segunda-feira, 6 de julho de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 07 DE JULHO DE 2020


BOM DIA EVANGELHO

07 de julho de 2020
Dia Litúrgico: Terça-feira da 14ª semana do Tempo Comum
Monge beneditino Anselm Grün. Crédito: SirLuetzow (Wikimedia)
BERLIM, 06 Jul. 20 / 09:25 am (ACI).- O monge beneditino Anselm Grün, conhecido por expor posições contrárias aos ensinamentos da Igreja, afirmou recentemente que "não há razões teológicas contra o sacerdócio da mulher".
O monge de 75 anos disse essas palavras ao "Katholischen SonntagsZeitung", o jornal da diocese de Augsburg (Alemanha). Embora não seja a primeira vez que Grün expressa essa posição, pois também o fez em abril de 2019 ao jornal argentino El Tribuno.
Em suas declarações à mídia alemã, o monge também expressou sua "esperança absoluta" de que em cem anos haverá sacerdotisas católicas.
No entanto, Grün explica que, por razões teológicas, São João Paulo II declarou impossível o sacerdócio das mulheres em sua carta apostólica Ordinatio Sacerdotalis de 1994.
"Embora a doutrina sobre a ordenação sacerdotal que deve reservar-se somente aos homens, se mantenha na Tradição constante e universal da Igreja e seja firmemente ensinada pelo Magistério nos documentos mais recentes, todavia atualmente em diversos lugares continua-se a retê-la como discutível, ou atribui-se um valor meramente disciplinar à decisão da Igreja de não admitir as mulheres à ordenação sacerdotal”.
"Portanto, para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja", escreveu o santo polonês.
O Papa Francisco também excluiu repetidamente o sacerdócio feminino. Em fevereiro de 2020, o Pontífice o justificou teologicamente em "Querida Amazônia", a exortação pós-sínodal do Sínodo para a Amazônia.
“Jesus Cristo apresenta-Se como Esposo da comunidade que celebra a Eucaristia, através da figura de um varão que a ela preside como sinal do único Sacerdote. Este diálogo entre o Esposo e a esposa que se eleva na adoração e santifica a comunidade não deveria fechar-nos em concepções parciais sobre o poder na Igreja", enfatizou o Papa, que explicou a compreensão católica de uma complementaridade entre os dois sexos, homens e mulheres.
"Porque o Senhor quis manifestar o seu poder e o seu amor através de dois rostos humanos: o de seu divino Filho feito homem e o de uma criatura que é mulher, Maria. As mulheres prestam à Igreja a sua contribuição segundo o modo que lhes é próprio e prolongando a força e a ternura de Maria, a Mãe", acrescentou.
"Deste modo", disse o Santo Padre, “não nos limitamos a uma impostação funcional, mas entramos na estrutura íntima da Igreja”.
Por sua parte, em maio de 2018, o Cardeal Luis Ladaria, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, confirmou que o "não" à ordenação de mulheres era "ensinamento final".
Em sua carta intitulada " A propósito de algumas dúvidas sobre o caráter definitivo da Doutrina da Carta Apostólica Ordinatio sacerdotalis", o Cardeal lembrou que a Igreja sabe que a impossibilidade da ordenação de mulheres faz parte da substância do sacramento.
“A Igreja não tem capacidade de mudar essa substância, porque é precisamente a partir dos sacramentos instituídos por Cristo que ela é gerada como Igreja. Não se trata somente de um elemento disciplinar, mas doutrinal, enquanto refere-se à estrutura dos sacramentos, que são lugar originário do encontro com Cristo e da transmissão da fé”, escreveu o Purpurado.
Ladaria lembrou que "Cristo quis conferir este sacramento aos doze apóstolos, todos homens que, por sua vez, o transmitiram a outros homens".
"A Igreja", acrescentou, "sempre se reconheceu vinculada a esta decisão do Senhor, que exclui que o sacerdócio ministerial possa ser validamente conferido às mulheres”.
Outras declarações controversas de Anselm Grün
Não é a primeira vez que Anselm Grün faz declarações controversas. Em abril de 2019, disse ao jornal argentino El Tribuno que "o celibato é possível, mas deveria ser opcional" para os sacerdotes.
Na mesma entrevista, afirmou que há professoras de teologia que “dão a missa de responso no lugar do diácono, e são muito mais cálidas neste momento. São avanços. Também existem comunidades lideradas por uma mulher, mas não podem dar os sacramentos”. “Não há razão teológica para a mulher não ser sacerdote. A sociedade está se desenvolvendo e a Igreja deve se adaptar", acrescentou.
Sobre o aborto, disse que "os sacerdotes, sobretudo se são celibatários, deveriam ficar fora do tema”.
Os livros de Anselm Grün
Em maio de 2012, o especialista teólogo e sacerdote jesuíta uruguaio Horacio Bojorge criticou os livros do monge Anselm Grün, porque "reduz a mensagem revelada das Sagradas Escrituras; primeiro, porque a interpreta de forma acomodada e em segundo lugar, porque mediante este sentido não bíblico, a homologa com afirmações de natureza psicológica, fazendo assim do Evangelho um livro de autoajuda.
