quinta-feira, 23 de julho de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 24 DE JULHO DE 2020

Bom dia evangelho


Dia 24 de Julho - Sexta-feira

XVI SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde - Ofício do Dia)

Imagem referencial. Créditos: Pixabay

CARACAS, 23 Jul. 20 / 01:00 pm (ACI).- O Bispo de San Carlos (Venezuela), Dom Polito Rodríguez Méndez, indicou que "as pragas do Egito não são nada em comparação ao que estamos sofrendo aqui" e pediu ajuda internacional para enfrentar a crise que o país está passando e que afeta principalmente os mais pobres.

Em entrevista à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Dom Rodríguez indicou que o país está entrando em um período de fome que piora todos os dias, devido à economia paralisada e ao produto interno bruto abaixo de zero.

"Os mais afetados são os mais pobres, os que não têm nada para comer e não tem possibilidade de levar uma vida digna”, acrescentou.

Segundo um estudo da plataforma independente de estudos estatísticos ENCOVI, a Venezuela está em uma situação econômica semelhante aos países africanos, situando-se abaixo do Chade ou da República Democrática do Congo.

“Se for determinado pela linha de pobreza, verifica-se que 96% das famílias estão em situação de pobreza e 79% em pobreza extrema, isto significa que os próprios rendimentos obtidos pelo trabalho são insuficientes para adquirir uma cesta básica de alimentos”, indicou a instituição.

Dom Rodríguez destacou que, embora o povo seja pobre, desde a pandemia do coronavírus, a situação se tornou inviável.

“Uma família ganha cerca de três ou quatro dólares por mês, mas uma caixa de ovos custa dois e um quilo de queijo três dólares...", acrescentou. “Estamos em quarentena há mais de dois meses e tudo ficou muito caro. É impossível continuar assim”.

O Prelado indicou que a crise devido à pandemia na Venezuela provavelmente se agravará nos meses seguintes e isso afetará gravemente a Igreja no país, que já está sem recursos financeiros.

“Estamos com os templos fechados há quatro meses, os padres não têm nada para comer. O bispo está fazendo milagres", acrescentou.

Além disso, o bispo Rodríguez apontou que outro grande problema é a diminuição das remessas enviadas do exterior pelos aproximadamente cinco milhões de venezuelanos que emigraram.

“Outro dia, encontrei um seminarista chorando. Os seus pais foram demitidos e deixaram de poder enviar alguma coisa ao filho. Vivemos da providência de Deus”, lamentou.

Devido à atual crise, as fronteiras do país estão fechadas para impedir a entrada de migrantes que, perdendo o emprego, tentam retornar à Venezuela da Colômbia, Peru, Chile ou Argentina e podem se tornar um foco infeccioso da COVID-19.

"Muitos migrantes tentam retornar por caminhos ilegais, alguns caminhando 22 dias em trilhas", disse o prelado. "Criou-se o que chamam de ‘centros sentinelas’ para aqueles que regressaram", mas devido à superlotação e falta de banheiros e higiene, muitos "pensam que não são dignos e não querem ir para lá, se escondem", acrescentou.

Da mesma forma, a situação piorou por uma recente praga de vermes que acabou com as plantações nos estados de Cojedes, Portuguesa e Barinas.

"As pragas do Egito não são nada em comparação ao que estamos sofrendo aqui, tornaram-se pequenas", disse Dom Rodríguez.

Em meio à crise, o bispo de São Carlos indicou que não podem vacilar, porque embora a situação seja avassaladora, a população continua precisando de assistência espiritual nestes momentos difíceis.

Dom Rodríguez indicou que pede a Deus que lhes dê forças para poder ajudar tantas pessoas que passam necessidades e enfrentam uma crise que vai aumentando a cada ano.

"Apesar das limitações pessoais, não vamos deixar as pessoas sozinhas nessa terrível situação pela qual estamos passando, e não estou me referindo apenas ao âmbito da ajuda humanitária, mas também de fortalecer a pessoa em um nível integral, para lutar contra a corrupção, o descaso, a falta de responsabilidade", acrescentou.

Finalmente, pediu apoio internacional e assinalou que, como país, não serão capazes de avançar sem intervenção caritativa externa.

"Não queremos intervenções e menos armadas, mas precisamos pedir ajuda humanitária e sanitária internacional, porque, caso contrário, não temos outra alternativa: ou morremos do coronavírus ou morremos de fome", concluiu o bispo de San Carlos.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Oração: Sede para todos nós, ó Deus Altíssimo, exemplo de fidelidade e de espírito resoluto para que possamos imitar a vida de Santa Cristina, que sofreu e morreu professando a fé cristã. Dai-nos, por sua intercessão, a Graça que ousamos pedir. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Mateus 13,18-23

Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes (Lc 8,15).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

13 18 Disse Jesus: “Ouvi, pois, o sentido da parábola do semeador:
19 quando um homem ouve a palavra do Reino e não a entende, o Maligno vem e arranca o que foi semeado no seu coração. Este é aquele que recebeu a semente à beira do caminho.
20 O solo pedregoso em que ela caiu é aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida,
21 mas não tem raízes, é inconstante: sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, logo encontra uma ocasião de queda.
22 O terreno que recebeu a semente entre os espinhos representa aquele que ouviu bem a palavra, mas nele os cuidados do mundo e a sedução das riquezas a sufocam e a tornam infrutuosa.
23 A terra boa semeada é aquele que ouve a palavra e a compreende, e produz fruto: cem por um, sessenta por um, trinta por um”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho

OUVIR E COMPREENDER

A Palavra de Deus exige, além da audição, uma correta compreensão. Ouvir a Palavra, mas sem entendê-la, ou melhor, sem perceber suas implicações práticas, nem sentir-se questionado por ela, é inútil. Assim acontece com quem permite que o Maligno lhe arrebate do coração a palavra semeada. O mesmo se dá com quem sucumbe diante das tribulações e perseguições, ou se deixa sufocar pelas preocupações deste mundo e pela fascinação das riquezas. Todas estas circunstâncias são indício seguro de que a Palavra se deteve nos limites da audição, sem chegar a ser compreendida.

Quem ouve a palavra e a entende, certamente, viverá de acordo com ela. Trata-se de uma compreensão prática, explicitada no nível existencial. É no dia-a-dia, nas circunstâncias mais simples da vida, que se revelam os níveis desta compreensão. Mantendo-se imune às investidas do Maligno, o discípulo segue firme no caminho traçado pela Palavra. Nada é suficientemente forte para demovê-lo de seu projeto de vida, pois ele deixou-se seduzir pelo Reino, não por mundanismos efêmeros.

Portanto, a passagem da audição à compreensão existencial é um movimento que exige do discípulo um exercício de conversão e disponibilidade para a ação de Deus. Sem isto, a Palavra permanece estéril.

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Santo do Dia: 
Santa Cristina 

Cristina nasceu na Toscana (Itália), perto do lago de Bolsena, no ano 288. Com apenas 12 anos morreu mártir, no ano 300 d.C. Era filha de Urbano, oficial do exército em Tir, na Etrúria, parte da Toscana. Urbano era rude de sentimentos e inimigo dos cristãos. Em sua própria casa, muitas vezes os cristãos eram submetidos a interrogatórios humilhantes. Diante de tais cenas, Cristina se perguntava qual o motivo da serenidade e alegria dos cristãos, que ela já começava a admirar e venerar.

A resposta lhe veio por uma escrava cristã, que a preparou para o Batismo. Urbano desconfiava que a filha se interessasse pela comunidade cristã. Deu-lhe ordem de prestar culto a ídolos, queimando incenso. A menina negou-se a isso. Interrogada pelo pai, Cristina respondeu: "Tolo é vosso medo, tola a vossa advertência; diante de um deus cego aos sofrimentos do povo, surdo ao clamor dos fracos, eu não peço favores e não acendo uma vela. Ao Deus vivo, ao Senhor do céu e da terra que nos enviou seu Filho Jesus, a este, sim, apresento sacrifícios de verdade e amor".

A severidade do pai aumentou, mas Cristina respondia a isso participando da celebração da Eucaristia e de outras reuniões dos cristãos, visitando os encarcerados, dando esmola aos pobres. Sua coragem e caridade fizeram-na vender as imagens dos ídolos para adquirir bens em favor dos pobres. O pai ficou furioso. Por isso, Cristina foi chicoteada. Aos que lhe pediam que cedesse à vontade do pai, respondia: "Deixar a vida não me custa; abandonar minha fé, isto nunca".

Urbano prosseguiu na tortura: a filha, amarrada, foi lançada ao fogo. Conta a história que um anjo defendeu-a e as chamas não lhe queimaram. Ainda irado contra a filha, ordenou prendê-la. Então, mandou amarrar uma pedra de moinho em seu pescoço e lançá-la ao lago. Conta-se que após lançada às águas, a pedra de moinho veio à tona, não permitindo, assim, que Cristina se afogasse. A exaltação de Urbano foi tão grande que morreu de colapso.

Dio, sucessor de Urbano, também nada conseguiu de Cristina e, por isso, ordenou que fosse queimada viva. Segundo a história, o fogo não queimou a menina. Posta entre cobras, nenhuma a feriu. E tendo sua língua cortada, mesmo assim cantou os louvores do Senhor Jesus Cristo. Então, o juiz, enraivecido com os triunfos da jovem, ordenou sua morte a flechadas. Com isso foi-lhe tirada a vida terrena e ela entrou na glória eterna.(Fonte: Martyrologium Romanum, publicado no Brasil em 20/12/1898

Reflexão: Deus escolhe o que é fraco para confundir os fortes. Na fraqueza física desta adolescente, Ele mostrou a força da perseverança na fé, que deve animar cada cristão. O testemunho de Cristina: "Foi fiel a Deus, apesar de inúmeros e imensos obstáculos que teve de enfrentar em sua terá.

TJL@ - acidigital.com – evangeli.net- a12.com – domtotal.com


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