Papa Pio XI. Foto: Domínio público
Vaticano, 22 Jul. 20 / 09:00 am (ACI).- Há 90 anos, o Papa Pio XI publicou a Carta Encíclica
Casti connubbii sobre o matrimônio cristão, na qual enfatizou que "a prole"
ocupa "o primeiro lugar entre os bens do casamento" e condenou as
leis em favor do aborto e
da eutanásia.
“Entre os
benefícios do matrimônio ocupa, portanto, o primeiro lugar, a prole. Na
verdade, o próprio Criador do gênero humano que, na sua bondade, quis servir-se
dos homens como ministros seus para a propagação da vida, assim o ensinou
quando, no paraíso terrestre, instituindo o matrimônio, disse aos nossos
primeiros pais e, neles, a todos os futuros esposos: ‘crescei e multiplicai-vos
e enchei a terra’”, escreveu o Papa Pio XI neste documento magisterial
publicado em 31 de dezembro de 1930.
Nesta linha, o
Pontífice enfatizou que "o bem da prole não acaba com a procriação; é
preciso que se lhe junte outro, que consiste na devida educação da prole"
e que para isso "precisa por muitos anos do auxílio de outrem”.
Além disso, o Papa
Pio XI explicou que Santo Agostinho disse que o segundo bem do matrimônio
"é o da fidelidade, que consiste na mútua lealdade dos cônjuges no
cumprimento do contrato matrimonial, de sorte que o que, em virtude deste
contrato sancionado pela lei divina, compete só ao cônjuge, nem lhe seja negado
nem seja permitido a uma terceira pessoa; e que nem ao próprio cônjuge seja
concedido aquilo que se não pode conceder por ser contrário às leis e direitos
divinos e inconciliável com a fidelidade do matrimônio”.
Da mesma forma, o
Papa Pio XI alertou para o "gravíssimo delito com o qual se atenta contra
a vida da prole, escondida ainda no seio materno. Julgam alguns que isso é
permitido e deixado ao beneplácito da mãe e do pai; outros, pelo contrário, o
consideram ilícito, exceto no caso em que surjam gravíssimas causas chamadas
indicações médicas, sociais, eugênicas”.
"Todos estes
exigem que, no que se refere às penas com que as leis do Estado sancionam a
proibição de matar a prole gerada, mas ainda não nascida, as leis públicas
reconheçam a indicação de harmonia com o conceito que dela formulam e a
declarem livre de qualquer pena. Nem falta até quem peça que as autoridades
públicas prestem o seu auxílio a tais operações assassinas, o que,
infelizmente, acontece com frequência em várias partes, como de todos é bem sabido”,
afirmou o Pontífice em 1930.
Por fim, o Papa Pio
XI exortou a estar atento aos erros e perigos que ameaçam o sacramento do
Matrimônio "e sobre os remédios com os quais eles podem ser
combatidos", para que todos possam " entendê-los, aceitá-los em sua vontade
e, com a ajuda da graça divina, implementá-los; de modo que a fecundidade
consagrada a Deus, a fidelidade imaculada, a firmeza inquebrantável, a
profundidade do sacramento e a plenitude das graças voltem a florescer e cobrar
novo vigor nos matrimônios cristãos”.
Publicado
originalmente em ACI Prensa.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Bendito sejais, ó Deus, que concedestes a Santa
Brígida a graça da firmeza da fé e das grandes iniciativas apostólicas. Dai-me
ser sempre diligente e pronto para as grandes tarefas de apostolado e
testemunho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Mateus
13,10-17
Aleluia, aleluia, aleluia.
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios
do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
13 10 Os
discípulos aproximaram-se dele, então, para dizer-lhe: “Por que lhes falas em
parábolas?” 11 Respondeu Jesus: “Porque a vós é dado
compreender os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. 12 Ao
que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até
mesmo o que tem. 13 Eis por que lhes falo em parábolas:
para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam nem compreendam. 14 Assim
se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: ‘Ouvireis com vossos
ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis, 15 porque
o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus
olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração
compreenda; para que não se convertam e eu os sare’. 16 Mas,
quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos
ouvidos, porque ouvem! 17 Eu vos declaro, em verdade:
muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que
ouvis e não ouviram.
Palavra da Salvação.
Comentário
do Evangelho
POR QUE FALAR EM PARÁBOLAS?
Jesus teve motivos para escolher o método parabólico como meio de comunicar os
mistérios do Reino. As parábolas exigiam, por parte dos ouvintes, uma grande
capacidade de entrar em comunhão com Jesus, para poder captar-lhe a mensagem.
Caso contrário, não se ia muito além da materialidade das palavras. E a
parábola não passava de uma historinha meio sem graça, por falar de coisas
evidentes. A mensagem das parábolas estava escondida atrás das palavras e só
era captada por quem fosse capaz de buscar seu sentido oculto.
Por outro lado, a linguagem das parábolas era simples, mas exigia interpretação
por parte dos ouvintes. As parábolas escondiam uma mina inesgotável de
ensinamentos. Cada pessoa que as escutava podia descobrir uma mensagem
particular e, com isso, iluminar a própria experiência de consagração ao Reino.
Sendo assim, ao mesmo tempo em que a mensagem das parábolas era compreendida
por uns, permanecia incompreensível para outros. A uns era dado compreender os
mistérios do Reino, a outros não. Seria isto um preconceito de Jesus em relação
a algumas pessoas? Não! A compreensão dos mistérios do Reino não é dada a quem,
de antemão, se fecha para Jesus. Seria perda de tempo querer comunicar-lhes o que
não querem receber. Feliz é quem abre olhos e ouvidos para acolher Jesus!
Santo do Dia: Santa Brígida
Brígida nasceu princesa, em 1303, na Suécia. Descendia
de uma casa real muito piedosa, que se dedicava a construir mosteiros, igrejas
e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para
a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações
divinas.
Aos dezoito anos, ela se casou com um nobre
cristão e muito piedoso. O casal teve oito filhos, dentre os quais, a filha
venerada como Santa Catarina da Suécia. Era com rigor que eles cuidavam da
educação religiosa e acadêmica dos filhos, sempre no caminho para a
santificação em Cristo. Frequentava sempre as cortes luxuosas, mas não se
corrompeu neste ambiente de riquezas.
Acometido por uma doença, o marido de Brígida
ingressou no mosteiro de Alvastra, onde vivia um dos seus filhos e lá morreu,
em 1344.
Viúva, Brígida decidiu se retirar definitivamente
para a vida monástica para realizar um velho projeto de fundação de uma ordem
religiosa. No mosteiro viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma
dos costumes. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e
oito mosteiros por toda a Europa.
Ela morreu em 23 de julho de 1373, durante uma
romaria à Terra Santa.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Santa Brígida tinha uma personalidade carismática, pacífica e
mística. Exemplo de mulher preocupada com os mais abandonados, Brígida não
mediu esforços para construir infraestruturas de abrigo para os sofredores,
usando para isso sua própria fortuna. Mesmo sendo uma princesa ela soube
comportar-se como uma verdadeira serva de Deus e nunca se apegou a sua condição
de nobre. Que os cristãos mais abastados saibam oferecer aos mais pobres
auxílio concreto na hora do desespero e da dor.
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