"O leitor desavisado se encontra com o relato do Evangelho e seu sentido literário tradicional que lhe é familiar, mas também se oferece, no mesmo nível, a acomodação psicológica, como se fosse igualmente válida”, advertiu aos fiéis.
O Pe. Bojorge advertiu que, nessa "acomodação psicológica, uma ressurreição pode simplesmente se tornar uma cura e ser tratada como tal. E uma possessão demoníaca pode se tornar um estado de exasperação emocional e psicológica". "A ressurreição não é negada, mas uma interpretação que a explica como cura é apresentada como uma alternativa válida. A ação demoníaca por possessão, obsessão ou tentação não é negada, mas fala-se das 'próprias sombras'".
Por essa razão, o sacerdote jesuíta considerou urgente "advertir que o hoje tão difundido ensinamento espiritual do beneditino alemão Anselm Grün navega na corrente modernista. E se espalha produzindo desvios muito prejudiciais por serem semelhantes ao caminho reto da fé e da espiritualidade católica".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Vilibaldo, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Mt 9,32-38):
Naquele tempo as pessoas trouxeram a Jesus um possesso mudo. Expulso o demônio, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: «Nunca se viu coisa igual em Israel». Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios».
Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita
que envie trabalhadores para sua colheita!».
«Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!»
Rev. D. Joan SOLÀ i Triadú(Girona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos fala da cura de um endemoninhado mudo, que provoca diferentes reações nos fariseus e na multidão. Enquanto os fariseus, ante a evidência de um prodígio inegável, atribuem isso a poderes demoníacos - «É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios» (Mt 9,34), a multidão fica maravilhada: «Nunca se viu coisa igual em Israel» (Mt 9,33). São João Crisóstomo, comentando essa passagem, diz: «O que verdadeiramente incomodava aos fariseus era que consideravam Jesus superior a todos, não somente aos que existiam então, mas a todos os que haviam existido anteriormente».
Jesus não se abala ante a aversão dos fariseus, Ele continua fiel à sua missão. Na verdade, Jesus, ante a evidência de que os guias de Israel, ao invés de guiar e instruir o rebanho, o estavam afastando do bom caminho, apiedou-se daquela multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Que as multidões desejam e agradeçam uma boa orientação ficou comprovado nas visitas pastorais do São João Paulo II a tantos países do mundo. Quantas multidões reunidas em volta dele! Como escutavam sua palavra, sobretudo os jovens! E o Papa não rebaixava o Evangelho, mas o pregava com todas as suas exigências.
Todos nós, «se fôssemos conseqüentes com a nossa fé - nos diz São Josémaria Escrivã - se olhássemos à nossa volta e contemplássemos o espetáculo da História e do Mundo, não poderíamos senão deixar crescer nos nossos corações os mesmos sentimentos que animaram os de Jesus Cristo», o que nos conduziria a uma generosa tarefa apostólica. Mas é evidente a desproporção que existe entre o grande número de pessoas que esperam a pregação da Boa Nova e a escassez de operários. A solução Jesus nos dá ao final do Evangelho: Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita! (cf. Mt 9,38).
Santo do Dia
São Vilibaldo
Vilibaldo nasceu em 22 de outubro de 700, na Inglaterra. Seu pai era o rei Ricardo I. Ainda criança ele foi confiado aos monges beneditinos, que cuidaram de sua formação intelectual e religiosa. Foi ali, entre eles, que decidiu ser também um monge.
Em 720 saiu do mosteiro e na companhia de seu pai e seu irmão seguiu para uma longa peregrinação cuja meta final era Jerusalém. A viagem foi interrompida em 722, quando seu pai, o rei, morreu na Itália. Assim, ele e o irmão resolveram ficar em Roma. Dois anos depois, sozinho, continuou a peregrinação percorrendo toda a Palestina. Cinco anos depois, em 729, retornou para Roma.
O Papa Gregório II o enviou para o Mosteiro de Montecassino, a primeira comunidade beneditina da Europa. Vilibaldo deu então novo fôlego a este celeiro de homens dedicados à santificação, restabelecendo as regras beneditinas, de acordo com o estilo de vida espiritual instituído pelo fundador São Bento. À esta obra dedicou outros dez anos de sua vida.
Novamente foi à Roma e daí partiu para evangelizar a Germânia. Em 740, Vilibaldo recebeu a ordem sacerdotal definitiva para ser consagrado bispo na Alemanha. Tornou-se um bispo itinerante, colocando-se frente a frente com os fiéis que aos poucos iam se convertendo ao cristianismo.
Morreu no dia 07 de julho de 787, num mosteiro na Alemanha.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:  Vilibaldo, homem de sangue nobre e zelo incomparável pelo Evangelho, soube escolher a melhor parte da vida. Deixou tudo o que tinha para ser missionário cristão. Viveu plenamente seu ministério sacerdotal e dedicou tempo e esforço na conversão dos povos do norte da Europa. Viver a vida como missionário é o apelo que a Igreja faz para todos os batizados. Buscai primeiro o reino de Deus e tudo mais virá por acréscimo.
tjl@ - a12.com – evangeli.net – acidigital.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário