo. Tanto Roma como Benevento são os
principais santuários de São Bartolomeu.
O cobrador de
impostos que se tornou evangelista, São Mateus, pregou na Etiópia, onde foi
martirizado durante a celebração da Missa.
Em 954, as relíquias de São Mateus foram levadas de seu túmulo na Etiópia para
a cidade de Salerno, na Itália. As relíquias são veneradas na cripta da catedral
de São Mateus de Salerno.
Todos os anos,
milhões de peregrinos visitam a Basílica de São Pedro de Roma, e a maioria
deles caminha pelo altar que abriga as relíquias do imensamente popular São
Judas Tadeu e de São Simão, menos venerado.
A tradição narra
que os dois apóstolos viajaram juntos para pregar o evangelho na Pérsia, onde
foram martirizados: Judas foi espancado com um pau até a morte e Simão foi
cortado ao meio. Não se tem certeza sobre quando suas relíquias foram
transferidas para Roma.
Os onze apóstolos
sobreviventes escolheram São Matias para substituir Judas Iscariotes, que traiu
Nosso Senhor e depois tirou a própria vida. Diz-se que por volta
do ano 326, a Imperatriz Santa Helena encontrou o túmulo de São Matias em
Jerusalém e enviou suas relíquias aos cristãos de Trier (Alemanha). Seus restos
mortais ainda são venerados na Basílica de São Matias de Trier.
Os
restos mortais de São Paulo
Embora Saulo de
Tarso – mais tarde chamado Paulo – não fizesse parte dos apóstolos que seguiram
Jesus, ele também é conhecido como o apóstolo dos gentios.
Segundo a tradição,
São Paulo foi decapitado no mesmo dia em que São Pedro foi crucificado.
Constantino não se esqueceu de São Paulo: construiu uma basílica sobre o túmulo
do apóstolo na Via Ostiense. Em 2009, o Papa Bento XVI anunciou
que, após vários anos de estudo, os arqueólogos do Vaticano se sentiram
confiantes de que os restos mortais consagrados em um sarcófago debaixo do
altar principal da Basílica de São Paulo Fora dos Muros de Roma são, de fato,
as relíquias de São Paulo.
“Os fragmentos
ósseos, submetidos ao exame do carbono 14 por parte de especialistas que
desconheciam a proveniência dos mesmos, resultaram pertencentes a uma pessoa
que viveu entre os séculos I e II. Isto parece confirmar a tradição unânime e
incontestável, que se trata dos despojos mortais do Apóstolo Paulo”,
disse Bento XVI.
Oração:
Deus
eterno e todo-poderoso, quiseste que Santo Inocêncio I governasse todo o vosso
povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os
pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho
da salvação. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Mateus
13,36-43
Aleluia,
aleluia, aleluia.
A semente é de Deus a palavra, o Cristo é o semeador; todo aquele que o
encontra, vida eterna encontrou.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 36 Então, Jesus
despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos
agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: Explica-nos a parábola do joio
no campo.
37 Jesus respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do
Homem.
38 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O
joio são os filhos do Maligno.
39 O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do
mundo. Os ceifadores são os anjos.
40 E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim
será no fim do mundo.
41 O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu
Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal
42 e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e
ranger de dentes.
43 Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o
sol. Aquele que tem ouvidos, ouça.
Palavra da
Salvação.
Comentário
do Evangelho
EXPLICAÇÃO
NECESSÁRIA
Os discípulos não compreenderam a parábola do joio e do trigo. Sendo
assim, como acontecera com a parábola do semeador, Jesus percebeu ser
necessário dar-lhes uma explicação. E o fez, identificando cada elemento da
parábola, a partir do horizonte religioso dos discípulos.
A perspectiva escatológica é patente na interpretação de Jesus. Ou seja,
decifra-se o sentido da parábola, a partir do fim do mundo. Só então não haverá
dúvida de quem, ao longo da vida, comportou-se como filho do Reino,
identificado com o trigo, e quem se comportou como filho do Maligno,
identificado com o joio. A diversidade de filiação depende do direcionamento do
coração humano. Quem dirigiu seu coração para Jesus e permitiu que a semente
plantada por ele pruduzisse frutos de amor e justiça, haverá de brilhar como
Sol, junto do Pai. Quem, pelo contrário, optou por abrir o coração ao demônio e
deixá-lo plantar aí sua semente e, por conseguinte, entregou-se a uma vida de
escândalos e iniqüidades, pode contar com a condenação.
A parábola visava alertar os discípulos. Nada impedia que o demônio
lançasse sua semente também em seus corações, desviando-os do caminho do amor e
lançando-os nas sendas da injustiça. Se fossem suficientemente inteligentes,
não teriam dificuldade em reconhecer para onde estavam caminhando.
Santo do Dia: Santo Inocêncio I
Inocêncio primeiro era italiano. Ele foi eleito no
ano 401, governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis
para o Cristianismo.
Um dos maiores traumas de seu pontificado foi a
invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos. O papa tentou mediar
a negociação entre o imperador Honório e o invasor bárbaro Alarico, mas não
conseguiu e o saque teve início. Foram três dias de roubo, devastação e
destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de
contato e mediação com o Papa Inocêncio I.
Inocêncio conseguiu manter a disciplina da igreja e
tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Escreveu inúmeras cartas
pastorais e canônicas, que são estudadas até hoje. Também foi ele que
estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina
apostólica romana. Sua influência política obteve do imperador Honório a
proibição das lutas de gladiadores.
O Papa Inocêncio I morreu no dia 28 de julho de
417, sendo sepultado no cemitério de Ponciano em Roma. (Colaboração: Padre Evaldo César de
Souza, CSsR)
Reflexão: Hoje celebramos outro Papa que alcançou a glória da
santidade. Sua vida foi uma constante luta pela paz e pela pregação da Palavra
de Deus. Suas ações na Igreja e no mundo político sempre tiveram como objetivo
a luta pela dignidade humana. Que a vida de Santo Inocêncio inspire-nos ações
de respeito e solidariedade com as pessoas.
tjl@ - acidigital.com – a12.com
– domtotal.com – evangeli.net
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